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sábado, 5 de março de 2022

Sonho da direita de “enterrar” Lula é adiado mais uma vez - por Arilson Chiorato


                                       Foto: Ricardo Stuckert


Por Arilson Chiorato, deputado estadual e presidente do PT-PR

Não é segredo que a Lava Jato tinha como objetivo impedir Lula de ser candidato e destruir não apenas sua vida política, mas também a trajetória do Partido dos Trabalhadores e todos seus feitos.

Esta operação armada, fajuta, conseguiu instigar a opinião pública, sob a lente da falsa moral. Movimentou o ambiente político, criou factoides, aproveitou-se de fakenews e polarizou ainda mais a política nacional, que já vivia uma situação de desgaste.

Na última quarta-feira, (02/03), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, suspendeu a última ação contra o ex-presidente Lula que era referente à Operação Lava Jato. Portanto, chegou ao fim, junto com os resultados das pesquisas que colocam Lula como favorito para as eleições de 2022, o sonho da direita de enterrar Lula

A questão é que trabalharam contra si mesmos. Arquitetaram uma operação, mobilização a grande mídia, fizeram um verdadeiro e grande circo, para que todo seu empenho, fizesse com que a população passasse a enxergar a injustiça e a perseguição que fizeram contra Lula.

Ficou nítido, não sobre o que acusavam Lula, mas o contrário, que as acusações eram infundadas. A prisão de Lula fez com que a população enxergasse a injustiça que estavam cometendo. A realidade é que aqueles que se achavam acima do bem e do mal, deram um verdadeiro tiro no próprio pé.

Hoje, a Lava Jato recebe a última pá de cal, acabou. Está morta e enterrada. É vergonhoso para esta turma que bradou aos quatro cantos que Lula era isso e aquilo, e hoje, quem tem que se explicar, diante da forma como atuaram, baixa, antiética, são eles.

Lula é um fenômeno e, todo este histórico mostra que ele é a expressão da força política brasileira. É igual massa de pão, quanto mais apanha cresce. Lula inspira essa força, humildade, genialidade, estratégia e a vontade que ele tem de ver o Brasil voltar aos trilhos, isso faz com que a gente queira poder pedir voto logo. Usar bandeira, camiseta e brigar, no melhor sentido, por um Brasil justo e solidário.

A Lava Jato foi enterrada e, pelo bem do país, Lula será presidente para o Brasil voltar a germinar, dar bons frutos e sementes para que nosso futuro seja de abundância. Para que os brasileiros possam estar nutridos de direitos e saciados de dignidade.

Fonte: PT Paraná


sábado, 15 de maio de 2021

ARTIGO: O alastramento da fome e a política da morte

por Arilson Chioratto



O aumento das desigualdades socioeconômicas tem resultado direto na fome e na miséria. O mesmo Brasil que, há anos atrás, vivenciou o pleno emprego e deixou de fazer parte do mapa mundial da fome – hoje volta a sofrer com questões tão cruéis, como a insegurança alimentar.

De fato, a pandemia potencializou a crise econômica, porém ela já nos acompanhava há alguns anos e, os dados do IPEA nos mostram que, a desigualdade econômica passou a ser preocupante a partir do Governo Michel Temer, especialmente com a aprovação da Reforma Trabalhista que, significou para os trabalhadores a flexibilização dos direitos e a redução de garantias e renda.

O Governo Bolsonaro segue a mesma cartilha, buscando entregar ao Mercado e à sua base ruralista, a ampliação de lucros, em detrimento dos direitos e das condições de vida da classe trabalhadora. É revoltante pensarmos que em um país como o Brasil, que é potência no setor agrícola, mais da metade da população sofre com a insegurança alimentar, sendo que milhões não têm o que colocar na mesa.

A agricultura brasileira não corresponde às necessidades da população, pelo contrário, quem garante o alimento para as refeições dos brasileiros e brasileiras são os pequenos agricultores, enquanto o agronegócio, preocupa-se em mecanizar a produção e, com isso, reduzir o trabalho manual e os postos de trabalho e, produzir insumos, não alimentos.

Enquanto vemos novos multimilionários ascendendo socialmente no Brasil, vemos o aumento da pobreza e da miséria. O real aumento da desigualdade social, quando o seleto grupo da classe dominante cresce e a grande parcela da população pobre também.

Por outro lado, os Governos demonstram a falta de preocupação em garantir política econômica para dar condições para que os trabalhadores e aos pequenos e médios empresários atravessarem este difícil momento que estamos vivendo e, também, a falta de compromisso com a Ciência e a vida.

Garantir a alimentação dos cidadãos é um dever do Estado, como expresso na Constituição Federal, porém, o que vemos, é a irresponsabilidade quanto à efetividade de políticas de renda. O auxílio emergencial que reduziu em tamanho e em valor correspondem proporcionalmente ao número de pessoas que estão passando fome no Brasil e, esta é uma opção política.

Em uma situação de calamidade pública, de instabilidade e crise sanitária como a que vivemos, é muito importante que os Governos tenham protagonismo frente a vacinação em massa, à manutenção do emprego, políticas de segurança financeira para empresas, e, principalmente, a defesa incondicional da vida, a qual não é possível sem acesso à renda e comida.

Quando o Governo não garante a segurança alimentar da população, as pessoas precisam contar com a solidariedade umas das outras, o que é imprescindível e reforça a coletividade e os princípios de cidadania, porém, se fazem necessários porque o Estado não está cumprindo com seu dever.

A fome não pode ser naturalizada, não podemos aceitar que as pessoas não tenham o que comer porque simplesmente não têm dinheiro para comprar. Não há justificativa para a fome, pelo contrário, há descaso, insensibilidade e irresponsabilidade. É revoltante que as pessoas não tenham o que comer, é criminoso. A alimentação é a base da vida e, quando ela não é uma realidade, o Estado está promovendo ou ao menos dialogando com a política da morte.

*Arilson Chiorato é Deputado Estadual, Presidente do PT – Paraná e Mestre em Gestão Urbana pela PUC-PR.