quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Nova pesquisa Quaest aponta empate técnico entre candidatos à Prefeitura de São Paulo

Os três candidatos estão empatados tecnicamente na liderança.

O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem 25% das intenções de voto na disputa pela prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), 23%, e o influenciador Pablo Marçal (PRTB), 20%, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira, 24, pelo portal G1. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo.
Fonte: Revista Exame
 
Veja os resultados da última pesquisa Quaest (24/09/24)


terça-feira, 24 de setembro de 2024

Colonialismo Químico

Colonialismo Químico é o título do novo livro da geógrafa Larissa Bombardi. Nele, a pesquisadora expõe de forma didática e apoiada em um conjunto de mapas as desigualdades que persistem entre Norte e Sul globais no que diz respeito ao ciclo degradador de produção e exportação de commodities agrícolas, com destaque para a fabricação de agrotóxicos em países ricos (onde muitos desses produtos são proibidos) e exportação para países pobres e emergentes que os usam em volumes crescentes. Rita von Hunty resenhou o livro, confere lá.


O ICL precisa do seu voto! Ajude-nos a vencer o Prêmio RA 2024!




O Instituto Conhecimento Liberta está concorrendo ao Prêmio Reclame Aqui 2024, e essa conquista só será possível com o apoio de pessoas como você, que acreditam em uma sociedade mais justa e consciente!

O Reclame Aqui é uma plataforma que avalia empresas a partir da experiência e satisfação de seus clientes e seguidores.


Ganhar esse prêmio significa um passo a mais na nossa missão de transformar a educação e promover o conhecimento que liberta! 


Como votar?

  1. Clique no link para votar: icl.com.br/premioreclameaqui

  2. Faça login na plataforma do Reclame Aqui (caso ainda não tenha, o cadastro é rápido e fácil).

  3. Localize e clique em Instituto Conhecimento Liberta para confirmar seu voto.

👇 Em caso de dúvidas, veja aqui o vídeo explicativo com o passo a passo para votar:







PRÊMIO RA: COMO VOTAR NO ICL?

Por que é importante votar?


✔️ Porque o ICL luta todos os dias para levar conhecimento gratuito e de qualidade.
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📅 Não perca tempo, a votação vai até 31/10/2024!


Compartilhe com amigos, familiares e colegas! Quanto mais pessoas votarem, maiores são as chances de celebrarmos essa vitória juntos! 🎉


Vamos juntos mostrar a força da comunidade ICL!

Com gratidão,
Equipe Instituto Conhecimento Liberta








Eleições: O que pensam os evangélicos petistas - Assista



Candidatos e candidatas do PT, nós temos visto, a cada eleição, fake news que procuram afastar pessoas evangélicas do Partido dos Trabalhadores.


Pensando nisso, a Fundação Perseu Abramo gravou uma série de depoimentos de evangélicos que são membros ativos do Partido dos Trabalhadores. Assista o vídeo com calma, entenda os argumentos.


Nossos entrevistados mostram que os preceitos bíblicos são muito próximos dos valores do PT. Utilize as dicas para se aproximar de eleitores evangélicos na sua cidade e pense em compartilhar esses conteúdos com os evangélicos que você conhece.

Veja os depoimentos de:


  • Benedita da Silva, deputada federal (RJ)
  • Jorge Messias, ministro da Advocacia Geral da União
  • Pastor Oliver Goiano, da Igreja Batista da Lagoa (Maricá/RJ) e membro do Núcleo Evangélico do PT
  • Alexandre Brasil, secretário de Educação Superior do Ministério da Educação
  • Sergio Ribeiro, sociólogo e ex-prefeito de Carapicuíba (SP)
  • Nilza Valeria, jornalista batista da Nossa Igreja Brasileira
  • Bernadete Adriana Alves de Lima (Adrianinha), assessora parlamentar, parte da executiva do Setorial Nacional Inter-religioso do PT
  • Sergio Dusilek, pastor batista, doutor e mestre em Ciências da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora.

Vamos juntos! Falta pouco para o dia da votação!



SÃO PAULKO: Nunes autoriza obra de R$ 1 milhão em clube privado



Cúpula do Futuro: oportunidade única para reformar a cooperação global e enfrentar novas e urgentes ameaças


Os líderes mundiais se reunirão na Cúpula do Futuro, nos dias 22 e 23 de setembro, na sede da ONU, em Nova Iorque, para forjar um novo consenso internacional e garantir que o sistema multilateral esteja adequado para liderar uma resposta mais eficaz aos desafios e oportunidades atuais.

Aumento do nível do mar, resistência antimicrobiana e ODS também estarão na agenda dos líderes mundiais dos 193 Estados-membros da ONU reunidos na Semana de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU (22-28/set) em Nova York.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, aborda o debate geral da 76ª sessão da Assembleia Geral em 2021
Legenda: O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, aborda o debate geral da 76ª sessão da Assembleia Geral em 2021
Foto: © UN Photo/Cia Pak

Com muitas das instituições e ferramentas globais estabelecidas na década de 1940, a Cúpula do Futuro será uma oportunidade para construir sistemas mais eficazes e inclusivos para enfrentar as crises de segurança emergentes de hoje, acelerar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), preencher a lacuna de financiamento e abordar as ameaças e oportunidades das tecnologias digitais. 

A Cúpula deve ter como resultado o Pacto para o Futuro, um documento negociado entre os Estados-membros e orientado para a ação que visa reforçar a cooperação global para hoje e para o futuro. A Cúpula também produzirá um Pacto Digital Global e uma Declaração sobre as Gerações Futuras. Os documentos serão adotados na sessão de abertura da Cúpula, em 22 de setembro. 

Abaixo tudo que você precisa saber sobre a Cúpula do Futuro

Dias de Ação da Cúpula, 20-21 de setembro

Reunindo chefes de Estado, ministros, altos funcionários da ONU, representantes do setor privado, jovens, sociedade civil e outros atores, os Dias de Ação de 20 a 21 de setembro proporcionarão uma oportunidade para um amplo envolvimento e inclusão logo antes do segmento de alto-nível da Cúpula do Futuro. 

Os Dias de Ação serão iniciados com uma tarde dedicada e liderada pela juventude, seguida por um programa de sábado que se concentrará em três temas prioritários: digital e tecnologia, paz e segurança, e desenvolvimento sustentável e financiamento. Além disso, durante todo o dia, o foco também estará nas gerações futuras. O programa completo de dois dias, incluindo vários eventos paralelos, pode ser encontrado aqui.

A Cúpula do Futuro, 22-23 de setembro 

A Cúpula do Futuro será aberta com um recital da cantora de ópera americana Renée Fleming. Em seguida, haverá pronunciamentos do Presidente da Assembleia Geral da ONU, Philemon Yang, do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, e de três representantes da juventude. É também na abertura da Cúpula que deverá ser adotado o Pacto do Futuro, documento previamente negociado e acordado pelos Estados-membros por consenso. O Pacto do Futuro inclui também, como anexos, o Pacto Digital Global e a Declaração sobre as Gerações Futuras. 

Após a abertura, seguem os pronunciamentos de até cinco minutos dos chefes de estado, representantes de países e organizações convidadas, ao longo do dia 22 e 23. O Brasil está listado como terceiro país a discursar, na manhã do dia 22 (a partir das 11h, de Brasília). 

Além das sessões na plenária, haverá também quatro diálogos interativos que se concentrarão em questões que vão desde a transformação da governança global e a aceleração dos ODS até o aprimoramento do multilateralismo para a paz e a segurança internacionais. O Brasil participa do Diálogo Interativo 3 - Rumo a um futuro digital comum: fortalecer a inovação inclusiva e a cooperação para colmatar as lacunas digitais, que acontece no dia 23 entre 11h e 14h (Brasília). 

Press kit sobre a Cúpula do Futuro (conteúdo em inglês).

SEMANA DE ALTO NÍVEL DA ASSEMBLÉIA GERAL DA ONU

Além da Cúpula do Futuro, a ONU será palco de uma série de eventos de alto nível durante a Semana de 22 a 26 de setembro.

Debate Geral, 24-28 de setembro e 30 de setembro 

Líderes mundiais se reunirão na sede da ONU para participar do tradicional Debate Geral anual de alto nível sob o tema "Sem deixar ninguém para trás: agindo juntos para o avanço da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para as gerações presentes e futuras". Chefes de Estado e de governo e ministros explorarão soluções para desafios globais interligados para promover a paz, a segurança e o desenvolvimento sustentável. Tradicionalmente, o Brasil é o primeiro país a discursar - a partir das 10h, do dia 24.

Momento dos ODS 2024, 24 de setembro, 14h30 - 16h15 (Horário do Brasil)

Com o atraso no progresso geral dos ODS, o Momento ODS, convocado pelo secretário-geral, proporcionará aos líderes mundiais uma plataforma para mostrar as ações e soluções ousadas que são necessárias para colocar o mundo no rumo certo. O momento se baseará diretamente nos resultados da Cúpula do Futuro e apontará as áreas específicas em que é necessária uma maior cooperação internacional antes da COP29, da Quarta Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento e da Segunda Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social.

Reunião de Alto Nível sobre o Aumento do Nível do Mar, 25 de setembro

Reunião de Alto Nível sobre o Aumento do Nível do Mar reunirá líderes globais, especialistas e partes interessadas para tratar da ameaça urgente e crescente do aumento do nível do mar. A reunião tem o objetivo de alcançar soluções abrangentes e compromissos para combater o aumento do nível do mar, garantindo um futuro resiliente e sustentável, inclusive para pequenos estados insulares em desenvolvimento e áreas costeiras de baixa altitude.

Reunião de Alto Nível sobre Resistência Antimicrobiana (AMR), 26 de setembro

Reunião de Alto Nível sobre Resistência Antimicrobiana (AMR) representa uma oportunidade para que os países e as partes interessadas renovem seus esforços e acelerem o progresso no combate à crescente ameaça da AMR. A partir das declarações e compromissos anteriores, a reunião se concentrará no aprimoramento da cooperação internacional, na promoção do uso responsável de antimicrobianos e no avanço do desenvolvimento de novos tratamentos para proteger a saúde global.

Reunião de Alto Nível: Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares, 26 de Setembro

Alcançar o desarmamento nuclear global é a maior prioridade de desarmamento das Nações Unidas. Este foi o tema da primeira resolução da Assembleia Geral em 1946, que estabeleceu a Comissão de Energia Atômica (descontinuada em 1952), com o mandato de fazer propostas específicas para o controle da energia nuclear e a eliminação das armas atômicas e de todas as outras grandes armas adaptáveis à destruição em massa. Essa Reunião Anual de Alto Nível comemora e promove o Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares.

Recursos para a imprensa





Painel da ONU sobre Transição Energética cobra equidade e justiça no setor de mineração


Em relatório global divulgado na última quarta-feira (11), o Painel do Secretário-Geral da ONU sobre Minerais Críticos para a Transição Energética, enfatiza que o aproveitamento de minerais críticos requer novas abordagens centradas nas pessoas e no nosso planeta. 

O relatório enfatiza a necessidade de justiça, equidade e sustentabilidade ao longo de toda a cadeia de valor dos minerais críticos – desde a mineração, refino e fabricação, até o transporte e reciclagem.

Convocado pelo secretário-geral António Guterres em abril deste ano, o Painel é composto por atores governamentais, da indústria e da sociedade civil e liderado conjuntamente pela equipe de ação climática do Secretariado da ONU, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e pela ONU Comércio e Desenvolvimento. 

Com a demanda por minerais essenciais para as tecnologias de energia renovável deverá quase triplicar até 2030, um painel diversificado de especialistas, convocado pelo Secretário-Geral da ONU, emitiu um conjunto de recomendações e princípios orientadores para governos, indústria e outros setores. emitiu um conjunto de recomendações e princípios orientadores para os governos, o setor e outras para garantir que as oportunidades da transição energética global sejam aproveitadas com equidade, justiça e sustent
Legenda: Tendo em vista que a demanda por minerais críticos para as tecnologias de energia renovável deverá quase triplicar até 2030, um painel diversificado de especialistas convocado pelo Secretário-Geral da ONU divulgou, em 11 de setembro, um conjunto de recomendações e princípios orientadores para garantir que as oportunidades da transição energética sejam aproveitadas com equidade, justiça e sustentabilidade.

Novas abordagens baseadas em equidade e justiça são fundamentais para viabilizar a transição energética, segundo o Painel do Secretário-Geral da ONU sobre Minerais Críticos para a Transição Energética, em relatório divulgado em 11 de setembro.

Com o agravamento da crise climática, a demanda global por minerais críticos para tecnologias de energia limpa – como lítio para veículos elétricos ou selênio para células solares – deve triplicar até 2030 e quadruplicar até 2040, conforme dados da Agência Internacional de Energia (AIE).

Os países em desenvolvimento com grandes reservas de minerais essenciais para a transição energética têm a oportunidade de transformar e diversificar suas economias, criar empregos verdes e promover o desenvolvimento local sustentável. Entretanto, o desenvolvimento de recursos minerais nem sempre cumpriu essa promessa.

Sem o gerenciamento adequado, o aumento da demanda por esses minerais corre o risco de perpetuar a dependência de commodities, exacerbando tensões geopolíticas, além de representar desafios ambientais e sociais com impactos adversos sobre o desenvolvimento sustentável desenvolvimento sustentável, inclusive sobre os meios de subsistência, o meio ambiente, a saúde, a segurança humana e os direitos humanos.

Após intensos trabalhos, o Painel do Secretário-Geral apresentou princípios-guia e recomendações para garantir que a transição energética global beneficie plenamente todos os países e comunidades onde se encontram os minerais críticos, incluindo economias em desenvolvimento na África, Ásia, América Latina e Pacífico.

"Países em desenvolvimento, como parceiros na transição energética, podem promover o desenvolvimento por meio de oportunidades de agregação de valor, compartilhamento de benefícios, diversificação econômica e participação nas cadeias de valor dos minerais críticos, que impulsionarão as próximas gerações, em vez de servirem apenas como fornecedores de matéria-prima", destaca o relatório.

Painel é composto por atores governamentais, da indústria e da sociedade civil, e recebeu apoio do Secretariado da ONU, liderado conjuntamente pela equipe de ação climática do Secretário-Geral António Guterres, pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela ONU Comércio e Desenvolvimento. Outras 17 agências da ONU também forneceram aconselhamento técnico.

Justiça, equidade e sustentabilidade na cadeia de valor de minerais críticos

relatório enfatiza a necessidade de justiça, equidade e sustentabilidade ao longo de toda a cadeia de valor dos minerais críticos – desde a mineração, refino e fabricação, até o transporte e reciclagem. 

Recomenda contratos justos e transparentes, uma governança sólida e a promoção de justiça econômica em parcerias comerciais e de investimentos mais equitativas.

"Este relatório identifica maneiras de fundamentar a a revolução das energias renováveis na justiça e na equidade, para que ela estimule o desenvolvimento sustentável, respeite as as pessoas, proteja o meio ambiente e promova a prosperidade nos países em desenvolvimento ricos em recursos naturais." - António Guterres, secretário-geral da ONU, 11 de setembro de 2024

O documento também destaca a importância de salvaguardas ambientais e sociais para evitar práticas de mineração nocivas do passado, e pede metas equitativas e cronogramas para implementar abordagens de eficiência de materiais e circularidade ao longo de todo o ciclo de vida dos minerais críticos para a transição energética.

Os países em desenvolvimento com grandes reservas de minerais essenciais para a transição energética têm a oportunidade de transformar e diversificar suas economias, criar empregos verdes e promover o desenvolvimento local sustentável. Entretanto, o desenvolvimento de recursos minerais nem sempre cumpriu essa promessa. Sem o gerenciamento adequado, sem o gerenciamento adequado, o aumento da demanda por esses minerais corre o risco de perpetuar a dependência de commodities, exacerbando tensões geopolíticas,
Legenda: Os países em desenvolvimento com grandes reservas de minerais essenciais para a transição energética têm a oportunidade de transformar e diversificar suas economias, criar empregos verdes e promover o desenvolvimento local sustentável. Entretanto, o desenvolvimento de recursos minerais nem sempre cumpriu essa promessa. Foto: Desmatamento e contaminação causadas pela mineração ilegal na Amazônia brasileira.
Foto: © Tarcisio Schnaider/Getty Images.

Entre as recomendações, está a criação de um grupo consultivo de alto nível a ser organizado pela ONU para facilitar o diálogo sobre compartilhamento de benefícios, agregação de valor, diversificação econômica, comércio internacional e investimentos, e políticas fiscais, visando desbloquear o potencial dos recursos minerais críticos locais para um futuro sustentável.

As recomendações reconhecem o papel central do Secretário-Geral e da ONU como um mediador imparcial diante de diversos interesses e de um conjunto complexo e desafiador de questões para a transição energética e para alcançar os objetivos do Acordo de Paris. 

Como próximos passos, o Secretário Geral pediu aos Co-Presidentes e ao Painel que discutam o relatório e suas recomendações com os Estados-membros e outras partes interessadas antes da COP29 no final deste ano.

Contribuições contínuas da ONU comércio e desenvolvimento

O órgão da ONU para o comércio e o desenvolvimento há muito tempo apoia países em desenvolvimento dependentes em minerais a agregar mais valor local, criar empregos de qualidade e reduzir a dependência de exportação de matérias-primas e a exposição à volatilidade dos preços das commodities

Na preparação do relatório do painel, a ONU Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) liderou frentes de trabalho sobre agregação de valor local e compartilhamento de benefícios, bem como comércio internacional e investimento transparentes e justos.

Olhando para o futuro, a organização está comprometida em garantir que a equidade e a justiça moldem o mercado crescente de minerais críticos, e que a riqueza mineral seja um catalisador para o desenvolvimento sustentável, em vez de aprofundar as desigualdades.

Saiba mais: 



Nações Unidas adotam o inovador Pacto para o Futuro para transformar a governança global


Os líderes mundiais reunidos na Cúpula do Futuro, em Nova Iorque, adotaram hoje o Pacto para o Futuro, documento que inclui o Pacto Digital Global e a Declaração sobre as Gerações Futuras. O Pacto é o resultado de um processo de anos que, de forma inclusiva, busca adaptar a cooperação internacional às realidades de hoje e aos desafios de amanhã. 

O mais amplo acordo internacional em muitos anos, abrangendo áreas totalmente novas, bem como questões sobre as quais não foi possível chegar a um acordo em décadas, o Pacto visa, acima de tudo, garantir que as instituições internacionais possam cumprir suas funções em um mundo que mudou drasticamente desde que elas foram criadas. 

Como disse o Secretário-Geral, "não podemos criar um futuro adequado para nossos netos com um sistema construído por nossos avós".

Legenda: Uma visão ampla do Salão da Assembleia Geral durante a abertura da Cúpula do Futuro.
Foto: © UN Photo/Loey Felipe

De modo geral, o acordo do Pacto é uma forte declaração do compromisso dos países com as Nações Unidas, o sistema internacional e o direito internacional. Os líderes estabeleceram uma visão clara de um sistema internacional que pode cumprir suas promessas, é mais representativo do mundo atual e faz uso da energia e da experiência dos governos, da sociedade civil e de outros parceiros importantes.

"O Pacto para o Futuro, o Pacto Digital Global e a Declaração sobre as Gerações Futuras abrem as portas para novas oportunidades e possibilidades inexploradas", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante seus comentários na abertura da Cúpula do Futuro. 

O presidente da Assembleia Geral, Philemon Yang, observou que o Pacto "lançaria as bases para uma ordem global sustentável, justa e pacífica - para todos os povos e nações".

O Pacto abrange uma ampla gama de questões, incluindo paz e segurança, desenvolvimento sustentável, mudança climática, cooperação digital, direitos humanos, gênero, juventude e gerações futuras, e a transformação da governança global. Os principais resultados do Pacto incluem:

Na área de paz e segurança

  • O compromisso mais progressivo e concreto com a reforma do Conselho de Segurança desde a década de 1960, com planos para melhorar a eficácia e a representatividade do Conselho, inclusive corrigindo a histórica sub-representação da África como uma prioridade.
  • O primeiro compromisso multilateral com o desarmamento nuclear em mais de uma década, com um compromisso claro com o objetivo de eliminar totalmente as armas nucleares.
  • Acordo para fortalecer as estruturas internacionais que governam o espaço sideral, incluindo um compromisso claro de evitar uma corrida armamentista no espaço sideral e a necessidade de garantir que todos os países possam se beneficiar da exploração segura e sustentável do espaço sideral.
  • Medidas para evitar o armamento e o uso indevido de novas tecnologias, como armas autônomas letais, e a afirmação de que as leis de guerra devem ser aplicadas a muitas dessas novas tecnologias.

Sobre desenvolvimento sustentável, clima e financiamento para o desenvolvimento

  • Todo o Pacto foi projetado para impulsionar a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
  • O acordo mais detalhado já realizado nas Nações Unidas sobre a necessidade de reforma da arquitetura financeira internacional para que ela represente e atenda melhor os países em desenvolvimento, incluindo 
    • Dar aos países em desenvolvimento maior voz sobre como as decisões são tomadas nas instituições financeiras internacionais;
    • Mobilizar mais financiamento dos bancos multilaterais para ajudar os países em desenvolvimento a atender às suas necessidades de desenvolvimento;
    • Revisar a arquitetura da dívida soberana para garantir que os países em desenvolvimento possam tomar empréstimos de forma sustentável para investir em seu futuro, com o FMI, a ONU, o G20 e outros participantes importantes trabalhando juntos;
    • Fortalecer a rede de segurança financeira global para proteger os mais pobres em caso de crises financeiras e econômicas, por meio de ações concretas do FMI e dos Estados Membros;
    • E acelerar as medidas para enfrentar o desafio da mudança climática, inclusive por meio de mais financiamento para ajudar os países a se adaptarem à mudança climática e investirem em energia renovável.   
  • Melhorar a forma como medimos o progresso humano, indo além do PIB e capturando o bem-estar e a sustentabilidade humana e planetária.
  • Compromisso de considerar formas de introduzir um nível mínimo global de tributação para indivíduos com alto patrimônio líquido.
  • Em relação à mudança climática, a confirmação da necessidade de manter o aumento da temperatura global em 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais e de fazer a transição dos combustíveis fósseis nos sistemas de energia para atingir emissões líquidas zero até 2050.

Sobre cooperação digital

  • O Pacto Digital Global, anexo ao Pacto, é a primeira estrutura global abrangente para cooperação digital e governança de IA.
  • No centro do Pacto está o compromisso de projetar, usar e governar a tecnologia para o benefício de todos. Isso inclui o compromisso dos líderes mundiais de: 
    • Conectar todas as pessoas, escolas e hospitais à Internet;
    • Ancorar a cooperação digital nos direitos humanos e no direito internacional;
    • Tornar o espaço on-line seguro para todos, especialmente para as crianças, por meio de ações de governos, empresas de tecnologia e mídias sociais;
    • Governar a Inteligência Artificial, com um roadmap que inclua um Painel Científico Internacional e um Diálogo de Política Global sobre IA;
    • Tornar os dados mais abertos e acessíveis, com acordos sobre dados, modelos e padrões de código aberto;
    • Esse também é o primeiro compromisso global com a governança de dados, colocando-a na agenda da ONU e exigindo que os países adotem ações concretas até 2030.

Juventude e gerações futuras

  • A primeira Declaração sobre as Gerações Futuras, com medidas concretas para levar em conta as gerações futuras em nossa tomada de decisões, incluindo um possível Enviado para as Gerações Futuras.
  • Um compromisso com oportunidades mais significativas para os jovens participarem das decisões que moldam suas vidas, especialmente em nível global.

Direitos humanos e gênero

  • Fortalecimento do nosso trabalho em direitos humanos, igualdade de gênero e empoderamento das mulheres.
  • Um apelo claro sobre a necessidade de proteger defensores dos direitos humanos.
  • Sinais fortes sobre a importância do envolvimento de outras partes interessadas na governança global, incluindo governos locais e regionais, sociedade civil, setor privado e outros.

Há disposições no Pacto e em seus anexos para ações de acompanhamento, a fim de garantir que os compromissos assumidos sejam implementados.

O processo da Cúpula do Futuro

O processo da Cúpula e o Pacto foram profundamente enriquecidos pelas contribuições de milhões de vozes e milhares de partes interessadas de todo o mundo.

A Cúpula reuniu mais de 4.000 pessoas, entre Chefes de Estado e de Governo, observadores, representantes do Sistema das Nações Unidas, da sociedade civil e organizações não governamentais. Em um esforço mais amplo para aumentar o envolvimento de diversos atores, a Cúpula formal foi precedida pelos Dias de Ação, de 20 a 21 de setembro, que atraíram mais de 7.000 pessoas representando todos os segmentos da sociedade. Os Dias de Ação apresentaram fortes compromissos por parte de todas as partes interessadas, bem como promessas de US$ 1,05 bilhão para promover a inclusão digital.

Para mais informações, acesse: https://www.un.org/en/summit-of-the-future


Discurso do Secretário-geral da ONU na abertura da Assembleia Geral



Abertura da 79ª da Assembleia Geral da ONU

Discurso do secretário-geral da ONU, António Guterres, durante a abertura do Debate Geral da 79ª sessão da Assembleia Geral, em 24 de setembro de 2024.
Secretário-geral discursa na abertura do debate da 79ª sessão da Assembleia Geral, no dia 24 de setembro de 2024.
Legenda: Secretário-geral discursa na abertura do debate da 79ª sessão da Assembleia Geral, no dia 24 de setembro de 2024.
Foto: © ONU/Loey Felipe


Sr. Presidente da Assembleia Geral, Excelências, senhoras e senhores,

Nosso mundo está em um turbilhão.

Estamos em uma era de transformação épica, enfrentando desafios como nunca vimos antes, desafios que exigem soluções globais.

No entanto, as divisões geopolíticas continuam se aprofundando. O planeta continua esquentando.

As guerras continuam sem nenhuma pista de como terminarão.

E a postura nuclear e as novas armas lançam uma sombra escura.

Estamos nos aproximando do inimaginável - um barril de pólvora que corre o risco de engolir o mundo.

Enquanto isso, 2024 é o ano em que metade da humanidade vai às urnas - e toda a humanidade será afetada.

Estou diante de vocês nesse turbilhão, convencido de duas verdades fundamentais.

Primeiro, a situação do nosso mundo é insustentável.

Não podemos continuar assim.

E, segundo, os desafios que enfrentamos têm solução.

Mas isso exige que nos certifiquemos de que os mecanismos de solução de problemas internacionais realmente os resolvam.

A Cúpula do Futuro foi um primeiro passo, mas ainda temos um longo caminho a percorrer.

Para chegar lá, é necessário enfrentar três grandes fatores de insustentabilidade.

Um mundo de impunidade - em que as violações e os abusos ameaçam a própria base do direito internacional e da Carta das Nações Unidas.

Um mundo de desigualdade - em que as injustiças e as queixas ameaçam minar os países ou até mesmo levá-los ao limite.

E um mundo de incertezas - em que riscos globais não gerenciados ameaçam nosso futuro de maneiras desconhecidas.

Esses mundos de impunidade, desigualdade e incerteza estão conectados e em colisão.

[...] Leia o discurso na íntegra aqui.