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segunda-feira, 27 de junho de 2022

16ª Feira de Sementes Nativas e Crioulas ocorrerá em Juti-MS

A 16ª Feira de Sementes Nativas e Crioulas ocorrerá em Juti-MS nos dias 15, 16 e 17 de julho de 2022. 

(Clique nas imagens abaixo para mais detalhes):



15 de julho de 2022

Das 08:00:00 às 16:00:00

Inscrições e entrega de materiais

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Das 13:30:00 às 17:00:00

Reunião da CPOrg- MS

 

Das 19:00:00 às 20:30:00

Solenidade de Abertura e Apresentações Culturais

 

Das 20:30:00 às 22:30:00

Confraternização e Troca e Exposição de Sementes

 

Das 22:00:00 à 01:00:00

Show - André Santini; Maria Cecília e Rodolfo

 

 

16 de julho de 2022

 

Das 07:00:00 às 08:30:00: Café com prosa

 

Das 08:30:00 às 10:00:00

Palestra Magna: “Serviços Ecossistêmicos e Ambientais: Afinal o que é isso?”

(José Felipe Ribeiro – Embrapa Cerrados)

 

Das 10:00:00 às 11:30:00: Mesa Redonda

“Sementes e Raças Crioulas: Multiplicação, Armazenamento e Comercialização” (André Jantara – Coletivo Triunfo Paraná – ASPTA, Guardião de Sementes Crioulas - Coletivo Triunfo Paraná – ASPTA, Arildo Cebalio - Aldeia Lagoinha – TI Cachoeirinha – Miranda MS, Juan Carlos Suárez Rocha – Bolivia)

 

Das 11:30:00 às12:00:00: Palestra

“Ferramenta de Comercialização Leilão para Você

 

Das 12:00:00 às 13:30:00: Almoço

 

Das 13:30:00 às 14:30:00: Apresentação de trabalho na forma de banner

 

Das 14:30:00 às 17:30:00 - Oficinas e Minicursos abaixo:

- Aproveitamento integral dos alimentos (Mariana Marques Correa & Kellyn Cristina Pereira Guedes - Agraer Campo Grande)

- Assegure abundância de alimentos, renda contínua e aumento da biodiversidade com sistemas agroflorestais (Milton Parron Padovan - Embrapa Agropecuária Oeste)

- Caminhos e estratégias para acessar o crédito agrícola (Olacio Komori – APOMS)

- Conteúdos e metodologias para a educação ambiental e educação em agroecologia (Alejandro Lasso - CCHS/UFMS)

- Criação e produção de abelhas nativas sem ferrão (Jovelina Maria de Oliveira – AGRAER)

- Cultivo da erva-mate: diferentes possibilidades (Eny Duboc - Embrapa Agropecuária Oeste)

- Empreendedorismo rural: Prospecção sustentável (Viviane Mallmann e Lucas Wagner Ribeiro Aragão - Agrorecanto MyA Terra)

- Impacto dos Agrotóxicos no Ambiente e na Vida da População Sul Matogrossense (Fernanda Savick – FIOCRUZ)

- Insumos e Caldas Alternativas para Produção Orgânica (Alfeu Ohlweiler - AGRAER Bandeirantes)

- Manejo de pragas em hortaliças (Donato Montaño Vargas – SEDACRUZ)

- Práticas Culturais para controle de Pragas em Sistemas Agroecologicos (Alberto Feiden - Embrapa Pantanal/ PPGDRS – UNIOESTE)

- Processamento e utilização da Mandioca na Alimentação Humana (Inês Monteiro Ortega - AGRAER – Itaporã)

- Produção de doces, geléias e licores (Associação Sabores do Cerrado - Assentamento Lagoa Grande – MS)

- Quintais Produtivos (Coletivo Triunfo Paraná – ASPTA)

Das 18:00:00 às 20:00:00 - Jantar

 

Das 20:00:00 às 22:00:00 - Trocas de Experiências e Sementes

 

Das 22:00:00 às 01:00:00 - Show - João Lucas e Walter Filho

 

17 de julho de 2022

Das 07:00:00 às 08:00:00 - Café com prosa

 

Das 08:00:00 às 09:00:00 - Palestra

“Meio Ambiente e Políticas Públicas - Geraldo Augusto – UFMS”

 

Das 09:00:00 às 12:00:00 - Oficinas e Minicursos:

 

- Amostragem de Solo para Agricultura Familiar (Marcelo Barcelo Gomes - IFMS Câmpus Naviraí)

- Biojóias (Associação Sabores do Cerrado Assentamento Lagoa Grande – MS

Caldas e Biofiertilizantes)

- Compras públicas da Agricultura familiar e agroindustrialização (Denise de Miranda - Agraer Campo Grande)

- Cultivo de Orquídeas (Orquidário Rainha – Mundo Novo)

- Elaboração participativa de editais para Alimentação Escolar em Ladario MS (Laura Helena Ferreira de Oliveira, Nutricionista, Gestora de Atividades Educacionais da prefeitura de Ladario)

- Hidroponia de Baixo Custo: Alternativa na Produção de Hortaliça (Daniel Zimmermann Mesquita - IFMS Câmpus Naviraí)

- Plantas medicinais e aromáticas, biodiversidade e criação de produtos para gerar valor na renda (Ana Leticia Sartori Xavier - Raiz Nativa)

- Produção de doces, compotas e antepasto (Mariana Marques Correa & Kellyn Cristina Pereira Guedes - Agraer Campo Grande)

- Sementes do amor: como a mandala pode ser um recurso terapêutico de integração em tempos de pandemia (Zuleica Parobé – Psicóloga)

- Semi Conservas a base de Pescado (Ana Maria da Silva - PPGDRS – UNIOESTE)

- Visita ao Banco de Sementes Crioulas de Juti (Instituto Cerrado Guarani)

 

Das 12:00:00 às 13:30:00 - Almoço

 

Das 13:00:00 às 15:00:00 - Trocas de sementes

 

16:00:00 - Encerramento

 

Para mais informações, inscrições e submissões de trabalhos, clique em https://sementescrioulas.com.br/


Outros eventos similares: 

Feira de Sementes Crioulas ocorrerá em Julho no município de Mangueirinha

18ª Feira Regional de Sementes Crioulas ocorrerá em agosto em Fernandes Pinheiro - PR

terça-feira, 28 de abril de 2020

Governo avança sua ofensiva contra a Mata Atlântica


Possível novo decreto pode reduzir a Mata Atlântica em 110 mil km 2 para beneficiar interesse do setor imobiliário

No manifesto "Continuam Tirando o Verde da Nossa Terra", a SOS Mata Atlântica alerta para o que considera ser o maior atentado contra o bioma e os patrimônios ambientais do Brasil. Conforme notícia do portal Direto da Ciência, (24/04), está na Casa Civil da Presidência da República uma minuta de decreto que altera os limites do domínio da Mata Atlântica, reduzindo seu tamanho e abrangência em mais de 10% do seu território. Isso representa a perda de 110 mil km2 do bioma. Assim como noticiado no site da Fundação, esse não é o primeiro ataque do Governo Brasileiro à Mata Atlântica que, em meio à pandemia do novo Coronavírus e a atual crise política, soma mais um grave atentado à já extensa lista de agressões ao meio ambiente.
"É inacreditável, não há outra palavra. Este desgoverno precisa ser freado em suas intenções e agressões contra o meio ambiente e à Constituição Federal que declara a Mata Atlântica como Patrimônio Nacional. Voltamos à década de 1960, quando os governantes estavam a serviço de um modelo insustentável de crescimento", afirma Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas, da Fundação SOS Mata Atlântica.
A Lei da Mata Atlântica é uma conquista da sociedade, fruto de 14 anos de construção conjunta no Congresso Nacional, envolvendo a comunidade científica, ONGs, setores produtivos e os entes federados – União, Estados e Municípios. O mapa da aplicação da Lei, regulamentado no Decreto 6.660/2008, em vigor até este momento, é resultado de bases científicas e não da pressão setorial e política. Além disso, Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e atos de todos os 17 estados do bioma também regulamentam a implementação da Lei da Mata Atlântica.
Historicamente, o bioma passou por um processo de degradação que acompanhava o mito da abundância e do crescimento a qualquer preço, modelo ultrapassado que este governo retoma agora com suas ações. Diversas atividades representam pressões sobre a Mata Atlântica e a mais recente delas é a especulação imobiliária e a urbanização sem planejamento das cidades brasileiras.
"Em certo momento, a poluição era símbolo de desenvolvimento, depois o desmatamento. Agora, é tudo isso junto. É só olharmos para os ataques à Lei da Mata Atlântica, a possibilidade de votação da 'MP da Grilagem', o sucateamento e fragilização do Ibama e do ICMBio, ao decreto de revisão de multas por danos ambientais, entre outros temas", reforça Mantovani.
Neste novo decreto, que regulamenta a Lei da Mata Atlântica, o governo pretende excluir alguns tipos de vegetação do bioma, como áreas de estepe, savana e savana-estépica, vegetação nativa das ilhas costeiras e oceânica e áreas de transição entre essas formações, além de outras (campos salinos, áreas aluviais, refúgios vegetacionais).
Por trás destas supressões no bioma está o interesse do setor imobiliário em utilizar essas áreas para a construção de novos empreendimentos. Essas mudanças facilitam o setor, uma vez que, na atual versão, a Lei da Mata Atlântica autoriza o desmatamento apenas em obras de interesse público – que em alguns casos conseguem se enquadrar. Se confirmado, o decreto dispensaria a autorização prévia do Ibama para desmatamentos de áreas maiores do que o limite atual, passando a autorização apenas para órgãos ambientais locais. O limite de 50 hectares por empreendimento poderia ser ampliado para 150 hectares. Em áreas urbanas, o limite de três hectares passaria a ser de 30 hectares.
Com isso, a Mata Atlântica pode ser reduzida em mais de 10% do seu território, em áreas estratégicas para a regulação do clima, abastecimento de água e biodiversidade, conforme dados do Atlas da Mata Atlântica, monitoramento do bioma feito pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
"Essa barbárie contra a floresta de maior biodiversidade do Planeta não pode imperar. É um SOS não apenas à Mata Atlântica, mas até mesmo para os próprios setores que têm a falsa ideia que degradar o meio ambiente pode trazer benefícios a eles. Pelo contrário, o mundo tem mostrado que a sustentabilidade baseada no investimento na economia verde é o que salvará as atividades humanas", finaliza Mantovani.

Crédito: Fundação SOS Mata Atlântica

domingo, 26 de abril de 2020

Expedição é criada para localizar harpia rara no Paraná


Rara no Estado, a imagem da maior ave de rapina do País registrada no espaço paranaense despertou a esperança de que ainda haja outros indivíduos nessa região e, talvez, no Parque Nacional do Iguaçu.

Um gavião-real, cuja imagem faz parte do brasão da bandeira do Estado do Paraná, foi visto na semana passada no município de Coronel Domingo Soares. As imagens surpreenderam toda a comunidade paranaense de ornitólogos e técnicos de conservação do Instituto Água e Terra (IAT). Será montado um plano de ação emergencial de averiguação e monitoramento da área do registro, para estabelecer um plano territorial de conservação da espécie no Estado. A equipe sairá em uma primeira expedição neste fim de semana.
A harpia ou gavião-real é a maior ave de rapina do Brasil e considerada criticamente em perigo no Paraná pela lista de extinção estadual de 2018.
A presença no Estado despertou a esperança de que ainda haja outros indivíduos nessa região e talvez no Parque Nacional do Iguaçu. Há anos não se tem nenhum registro da espécie em vida livre no Paraná.
A bióloga Paula Vidolin, doutora em Conservação da Natureza e chefe do setor de Fauna do IAT, diz que o objetivo principal da expedição é, além de tentar novos registros da harpia, conversar com a comunidade local para orientar sobre a importância do achado, a preservação da espécie e como todos podem contribuir para otimizar as ações dos órgãos ambientais.
“A presença dessa ave no sul do país é cada vez mais rara, devido à transformação da paisagem e, principalmente, pelo abate praticado por caçadores, colecionadores e por pessoas que temem os ataques a animais domésticos”, explicou a bióloga. Ela ressalta que se trata de um registro extraordinário e que tem ainda um valor moral pelo fato de compor o principal símbolo paranaense. Vidolin disse que a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo está unida com a comunidade científica e que conta, ainda, com o apoio da Força Verde para ações de monitoramento local.
Pedro Scherer Neto, ornitólogo paranaense e um dos envolvidos na ação, chama a atenção para o fato de essa espécie ser uma águia poderosa do topo da cadeia alimentar. “Estamos trabalhando com dois vértices”, diz. “O positivo é para que muitas pessoas se interessem e se dediquem a procurar a ave. De ordem negativa temos o risco do interesse pela caça, podendo ocasionar a extinção completa no Paraná. A sensibilização para a preservação é importante nesse momento e que pode ser estendida para outras espécies”.
RARIDADE – Conhecida como gavião-real ou uiraçu (Harpia harpyja), é a maior ave de rapina que ocorre no Brasil. Habita as florestas de todo o Brasil onde constrói seu ninho em grandes árvores emergentes. Nesta espécie a fêmea é bem maior que o macho. A harpia está no brasão do Estado do Paraná e é um símbolo muito importante pelo poder e força que representa.
A presença da ave ocorria, principalmente, na região oeste paranaense de onde provem as maiores provas de sua existência nas grandes florestas. Peles dessas aves estão expostas no Museu de História Natural “Capão da Imbuia” e há inúmeros relatos pessoais de proprietários de fazendas onde a atividade econômica era a exploração madeireira.
No Paraná foi inserida na lista de aves em extinção em 2018 sob a categoria criticamente em perigo. Em contrapartida, o Criadouro de Itaipu Binacional, em Foz de Iguaçu, é o centro de reprodução de animais silvestres que mais cria harpia no mundo.
CONTATO – Cientistas e técnicos do IAT chamam a atenção de observadores de aves, proprietários de áreas na zona rural e interessados em conservação que apoiem as ações registrando as observações.
Qualquer pessoa que aviste a harpia deve entrar em contato com o órgão ambiental através do Projeto Detetives da Natureza, de preferência, com registro de imagens.
O Projeto visa estimular o registro fotográfico das espécies da fauna e flora nativa Paraná por meio da Plataforma iNatyuralista.
O app é gratuito e após baixar basta acessar com uma conta do Google, facebook ou outras redes sociais.
Nos próximos dias uma ferramenta de registro voluntário estará disponível no site do próprio IAT a fim de facilitar o acesso e a coleta de informações sobre a harpia. O canal será disponibilizado para o público. Em caso de dificuldade de acesso também pode ser utilizado o e-mail iapfauna@iat.pr.gov.br.
EXPEDIÇÃO – Participam da expedição os técnicos do Escritório Regional do IAT de Pato Branco, Pedro Scherer Neto (ornitólogo), Rômulo Cícero Silva (ornitólogo) e Glauco Oliveira (ornitólogo/naturalista/fotógrafo).
Fonte: IAT

terça-feira, 31 de março de 2020

Venda de pinhão está liberada a partir de quarta-feira no Paraná

Colheita, venda, transporte e armazenamento do fruto são proibidos antes do dia 1º de abril para garantir o consumo sustentável e proteger a reprodução da araucária.


O Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, libera a partir dessa quarta-feira (01.04) a colheita, venda, transporte e armazenamento do pinhão. A recomendação é que a semente seja colhida de pinhas que já caíram, sinal mais garantido de sua maturação. Além disso, evita que a pessoa corra o risco de queda ao subir numa araucária.
As normas e instruções são estabelecidas na Portaria IAP nº 046/2015 e tem como objetivo conciliar a geração de renda e proteger a reprodução da araucária, árvore símbolo do Paraná e ameaçada de extinção.
“Quando o pinhão cai ao chão é uma oportunidade para animais, como a cutia, ajudarem a semear em outros lugares, garantindo a reprodução da araucária”, explica o gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Alvaro Cesar de Góes.
A semente da araucária se forma dentro de uma pinha, fechada, que com o tempo vai abrindo até liberar o pinhão, o qual precisa de quatro anos para completar o seu amadurecimento.
As pinhas maduras desprendem dos galhos geralmente entre os meses de abril a agosto e quando arrebentam esparramam as sementes do seu interior.
“Além de servir de alimento para a fauna local, o hábito de comer pinhão foi herdado de algumas tribos indígenas, sendo agora produto tradicional nas festas juninas e também utilizadas em várias receitas”, relata Góes.
PROIBIDO – Mesmo sendo colhido na data permitida, é proibido o consumo e venda do pinhão verde. As pinhas imaturas apresentam casca esbranquiçada e alto teor de umidade. Se consumido, pode muitas vezes prejudicar a saúde, podendo causar problemas como a má digestão, náuseas e até episódios de constipação intestinal.
Isso acontece, em grande parte, porque neste estado a semente apresenta um alto teor de umidade, o que favorece a presença de fungos, podendo o alimento se tornar até tóxico para o consumo humano.
MULTA - De acordo com as normas ambientais, a pessoa que for flagrada na venda, transporte ou no armazenamento do pinhão antes de 1º de abril está sujeita a responder a processos administrativo e criminal, além de receber auto de infração ambiental e multa de R$ 300,00 para cada 60 quilos de pinhão.
DENÚNCIAS - A venda de pinhões trazidos de outros Estados também não é permitida, sendo obrigatório respeitar as normas locais. Denúncias sobre a venda irregular de pinhão e demais infrações ambientais, podem ser feitas no link Fale Conosco, no site do órgão, pelo telefone do IAT Curitiba: (41) 3213-3700 ou regionais do IAT e Polícia Ambiental.

sábado, 28 de março de 2020

Organizações criticam proposta de Política Nacional de Recursos Genéticos e Agrobiodiversidade do MAPA


Proposição do Ministério da Agricultura preocupa agricultores, povos indígenas e comunidades tradicionais

Agricultores, povos indígenas e comunidades tradicionais manifestam intensa preocupação com a proposta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para implementação de uma Política Nacional de Recursos Genéticos da Agrobiodiversidade (PNRGA)Inscrita na Portaria nº 1, de 6 de janeiro de 2020, a consulta pública à proposta elaborada pelo Ministério contem graves problemas, assim como o conteúdo da proposta, apontam diversos atores sociais.
Em carta aberta, um conjunto de redes e organizações de atuação na pauta da agrobiodiversidade, entre eles a Terra de Direitos, detalha os problemas contidos na proposta e no método de escuta à população. De acordo com os assinantes da carta, foram submetidas propostas de alteração da redação da Política Nacional. No entanto, a importância da política ainda demanda amplo e aberto debate público.
:: Acesse aqui a CARTA ABERTA SOBRE A POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS GENÉTICOS DA AGROBIODIVERSIDADE E A CONSULTA PÚBLICA REALIZADA PELO MAPA
No documento as organizações assinantes destacam que não houve participação democrática e consulta aos sujeitos que promovem a agrobiodiversidade, como agricultores familiares, guardiões de sementes, povos indígenas e comunidades tradicionais. “A consulta pública apresentada pelo MAPA foi disponibilizada apenas de forma virtual, sem qualquer processo de participação ou debates presenciais”, aponta um trecho. O documento sublinha a extinção do Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – espaços centrais de participação direta da sociedade desmontados pelo Decreto 9.759/2019, numa das fortes ações de destruição de espaços institucionais democráticos pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
A carta ainda traz críticas à ausência de diretrizes de promoção da cultura presentes na Política de Recursos Genéticos e Agrobiodiversidade, dimensões presentes na cultura alimentar, a valorização e uso de plantas medicinais, dentre outras, fruto dos conhecimentos tradicionais dos agricultores, povos e comunidades tradicionais. A mercantilização e financeirização da agrobiodiversidade, por meio das ações previstas junto ao setor privado, também é objeto de crítica, entre outras.