domingo, 31 de maio de 2020

Projeto apoia agricultores familiares durante pandemia da COVID-19 em Sergipe



Em Sergipe, agricultores familiares de 15 municípios com Índice de Desenvolvimento Humano muito baixo contam com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para superar as dificuldades econômicas geradas pela pandemia da COVID-19.
Durante as medidas de isolamento social, o projeto "Dom Távora" – financiado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) – está se adaptando para seguir fornecendo apoio consultivo e de capacitação a pequenos agricultores familiares que não podem interromper suas atividades, uma vez que são essenciais para garantir a segurança alimentar na região.

Projeto Dom Távora atua em 15 municípios do Sergipe. Foto: Arquivo PNUD

Em Sergipe, o menor estado em extensão territorial do Brasil, agricultores familiares de 15 municípios com Índice de Desenvolvimento Humano muito baixo contam com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para superar as dificuldades econômicas geradas pela pandemia da COVID-19.
Durante as medidas de isolamento social, o projeto "Dom Távora" – financiado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) – está se adaptando para seguir fornecendo apoio consultivo e de capacitação a pequenos agricultores familiares que não podem interromper suas atividades, uma vez que são essenciais para garantir a segurança alimentar na região.
Quarenta e nove porcento dos beneficiários do projeto são mulheres rurais. A agricultora Ana Maria Santos, membro da Unicapri Cooperativa da Agricultura Familiar, diz que o programa continua prestando o apoio necessário mesmo à distância. "Nestes tempos de pandemia, nós agradecemos muito a assistência técnica que estamos recebendo através dos nossos meios de comunicação, porque precisamos muito dela".
Treinamento à distância
Ana Maria refere-se à consultoria por meio de tecnologias digitais. A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca de Sergipe (SEAGRI) e a equipe de 30 consultores do projeto as adotaram com sucesso para ajudar as famílias de agricultores e suas organizações a acessar mercados de insumos, produtos, serviços e mão-de-obra.
Mesmo nas áreas com conexão de internet instável, o WhatsApp está sendo usado como uma ferramenta para fornecer orientações individuais, compartilhar informações rapidamente e coordenar ações conjuntas por meio de grupos temáticos maiores, criados e facilitados pelos consultores.
A assistência técnica baseada em fotos, vídeos e mensagens de áudio compartilhadas ajuda, ainda, a monitorar e apoiar os processos de produção, manutenção e reparos de equipamentos e infraestrutura, a realizar verificações das entregas, etc.
O agricultor José de Jesus explica que o consultor ajuda mesmo quando os agricultores enfrentam um parto mais complicado de algum animal. "O projeto de ovinocultura é muito importante para a nossa comunidade. Fomos capacitados pelo técnico e sempre que pinta alguma dúvida, entram em contato com a gente, os beneficiários da comunidade, e a gente busca esse apoio com ele. Graças ao projeto, estamos mantendo o nosso rebanho".
Durante este período de isolamento social, um agricultor solicitou e recebeu orientações via WhatsApp durante a realização de uma cirurgia veterinária; especialistas em contabilidade foram capazes de inspecionar à distância os equipamentos agrícolas entregues pelos fornecedores que concluíram o processo de aquisição; e mulheres envolvidas na avicultura receberam treinamento em vídeo sobre como construir sistemas de alimentação e rega com materiais já disponíveis em suas propriedades.
Fortalecendo o comércio local
A equipe do projeto também usa smartphones e WhatsApp para reuniões semanais com compradores a fim de discutir a disponibilidade e a comercialização dos produtos locais. Isso tem sido essencial para garantir o acesso a mercados durante a pandemia.
Um dos principais desafios que os agricultores estão enfrentando é vender seus produtos enquanto os mercados agrícolas estiverem fechados. Em resposta, os consultores do projeto trabalharam com os agricultores em duas frentes:
1. Identificar e adotar novas formas de marketing e vendas, incluindo ferramentas online e de redes sociais que poderão ser mantidas no futuro. Isso ajudou a trazer de volta as vendas para 50-60% da produção, em comparação com apenas os 10-20% vendidos em março. A equipe projetou um mecanismo de certificação participativa em que os produtores inspecionam o trabalho uns dos outros para garantir a qualidade da produção e gerar marketing coletivo com todos os responsáveis por manter a qualidade acordada dos produtos.
2. Redirecionar produtos que não foram vendidos de volta às comunidades, a fim de complementar o suprimento de alimentos, que foi restringido quando a circulação de pessoas e bens na região foi significativamente reduzida. Como resultado, os criadores de frango conseguiram comercializar praticamente todas as aves e ovos. Se as restrições continuarem por muito mais tempo, o próximo passo será garantir trocas intermunicipais como forma de diversificar a dieta das comunidades locais.
"Espero que o marketing on-line de ovos e galinhas, iniciado devido às limitações impostas pela pandemia da COVID-19, aumente significativamente nas próximas semanas e seja mantido também posteriormente", afirmou o consultor Daniel Nakabayashi.
Foto: PNUD

Agente Jovem
O projeto já estava trabalhando no apoio às mulheres e jovens do campo, priorizando as empresas pertencentes a elas. Uma iniciativa chamada Agente Jovem foi projetada e testada na cadeia de valor de ovinos e caprinos nos últimos dois anos.
Como resultado do aumento do uso de tecnologias para mitigar os efeitos do isolamento social, os jovens locais se tornaram muito mais envolvidos nos processos de produção e marketing, ajudando seus pais a lidar com os desafios relacionados à tecnologia e à COVID-19.
Agora, essa dinâmica está sendo expandida para outras cadeias produtivas, oferecendo aos jovens trabalhadores agrícolas e filhos de pequenos agricultores treinamento em sustentabilidade, novas tecnologias, acesso a mercados e outros tópicos identificados na iniciativa piloto. Como resultado, eles poderão ajudar não apenas seus pais, mas também outros agricultores de suas comunidades, durante e depois da crise da COVID-19.
Mulheres do campo
Como já foi apontado, a pandemia afetou desproporcionalmente as mulheres, tanto em termos econômicos e de carga de trabalho quanto em termos de segurança. Sergipe não é diferente nesse sentido.
Enquanto outros subsetores agrícolas mantiveram parte da receita e até recuperaram grande parte dela com a implementação de apoio adicional à comercialização, as mulheres artesãs e as cooperativas de artesanato perderam praticamente toda a sua renda. Em resposta a esta situação, os consultores do projeto ajudaram a definir as especificações, o processo de produção, o custo de produção e o preço final para a fabricação de máscaras, bem como a vender esses produtos para as instituições estaduais que, posteriormente, as distribuíram gratuitamente aos mais necessitados.
Foto: PNUD

A líder comunitária Xifroneze Santos, do Quilombo Caraíbas, diz que a produção de máscaras teve um resultado positivo para garantir renda em tempos de pandemia. "É um momento muito difícil, mas precisamos resistir para poder existir".
Por fim, em resposta ao aumento relatado de violência doméstica entre os beneficiários do projeto, os temas de gênero e violência de gênero foram integrados nos planos de treinamento para as 22 associações produtivas rurais. O objetivo é incentivar a autonomia financeira das mulheres.
Assista aqui ao vídeo sobre o projeto.
ONU BRASIL

FIDA investirá US$554 milhões na recuperação da agricultura familiar de América Latina e Caribe

O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), agência das Nações Unidas para o desenvolvimento rural, destinará 554 milhões de dólares para apoiar a agricultura familiar na América Latina e no Caribe durante a crise de COVID-19 e contribuir para sua recuperação e modernização diante dos impactos da pandemia.
O objetivo fundamental das operações do FIDA, tanto em andamento quanto em fase de projeto, será permitir que agricultores e famílias rurais recuperem sua atividade econômica o mais rápido possível.
Agricultor da Aldeia Marcação Kiriri, comunidade alcançada pelo Projeto Pró-Semiárido, financiado pelo FIDA. Foto: Lianne Milton/Panos/FIDA.
Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), agência das Nações Unidas para o desenvolvimento rural, destinará 554 milhões de dólares para apoiar a agricultura familiar na América Latina e no Caribe durante a crise de COVID-19 e contribuir para sua recuperação e modernização diante dos impactos da pandemia.
"Interromper a disseminação do vírus é uma prioridade, mas também é necessário garantir que a crise da saúde não leve a uma crise alimentar. Para evitar isso, é essencial garantir a capacidade produtiva dos pequenos agricultores que desempenham um papel fundamental ao colocar alimentos saudáveis na mesa das pessoas", disse Rossana Polastri, diretora do FIDA para a América Latina e o Caribe.
Desde o primeiro momento da crise, o FIDA mantém contato permanente com o restante das agências do sistema das Nações Unidas e com outros atores da cooperação internacional. Também se comunica com os governos dos 17 países da região onde possui operações em andamento para definir como contribuir com seus esforços para lidar com o impacto da COVID-19.
A agência de desenvolvimento rural das Nações Unidas identificou 34,9 milhões de dólares que já estão sendo usados como fundos de resposta rápida para atender às prioridades mais prementes. Esses recursos permitirão prolongar o período de implementação dos projetos de desenvolvimento rural em andamento e continuar usando a experiência e o conhecimento dos profissionais que trabalham neles para apoiar os agricultores familiares em dificuldades.
Por outro lado, a carteira de projetos financiados pelo FIDA na região, no valor de 1,3 bilhão de dólares (554 milhões de dólares de financiamentos do FIDA e 772 milhões de dólares em financiamento adicional mobilizado pelo Fundo), será adaptada para contribuir com a recuperação uma vez que o confinamento for levantado.
"Já estamos olhando para o futuro e discutindo com as autoridades da América Latina e do Caribe como os projetos enfrentarão os desafios impostos pela COVID-19. Vamos nos concentrar nas atividades de recuperação precoce e alto impacto, alinhadas com os planos nacionais de recuperação e retomada econômica projetados pelos governos", explicou Polastri.
Os novos projetos que estão atualmente na fase de desenho e envolverão um investimento adicional de cerca de 1,2 bilhão de dólares (250 milhões de dólares de recursos do FIDA e 950 milhões de dólares de recursos adicionais) seguirão o que a diretora do FIDA para a América Latina e o Caribe chamou de "abordagem 3R: recuperação, reativação e resiliência".
O objetivo fundamental das operações do FIDA, tanto em andamento quanto em fase de projeto, será permitir que agricultores e famílias rurais recuperem sua atividade econômica o mais rápido possível.
Para esse fim, estão sendo desenvolvidas medidas como a simplificação dos processos de desembolso de dinheiro para beneficiar grupos maiores de agricultores a um ritmo mais rápido; melhorar o acesso a programas públicos de compras de alimentos; fortalecer cadeias de suprimentos locais.
Outras ações incluem desenvolver ferramentas digitais para ajudar os agricultores a comercializar seus produtos, permitindo conexão direta com os consumidores; promover o uso de infraestrutura e práticas agrícolas verdes que garantam a sustentabilidade da produção, em um contexto de mudanças climáticas; e fornecer assistência técnica aos governos para fortalecer sinergias entre programas para promover a produção agrícola e a proteção social.
"Crises são oportunidades de mudança. Devemos aproveitar o desafio que a COVID-19 representa para as sociedades da América Latina e do Caribe como uma oportunidade de reconhecer o papel essencial que os agricultores familiares desempenham na sociedade e fornecer os meios necessários para prosperar. O bem-estar deles é a única garantia para a segurança alimentar de todos", declarou Polastri.

Exemplos de projetos em andamento

Veja abaixo exemplos de iniciativas já lançadas por projetos financiados pelo FIDA na América Latina e no Caribe. O objetivo é ajudar agricultores familiares a manter seus empregos e pequenas empresas, garantindo o fornecimento de alimentos às comunidades rurais e cidades próximas.
Em El Salvador, o Programa Nacional de Transformação Econômica Rural Adelante acelerou os planos de investimento nos quatro departamentos do leste do país, o que permitirá que as associações de agricultores familiares produzam legumes, frutas e laticínios para abastecer os mercados locais.
No Equador, o Projeto de Fortalecimento de Atores Rurais da Economia Popular e Solidária (FAREPS) trabalha com associações de produtores da província de Morona Santiago para criar uma rede de instalações de transporte e armazenamento para manter a cadeia de suprimentos local ativa.
No Brasil, o Projeto Pró-Semiárido promove na Bahia a inscrição na plataforma Radar COVID-19, um mercado virtual que criará novas oportunidades de marketing durante a fase de recuperação da pandemia.
O FIDA investe na população rural e, ao capacitar essas pessoas, ajuda-as a reduzir a pobreza, aumentar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e fortalecer a resiliência.
Desde 1978, o fundo alocou 22,4 bilhões de dólares em doações e empréstimos a juros baixos para projetos que atingiram cerca de 512 milhões de pessoas.
O FIDA é uma instituição financeira internacional e uma organização especializada das Nações Unidas com sede em Roma, onde está localizado o mecanismo central das Nações Unidas para o setor de alimentos e agricultura.
Via ONU BRASIL

Campanha lembra importância de garantir alimentação adequada a estudantes durante pandemia



Campanha de comunicação nas redes sociais visa sensibilizar gestores públicos sobre a importância de garantir acesso à alimentação adequada e saudável aos estudantes da rede pública de educação durante a pandemia de COVID-19.
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil e Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável uniram esforços para defender o Programa Nacional de Alimentação Escolar brasileiro e a garantia do direito humano à alimentação adequada do público escolar.
Programas de alimentação escolar podem contribuir para combater a má nutrição no mundo. Foto: WFP
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil e Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável uniram esforços para defender o Programa Nacional de Alimentação Escolar brasileiro e a garantia do direito humano à alimentação adequada do público escolar.
Para isso, iniciaram na quarta-feira (20) ações conjuntas para o intercâmbio de experiências nacionais e internacionais tendo como referência os princípios e diretrizes estabelecidos pelas políticas nacionais de Alimentação e Nutrição e de Segurança Alimentar e Nutricional, o Programa Nacional de Alimentação Escolar e o Guia Alimentar para a População Brasileira.
Como parte da iniciativa, as organizações promoverão uma campanha de comunicação nas redes sociais para sensibilizar gestores públicos sobre a importância de garantir acesso à alimentação adequada e saudável aos estudantes da rede pública de educação durante a pandemia de COVID-19.
Também haverá uma conferência virtual (webinar) para discutir os desafios e compartilhar experiências sobre a entrega de alimentos no contexto da atual emergência como mecanismo de garantia da segurança alimentar e nutricional dos estudantes.
OPAS, FAO e Aliança também organizarão juntas um evento internacional que evidenciará a importância do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e promoverá o intercâmbio de experiências com outros países da América Latina e do Caribe, visando melhorar a qualidade da alimentação nas escolas brasileiras das redes públicas e privadas.

Alimentação escolar no Brasil

Diariamente, cerca de 41 milhões de estudantes são assistidos pelo PNAE, que é executado no Brasil há mais de seis décadas. A pandemia de COVID-19 levou à suspensão das atividades escolares deixando os estudantes sem acesso à alimentação escolar do PNAE.
Diante disso, foi promulgada a Lei Federal 13.987/2020 que autoriza a distribuição de gêneros alimentícios adquiridos com recursos do programa diretamente às famílias ou responsáveis pelos estudantes durante o período de emergência.
No Brasil, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), gestor do Programa no âmbito federal, orienta a entrega de kits de alimentos como estratégia para atender aos estudantes nesse período emergencial. Vários estados e municípios já seguem se adequando para execução dessa estratégia, dentro dos protocolos de higiene necessários, e alguns continuam realizando compras de alimentos produzidos pela agricultura familiar.

Estudantes da América Latina e Caribe

Segundo a FAO, a suspensão das atividades escolares na América Latina e no Caribe durante a pandemia afetou cerca de 85 milhões de estudantes que se beneficiam dos programas de alimentação escolar. Para 10 milhões, esses programas são uma das principais fontes de alimentação segura e de qualidade que recebem diariamente. Além disso, em muitos países e regiões, a única oportunidade de acesso a frutas e verduras.
ONU BRASIL

ONU e Instituto Semeia lançam publicação sobre parques urbanos com perspectiva de gênero

A publicação "Parques para Todas e Todos – Sugestões para a implantação de parques urbanos com perspectiva de gênero" foi lançada na quinta-feira (21) pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e pelo Instituto Semeia. O material teve o apoio da ONU Mulheres e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).
Parque da Orla do Guaíba, em Porto Alegre (RS), é um dos casos mencionados na publicação. Foto: PMPA/Luciano Lanes
Parque da Orla do Guaíba, em Porto Alegre (RS), é um dos casos mencionados na publicação. Foto: PMPA/Luciano Lanes
A publicação "Parques para Todas e Todos" é uma ferramenta para inspirar a construção de espaços mais diversos a partir da inserção da perspectiva de gênero em parques urbanos em sua implantação ou gestão.
Nela podem ser encontradas diretrizes, sugestões e ideias para começar a pensar em parques que considerem as necessidades de todas e todos.
O material estará disponível gratuitamente no site do Instituto Semeia (https://bit.ly/3g7Tl2W). A apresentação de lançamento também pode ser assistida pelo canal do Semeia no YouTube (http://bit.ly/2WQGGtK).
"No UNOPS, partimos do pressuposto de que, para criar uma infraestrutura, é preciso olhar para as necessidades de cada tipo de pessoa que vai utilizá-la. Assim, essa publicação vem para facilitar o trabalho de governos locais ao olhar para os públicos de parques de maneira inclusiva", explica a representante do UNOPS no Brasil, Claudia Valenzuela.
Fernando Pieroni, diretor-presidente do Instituto Semeia, ressalta que "ao aportar maior flexibilidade gerencial, as parcerias com a iniciativa privada podem ser importantes instrumentos para apoiar os governos na implementação de políticas públicas voltadas à inclusão e diversidade, como, por exemplo, melhoria da segurança ou campanhas de conscientização".
"Temos orgulho de fazer parte deste esforço liderado pelo UNOPS com outros parceiros para inclusão da perspectiva de gênero em parques urbanos. O UNAIDS defende que todas as pessoas devem ter direito a uma vida com dignidade e com zero discriminação, e isso com certeza passa também pela utilização dos espaços públicos", explica o diretor interino do UNAIDS Brasil, Cleiton Euzebio de Lima.
Para a representante da ONU Mulheres Brasil, Anastasia Divinskaya, "o espaço urbano, como parques, determina como a vida das pessoas e das comunidades é organizada".
"Como tal, reflete e reproduz a raça, gênero, deficiência e muitos outras identidades com as quais crescemos e coexistimos", assim como as desigualdades, salienta. Divinskaya lembra que as mulheres se deparam com problemas de acesso aos parques.
"Falta de iluminação, falta de banheiros públicos para mulheres e população LGBTI+, calçadas em más condições – difíceis de manobrar com um carrinho de bebê ou cadeira de rodas, por exemplo", explica.
A representante da ONU Mulheres Brasil assinala que "em todo o mundo, as mulheres ocupam apenas 10% dos empregos nas principais empresas de arquitetura e escritórios de planejamento urbano. Além disso, mulheres de diversos grupos populacionais raramente são convidadas a participar dos processos de planejamento e planejamento da comunidade".
Divinskaya reitera a importância da publicação no contexto da gestão e implantação de parques, uma vez que esses espaços são importantes aliados na promoção da igualdade. "O projeto de parques inclusivos, como parte do planejamento urbano, é importante para diminuir as diferenças de gênero, pois molda o ambiente ao nosso redor como vivemos, trabalhamos, brincamos, nos movemos e descansamos", conclui.

Sobre o UNOPS

O UNOPS é um organismo das Nações Unidas. Em todo o mundo, o escritório apoia o Sistema ONU, seus parceiros e governos a fornecer soluções nas áreas de assistência humanitária, desenvolvimento, paz e segurança.
Sua missão é ajudar as pessoas a melhorarem suas condições de vida e os países a alcançarem a paz e o desenvolvimento sustentável, alinhado com os objetivos da Agenda 2030.
Os serviços prestados pelo UNOPS abrangem as áreas de infraestrutura, gerenciamento de projetos, compras, gestão financeira e recursos humanos. Os parceiros solicitam os serviços para complementar suas próprias capacidades, aumentar a velocidade, reduzir riscos, promover a relação custo-benefício e melhorar a qualidade de seus projetos em diferentes áreas.

Sobre o Instituto Semeia

Criado em 2011, o Instituto Semeia é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos. Com sede em São Paulo (SP), trabalha para transformar áreas protegidas em motivo de orgulho para os brasileiros.
Atua nacionalmente no desenvolvimento de modelos de gestão e projetos que unam governos, sociedade civil e iniciativa privada na conservação ambiental, histórica e arquitetônica de parques públicos e na sua transformação em espaços produtivos, geradores de emprego, renda, e oportunidades para as comunidades do entorno, sem perder de vista sua função de provedores de lazer, bem-estar e qualidade de vida.
São pilares de sua atuação: a geração e sistematização de conhecimento sobre a gestão de unidades de conservação; o compartilhamento de informações por meio de publicações e eventos; a implementação e o acompanhamento de projetos com governos de todos os níveis, como forma de testar e consolidar modelos eficientes e que possam ser replicados no país.
Link para baixar a publicação: https://bit.ly/3g7Tl2W
Link para acessar conteúdo do lançamento: http://bit.ly/2WQGGtK

Via ONU Brasil

UNICEF e Turma da Mônica orientam comunidades sobre o coronavírus através de materiais informativos



A Mauricio de Sousa Produções (MSP), em parceria com o UNICEF, desenvolveu um folheto e um cartaz informativo para crianças, adolescentes e famílias de comunidades vulneráveis para reforçar a importância de lavar bem as mãos, usar álcool em gel 70%, utilizar máscaras e higienizar quaisquer objetos que possam ter tido contato com o vírus.
Num primeiro momento, 430 mil folhetos e 1.150 cartazes serão distribuídas em Belém, Fortaleza, Maceió, Manaus, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, acompanhados de produtos de higiene e limpeza, que o UNICEF está oferecendo em parceria com a sociedade civil e o governo. Essa ação faz parte da resposta humanitária do UNICEF à pandemia da COVID-19 no Brasil.
Foto: Maurício de Sousa Produções
A Mauricio de Sousa Produções (MSP), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), desenvolveu um folheto e um cartaz informativo para crianças, adolescentes e famílias de comunidades vulneráveis, que vivem abrigos, bem como para a população em situação de rua para reforçar a importância de lavar bem as mãos, usar álcool em gel 70%, utilizar máscaras e higienizar quaisquer objetos que possam ter tido contato com o vírus.
Num primeiro momento, 430 mil folhetos e 1.150 cartazes serão distribuídas em Belém, Fortaleza, Maceió, Manaus, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, acompanhados de produtos de higiene e limpeza, que o UNICEF está oferecendo em parceria com a sociedade civil e o governo. Essa ação faz parte da resposta humanitária do UNICEF à pandemia da COVID-19 no Brasil.
O material foi ainda traduzido para o espanhol e será usado no trabalho com migrantes e refugiados venezuelanos que vivem nos Estados de Roraima, do Amazonas e do Pará. As atividades de prevenção da transmissão do novo coronavírus dirigidas a essa população são realizadas pela Plataforma R4V – Resposta a Venezuelanos e Venezuelanas, uma coordenação do sistema das Nações Unidas e da sociedade civil para apoiar o Governo do Brasil na resposta ao fluxo de venezuelanos no País.
Para Mônica Sousa, diretora-executiva da Mauricio de Sousa Produções, o compartilhamento de informações confiáveis é uma das estratégias mais poderosas no combate ao coronavírus. "É por meio de materiais como esses que reforçamos nosso compromisso com a sociedade brasileira, não apenas como produtora de conteúdo de entretenimento, mas como uma aliada no combate à COVID-19".
"Estamos num grande esforço conjunto com vários setores da sociedade para chegar o mais rápido possível às famílias mais vulneráveis. Além de produtos essenciais de higiene e limpeza, precisamos distribuir informação confiável que ajude os moradores das comunidades mais vulneráveis a cuidar da sua saúde e proteger crianças, adolescentes e toda a família. A parceria com Mauricio de Sousa tem sido crucial nisso", destacou a representante do UNICEF no Brasil, Florence Bauer.
Desde o início da pandemia, UNICEF e Mauricio de Sousa Produções vêm trabalhando juntos para levar informações a toda a população, desenvolvendo diversos materiais com orientações contra o coronavírus por meio dos canais digitais. O UNICEF também apoia as postagens do Movimento Brincadeira, que estimulam as crianças a seguir brincando mesmo no contexto da quarentena, e do vídeo "Sem Abraço, sem Beijinho, sem Aperto de Mão", com orientações sobre a importância da etiqueta respiratória e distanciamento social, que ganhou versões em japonês e inglês.
Sobre a Mauricio de Sousa Produções
A Mauricio de Sousa Produções é uma das maiores empresas de entretenimento do Brasil, responsável por uma das marcas mais admiradas do País, a Turma da Mônica. A MSP investe em inovação e produz conteúdos em todas as plataformas com a mais alta tecnologia, alinhando educação, cultura e entretenimento.
A empresa é signatária dos princípios de empoderamento das mulheres, plataforma da ONU Mulheres, e do Pacto Global.
No licenciamento, trabalha com 150 empresas que utilizam seus personagens em mais de 4 mil itens. A presença da marca na plataforma YoutTube já passou de 13 bilhões de views, sendo a maior audiência para Mônica Toy, conteúdo desenvolvido exclusivamente para essa plataforma; além do engajamento e interações orgânicos com os fãs em mídias sociais.
Na área editorial, possui um dos maiores estúdios do setor no mundo, com 400 títulos de livros e mais de um bilhão de revistas vendidas, ambos responsáveis pela alfabetização informal de milhões de brasileiros.
Mais informações:
Máquina Cohn & Wolfe | Mauricio de Sousa Produções
Gabriel Furlan – gabriel.furlan@maquinacohnwolfe.com – (11) 3147 7253
Marcella Pinheiro – marcella.pinheiro@maquinacw.com – (11) 3147 7466

JAL Comunicação – Mauricio de Sousa
José Alberto Lovetro – jal.comunicacao@gmail.com – (11) 3851 5221 | (11) 99614 1623

ONU BRASIL

ONU lança iniciativa global para combater a desinformação

As Nações Unidas lançam nesta quinta-feira (21) a Verificado, uma iniciativa para combater o crescente flagelo de desinformação sobre a COVID-19 ao aumentar o volume e alcance de informação precisa e confiável.
"Não podemos ceder nossos espaços virtuais a aqueles que publicam mentiras, medo e ódio", afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, que anunciou a iniciativa.
Voluntários poderão se cadastrar para receber conteúdo confiável.
Verificado é a iniciativa da ONU para combater desinformação durante a pandemia da COVID-19
Verificado é a iniciativa da ONU para combater desinformação durante a pandemia da COVID-19
As Nações Unidas lançam nesta quinta-feira (21) a Verificado, uma iniciativa para combater o crescente flagelo de desinformação sobre a COVID-19 ao aumentar o volume e alcance de informação precisa e confiável.
"Não podemos ceder nossos espaços virtuais a aqueles que publicam mentiras, medo e ódio", afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, que anunciou a iniciativa.
"Desinformação é divulgada online, em aplicativos de mensagem e de pessoa para pessoa. Seus criadores usam produção e métodos de distribuição maliciosos. Para combater isto, cientistas e instituições como as Nações Unidas precisam alcançar pessoas com informação acurada, na qual possam confiar".
Verificado, liderada pelo Departamento de Comunicação Global (DCG) da ONU, oferecerá informação sobre três temas: ciência – para salvar vidas; solidariedade – para promover cooperação local e global; e soluções – para defender o apoio a populações impactadas. Também promoverá pacotes de recuperação que abordem a crise climática e tratem das causas principais da pobreza, da desigualdade e da fome.
A iniciativa está chamando pessoas do mundo todo a se inscrever e se tornarem "voluntários da informação" para compartilhar conteúdo confiável para manter famílias e comunidades seguras e conectadas. Descritos como primeiros contatos digitais, os voluntários receberão diariamente uma lista de conteúdo verificado, otimizado para compartilhamento com mensagem simples e convincente que ou enfrenta diretamente a desinformação ou preenche um vácuo de informação.
O DGC irá fazer parceria com agências da ONU e equipes de país da ONU, influenciadores, sociedade civil, empresas e organizações de mídia para distribuir conteúdo confiável e acurado e trabalhar com plataformas de mídia social para erradicar afirmações de ódio e prejudiciais sobre a COVID-19.
"Em muitos países a crescente desinformação em canais digitais está impedindo a resposta de saúde pública e provocando instabilidade. Há esforços inquietantes de explorar a crise para avançar nativismo ou atingir grupos minoritários, o que pode piorar na medida em que a pressão aumenta nas sociedades e instabilidades econômicas e sociais entram em cena", afirmou a sub-secretária-geral da ONU para Comunicação Global, Melissa Fleming.
"A iniciativa Verificado também trabalhará para enfrentar a esta tendência com conteúdo de esperança que celebre atos locais de humanidade, as contribuições de refugiados e migrantes, e defenda a cooperação global".
A iniciativa é uma colaboração com a "Purpose", uma das organizações líderes mundiais em mobilização social. tem o apoio da Fundação IKEA e Luminate.
A oficial chefe de programas da Fundação IKEA disse: "A pandemia de COVID-19 é uma crise de saúde global sem precedentes. A Fundação IKEA tem orgulho de apoiar a Verificado, uma iniciativa que visa garantir que todos tenham acesso a ciência confiável e oriente aqueles que precisam manter suas famílias e entes queridos em segurança".
O diretor administrativo da Luminate, Nishant Lalwani, acrescentou: "A COVID-19 proporcionou um grande lembrete de que acessar informação confiável e acurada pode ser a diferença entre medo e resiliência, divisão e unidade, e até entre a vida e a morte. Estamos orgulhosos em apoiar a Verified e seu trabalho para vencer a "infodemia" de coronavírus ao rapidamente disseminar informação confiável, baseada na ciência, para proteger pessoas e comunidades ao redor do mundo".
Voluntários podem se inscrever aqui: www.shareverified.com/pt
Informações para a imprensa
Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio)
Kimberly Mann – mann@un.org

VIA ONU BRASIL

IBICT e UNESCO lançam portal com informações científicas sobre COVID-19 em acesso aberto

O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), em parceria com a UNESCO no Brasil, lançou na quarta-feira (20) o portal Ciência Aberta é Vida, que reúne fontes de informação científica nacional e internacional, em acesso aberto, com conteúdo sobre a COVID-19.
Além dos artigos científicos já publicados e outros ainda inéditos, o diretório apresenta dados de pesquisas, ensaios clínicos, teses, dissertações e outros materiais referentes à produção dos pesquisadores do mundo todo.
Além dos artigos científicos já publicados e outros ainda inéditos, o Diretório apresenta dados de pesquisa, ensaios clínicos, teses, dissertações e outros materiais. Foto: Spark
O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), em parceria com a UNESCO no Brasil, lançou na quarta-feira (20) o portal Ciência Aberta é Vida, que reúne fontes de informação científica nacional e internacional, em acesso aberto, com conteúdo sobre a COVID-19.
Além dos artigos científicos já publicados e outros ainda inéditos, o diretório apresenta dados de pesquisas, ensaios clínicos, teses, dissertações e outros materiais referentes à produção dos pesquisadores do mundo todo. O portal estará disponível em três línguas: português, inglês e espanhol (acesse aqui).
Também será lançado um repositório de pré-impressões (chamados preprints), criado para agilizar a publicação de resultados de pesquisas. A ideia surgiu a partir de demandas espontâneas de alguns editores científicos brasileiros, que perceberam a necessidade de dar visibilidade às suas produções com mais rapidez, sobretudo diante da pandemia de COVID-19.
Diferentemente de outros repositórios de pré-impressão existentes, este se destaca porque os depósitos são feitos pelos editores da revista, que fazem uma avaliação prévia da natureza científica dos artigos.
"Este é um grande passo para o compartilhamento de informações sobre a pandemia da COVID-19, que vai ao encontro dos esforços que vêm sendo feitos pela UNESCO e todos os seus escritórios para promover a cooperação técnico-científica internacional contra a pandemia", destaca a diretora e representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto.
"Mecanismos de ciência aberta, como os lançados recentemente pelo IBICT e MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), constituem importantes contribuições para a livre troca de conhecimentos e pesquisas científicas sobre o novo coronavírus."
O Ciência Aberta é parte de uma ação desenvolvida pelo IBICT e o MCTIC, que colocará na Internet outros espaços de livre acesso com informações sobre o coronavírus.
Um deles é a Rede Vírus MCTIC, com atividades promovidas pelo ministério; outro é o Infográfico Interativo, que permite a visualização de dados relacionados à COVID-19; já o Universo Científico apresenta as ações de disseminação de informações científicas para pesquisadores; e o Ciência em Casa MCTIC traz atividades científicas, jogos e informações destinados a levar à população o conhecimento científico de forma lúdica.
via ONU BRASIL

OIT publica orientações para um retorno seguro e saudável ao trabalho durante a pandemia da COVID-19

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomenda que as políticas de retorno ao trabalho sejam orientadas por uma abordagem com foco nas pessoas, que coloque os direitos e as Normais Internacionais do Trabalho no centro das estratégias econômicas, sociais e ambientais.

Em documento publicado recentemente, a OIT propõe que, antes do retorno ao trabalho, cada local seja avaliado e que medidas preventivas sejam implementadas. Será necessária uma combinação de medidas de controle técnico e organizacional para evitar o contágio das pessoas que retornarem ao ambiente de trabalho. As medidas a serem aplicadas podem consistir na instalação de barreiras físicas, melhoria da ventilação ou adoção de horários flexíveis de trabalho, além de práticas de limpeza e higiene e uso de equipamento de proteção individual.

Foto: Gustavo Fring/Pexels

Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou dois documentos de orientação sobre condições seguras e eficazes de retorno ao trabalho durante a pandemia da COVID-19.

A Nota de Orientação "Um retorno seguro e saudável ao trabalho durante a pandemia da COVID-19" (Safe and healthy return to work during the COVID-19 pandemic) destaca que as políticas para o retorno ao trabalho precisam ser orientadas por uma abordagem com foco nas pessoas, que coloque os direitos das pessoas no centro das políticas econômicas, sociais e ambientais. O diálogo social, reunindo governos e organizações de trabalhadores e de empregadores, será fundamental para a criação de políticas e de confiança efetiva e necessária para um retorno seguro ao trabalho.

A Nota está baseada em documentos de orientação de especialistas da OIT e nas Normas Internacionais do Trabalho, que fornecem uma estrutura normativa para a criação de um retorno seguro ao trabalho. O documento enfatiza a necessidade de que as diretrizes políticas sejam incorporadas aos sistemas nacionais de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), pois criam as bases para um ambiente de trabalho seguro. Portanto, a orientação pode contribuir para uma cultura de melhoria contínua no nível nacional e em áreas como administração, instituições, instrumentos legais e regulatórios, inspeções de trabalho e coleta de informações, dentre outras áreas.

Para a diretora-geral adjunta de políticas da OIT, Deborah Greenfield, antes de voltar ao trabalho, os trabalhadores devem ter certeza de que não serão expostos a riscos indevidos. "Para ajudar a revitalizar as empresas e as economias o mais rápido possível, os trabalhadores terão que cooperar com essas novas medidas".

Os trabalhadores e as trabalhadoras devem se sentir seguros(as) em seus locais de trabalho em relação aos riscos direta e indiretamente associados à COVID-19, incluindo questões psicossociais e de ergonomia relacionadas ao trabalho em posições difíceis ou com instalações precárias quando o trabalho é feito em casa, de acordo com as diretrizes. As pessoas devem ter o direito de se afastar de qualquer situação "na qual elas tenham uma justificativa razoável para acreditar que representa um perigo iminente e sério para sua vida ou saúde" e "devem ser protegidas de quaisquer consequências indevidas".

O documento propõe que, antes do retorno ao trabalho, cada local de trabalho, posto de trabalho ou grupo de trabalhos específicos seja avaliado e que medidas preventivas sejam implementadas para garantir a segurança e a saúde de todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras, de acordo com uma hierarquia de medidas preventivas. Para as pessoas que trabalham em casa, o risco de infecção no contexto de trabalho pode ser eliminado; para aquelas que retornam aos locais de trabalho, deve-se priorizar opções que substituam situações perigosas por menos perigosas, como substituir reuniões presenciais por virtuais.

Quando isso não for possível, será necessária uma combinação de medidas de controle técnico e organizacional para evitar o contágio. As medidas específicas a serem aplicadas dependem de cada local de trabalho, mas podem consistir na instalação de barreiras físicas, como vitrines de plástico transparente, melhoria da ventilação ou adoção de horários flexíveis de trabalho, além de práticas de limpeza e higiene. As diretrizes também destacam que o uso de equipamento de proteção individual apropriado pode ser necessário para complementar outras medidas, principalmente para as ocupações mais perigosas, e que esse equipamento deve ser fornecido gratuitamente aos trabalhadores e às trabalhadoras.

As necessidades de trabalhadores e trabalhadoras mais expostos(as) ao risco de doenças graves devem ser levadas em consideração; incluindo trabalhadores e trabalhadores mais velhos(as), trabalhadoras grávidas, pessoas com condições médicas pré-existentes, refugiados(as), migrantes e pessoas que trabalham no setor informal. Atenção especial será necessária para garantir que as políticas de retorno ao trabalho não criem discriminação relacionada a gênero, estado de saúde ou outros fatores.

"Em todos os lugares, práticas de trabalho inseguras são uma ameaça tanto para saúde quanto para empresas sustentáveis. Portanto, antes de voltar ao trabalho, os trabalhadores devem ter certeza de que não serão expostos a riscos indevidos ", disse a diretora-geral adjunta de políticas da OIT.

"Além disso, para ajudar a revitalizar as empresas e as economias o mais rápido possível, os trabalhadores terão que cooperar com essas novas medidas. Isso significa que o diálogo social será de particular importância, pois é a maneira mais eficaz de traduzir informações e ideias em políticas e ações, criando assim as melhores condições para uma recuperação rápida e equilibrada", concluiu.

A Nota de Orientação "Um retorno seguro e saudável ao trabalho durante a pandemia da COVID-19" (A safe and healthy return to work during the COVID-19 pandemic) é acompanhada por uma lista de verificação com 10 medidas práticas de orientação para empregadores (em inglês), trabalhadores e seus representantes. Esta ferramenta visa complementar e não substituir os regulamentos e orientações nacionais de segurança e saúde no trabalho, para ajudar a estabelecer os elementos práticos para um retorno seguro ao trabalho.

ONU BRASIL