segunda-feira, 27 de março de 2023

Tarcísio de Freitas caindo na real?

E o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas teve diante de si nesta quinta-feira (23) a greve dos metroviários. Os trabalhadores pararam por conta de demandas não atendidas pela companhia, entre elas, o abono salarial em relação ao período trabalhado na pandemia.


E a condução do governo paulista em relação a greve foi digna de uma daquelas comédias da Sessão da Tarde, só que não teve graça nenhuma. Primeiro, foi anunciado um acordo entre os trabalhadores e o governo de SP para liberar as catracas. Mas o próprio Metrô entrou na Justiça para derrubar aquilo que anunciou. 


Em nota, os metroviários disseram que o governador mostrou-se "um homem sem palavra". "Assumiu publicamente que iria liberar as catracas para a população. Mas, ao mesmo tempo, acionou a Justiça para impedir as catracas livres."


A juíza Eliane Aparecida da Silva Pedroso, do TRT, foi ainda mais assertiva ao dizer que a companhia praticou conduta antissindical. Ao anunciar que abriria as catracas pra depois entrar com o mandado de segurança pra impedir a abertura, o Metrô, segundo a juíza, "expôs não apenas e gravemente os trabalhadores, mas a população".


E sempre que tem greve em algum serviço público vem o pessoal do "privatiza que resolve". O problema é que é exatamente a concessão de linhas para a iniciativa privada que retira os investimentos necessários para as linhas que não foram privatizadas, já que existe uma enorme transferência de recursos públicos para as concessionárias privadas.


Quer saber como a privatização do Metrô drena recursos que poderiam melhorar o serviço do Estado? Vem com a gente.


Fonte: Jornal Brasil de Fato


Pressão contra o Novo Ensino Médio

E nesta semana, professores de pelo menos 14 capitais brasileiras saíram às ruas em luta pela aplicação do piso nacional da categoria. Embora tenha sido aprovado em 2008, o piso ainda não é cumprido por todos os estados e municípios. 


Os educadores defenderam também a revogação do Novo Ensino Médio, que muita gente ouviu falar, mas poucos sabem o que é.


Se você tem dúvidas e ainda não entendeu como funciona e quais são todos os impactos negativos do chamado NEM, a gente te ajuda a entender aqui.


Fonte: Jornal Brasil de Fato



Selic segue estrangulando a economia. Mas não sobe



Internautas participam de campanha da ONU relatando como sofreram e enfrentaram o racismo


Racismo: desenho como este, de pessoa negra, foi punido por professoraFoto: Myriam/Pixabay

Uma mãe é questionada por uma criança por ser branca e ter um filho negro. Por conta da cor da pele, um homem foi sistematicamente barrado no aeroporto ao longo de dez anos. Um garoto recebeu nota baixa por ter pintado pessoas de preto e não de tom rosado. Uma professora sentiu orgulho ao se ver rodeada por seis colegas negros num Instituto Federal. Estes são alguns dos relatos de pessoas que sofreram e enfrentaram racismo e participaram da 2ª edição da Escuta Digital: Histórias sobre Racismo.

Os depoimentos serão ilustrados e divulgados nas plataformas digitais da @ONUBrasil a partir deste sábado, 25 de março, marcando o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Comércio Transatlântico de Escravos. A iniciativa é do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).

Educação -
 Neste ano, o tema para o dia 25 é "Combater o legado do racismo da escravidão através de educação transformadora". E é justamente a educação a forma encontrada por dois professores para enfrentar o racismo.

A carioca Mônica Pereira da Silva, de 52 anos, conta que fez mestrado e doutorado e trabalhou numa multinacional, mas foi no Instituto Federal de São Paulo (IFSP) que se sentiu representada. Ela trabalhou como professora substituta por dois anos e um dia se deu conta de que estava rodeada por seis professores: "Todos negros. Professores do IFSP. De altíssima competência. Todos eles. Aquela visão encheu meu coração de beleza, gratidão e acolhimento. Senti-me em casa. Pela primeira vez frequentei uma instituição na qual pude ver minha cor de fato representada."

O mineiro Celso Fonte, de 28 anos, relatou que coordena um projeto de simulação das Nações Unidas em Barbacena, onde este ano jovens de 13 a 26 anos discutirão o tema "Parceria Público Privada contra o Racismo
Sistêmico". "Acreditamos que a educação é a melhor ferramenta para reconstruir a sociedade a partir de relações diplomáticas, éticas e que compactuem com a Declaração Universal de Direitos Humanos. Soluções e ações concretas são cruciais para se construir uma sociedade mais humanizada", relata.

Preconceito, da piscina ao aeroporto
 – A paulistana Débora, de 52 anos, conta que estava na piscina de um hotel com o filho de 4 anos quando outra criança perguntou se ela era mãe do garoto. Surpresa, ela respondeu que sim e perguntou o motivo do questionamento: "Você tão branquinha e ele tão pretinho". O paranaense Elton do Nascimento Santos, de 43 anos, conta que era retido pela Polícia Federal todas as vezes que vinha passear no Brasil durante o tempo em que morou em Portugal, entre 2003 e 2013. A esposa, branca, e os filhos, pardos, nunca eram barrados.

O mineiro
Cleunismar Silva, de 42 anos, relata que recebeu uma nota baixa por ter feito um desenho onde pintou as pessoas de preto. A justificativa da professora: o tom de pele das pessoas deveria ser rosado e não preto. Humilhado, ele não queria ir mais a escola, mas ouviu da mãe que ele e os irmãos são iguais a todo mundo e que ser negro é motivo de orgulho.

Estes e outros depoimentos entrarão nos perfis da @ONUBrasil nas redes sociais – Instagram, Facebook, Twitter e TikTok – nesta semana.

Djamila Ribeiro 
– Entre outras atividades para marcar o comércio transatlântico de escravos, a Assembleia Geral das Nações Unidas está organizando um evento no dia 27 de março com a brasileira Djamila Ribeiro, que tem usado o poder da educação para lutar contra a discriminação de afrodescententes no Brasil. Vencedora do prêmio literário Jabuti 2020, ela é autora do livro Pequeno Manual Antirracista, que tem sido usado em escolas de todo o país. O evento será transmitido ao vivo, em inglês, na TV da ONU, entre 8h e 10h (horário de Brasília). 

Programa sobre Escravidão e Comércio Transatlântico de Escravos tem por objetivo jogar luz sobre a história do comércio de escravos, seu impacto no mundo moderno e seus legados, incluindo racismo e preconceito.

A ONU declarou o comércio transatlântico de escravos um crime contra a humanidade, por sua escala e duração - 400 anos entre o século XV e o final do século XIX. Foi a maior remoção forçada de pessoas na história: entre 12 e 14 milhões de africanos, principalmente da África Ocidental, foram capturados, tiveram seus direitos negados e foram vendidos como escravos.

Fonte: ONU Brasil

Lula nomeia mais quatro diretores brasileiros para a Itaipu

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  nomeou mais quatro diretores brasileiros para a Itaipu Binacional numa edição extra do Diário Oficial da União (DOU), publicada na noite de sexta-feira (24), sendo que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também assina o decreto.

São eles:

- Renato Soares Sacramento: diretor técnico executivo, no lugar de David Rodrigues Krug;

- Luiz Fernando Ferreira Delazari: diretor jurídico, no lugar de Mariana Favoreto Thiele;

- Iggor Gomes Rocha: diretor administrativo, no lugar de Paulo Roberto da Silva Xavier e;

- Carlos Carboni: diretor de Coordenação, no lugar do General Luiz Felipe Kraemer Carbonell.

Enio José Verri (PT), diretor-geral brasileiro foi nomeado no dia 10 de março, sendo que o mandato dos novos diretores vai até 16 de maio de 2027, porém os membros da Diretoria Executiva podem ser reconduzidos ou substituídos a qualquer momento pelos governos do Brasil ou do Paraguai, conforme Art. 12 do Anexo A do Tratado de Itaipu.

Na mesma edição, traz ainda a exoneração de André Pepitone do cargo de diretor financeiro executivo da Itaipu Binacional, que fica em vacância.

quarta-feira, 22 de março de 2023

Projeto Circule Um Livro ocorre em São Paulo

Sociedade civil exige cancelamento de decisão que libera cultivo e comércio de trigo transgênico no Brasil


Documento apontando perigos do trigo HB4 à soberania alimentar, à saúde, à biodiversidade e à economia do país foi protocolado junto ao governo federal e a órgãos da Justiça. Organizações reivindicam audiência com ministérios e denunciam que aprovação do trigo transgênico foi feita sem análises de riscos

Foi enviado ao Presidente do Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), o Ministro Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa, um ofício reivindicando o cancelamento da liberação do cultivo de trigo transgênico HB4 e a importação de farinha de trigo transgênico HB4. Assinado por um coletivo de organizações, redes e movimentos sociais, o documento, protocolado nesta segunda-feira (20), reúne informações sobre ilegalidades e violações no processo de aprovação do produto geneticamente modificado, além de perigos à saúde, à biodiversidade, à economia e à soberania alimentar, já que o trigo faz parte da base da alimentação da população brasileira. O texto também foi entregue a outros 10 Ministérios que compõem o CNBS, ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos.

A aprovação do plantio do trigo transgênico no Brasil ocorreu, no último 1º de março, pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), instância responsável pela liberação de organismos geneticamente modificados. As organizações denunciam que a decisão foi tomada sem que houvesse análises técnicas e debates públicos suficientes. Diante da situação, as entidades requerem audiência com as ministras e os ministros que compõem o Conselho e cobram a suspenção dos efeitos da decisão da CTNBio. Reforçam ainda que, muito além de uma questão técnica, a aprovação de biotecnologias no país deve necessariamente incluir a participação de diferentes setores da sociedade.    

 Ilegalidades e perigos à biodiversidade
As organizações que assinam o ofício denunciam que as liberações da importação da farinha e do cultivo do trigo transgênico HB4 violam a Lei de Biossegurança nº 11.105/2005 e o Protocolo de Cartagena, um dos instrumentos da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). O Brasil aderiu ao tratado internacional, mas a Argentina não. Portanto, o processo para a aprovação do produto transgênico no país vizinho deveria se adequar às exigências da legislação brasileira, que são mais rígidas. A decisão tomada pela CTNBio, ainda composta por membros indicados por ministérios do governo de Jair Bolsonaro, surpreendeu, em especial, por se basear em um processo anterior, de 2021, aberto exclusivamente, como afirmava a própria Comissão, para a importação da farinha de trigo transgênica da Argentina, e não para o cultivo do trigo HB4 em território brasileiro.

"A Lei de Biossegurança brasileira estabelece, por exemplo, procedimentos e estudos diferentes para as distintas finalidades de uso, ou seja, as avaliações sobre o consumo ou plantio do trigo transgênicos deveriam ser feitas de forma separada. Trata-se de uma ilegalidade que já faz com que a decisão possa ser anulada", explica Larissa Packer, da organização internacional Grain.

A única audiência sobre o trigo transgênico realizada até hoje pela CTNBio trouxe informações consideradas inconsistentes pelas entidades. O HB4, por exemplo, é modificado para tolerar o glufosinato de amônio, que é altamente tóxico e poderá chegar à mesa da população na forma de pães, massas, pizzas, bolos, salgados, biscoitos, entre outros alimentos de consumo massivo. Ainda assim, não foram ouvidos especialistas em defesa dos direitos de consumidores e consumidoras.

Além disso, o representante da empresa argentina demandante da liberação do produto no Brasil chegou a desvincular o cultivo do trigo transgênico do referido agrotóxico. Curiosamente, a própria Bioceres recomendava em seu site a quantidade mínima do herbicida para seu plantio: dois litros por hectare.

"O processo apresenta informações inconsistentes e até falas equivocadas em audiência pública sobre a farinha de trigo transgênica, o que viola o princípio da legalidade, transparência, participação social e publicidade. Nesta audiência também não houve participação de representantes dos consumidores, o que é indicado na legislação", destaca a assessora jurídica da Terra de Direitos e integrante do o Grupo de Trabalho (GT) Biodiversidade da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Naiara Bittencourt.

Outra preocupação se refere à ausência de estudos nos diferentes biomas do país, o que impede a avaliação sobre o desempenho agronômico do trigo geneticamente modificado, assim como a previsão de riscos ao meio ambiente. Não se comprovou, por exemplo, a efetividade de seu desempenho em áreas de seca, um dos principais argumentos do lobby favorável ao trigo transgênico. "Não houve pesquisas de campo e análises sobre possíveis efeitos adversos à biodiversidade. A eterna promessa envolvendo mais produtividade com menos oferta de água nunca se cumpriu com a soja ou o milho transgênico. Vai se cumprir com o trigo?", questiona o agrônomo Leonardo Melgarejo, que também integra o Grupo de Trabalho da ANA.

Fome e comida mais cara
As organizações também contestam à ideia de que o trigo transgênico seria necessário no combate à fome, problema que atinge pelo menos 33 milhões de pessoas no Brasil, como aponta pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN). Defendem que a introdução do produto no Brasil poderia custar alto economicamente, já que estaria atrelada ao pagamento de royalties às empresas titulares da biotecnologia transgênica. Apesar de ser uma empresa argentina, a Bioceres possui capital aberto na Bolsa de Valores de Nova Iorque e alianças com transnacionais do ramo da alimentação, como Monsanto e Syngenta. Nesse contexto, o trigo HB4 poderia tornar o Brasil mais vulnerável às oscilações do mercado internacional para estruturar sua política alimentar. O impacto da aprovação de trigo transgênico, portanto, recairia no valor da comida. Cabe destacar que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil fechou 2022 com mais que o dobro da inflação sobre os alimentos e bebidas (11.64%), face à inflação geral (5,79%). 

"Também não se comprovou a real possibilidade de segregar o trigo transgênico em suas etapas de cultivo, transporte, armazenamento e processamento. Assim, a biotecnologia transgênica poderia rapidamente se tornar totalitária. Como os plantios convencionais ou agroecológicos ficariam constantemente suscetíveis à contaminação, os direitos de agricultoras e agricultores seriam violados", aponta Leonardo. Nessa situação, o poder de escolha sobre qual tipo de trigo cultivar ou quais insumos utilizar na produção estaria inviabilizado, já que a transgenia é dependente de agrotóxicos. Ainda que fosse possível separar o HB4 das outras culturas de trigo, as organizações ressaltam que tal ação demandaria ainda mais custos à agricultura convencional, orgânica ou agroecológica, o que, mais uma vez, poderia recair no preço dos alimentos no país.  

Fonte: Assessoria de comunicação Terra de Direitos

sexta-feira, 17 de março de 2023

É Possível enfrentar a crise climática, diz WWF Brasil



WWF Brasil

16 de março – Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas
SOLUÇÕES BASEADAS NA NATUREZA
SÃO A SAÍDA PARA A CRISE CLIMÁTICA

Anderson, sem dúvida, a crise climática é um dos grandes desafios que a humanidade enfrenta atualmente. Hoje é Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas (16 de março), data que reforça a necessidade de enfrentarmos e desacelerarmos o aquecimento global com urgência para tirarmos o planeta dessa trajetória de destruição que, se não for contida, será irreversível.

Para isso é necessário promover o debate acerca de soluções sustentáveis e trazer as pessoas para o centro dessa discussão. O WWF-Brasil tem incentivado a participação de comunidades locais e de povos originários, mas também da juventude nas conversas sobre o tema, pois acredita que as próximas gerações têm um papel decisivo no combate à crise climática.

A Restaura Natureza – Olimpíada Brasileira de Restauração de Ecossistemas, que leva a temática ambiental para dentro das escolas e coloca a comunidade escolar como elemento central para a formação de uma nova consciência com hábitos saudáveis e sustentáveis, surgiu dessa necessidade.

O WWF-Brasil também integra o programa VAC (Vozes pela Ação Climática Justa), iniciativa que tem o objetivo de apoiar o engajamento de jovens e mulheres nos espaços de discussão sobre a questão climática, fortalecendo as organizações e populações que estão no centro das decisões com relação à agenda climática. Por exemplo, no Acre, jovens participaram de oficinas que fomentam a comunicação e o ativismo na luta socioambiental.

Também é preciso buscar soluções baseadas na natureza, como o investimento em restauração de ecossistemas. Por isso, o WWF-Brasil realiza projetos de restauração nos biomas brasileiros porque já não basta parar de destruir, temos que recuperar o que foi perdido e nos reconectar com a natureza.

#JuntosÉPossível transformar a realidade e construir o futuro, mas #AgirÉUrgente. Apoie nossos projetos de restauração e ajude a proteger a vida!

Quero ajudar a natureza

Dia Internacional do Panda

Hoje (16/3) também é o Dia Internacional do Panda, uma espécie simpática e carismática que já esteve ameaçada de extinção, mas graças ao trabalho de conservação e proteção de muitas organizações, incluindo o WWF, atualmente é considerado um animal em estado de vulnerabilidade.

O panda-gigante (Ailuropoda melanoleuca) pode pesar cerca de 90kg e medir 1,50m, mas é extremamente flexível e fofo. Foi escolhido como símbolo do WWF porque a instituição nasceu como um fundo internacional para a conservação dos ursos pandas na China. Além disso, seria um símbolo facilmente reconhecido por todos e que poderia ser usado em impressões mais econômicas, em preto e branco.


O
logotipo foi inspirado na panda fêmea Chi-Chi, que tinha acabado de chegar ao Zoológico de Londres em 1961 –época em que a espécie estava ameaçada de extinção–, e encantou o mundo todo.

#ÉTempoDeRestaurar   #JuntosÉPossível



Oportunidade de emprego Yara Fertilizantes - Ponta Grossa 16/03/2023

quarta-feira, 15 de março de 2023

Faltam 10 dias para a #MaiorHoraDoPlaneta




WWF Brasil

25 de março, às 20h30
Prepare-se para a #MaiorHoraDoPlaneta

Anderson, faltam apenas 10 dias para o evento que vai unir o mundo inteiro em apoio ao planeta: a #HoraDoPlaneta 2023 acontece no último sábado de março (25/3), às 20h30 (horário local).

Criado em 2007 em Sydney, na Austrália, o movimento mundial tem como objetivo conscientizar indivíduos, empresas e poder público a respeito dos desafios socioambientais da atualidade, como a perda da natureza e a emergência climática.

No Brasil, a ação acontece desde 2009 sob coordenação do WWF-Brasil, e conecta milhões de pessoas no país e no mundo, que apagam as luzes por uma hora, demonstrando que é urgente agir pela nossa casa em comum: a Terra. Uma única pessoa fazendo esse gesto pode parecer pouco, mas quando todos nós nos unimos, podemos criar a #MaiorHoraDoPlaneta!

Como participar?

Para participar é muito simples. Convide os amigos, familiares e quem mais quiser para no dia 25 de março, dedicar uma hora para o planeta em prol do cuidado da nossa casa compartilhada: seja limpando a praia, plantando árvores, se engajando em movimentos comunitários e até mesmo desligando as luzes de casa por 60 minutos a partir das 20h30 (horário local).

Se todos se unirem nessa mobilização global, podemos criar a #MaiorHoraDoPlaneta de toda a história.

Informações

Quando: 25 de março
Horário: 20h30 (horário local)
Onde: Em casa, com os amigos ou onde estiver

Visite o site especial da Hora do Planeta, inscreva a sua ação e receba um certificado digital pela participação. Além disso, você pode baixar os materiais exclusivos para divulgar o movimento nas redes sociais e em sua comunidade. Convide seus amigos, familiares e vamos dedicar uma hora para o planeta porque #JuntosÉPossível.

Inscreva sua ação para a hora do planeta

#ÉTempoDeRestaurar   #JuntosÉPossível



segunda-feira, 13 de março de 2023

Mc Pipokinha não me ofende, o descaso com a Educação é com Educadores sim

O texto abaixo deveria ser lido por todos e todas.

Seria interessante  ler esse texto.   Deixa eu falar…

(Andrea Serpa - professora da UFF)

Li várias respostas indignadas as declarações dessa "artista" MC Pipoquinha que debochou de um professor ganhar 5 mil reais enquanto ela ganha 70 mil pra rebolar a bunda 30 min.

Não me ofende. Falou uma verdade.
Apenas "mostrou" - e é essa a função dos monstros que cada cultura produz: mostrar - a alma dessa sociedade.

Não passamos décadas ensinando aos nossos filhos que o objetivo da vida é "ganhar dinheiro"? Ela ganha! Muito mais que eu!

Não idolatramos e alimentamos a fortuna de jogadores de futebol, modelos, influencer, coach, pastores, e artistas de talento duvidoso?! Muitos não ostentam em igual proporção uma vida glamourosa e um caráter pífio, medíocre?

Tenho 35 anos de carreira. Doutorado em Educação. Quantas Prefeituras me convidam para ministrar formação docente a troco de transporte e de um prato de comida, enquanto pagam cachês de 500 mil para alguém cantar "senta senta, toma toma"?!

Então "Pipokinha" falou alguma mentira? Ofende quando ela fala?! Não.
Ofende é saber que é verdade. Que nossa sociedade - e seus representantes legais - consome, valoriza e aplaude isso, enquanto chama professores e professoras de "vagabundos, despreparados, comunistas, doutrinadores, pedófilos…". Ai está verdadeira ofensa.

Pagar 5 mil para um professor é o que ofende!
Oferecer 5% de reajuste é o que ofende!
Atrasar os salários é o que ofende!
Não pagar os aposentados é o que ofende!
Escolas insalubres, sem ar, sem infraestrutura mínima e digna é o que ofende!
Não ter plano de carreira é o que ofende!
Não ter segurança é o que ofende!
Não ter hora de planejamento é o que ofende!

Somos ofendidas de muitas e perversas maneiras todos os dias. Pelo governo, pelas coordenadorias, pelas famílias, e até por certas direções.

MC Pipokinha, não chega nem perto das graves e cotidianas ofensas que a Docência enfrenta. Nem perto.

Andréa Serpa
09/02/2023


sexta-feira, 10 de março de 2023

1º Fórum Paraná Lixo Zero 2023 está com as inscrições abertas

A primeira edição do Fórum Paraná Lixo Zero 2023 será realizada em Pinhais, no dia 28 de abril, no auditório da Secretaria de Educação. O evento, organizado pelo Paraná Lixo Zero, e idealizado pelo Instituto Lixo Zero Brasil, conta com o apoio da Prefeitura de Pinhais, por meio da Secretaria de Meio Ambiente.

O Fórum terá como tema "A importância do Lixo Zero na proteção do nosso clima", um evento de inteligência, que visa debater as melhores práticas e soluções para a gestão de resíduos sólidos do Paraná. O encontro reunirá especialistas, catadores e catadoras de materiais recicláveis, líderes empresariais, autoridades governamentais e representantes da Sociedade Civil para compartilhar e difundir ideias e experiências relacionadas à gestão Lixo Zero de Resíduos Sólidos.

O evento é gratuito e aberto ao público, mas é preciso se inscrever por meio do formulário eletrônico, disponível no link: https://www.sympla.com.br/evento/forum-parana-lixo-zero-2023-a-importancia-do-lixo-zero-na-protecao-do-nosso-clima/1886285?share_id=0&fbclid=PAAaY3Iuc-rx5D_8W04y3m3Zd1wyRi-mPg7MFnujmtFUPWr15BwejcmMBl3Lc

Mais informações e detalhes no site Paraná Lixo Zero - www.paranalixozero.com.br 

Vaga para Assistente expedição Temporária - empresa Yara - Ponta Grossa-PR

Vaga para Assistente expedição Temporária - empresa Yara - Ponta Grossa-PR

Para mais informações, clique no link abaixo:

segunda-feira, 6 de março de 2023

O trabalho escravo revela uma face sombria do Brasil

Em 22 de fevereiro, uma operação da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT-RS), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal resgatou 207 trabalhadores em situação análoga à escravidão na colheita da uva em Bento Gonçalves, interior do Rio Grande do Sul. O fato em si e a repercussão que causou trouxeram à tona retratos de parte de um país que ainda carrega uma forte herança escravocrata e que não consegue refletir sobre sua história e sua realidade.


Chamou a atenção, por exemplo, a lamentável nota do Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Bento Gonçalves, que tentou desviar das empresas a responsabilidade pela contratação de pessoas em situação degradante, buscando atribuir culpa ao que chamou de  "assistencialismo".  Quem resumiu a nota de forma precisa foi a historiadora e pesquisadora Denise De Sordi.


"A situação toda é absurda. Essa associação entre 'sistema assistencialista', 'que não contribui para a sociedade' e que 'isso gera falta de mão de obra' é um absurdo, um completo descolamento da realidade do Brasil, da realidade das condições de trabalho que são enfrentadas pelos trabalhadores todos os dias"", disse. Confira aqui.


Mas a reação não parou por aí. Em um discurso aberrante, o vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul (RS), afirmou que os empresários não deveriam contratar "aquela gente lá de cima", porque "a única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor", sugerindo explorar trabalhadores argentinos. O diretório nacional do Patriota anunciou a expulsão do parlamentar na quarta-feira (1º).


E quem denuncia os crimes cometidos contra os trabalhadores também enfrenta consequências. A presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej), Jane Becker, foi ameaçada de morte na quinta-feira (2), dois dias após o sindicato denunciar condições de trabalho análogas à escravidão em uma obra da prefeitura catarinense. A denúncia foi publicada no jornal Folha Metropolitana, na terça-feira (18), e o repórter Leandro Schmitz foi demitido após a publicação. Leia a história completa.

 

Descaso com a fiscalização


É importante frisar que a operação na colheita de uva do interior gaúcho foi possível mesmo com o sucateamento das condições de trabalho dos responsáveis pela fiscalização. O auditor fiscal do trabalho Maurício Krepsky contou ao Brasil de Fato os reflexos desse descaso, que talvez seja proposital...


"Um grande problema que já vem se arrastando há muito tempo é a falta de concurso público para o cargo. Isso torna a atuação do combate ao trabalho escravo um desafio cada vez maior, porque com o passar do tempo, os auditores vão se aposentando e não temos a reposição esperada", disse. Veja a análise.


Outro fato que marcou a semana se relaciona aos 32 trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão em um canavial da zona rural de Pirangi, no interior paulista, no final de janeiro. Segundo as inspeções realizadas pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel, da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), os trabalhadores foram aliciados por representantes de uma empresa que presta serviços de capina e replante de mudas para uma fazenda que é fornecedora de uma gigante do ramo açucareiro, a Colombo Agroindústria, que produz o açúcar refinado CaravelasConfira a história toda.

 

A expropriação de terras onde se explora o trabalho escravo


O coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, observou, em entrevista ao Brasil de Fato, que o caso ocorrido no Rio Grande do Sul não é isolado. "Se pegar e fiscalizar o agro brasileiro, vai achar diversas áreas muito parecidas com a que foi encontrada na vinícola agora", aponta. Ele lembra ainda que é preciso efetivar punições já previstas na legislação em episódios como este. "O que manda a Constituição é que essas áreas que tiveram trabalho escravo deveriam ser destinadas para a reforma agrária, e não só ter uma multa. A lei diz isso."


Na avaliação do dirigente, além de combater o trabalho em condições análogas à escravidão, é preciso estar atento a outros fatores. "As condições em geral do trabalhador do campo são muito precárias. E o que nos preocupa é a invisibilidade do trabalho precário no campo em todo o país, com uma média salarial muito baixa e poucos direitos."
A entrevista na íntegra aqui.

 

Vinho sem trabalho escravo


Há diversas iniciativas hoje no Brasil que respeitam não só os princípios agroecológicos como também não fazem uso da exploração degradante de diversos gigantes do agronegócio. 


É o caso do Sítio Rosa do Vale, uma propriedade rural voltada, em especial, para a produção de uvas que dão origem a sucos e vinhos. O local também está sendo organizado para se tornar um ponto turístico direcionado para a cultura do vinho, o turismo e o afroturismo. Saiba mais.

 

E uma boa notícia...


Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) anunciou nesta semana o retorno da Feira Nacional da Reforma Agrária, ao Parque da Água Branca, em São Paulo. O evento está programado para acontecer entre 10 e 14 de maio. Mais informações e um pouco da história da feira aqui.
 

Boa leitura, 

Glauco Faria

Editor chefe do Brasil de Fato