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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Feira de Sementes e Mudas do Litoral será realizada em Morretes

É com alegria e satisfação que partilhamos o convite para a Feira de sementes e mudas do litoral: Direito dos povos e das sementes crioulas.

Os municípios do litoral do Paraná fazem parte da maior faixa contínua de Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo. Porém, mais de 90% da sua extensão original está destruída. Numa atualidade onde as crises hídricas e de produção de alimentos estão cada vez mais constantes, é fundamental apoiar uma Agricultura que contribua na conservação e aumento da Agrobiodiversidade.

Vamos celebrar nossa diversidade cultural e de saberes, num território abundante de vida e de paisagens lindas. 

A feira acontece nos dias 12 e 13 de novembro, na Praça Rocha Pombo, centro de Morretes/PR. Além das bancas com produtos da agricultura familiar, dos povos originários e quilombolas, teremos mais de 15 oficinas e rodas de conversa. Acompanhe para saber das novidades e como se inscrever!

Se acheguem com as sementes crioulas, mudas, histórias e saberes para multiplicar e partilhar nesse encontro.

segunda-feira, 27 de junho de 2022

16ª Feira de Sementes Nativas e Crioulas ocorrerá em Juti-MS

A 16ª Feira de Sementes Nativas e Crioulas ocorrerá em Juti-MS nos dias 15, 16 e 17 de julho de 2022. 

(Clique nas imagens abaixo para mais detalhes):



15 de julho de 2022

Das 08:00:00 às 16:00:00

Inscrições e entrega de materiais

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Das 13:30:00 às 17:00:00

Reunião da CPOrg- MS

 

Das 19:00:00 às 20:30:00

Solenidade de Abertura e Apresentações Culturais

 

Das 20:30:00 às 22:30:00

Confraternização e Troca e Exposição de Sementes

 

Das 22:00:00 à 01:00:00

Show - André Santini; Maria Cecília e Rodolfo

 

 

16 de julho de 2022

 

Das 07:00:00 às 08:30:00: Café com prosa

 

Das 08:30:00 às 10:00:00

Palestra Magna: “Serviços Ecossistêmicos e Ambientais: Afinal o que é isso?”

(José Felipe Ribeiro – Embrapa Cerrados)

 

Das 10:00:00 às 11:30:00: Mesa Redonda

“Sementes e Raças Crioulas: Multiplicação, Armazenamento e Comercialização” (André Jantara – Coletivo Triunfo Paraná – ASPTA, Guardião de Sementes Crioulas - Coletivo Triunfo Paraná – ASPTA, Arildo Cebalio - Aldeia Lagoinha – TI Cachoeirinha – Miranda MS, Juan Carlos Suárez Rocha – Bolivia)

 

Das 11:30:00 às12:00:00: Palestra

“Ferramenta de Comercialização Leilão para Você

 

Das 12:00:00 às 13:30:00: Almoço

 

Das 13:30:00 às 14:30:00: Apresentação de trabalho na forma de banner

 

Das 14:30:00 às 17:30:00 - Oficinas e Minicursos abaixo:

- Aproveitamento integral dos alimentos (Mariana Marques Correa & Kellyn Cristina Pereira Guedes - Agraer Campo Grande)

- Assegure abundância de alimentos, renda contínua e aumento da biodiversidade com sistemas agroflorestais (Milton Parron Padovan - Embrapa Agropecuária Oeste)

- Caminhos e estratégias para acessar o crédito agrícola (Olacio Komori – APOMS)

- Conteúdos e metodologias para a educação ambiental e educação em agroecologia (Alejandro Lasso - CCHS/UFMS)

- Criação e produção de abelhas nativas sem ferrão (Jovelina Maria de Oliveira – AGRAER)

- Cultivo da erva-mate: diferentes possibilidades (Eny Duboc - Embrapa Agropecuária Oeste)

- Empreendedorismo rural: Prospecção sustentável (Viviane Mallmann e Lucas Wagner Ribeiro Aragão - Agrorecanto MyA Terra)

- Impacto dos Agrotóxicos no Ambiente e na Vida da População Sul Matogrossense (Fernanda Savick – FIOCRUZ)

- Insumos e Caldas Alternativas para Produção Orgânica (Alfeu Ohlweiler - AGRAER Bandeirantes)

- Manejo de pragas em hortaliças (Donato Montaño Vargas – SEDACRUZ)

- Práticas Culturais para controle de Pragas em Sistemas Agroecologicos (Alberto Feiden - Embrapa Pantanal/ PPGDRS – UNIOESTE)

- Processamento e utilização da Mandioca na Alimentação Humana (Inês Monteiro Ortega - AGRAER – Itaporã)

- Produção de doces, geléias e licores (Associação Sabores do Cerrado - Assentamento Lagoa Grande – MS)

- Quintais Produtivos (Coletivo Triunfo Paraná – ASPTA)

Das 18:00:00 às 20:00:00 - Jantar

 

Das 20:00:00 às 22:00:00 - Trocas de Experiências e Sementes

 

Das 22:00:00 às 01:00:00 - Show - João Lucas e Walter Filho

 

17 de julho de 2022

Das 07:00:00 às 08:00:00 - Café com prosa

 

Das 08:00:00 às 09:00:00 - Palestra

“Meio Ambiente e Políticas Públicas - Geraldo Augusto – UFMS”

 

Das 09:00:00 às 12:00:00 - Oficinas e Minicursos:

 

- Amostragem de Solo para Agricultura Familiar (Marcelo Barcelo Gomes - IFMS Câmpus Naviraí)

- Biojóias (Associação Sabores do Cerrado Assentamento Lagoa Grande – MS

Caldas e Biofiertilizantes)

- Compras públicas da Agricultura familiar e agroindustrialização (Denise de Miranda - Agraer Campo Grande)

- Cultivo de Orquídeas (Orquidário Rainha – Mundo Novo)

- Elaboração participativa de editais para Alimentação Escolar em Ladario MS (Laura Helena Ferreira de Oliveira, Nutricionista, Gestora de Atividades Educacionais da prefeitura de Ladario)

- Hidroponia de Baixo Custo: Alternativa na Produção de Hortaliça (Daniel Zimmermann Mesquita - IFMS Câmpus Naviraí)

- Plantas medicinais e aromáticas, biodiversidade e criação de produtos para gerar valor na renda (Ana Leticia Sartori Xavier - Raiz Nativa)

- Produção de doces, compotas e antepasto (Mariana Marques Correa & Kellyn Cristina Pereira Guedes - Agraer Campo Grande)

- Sementes do amor: como a mandala pode ser um recurso terapêutico de integração em tempos de pandemia (Zuleica Parobé – Psicóloga)

- Semi Conservas a base de Pescado (Ana Maria da Silva - PPGDRS – UNIOESTE)

- Visita ao Banco de Sementes Crioulas de Juti (Instituto Cerrado Guarani)

 

Das 12:00:00 às 13:30:00 - Almoço

 

Das 13:00:00 às 15:00:00 - Trocas de sementes

 

16:00:00 - Encerramento

 

Para mais informações, inscrições e submissões de trabalhos, clique em https://sementescrioulas.com.br/


Outros eventos similares: 

Feira de Sementes Crioulas ocorrerá em Julho no município de Mangueirinha

18ª Feira Regional de Sementes Crioulas ocorrerá em agosto em Fernandes Pinheiro - PR

domingo, 11 de abril de 2021

PR: Famílias assentadas investem no cultivo de abacate para geração de renda

 por Brasil de Fato

Iniciativa ocorre no assentamento Eli Vive, em Londrina. Estimativa é colher 240 toneladas da fruta por ano

A camponesa Franciana Pontes e seu esposo João Carlos Mendes ainda estavam acampados no norte do Paraná quando conseguiram cinco mudas de abacate. Assim que o tão sonhado pedaço de terra foi conquistado de forma definitiva, as plantas ganharam lugar para fixar raízes. Isso foi em 2013, com a formalização do assentamento Eli Vive, em Londrina, onde cerca de 500 famílias de agricultores também se enraizaram. A comunidade é considerada o maior assentamento em regiões metropolitanas do Brasil.

No ano passado, um dos abacateiros de Franciana começou a produzir frutos. Ela colheu cerca de 300 quilos e conseguiu vender parte em feiras e mercados da cidade. Já os abacates maduros que caíram no chão e não puderam ser comercializados ganham outro destino. Depois de consumir o fruto, o casal utilizou o caroço para produzir novas mudas e expandir o plantio. Por meio da técnica do enxerto, que une partes de duas plantas para dar melhores condições à muda, conseguiram produzir 60 novos pés das variedades avocado e manteiga.

“A expectativa é de ter uma geração de renda boa. A gente quer entregar no PNAE [Programa Nacional de Alimentação Escolar], nos mercados, nas escolas. Vai ser uma renda extra que vai complementar. A perspectiva é trabalhar com o abacate”, explica Franciana, que já produz hortaliças, limão e poncan de forma agroecológica.


Franciana ao lado do esposo João e do filho Antonio / Arquivo pessoal

Franciana e João fazem parte do grupo de 10 famílias da comunidade que tem ampliado a produção de abacate. Ao todo, cerca de 1.200 pés foram plantados ao longo do último ano. A variedade é grande - margarida, breda (manteiga), fortuna, quintal, geada e avocado -, e garante a melhor polinização e colheita ao longo de todo o ano. A estimativa é de que os pomares já em desenvolvimento cheguem a produzir 240 toneladas da fruta por ano, a maioria de forma agroecológica. Mais produtores demonstram interesse em migrar para esse cultivo.

Ampliar a fruticultura é um objetivo traçado pelas famílias assentadas desde o início da comunidade, e tem ganhando mais importância a cada ano, conforme explica Edelvan Carvalho, integrante da direção do assentamento. “Hoje existe uma demanda de cinco mil quilos de frutas por semana para a merenda escolar. Não conseguimos atender porque ainda não temos essa produção”, relata.

A ação também se soma à campanha nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) "Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis", iniciada em 2019. A meta é plantar 100 milhões de árvores em todos os estados brasileiros em um período de 10 anos, como resposta à política de destruição ambiental praticada pelo governo Bolsonaro. O programa de Reforma Agrária Popular proposto pelo MST compreende o plantio de árvores como aliado da alimentação saudável e de cuidado com os bens comuns da natureza.

Padrão tecnológico avançado e sustentável

A expansão do novo cultivo é acompanhada por técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), que vão orientar todo o processo produtivo, desde plantio, podas, colheita e comercialização. Segundo André Miguel, engenheiro agrônomo do IDR, a implantação dos novos pomares já seguirá um padrão tecnológico mais avançado e sustentável, adaptados à produção orgânica.

O tempo de produtividade do abacateiro pode chegar a 30, 40 anos, tempo suficiente para que a árvore fique grande a ponto de tornar a colheita uma “tormenta”, exigindo uso de escada, como resume o agrônomo. A orientação técnica leva em conta também este aspecto. “A gente tem percebido que é possível implantar pomares com uma condução diferenciada, com espaçamento diferente, com manejo de poda, que não reduz a produtividade, mas facilita muito o manejo, as colheitas e os tratos culturais”, explica André Miguel.


Expansão do cultivo é acompanhada por técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná / Paulo Mrtvi

De acordo com o técnico do IDR, o abacate também é uma planta que se desenvolve muito bem nos sistemas agroflorestais e se encaixa em projetos mais sustentáveis nas áreas. Aliado a isso, as experiências acompanhadas pelo Instituto mostram que a cultura é capaz de gerar renda e qualidade de vida para as famílias do assentamento e para agricultura familiar como um todo. Segundo o agrônomo, a rentabilidade da fruta dá condições de fazer frente ao avanço da soja, que vem causando esvaziamento do campo.

“A gente enxerga no abacate uma cultura que nos ajuda a promover o desenvolvimento rural nos assentamentos e avançar na qualidade de vida das famílias no local, possibilitando inclusive a permanência dos jovens que desejarem”, completa.

Doce ou salgado, faz bem à saúde

Seja na guacamole, o prato mexicano em que abacate é consumido salgado e com temperos, ou na salada de fruta, como creme ou na versão vitamina. O que se sabe é que o abacate é rico em gorduras responsáveis pela redução dos níveis de colesterol e triglicerídeos no organismo, somando para a prevenção de doenças cardíacas e até o câncer.

“Em alguns países pelo mundo, tem sido considerado um dos frutos mais equilibrados em termos de composição nutricional, e isso tem puxado uma expansão no mercado do abacate no mundo todo, e no país também com possibilidade de exportação”, frisa o agrônomo André Miguel.

Avanços na Reforma Agrária Popular

Além do abacate, a Cooperativa Agroindustrial de Produção e Comercialização Conquista (Copacon), criada pela comunidade há três anos, também planeja ações de incentivo à produção de outras frutas, como poncan, laranja e banana.


Ação se soma à campanha nacional do MST "Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis" / Paulo Mrtvi

Criada em 2017, Copacon garante a comercialização da produção das famílias assentadas para mercados institucionais, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), e mercados comuns. Em 2019, foram comercializados 880 mil litros de leite, 200 toneladas de hortifrúti para o Pnae, 75 toneladas de fubá para merenda escolar do município de São Paulo.

As famílias também comercializam diretamente em feiras livres, supermercados e Ceasa de Londrina e no Feirão da Resistência e Reforma Agrária, que acontece na modalidade virtual a cada 15 dias. O grupo Camponesas do Eli Vive II também entrega semanalmente cestas agroecológicas em universidades e órgãos públicos. Atualmente, uma família está certificada e outras 25 estão em processo de certificação orgânica pela Rede Ecovida.

Edição Lia Bianchini - Fonte Jornal Brasil de Fato

domingo, 14 de março de 2021

PARANÁ: Cadastro online descomplica manejo agroflorestal sustentável

Ferramenta simplifica os procedimentos para as práticas de manejo florestal das quais dependem a agricultura familiar e as comunidades tradicionais, contribuindo para a valorização da floresta em pé.

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Solicitações para uso de madeira de forma sustentável, como a de Dimas Gusso, morador de Faxinal Saudade Santa Anita, no município de Turvo, resultou na elaboração da Portaria nº 354/2020, do Instituto Água e Terra (IAT), órgão é vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. Ele foi o primeiro paranaense a utilizar o novo cadastro para declaração de manejo agroflorestal de interesse social e baixo impacto ambiental.

A portaria normatiza e simplifica os procedimentos para as práticas de manejo florestal das quais dependem a agricultura familiar e as comunidades tradicionais, contribuindo para a valorização da floresta em pé.  

O cadastro online foi criado pelo IAT e permite que agricultores familiares e comunidades tradicionais declarem o uso de produtos de matéria-prima florestal nativa.

Dimas declarou o manejo agroflorestal para a produção de erva-mate em sua propriedade. A intenção, de acordo com ele, é utilizar a madeira para melhorias das estruturas dentro da área e de maneira sustentável.

“Meus familiares, desde a geração dos meus bisavós, sempre utilizaram o manejo de forma sustentável na propriedade, o que é também uma tradição da população faxinalense. A região já possui a cultura do manejo com garantia de preservação e toda propriedade precisa de madeira, de lenha, e se manter da própria natureza”, afirmou.

A folha da erva-mate é utilizada para exportação e produção de uma série de produtos, como energéticos, chás, temperos e chimarrão, entre outros.Porém, para o manejo da cultura, é preciso fazer a limpeza, roçada seletiva e, algumas vezes, o raleio, ou seja, diminuição do número de plantas por metro quadrado, com o objetivo de se ter um cultivo adequado, ou o descarte do excesso de frutos de uma planta a fim de ter frutos maiores e com melhor qualidade.

Ele destacou que o cadastro é importante para que haja um acompanhamento do órgão ambiental. “É necessário que a população faça o uso consciente dessa declaração para que não prejudique o meio ambiente”, ressaltou Gusso.

A família cultiva, atualmente, erva-mate, pinhão e outros frutos que servem de alimento para as criações de animais, como porcos, carneiros, gado de corte e cavalos, entre outros. Eles também produzem feijão, milho e hortaliças para autoconsumo.

LEGISLAÇÃO - As Leis Federais nº 12.651/12 (Novo Código Florestal) e nº 11.428/06 (Lei da Mata Atlântica) estabelecem que o  manejo agroflorestal sustentável praticado pela agricultura familiar ou comunidades tradicionais, sem descaracterizar a floresta, é uma atividade de interesse social e de baixo impacto ambiental.

O cadastro online junto ao IAT serve para que o órgão acompanhe e monitore a cadeia dos produtos e subprodutos de origem florestal nativa, conforme Instrução Normativa Ibama nº 21/14 e suas alterações.

De acordo com o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, a desburocratização não facilita irregularidades.

“A nova regra exige que o manejo agroflorestal seja feito somente se não descaracterizar a cobertura vegetal existente e não prejudicar a função ambiental da área. Estudamos sempre uma forma de desburocratizar e facilitar a vida do cidadão, mas a conservação do meio ambiente é a nossa prioridade”, afirmou Nunes.

A Portaria nº 354/2020 do IAT prevê que as espécies não podem constar em listas ameaçadas de extinção, nem ser retiradas se estiverem em Áreas de Preservação Ambiental (APP), entre outras exigências. Confira a Portaria.

Consulta de Atos Normativos (celepar7.pr.gov.br)

CADASTRO – O cadastro para solicitar o manejo agroflorestal é uma forma de ter o controle sobre a utilização da vegetação nativa no Estado. A vantagem do cadastro online, de acordo com a Engenheira Agrônoma do IAT Margit Hauer, é a agilidade, pois todo o processo pode ser concluído em apenas um dia.

“Os paranaenses da agricultura familiar e de comunidades tradicionais precisam ter o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e declarar para o órgão ambiental qual a finalidade do manejo e do uso da matéria-prima. O cadastro, então, nos garante saber quem utiliza e quanto material é aproveitado”, afirmou.

Assim que faz o cadastro, o cidadão recebe automaticamente um e-mail do IAT com o registro de sua declaração, que tem validade de três meses. O cumprimento das declarações é monitorado pelo órgão ambiental estadual.

A declaração deve ser feita no link: Manejo Agroflorestal (http://arcgis.com).

Fonte: IAT

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Veneri debate com os Correios como ajudar agricultores a ter acesso a sementes crioulas

Veneri debate com os Correios como ajudar agricultores a ter acesso a sementes crioulas
Autor do projeto que prevê a criação de programas públicos para a preservação dos bancos de sementes crioulas, o deputado Tadeu Veneri está debatendo com a direção dos Correios no Paraná uma forma de ajudar os agricultores durante a pandemia de coronavírus. As feiras e festas de troca estão suspensas e o acesso aos pontos de venda é mais difícil nesse período.
Em discussão também com o coletivo Rede Sementes da Agroecologia (ReSa), a proposta é ter o apoio dos Correios para organizar um serviço de venda de sementes por Vale Postal. O sistema já funciona no estado de São Paulo, onde o Correio atua intermediando o contato entre os agricultores e os núcleos de sementes, enviando as encomendas em despacho regular.
Veneri irá procurar também a Secretaria de Agricultura do Paraná para que possa se juntar a esse esforço para permitir que os agricultores sejam atendidos. “As sementes crioulas ajudam a reduzir o uso dos insumos químicos cujos efeitos ainda são desconhecidos sobre a saúde, além de serem mais resistentes a pragas e às mudanças climáticas”, disse Veneri., explicando a necessidade de encontrar uma saída para a circulação dessas variedades durante essa fase de distanciamento social.
Sementes e mudas crioulas são variedades que não tiveram sua estrutura genética modificada pela indústria, em um processo de melhoramento genético, e não são, consequentemente, patenteadas por nenhuma empresa. São cultivadas naturalmente e se adaptam ao ambiente como resultado de um processo de seleção natural ou pela ação dos agricultores.
Na reunião, realizada nesta terça-feira, 9, o superintendente dos Correios no Paraná, Paulo Cezer Kremer dos Santos, manifestou disposição em ajudar no processo de busca de uma solução envolvendo a empresa. Também estiveram presentes a gerente regional de Atendimento dos Correios, Rosimeire Aparecida Viana, o Gerente Regional de Transporte e Tratamento: Paulo Santiago da Silva, Gerente Regional de Clientes Empresariais,Klaus Rotman Dantas Santos. Pela Rede Sementes da Agroecologia no Paraná (ReSA), participou a advogada Naiara Andreoli Bittencourt.
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domingo, 31 de maio de 2020

FIDA investirá US$554 milhões na recuperação da agricultura familiar de América Latina e Caribe

O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), agência das Nações Unidas para o desenvolvimento rural, destinará 554 milhões de dólares para apoiar a agricultura familiar na América Latina e no Caribe durante a crise de COVID-19 e contribuir para sua recuperação e modernização diante dos impactos da pandemia.
O objetivo fundamental das operações do FIDA, tanto em andamento quanto em fase de projeto, será permitir que agricultores e famílias rurais recuperem sua atividade econômica o mais rápido possível.
Agricultor da Aldeia Marcação Kiriri, comunidade alcançada pelo Projeto Pró-Semiárido, financiado pelo FIDA. Foto: Lianne Milton/Panos/FIDA.
Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), agência das Nações Unidas para o desenvolvimento rural, destinará 554 milhões de dólares para apoiar a agricultura familiar na América Latina e no Caribe durante a crise de COVID-19 e contribuir para sua recuperação e modernização diante dos impactos da pandemia.
"Interromper a disseminação do vírus é uma prioridade, mas também é necessário garantir que a crise da saúde não leve a uma crise alimentar. Para evitar isso, é essencial garantir a capacidade produtiva dos pequenos agricultores que desempenham um papel fundamental ao colocar alimentos saudáveis na mesa das pessoas", disse Rossana Polastri, diretora do FIDA para a América Latina e o Caribe.
Desde o primeiro momento da crise, o FIDA mantém contato permanente com o restante das agências do sistema das Nações Unidas e com outros atores da cooperação internacional. Também se comunica com os governos dos 17 países da região onde possui operações em andamento para definir como contribuir com seus esforços para lidar com o impacto da COVID-19.
A agência de desenvolvimento rural das Nações Unidas identificou 34,9 milhões de dólares que já estão sendo usados como fundos de resposta rápida para atender às prioridades mais prementes. Esses recursos permitirão prolongar o período de implementação dos projetos de desenvolvimento rural em andamento e continuar usando a experiência e o conhecimento dos profissionais que trabalham neles para apoiar os agricultores familiares em dificuldades.
Por outro lado, a carteira de projetos financiados pelo FIDA na região, no valor de 1,3 bilhão de dólares (554 milhões de dólares de financiamentos do FIDA e 772 milhões de dólares em financiamento adicional mobilizado pelo Fundo), será adaptada para contribuir com a recuperação uma vez que o confinamento for levantado.
"Já estamos olhando para o futuro e discutindo com as autoridades da América Latina e do Caribe como os projetos enfrentarão os desafios impostos pela COVID-19. Vamos nos concentrar nas atividades de recuperação precoce e alto impacto, alinhadas com os planos nacionais de recuperação e retomada econômica projetados pelos governos", explicou Polastri.
Os novos projetos que estão atualmente na fase de desenho e envolverão um investimento adicional de cerca de 1,2 bilhão de dólares (250 milhões de dólares de recursos do FIDA e 950 milhões de dólares de recursos adicionais) seguirão o que a diretora do FIDA para a América Latina e o Caribe chamou de "abordagem 3R: recuperação, reativação e resiliência".
O objetivo fundamental das operações do FIDA, tanto em andamento quanto em fase de projeto, será permitir que agricultores e famílias rurais recuperem sua atividade econômica o mais rápido possível.
Para esse fim, estão sendo desenvolvidas medidas como a simplificação dos processos de desembolso de dinheiro para beneficiar grupos maiores de agricultores a um ritmo mais rápido; melhorar o acesso a programas públicos de compras de alimentos; fortalecer cadeias de suprimentos locais.
Outras ações incluem desenvolver ferramentas digitais para ajudar os agricultores a comercializar seus produtos, permitindo conexão direta com os consumidores; promover o uso de infraestrutura e práticas agrícolas verdes que garantam a sustentabilidade da produção, em um contexto de mudanças climáticas; e fornecer assistência técnica aos governos para fortalecer sinergias entre programas para promover a produção agrícola e a proteção social.
"Crises são oportunidades de mudança. Devemos aproveitar o desafio que a COVID-19 representa para as sociedades da América Latina e do Caribe como uma oportunidade de reconhecer o papel essencial que os agricultores familiares desempenham na sociedade e fornecer os meios necessários para prosperar. O bem-estar deles é a única garantia para a segurança alimentar de todos", declarou Polastri.

Exemplos de projetos em andamento

Veja abaixo exemplos de iniciativas já lançadas por projetos financiados pelo FIDA na América Latina e no Caribe. O objetivo é ajudar agricultores familiares a manter seus empregos e pequenas empresas, garantindo o fornecimento de alimentos às comunidades rurais e cidades próximas.
Em El Salvador, o Programa Nacional de Transformação Econômica Rural Adelante acelerou os planos de investimento nos quatro departamentos do leste do país, o que permitirá que as associações de agricultores familiares produzam legumes, frutas e laticínios para abastecer os mercados locais.
No Equador, o Projeto de Fortalecimento de Atores Rurais da Economia Popular e Solidária (FAREPS) trabalha com associações de produtores da província de Morona Santiago para criar uma rede de instalações de transporte e armazenamento para manter a cadeia de suprimentos local ativa.
No Brasil, o Projeto Pró-Semiárido promove na Bahia a inscrição na plataforma Radar COVID-19, um mercado virtual que criará novas oportunidades de marketing durante a fase de recuperação da pandemia.
O FIDA investe na população rural e, ao capacitar essas pessoas, ajuda-as a reduzir a pobreza, aumentar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e fortalecer a resiliência.
Desde 1978, o fundo alocou 22,4 bilhões de dólares em doações e empréstimos a juros baixos para projetos que atingiram cerca de 512 milhões de pessoas.
O FIDA é uma instituição financeira internacional e uma organização especializada das Nações Unidas com sede em Roma, onde está localizado o mecanismo central das Nações Unidas para o setor de alimentos e agricultura.
Via ONU BRASIL

sexta-feira, 24 de abril de 2020

SENAR-PR amplia vagas em Educação a Distância



Procura pela plataforma virtual de ensino aumentou durante a pandemia do novo coronavírus


A adaptação à nova rotina de vida imposta pela pandemia do coronavírus conta com uma grande aliada: a Educação a Distância (EaD). Por meio dela, o tempo em isolamento pode se tornar rico e construtivo. Por isso, neste período, o SENAR-PR intensificou seu trabalho neste sentido, abrindo novas vagas em diversos cursos.

Por meio da plataforma virtual SENAR Digital (senardigital.com) os participantes podem assistir às aulas em diferentes formatos (videoaulas, textos interativos, slides, imagens, etc.), receber e enviar as atividades obrigatórias, consultar tutores e aperfeiçoar suas capacidades produtivas. São 32 títulos à disposição, totalmente gratuitos, que trabalham desde a gestão da propriedade rural, passando pela educação - com o aperfeiçoamentos para docentes do Programa Agrinho -, até habilidades básicas para o nosso cotidiano, como português, matemática e uso de recursos digitais.

Para dar vazão à grande demanda pelos cursos na modalidade EaD, o SENAR-PR está aumentando o número de vagas para algumas turmas em maio. "Desde que começou a necessidade de isolamento observamos um aumento na busca por cursos na nossa plataforma, isso já era esperado, então com base nesta demanda avaliamos em quais cursos deveríamos ampliar as vagas", afirma a pedagoga do Departamento Técnico (Detec) do SENAR-PR e uma das responsáveis pelo Programa EaD, Isabella Noviski. Segundo ela, as inscrições para as turmas de maio, que foram abertas ainda em março, se esgotaram devido a grande procura e foi necessário abrir mais vagas. Os participantes podem realizar a inscrição para essas turmas até o dia 28/04.

Vale lembrar que devido à grande procura, algumas turmas podem não ter mais vagas.

Plataforma da educação

No SENAR Digital, os interessados podem se inscrever em até três capacitações simultaneamente durante esse período de isolamento. As inscrições permanecem abertas para todos os títulos de fevereiro a novembro. As capacitações disponíveis abrangem os programas "Gestão da propriedade rural" (quatro títulos), "Inclusão digital" (sete títulos), "Matemática para a vida" (seis títulos), "Português sem complicação" (três títulos) e Agrinho (11 títulos), além do semipresencial "Manejo de solo e água em propriedades rurais em microbacias hidrográficas".

Coordenação de Comunicação Social
Sistema FAEP/SENAR-PR