sábado, 13 de junho de 2020

Poema: FIO D’ÁGUA - Helena Kolody


Não quero ser o grande rio caudaloso
Que figura nos mapas.
Quero ser o cristalino fio d’água
Que canta e murmura na mata silenciosa.

Poema Paulo Leminski: Perto do osso a carne é mais gostosa


Sossegue coração
ainda não é agora
a confusão prossegue
sonhos a fora
calma calma
logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Música Lembranças - Porca Véia



Letra:


Quando as almas perdidas se encontram
Machucadas pelo desprazer
Um aceno um riso apenas
Da vontade da gente viver
São os velhos mistérios da vida
Rebenqueados pelo dia-a-dia
Já cansados de tanta tristeza
Vão em busca de nova alegria
E ao morrer nesta tarde morena
Quando o sol desapaciento se vai
As lembranças tranqueiam com as águas
Passageiras do rio Uruguai
E as guitarras eternas cigarras
Entre as flores dos velhos ipês
Sempre vivas dormidas se acordam
Na lembrança da primeira vez
E ao morrer nesta tarde morena
Fonte: Musixmatch

Falece o Cantor, Compositor e Gaiteiro porca Véia


É com muito pesar que noticiamos o falecimento do cantor , compositor e gaiteiro Élio da Rosa Xavier, mais conhecido como "Porca Véia", aos 68 anos de idade em Novo Hamburgo-RS em decorrência de um infarto.

Veja também: Compre duas caixas de Desinchá e ganhe um Copo de Brinde.

A luta de Porca Véia - YouTube

O artista passou durante a realização de um procedimento de hemodiálise em um hospital da cidade. Élio ficou nacionalmente conhecido por músicas tradicionais na cultura gaúcha, sendo "Lembranças", uma das mais conhecidas. Ouça aqui. 

Élio ganhou notoriedade como artista quando tinha mais de 30 anos, sendo que o apelido usado como nome artístico veio do tempo de Colégio Agrícola, onde estudou. 


Contra o trabalho infantil - "Sementes" do Emicida e da Drik Barbosa.

Campanha nacional alerta para risco de aumento do trabalho infantil diante dos impactos da pandemia

Começa nesta quarta-feira (3) a campanha nacional contra o trabalho infantil, realizada por Ministério Público do Trabalho (MPT), Justiça do Trabalho, Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).

A iniciativa alerta para o risco de crescimento da exploração do trabalho infantil diante dos impactos da pandemia. Entre as ações, os rappers Emicida e Drik Barbosa lançam na semana que vem (9) nos aplicativos de streaming música inédita sobre o tema, intitulada "Sementes". Um videoclipe será lançado no canal de Emicida no Youtube (Assista aqui)
O trabalho infantil na América Latina e no Caribe caiu pela metade desde 2000, mas avanços estão sob risco por conta da pandemia. Foto: EBC
O trabalho infantil na América Latina e no Caribe caiu pela metade desde 2000, mas avanços estão sob risco por conta da pandemia. Foto: EBC







Começa nesta quarta-feira (3) a campanha nacional contra o trabalho infantil, realizada por Ministério Público do Trabalho (MPT), Justiça do Trabalho, Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).

A iniciativa alerta para o risco de crescimento da exploração do trabalho infantil diante dos impactos da pandemia. Entre as ações, os rappers Emicida e Drik Barbosa lançam na semana que vem (9) nos aplicativos de streaming música inédita sobre o tema, intitulada "Sementes". Um videoclipe será lançado no canal de Emicida no Youtube.
Anteriormente previsto para terça-feira (2), o lançamento da música foi adiado devido à adesão ao movimento mundial antirracista #blackouttuesday, motivado pelos protestos nos Estados Unidos após o assassinato de George Floyd por policiais brancos.
"Tendo como fio condutor uma mensagem contra o trabalho infantil, 'Sementes' é mais um dos temas que giram em torno desta grande manifestação antirracista – lembrando que o trabalho infantil é majoritariamente exercido por crianças e adolescentes negros, por isso, a urgência de aderir a esta pausa", disse o comunicado de adiamento, cuja íntegra pode ser acessada aqui.
Com o slogan "COVID-19: agora mais do que nunca, protejam crianças e adolescentes do trabalho infantil", a campanha nacional está alinhada à iniciativa global proposta pela OIT.
O objetivo é conscientizar a sociedade e o Estado sobre a necessidade de maior proteção a esta parcela da população, com o aprimoramento de medidas de prevenção e de combate ao trabalho infantil, em especial diante da vulnerabilidade socioeconômica resultante da crise provocada pelo novo coronavírus.

Cenário mundial

De acordo com a OIT, antes da disseminação da COVID-19, quase 100 milhões de crianças haviam sido resgatadas do trabalho infantil até 2016. Isso fez com que o número de crianças nessa situação caísse de 246 milhões em 2000 para 152 milhões em 2016, segundo a última estimativa global divulgada.
A fim de evitar um aumento dessa estatística em 2020 e perseguir a meta de erradicar essa violação até 2025, a campanha mundial faz um chamamento aos países para que incrementem políticas públicas de proteção visando assegurar os direitos fundamentais de crianças e adolescentes, inclusive o direito ao não trabalho.
O diretor do escritório da OIT no Brasil, Martin Georg Hahn, destaca que a pandemia e a consequente crise econômica e social global têm um grande impacto na vida e nos meios de subsistência das pessoas. "Para muitas crianças, adolescentes e suas famílias, a crise significa uma educação interrompida, doenças, a potencial perda de renda familiar e o trabalho infantil", explica.
Para Hahn, é imprescindível proteger todas as crianças e adolescentes e garantir que eles sejam uma prioridade na resposta à crise gerada pela COVID-19, com base nas convenções e recomendações da OIT e Convenção das Nações Unidas. "Não podemos deixar ninguém para trás", acrescenta.

Realidade nacional

Mesmo proibido no Brasil, o trabalho infantil atinge pelo menos 2,4 milhões de meninos e meninas entre 5 e 17 anos, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua 2016, do IBGE.
Em 2019, das mais de 159 mil denúncias de violações a direitos humanos recebidas pelo Disque 100, cerca de 86,8 mil tinham como vítimas crianças e adolescentes. Desse total, 4.245 eram de trabalho infantil. Os dados são do Ministério da Mulher, da Família e do Direitos Humanos (MMFDH).
"Os dados revelam o tratamento negligente que o Estado brasileiro tem dispensado a crianças e adolescentes e o enorme distanciamento entre os preceitos constitucionais e a realidade vivenciada; conduzem à inevitável conclusão de que o Estado não se importa com o valor prospectivo da infância e juventude, como portadoras da continuidade do seu povo", alerta a procuradora Ana Maria Villa Real, coordenadora nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância), do MPT.
Para a procuradora, "o princípio da proteção integral é o único caminho para se chegar a uma vida adulta digna; não há atalhos para isso! Crianças e adolescentes têm direito à dignidade, a florescerem e a crescerem com as vivências próprias de suas épocas. Não há dignidade pela metade. Dignidade é inegociável", completa.
De acordo com a ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Kátia Arruda, coordenadora do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo a Aprendizagem da Justiça do Trabalho, "está na hora de compreender que toda criança é nossa criança e o mal que se faz com a exploração do trabalho infantil afeta toda a sociedade, com grave repercussão no nível educacional, no desenvolvimento físico e psicológico e, principalmente na qualidade de vida desses meninos e meninas. É preciso que o exercício de direitos e de solidariedade comece pela proteção de nossas crianças e jovens", diz.
Os números do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde mostram o quanto o trabalho precoce é nocivo: entre 2007 e 2019, 46.507 crianças e adolescentes sofreram algum tipo de agravo relacionado ao trabalho, entre elas, 279 vítimas fatais notificadas. Entre as atividades mais prejudiciais, está o trabalho infantil agropecuário: foram 15.147 notificações de acidentes com animais peçonhentos e 3.176 casos de intoxicação exógena por agrotóxicos, produtos químicos, plantas e outros.
Um estudo inédito publicado no dia 25 de maio pelo FNPETI revela ainda que mais de 580 mil crianças e adolescentes de até 13 anos trabalham em atividades ligadas à agricultura e à pecuária, que estão na lista das piores formas de trabalho infantil. A pesquisa teve como base o Censo Agropecuário de 2017, divulgado pelo IBGE em 2019. Apesar da redução obtida desde 2006, quando o número era de mais de 1 milhão, com a COVID-19, o trabalho infantil agropecuário também pode voltar a crescer.
Para a secretária executiva do FNPETI, Isa Oliveira, a luta contra o trabalho infantil apresenta desafios ainda maiores no contexto da pandemia. "Crianças e adolescentes estão ainda mais vulneráveis, o que exige do Estado brasileiro medidas imediatas e eficazes para protegê-las do trabalho infantil e proteger suas famílias", ressalta.

Ações da campanha

Entre as atividades, serão exibidos 12 vídeos nas redes sociais com histórias reais de vítimas, que irão integrar a série "12 motivos para a eliminação do trabalho infantil". Está prevista ainda a veiculação de podcasts semanais para reforçar a necessidade aprimoramento das ações de proteção a crianças e adolescentes neste momento crítico.
Para marcar o Dia Internacional de Combate ao Trabalho Infantil, 12 de junho, haverá um webinar nacional (seminário virtual) que será transmitido pelo canal do Tribunal Superior do Trabalho no Youtube. O evento conta com o apoio e participação do Canal Futura e vai debater questões como o racismo no Brasil, os aspectos históricos, mitos, o trabalho infantil no contexto da COVID-19 e os desafios da temática pós-pandemia.
As ações continuam durante todo o mês de junho, com uma agenda nacional única que pode ser acompanhada pelas redes sociais das instituições parceiras.
Via ONU Brasil

Nova música de Emicida integra campanha de combate ao trabalho infantil no Brasil


O cantor e rapper Emicida lançou nesta semana uma música para alertar para a exploração do trabalho infantil no Brasil e para a possibilidade de esse crime aumentar diante dos impactos da pandemia de COVID-19.

"Sementes" tem a participação da cantora Drik Barbosa e faz parte de campanha nacional contra o trabalho infantil realizada por Ministério Público do Trabalho (MPT), em parceria com Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Assista aqui.
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
O cantor e rapper Emicida lançou nesta semana uma música para alertar para a exploração do trabalho infantil no Brasil e para a possibilidade de esse crime aumentar diante dos impactos da pandemia de COVID–19.
"Sementes" tem a participação da cantora Drik Barbosa e faz parte de campanha nacional contra o trabalho infantil realizada por Ministério Público do Trabalho (MPT), em parceria com Justiça do Trabalho, Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).
Já disponível nos aplicativos de streaming (https://links.altafonte.com/sementes), a faixa tem um videoclipe, que pode ser acessado no canal de YouTube do rapper paulista (https://youtu.be/C7l0AB–I3c).
"A gente vive um momento em que é necessário falar sobre a problemática da COVID-19 nas periferias. Isso é urgente. A persistente falta de atenção dada ao trabalho infantil, algo que vem bem antes dessa pandemia surgir, se agrava ainda mais neste período, que deveria ser de paralisação e isolamento, mas resulta no inverso: mais crianças sendo empurradas para uma situação de trabalho desumano", diz Emicida.
Na música, o artista compara as crianças com sementes em desenvolvimento e lembra que ambas não devem sofrer pressão no seu processo de florescimento. Ele canta: "é muito triste, muito cedo, é muito covarde cortar infâncias pela metade. Pra ser um adulto sem tumulto, não existe atalho. Em resumo, crianças não têm trabalho".
Em outro trecho, Drik Barbosa diz que o trabalho infantil tem cor e endereço. De fato, o número de crianças e adolescentes negros vítimas de exploração pelo trabalho infantil é maior do que o de não de negros (1,4 milhão e 1,1 milhão, respectivamente).
A artista também canta sobre uma menina que, aos 8 anos, limpa casa de família em troca de comida. Nesse caso, ela aponta para a triste realidade de que, quando se trata de trabalho infantil doméstico, as meninas são a maioria (94,2%).

Campanha nacional

Com o slogan "COVID-19: agora mais do que nunca, protejam crianças e adolescentes do trabalho infantil", a campanha nacional está alinhada à iniciativa global proposta pela OIT.
O objetivo é conscientizar a sociedade e o Estado sobre a necessidade de maior proteção dessa parcela da população, com o aprimoramento de medidas de prevenção e combate ao trabalho infantil, em especial diante da vulnerabilidade socioeconômica resultante da crise provocada pelo novo coronavírus.
Para marcar o Dia Internacional de Combate ao Trabalho Infantil, 12 de junho, haverá um webinário nacional (seminário virtual), transmitido pelo canal do Tribunal Superior do Trabalho no Youtube.
O evento conta com o apoio do Canal Futura e vai debater questões como o racismo no Brasil, os aspectos históricos, os mitos, o trabalho infantil no contexto da COVID-19 e os desafios da temática pós-pandemia.
Além disso, nas redes sociais, serão exibidos 12 vídeos com histórias de adultos que trabalharam na infância e hoje percebem os impactos negativos desta experiência. A série, intitulada "12 motivos para a eliminação do trabalho infantil" será divulgada a partir do dia 15 de junho.
Via ONU Brasil

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Embrapa oferece curso gratuito: Utilização de drones como Tecnologia de Precisão


Uma parceria firmada entre a Embrapa Gado de Corte e a empresa Grupo Novo Olhar, disponibiliza o acesso ao curso online e gratuito, durante a quarentena, para que você possa aprimorar seus conhecimentos sobre essa nova e fantásticas tecnologia que vem revolucionando a Agricultura Moderna.

Para se inscrever é muito simples, basta clicar no botão a baixo e seguir as regras e acompanhar as datas do curso: https://portalexperts.com.br/curso-drone/

Veneri pede explicações sobre corte de pinheiros em obra de linha de transmissão de energia

Veneri pede explicações sobre corte de pinheiros em obra de linha de transmissão de energia
O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) vai pedir explicações ao Instituto Ambiental do Paraná sobre o corte de uma centena de pinheiros na região de Campo Largo e Bateias, na região metropolitana de Curitiba, para a construção de uma linha de transmissão de energia pela empresa Engie Ltda, São mais de mil quilômetros desta linha que irá cortar inúmeros municípios do Estado.
Veneri destacou que, desde 1976, está proibida a derrubada de mata de araucárias no Paraná. E o crime ambiental é mais grave por ser registrado em fase de produção de pinhas e da queda das sementes, entre abril e junho.
“Temos informações de que não há medidas compensatórias e nem houve participação da população na discussão sobre o desmatamento da região para essa obra. Nós queremos saber por que o IAP autorizou o corte dessa árvore nativa justamente quando há uma destruição sem precedentes dessa vegetação”, afirmou Veneri.

Veneri debate com os Correios como ajudar agricultores a ter acesso a sementes crioulas

Veneri debate com os Correios como ajudar agricultores a ter acesso a sementes crioulas
Autor do projeto que prevê a criação de programas públicos para a preservação dos bancos de sementes crioulas, o deputado Tadeu Veneri está debatendo com a direção dos Correios no Paraná uma forma de ajudar os agricultores durante a pandemia de coronavírus. As feiras e festas de troca estão suspensas e o acesso aos pontos de venda é mais difícil nesse período.
Em discussão também com o coletivo Rede Sementes da Agroecologia (ReSa), a proposta é ter o apoio dos Correios para organizar um serviço de venda de sementes por Vale Postal. O sistema já funciona no estado de São Paulo, onde o Correio atua intermediando o contato entre os agricultores e os núcleos de sementes, enviando as encomendas em despacho regular.
Veneri irá procurar também a Secretaria de Agricultura do Paraná para que possa se juntar a esse esforço para permitir que os agricultores sejam atendidos. “As sementes crioulas ajudam a reduzir o uso dos insumos químicos cujos efeitos ainda são desconhecidos sobre a saúde, além de serem mais resistentes a pragas e às mudanças climáticas”, disse Veneri., explicando a necessidade de encontrar uma saída para a circulação dessas variedades durante essa fase de distanciamento social.
Sementes e mudas crioulas são variedades que não tiveram sua estrutura genética modificada pela indústria, em um processo de melhoramento genético, e não são, consequentemente, patenteadas por nenhuma empresa. São cultivadas naturalmente e se adaptam ao ambiente como resultado de um processo de seleção natural ou pela ação dos agricultores.
Na reunião, realizada nesta terça-feira, 9, o superintendente dos Correios no Paraná, Paulo Cezer Kremer dos Santos, manifestou disposição em ajudar no processo de busca de uma solução envolvendo a empresa. Também estiveram presentes a gerente regional de Atendimento dos Correios, Rosimeire Aparecida Viana, o Gerente Regional de Transporte e Tratamento: Paulo Santiago da Silva, Gerente Regional de Clientes Empresariais,Klaus Rotman Dantas Santos. Pela Rede Sementes da Agroecologia no Paraná (ReSA), participou a advogada Naiara Andreoli Bittencourt.
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domingo, 7 de junho de 2020

Ano letivo tem que ser suspenso para estancar desistências e evasão escolar

Ano letivo tem que ser suspenso para estancar desistências e evasão escolar
Em pronunciamento nesta terça-feira,2, na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT) defendeu a necessidade de o governo estadual suspender o ano letivo e reorganizar o calendário escolar, como recomenda o Conselho Permanente de Direitos Humanos do Paraná. Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa, Veneri destacou as limitações do modelo de ensino à distância adotado às pressas pelo governo do Estado que está deixando milhares de estudantes à margem do processo de aprendizagem e provocando desistências daqueles que não conseguem ter acesso aos conteúdos.
Em documento, o Coped relatou que tem recebido inúmeras queixas da sociedade e que o governo precisa rever a estratégia adotada durante a pandemia de coronavírus.As reclamações vão desde a plataforma usada pela Secretaria Estadual de Educação até a exclusão sofrida por alunos de baixa renda que não dispõem de meios para assistir às aulas remotas.
“Não é por acaso esta recomendação do Coped. É preciso garantir o direito de todos de ter acesso aos conteúdos de ensino e acompanhar às aulas. Como um estudante que não tem um aparelho celular ou mesmo um aparelho de TV adequado irá participar das aulas? Já são sessenta dias de ensino à distância para alguns e sessenta dias de distância da educação com qualidade para muitos”, afirmou Veneri.
Veja recomendação do Coped:

esde o início da suspensão das aulas presenciais na rede pública estadual em decorrência da pandemia, o Conselho Permanente de Direitos Humanos do Paraná (COPED) tem recebido várias de denúncias por causa da imposição do ensino à distância a todos os alunos. As reclamações vão desde a plataforma usada pela Secretaria Estadual de Educação(SEED) até a exclusão sofrida por alunos de baixa renda que não dispõem de meios para assistir às aulas remotas.


Diante disso, o COPED está encaminhando à SEED uma série de recomendações com o objetivo de encontrar uma solução para minimizar os prejuízos a crianças e adolescentes em todo o estado e buscar uma relação equilibrada nas relações escola/aluno, escola/família. Entre as recomendações, está a suspensão e reorganização do ano letivo de 2020, em caráter emergencial, reajustando conteúdos pedagógicos, critérios avaliativos e de avanço para nova série escolar.

O Conselho recomenda que os espaços e ferramentas disponibilizados pelo governo doestado para aulas não presenciais sejam direcionados para revisão de conteúdo da série anterior à matriculada em 2020. O objetivo é evitar que oferta irregular de conteúdo e o déficit de aprendizagem provocado pelas aulas à distância possam ocasionar uma evasão de alunos em massa diante das dificuldades que encontrarão no retorno às aulas presenciais.

O Conselho de Direitos Humanos também está propondo à Secretaria de Educação a criação de um grupo de trabalho com várias órgãos e entidades para debaterem juntos o enfrentamento ao coronavírus no sistema de ensino do Paraná. A proposta do COPED é que o grupo seja integrado pela SEED, Ministério Público, Defensoria Pública, OAB-PR, APP-Sindicato, União Paranaense de Estudantes Secundaristas (Upes), Associação dos Conselheiros Tutelares do Paraná (Actep) e os Conselhos de Direitos Humanos e dos Direitos das Crianças dos Adolescentes (Cedca-PR).

Todas as recomendações enviadas à SEED também foram encaminhadas aos órgãos e entidades sugeridas para o grupo de trabalho.

Instituído pela Lei 11.070/1995, o COPED é um órgão colegiado integrante da estrutura organizacional da Secretaria de Justiça do Paraná. O grupo tem caráter permanente, autônomo, deliberativo e paritário e conta com a participação de representantes da sociedade civil e de órgãos governamentais dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O Conselho tem por principal atribuição a formulação e a fiscalização das políticas públicas de proteção dos direitos humanos e da cidadania. Possui ainda o dever de encaminhar às autoridades competentes as denúncias e representações que lhe sejam dirigidas,bem como estudar e propor soluções de ordem geral para os problemas. 

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Veneri cobra responsabilidade e ação do governo diante do avanço da pandemia no Paraná

Veneri cobra responsabilidade e ação do governo diante do avanço da pandemia no Paraná
O resultado do relaxamento nas restrições à circulação de pessoas e a retomada de atividades econômicas não essenciais está aparecendo diariamente no crescimento nos números de cidadãos contaminados pelo novo coronavírus no Estado. A observação foi feita nesta quarta-feira, 3, pelo deputado estadual Tadeu Veneri (PT), durante sessão remota onde pediu que o governo estadual e as autoridades sanitárias reflitam sobre o agravamento da situação em várias cidades no Estado.
“Não estamos enfrentando a maior tragédia sanitária mundial dos últimos 50 anos da forma que deveríamos. Os governos não estão cuidando da preservação de vidas. É preciso agir e nós temos a obrigação de cobrar responsabilidades”, afirmou.
Veneri cobrou a intensificação da fiscalização e ação sobre setores e regiões específicas onde há uma explosão de casos, como em Coronel Domingos Soares, no Oeste do Estado, onde nos últimos dias foram contabilizados quase cem casos em uma cidade com cerca de sete mil habitantes.
Mesmo com a identificação do foco de contaminação na construção de um Pequena Central Hidrelétrica, as obras continuam apesar da atuação do Ministério Público do Trabalho. Na região metropolitana de Curitiba, em São José dos Pinhais, outra empresa foi autuada por conta de um alto nível de contaminação entre seus trabalhadores aglomerados em alojamentos. Veneri citou também o segmento dos frigoríficos onde também há várias denúncias de desrespeito às medidas preventivas contra o avanço da doença.
Veneri destacou que, apesar da expansão da doença, o governo federal está cada vez investindo menos nas ações de combate à propagação da doença. O presidente da Repúblicavetou trecho de uma Medida Provisória que transferia cerca de R$ 8,6 bilhões do Fundo de Reserva Monetária do Banco Central ao combate do coronavírus nos estados e municípios. O fundo foi criado em 1966 e estava sem uso.
Ao mesmo tempo, o Ministério Público Federal está solicitando a abertura de um inquérito civil público para apurar as razões da falta de investimento do governo Bolsonaro nas ações de combate ao coronavírus. Dados do Ministério da Saúde mostram que o governo reduziu os repasses orçamentários para as ações sanitárias. De R$ 11, 7 bilhões, apenas R$ 2,5 bilhões foram aplicados no enfrentamento da pandemia.