sábado, 15 de julho de 2023
sexta-feira, 14 de julho de 2023
Novo relatório do UNAIDS mostra que pandemia de AIDS pode acabar até 2030 e descreve caminho para alcançar esse objetivo
13 julho 2023
O UNAIDS lança o novo relatório global, intitulado "O Caminho que põe fim à AIDS" nesta quinta-feira (13).
O relatório traz informações atualizadas de como estão os esforços para acabar com a AIDS como ameaça à saúde pública até 2030 globalmente.
Winnie Bynanyima, Diretora Executiva do UNAIDS, diz que este é o momento das lideranças globais deixarem um legado positivo para as futuras gerações.
Um novo relatório divulgado hoje pelo UNAIDS mostra que há um caminho claro para acabar com a AIDS como ameaça à saúde pública. Esse caminho também ajudará o mundo a estar mais bem preparado para enfrentar futuras pandemias e a avançar no progresso em direção à conquista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
O relatório intitulado "O Caminho que põe fim à AIDS" traz dados e estudos de caso que destacam que o fim da AIDS é uma escolha política e financeira, e que os países e lideranças que já estão seguindo esse caminho estão obtendo resultados extraordinários.
Metas 95-95-95
Países como Botsuana, Essuatíni, Ruanda, a República Unida da Tanzânia e Zimbábue já alcançaram as metas "95-95-95".
Isso significa que, nesses países, 95% das pessoas que vivem com HIV conhecem seu status sorológico; 95% das pessoas que sabem que vivem com HIV estão em tratamento antirretroviral que salva vidas; e 95% das pessoas em tratamento estão com a carga viral suprimida.
Outros 16 países, oito dos quais na África subsaariana, região que representa 65% de todas as pessoas vivendo com HIV, também estão próximos de alcançar essas metas.
Dados do Brasil
O Brasil, por sua vez, também está no caminho, com suas metas na casa de 88-83-95. Mas o país ainda enfrenta obstáculos, causados especialmente pelas desigualdades, que impedem que pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade tenham pleno acesso aos recursos de prevenção e tratamento do HIV que salvam vidas.
"Ao mesmo tempo assistimos o movimento em casas legislativas municipais, estaduais e até mesmo no Congresso de apresentar legislações criminalizadoras e punitivas que afetam diretamente a comunidade LGBTQIA+, especialmente pessoas trans", alerta Ariadne Ribeiro Ferreira, oficial de Igualdades e Direitos do UNAIDS Brasil.
"Este movimento soma-se às desigualdades, aumentando o estigma e discriminação de determinadas populações e pode contribuir para impedir o Brasil de alcançar as metas de acabar com a AIDS até 2030."
Papel das lideranças
"O fim da AIDS é uma oportunidade para as lideranças de hoje deixarem um legado extraordinariamente poderoso para o futuro", defende Winnie Byanyima, Diretora Executiva do UNAIDS.
"Essas lideranças podem ser lembradas pelas gerações futuras como aquelas que puseram fim à pandemia mais mortal do mundo. Podem salvar milhões de vidas e proteger a saúde de todas as pessoas".
O relatório destaca que as respostas ao HIV têm sucesso quando estão baseadas em uma forte liderança política.
Isso significa respeitar a ciência, dados e evidências; enfrentar as desigualdades que impedem o progresso na resposta ao HIV e outras pandemias; fortalecer as comunidades e as organizações da sociedade civil em seu papel vital na resposta; e garantir financiamento suficiente e sustentável.
Mais investimentos e avanço na descriminalização
O relatório do UNAIDS mostra que o progresso rumo ao fim da AIDS tem sido mais forte nos países e regiões que têm maior investimento financeiro.
Na África Oriental e Austral, por exemplo, as novas infecções por HIV foram reduzidas em 57% desde 2010 e o número de pessoas em tratamento antirretroviral triplicou, passando de 7,7 milhões em 2010, para 29,8 milhões em 2022.
Graças ao apoio e investimento no combate à AIDS em crianças, 82% das mulheres grávidas e lactantes vivendo com HIV em todo o mundo tiveram acesso ao tratamento antirretroviral em 2022, em comparação com 46% em 2010.
Isso levou a uma redução de 58% nas novas infecções por HIV em crianças de 2010 a 2022, o número mais baixo desde a década de 1980.
O fortalecimento do progresso na resposta ao HIV passa pela garantia de que os marcos legais e políticos não comprometam os direitos humanos, mas que os protejam. Vários países revogaram leis prejudiciais em 2022 e 2023, incluindo cinco (Antígua e Barbuda, Ilhas Cook, Barbados, São Cristóvão e Nevis e Singapura) que descriminalizavam as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo.
Dados globais sobre AIDS
O relatório, no entanto, também enfatiza que o fim da AIDS não ocorrerá automaticamente.
- Em 2022, a cada minuto, uma pessoa morreu em decorrência da AIDS.
- Cerca de 9,2 milhões de pessoas ainda não têm acesso ao tratamento, incluindo 660 mil crianças vivendo com HIV.
- Mulheres e meninas ainda são desproporcionalmente afetadas, especialmente na África subsaariana.
- A cada semana, em 2022, 4 mil jovens mulheres e meninas foram infectadas pelo HIV no mundo. Apenas 42% das regiões com incidência de HIV acima de 0,3% na África subsaariana são atualmente abrangidas por programas de prevenção dedicados ao HIV para adolescentes e jovens mulheres.
- Quase um quarto (23%) das novas infecções por HIV ocorreram na Ásia e no Pacífico, onde as novas infecções estão aumentando alarmantemente em alguns países.
- Aumentos acentuados de novas infecções continuam ocorrendo no leste da Europa e na Ásia central (aumento de 49% desde 2010) e no Oriente Médio e Norte da África (aumento de 61% desde 2010). Essas tendências são principalmente devido à falta de serviços de prevenção do HIV para populações marginalizadas e às barreiras impostas por leis punitivas e discriminação social.
Financiamento da resposta ao HIV
O financiamento para o HIV também diminuiu em 2022, tanto de fontes internacionais quanto domésticas, retornando ao mesmo nível de 2013. O financiamento totalizou US$ 20,8 bilhões em 2022, muito aquém dos US$ 29,3 bilhões necessários até 2025.
Existe agora uma oportunidade para acabar com a AIDS na medida em que a vontade política é estimulada por meio dos investimentos em uma resposta sustentável ao HIV. Estes recursos devem ser focados no que mais importa: integração dos sistemas de saúde, leis não discriminatórias, igualdade de gênero e fortalecimento das redes comunitárias de assistência e apoio.
"Estamos esperançosos de acabar com a AIDS, mas não é ainda o otimismo tranquilo que surgiria se tudo estivesse indo como deveria. Pelo contrário, é uma esperança fundamentada em ver que existem oportunidades de sucesso, mas que dependem de ação", diz Winnie Byanyima.
"Os fatos e os números compartilhados neste relatório não mostram que o mundo já está no caminho certo, mas indicam claramente que podemos chegar lá. O caminho a seguir é muito claro."
Estimativas para 2022:
| Mundo | Brasil |
Pessoas vivendo com HIV | 39 milhões | 990 mil |
Pessoas em tratamento antirretroviral | 29,8 milhões | 723 mil |
Novas infecções pelo HIV | 1,3 milhão | 51 mil |
Óbitos em decorrência da AIDS | 620 mil | 13 mil |
Contato
Renato Guimarães, UNAIDS Brasil
+55 61 99304 2654
UNAIDS
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) lidera e inspira o mundo a alcançar sua visão compartilhada de zero novas infecções por HIV, zero discriminação e zero mortes relacionadas à AIDS. O UNAIDS une os esforços de 11 organizações das Nações Unidas - ACNUR, UNICEF, PMA, UNDP, UNFPA, UNODC, ONU Mulheres, OIT, UNESCO, OMS e Banco Mundial - e trabalha em estreita colaboração com parceiros globais e nacionais para acabar com a epidemia de AIDS até 2030, como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
terça-feira, 11 de julho de 2023
Inscrições abertas para o curso on-line Agroecologia: teoria e prática
quarta-feira, 5 de julho de 2023
terça-feira, 4 de julho de 2023
Turma da Mônica e WWF-Brasil lançam nova cartilha sobre alimentação; baixe agora!
Chico Bento e sua turma trouxeram um novo material imperdível: "Deliciosas Receitas com PANCs". Uma cartilha que traz detalhes e receitas de seis tipos de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC). Com o objetivo de promover a conscientização sobre a importância dessas plantas e incentivar seu consumo, o embaixador do WWF-Brasil e sua família apresentam informações que combinam conhecimento, sabor, nutrição e sustentabilidade. Baixe agora! |
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BPFRON e PF apreendem quase 4 toneladas de maconha em Pato Bragado- PR
Na segunda-feira (03/07) uma equipe composta por Policiais Militares do BPFron e Policiais Federais/Nepom, receberam uma denúncia anônima, relatando que em uma residência no município de Pato Bragado estaria ocorrendo uma movimentação suspeita. Após identificar a casa e análise preliminar do local e situação, foi possível visualizar pela janela de um dos cômodos vários fardos característicos aos de maconha, com a presença do canil do BPFron a semovente Stark indicou que no local havia odor de drogas, sendo assim as equipes adentram na residência e durante as buscas foi possível localizar grande volume de maconha quê totalizou 3.913 quilos do entorpecente. Todo ilícito foi apreendido e encaminhado para Delegacia da Polícia Federal de Guaíra para providências cabíveis.
BPFRON/PMPR
domingo, 2 de julho de 2023
Está no ar: 3ª Mostra de Cinema Chica Pelega!
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sexta-feira, 30 de junho de 2023
Artigo: Cadê o seguro rural e a análise do CAR?
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quarta-feira, 21 de junho de 2023
Vaga disponível - Assistente Administrativo BRF Ponta Grossa (20/06/2023)
Empresa: BRF
Site para acesso: talents.brf.com
Vagas: Assistente Administrativo I Temporária ( Manutenção) - Ponta Grossa PR - Ponta Grossa, PR, BR, 84030-120
Israel transforma ‘miragem’ em realidade com inovação e tecnologia
Com investimento em pesquisa e desenvolvimento, país do Oriente Médio criou sistema de irrigação com reuso de água dessalinizada, tornando possível a produção agropecuária no deserto |
A chegada a Israel de avião proporciona uma imagem intrigante entre a cor amarelada da areia do deserto e incontáveis quadrados verdejantes. Com os pés no chão é possível constatar que o contraste é formado por lavouras de melancia, hortaliças, trigo, algodão, tâmara, banana, uva e uma infinidade de cultivos. O olhar atento permite entender que o segredo para o sucesso da agropecuária israelense não é milagre, mas fruto do investimento em irrigação com inovação e alta tecnologia. Esse cenário fez parte da rotina de 44 produtores rurais do Paraná que estiveram em viagem técnica promovida pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, entre 2 e 11 de junho. O segundo grupo que esteve no país do Oriente Médio visitou centros de pesquisa, propriedades rurais, a Bolsa de Valores de Tel Aviv e a cidade de Jerusalém para conhecer o que há de inovador em produção agropecuária para inspirar líderes rurais do Paraná. Ao longo das visitas, os produtores paranaenses puderam identificar que o primeiro trunfo da agropecuária israelense está no sistema de distribuição de água. O país capta recursos hídricos do mar e os transforma em água potável à população de 9,4 milhões de habitantes. Após passar pelas residências, 90% do esgoto são coletados e tratados de forma eficiente, permitindo o uso na irrigação e fertirrigação da agricultura. A rede de tubulações azul (potável) e roxa (reutilizada) corta de Norte a Sul o pequeno país com 22 mil km² (oito vezes menor do que o Paraná). Todos os tipos de água são pagos pelos consumidores, incluindo os produtores rurais, variando de preços que vão de R$ 0,16 a R$ 0,82 o m³. Tecnologia do gotejamento O processo para disponibilizar água nas torneiras é apenas o primeiro passo de um sistema complexo que envolve investimento em alta tecnologia. Para os israelenses, não basta irrigar. É preciso verificar cada gota, para aproveitar esse recurso tão escasso da melhor forma possível por meio da tecnologia de irrigação por gotejamento. A técnica foi desenvolvida nos anos 1960 dentro da empresa Netafim, no Kibutz (comunidade cooperativa agrícola) Hazerim, no Deserto de Negev, no Sul do país. Atualmente, a companhia tem 5 mil funcionários em 110 países, incluindo o Brasil, e faturamento superior a US$ 1 bilhão por ano. Em visita ao centro de pesquisa da empresa no Kibutz Hazerim, os produtores do Paraná confirmaram o esforço para seguir com o desenvolvimento de tecnologias. Com essa cultura, a companhia também foi uma das pioneiras no uso de fertirrigação e na disponibilização de softwares que permitem o gerenciamento do fornecimento de nutrientes para as plantas. "Nós trabalhamos com irrigação de precisão. Nenhuma gota é desperdiçada, incluindo o que usamos em sistemas hidropônicos, com recirculação nos nossos sistemas", diz o head global de agronomia da Netafim, Ram Lisaey. Segundo o executivo da companhia, os sistemas de gotejamento e fertirrigação podem ser usados em culturas de diferentes portes. Inclusive, a Netafim disponibiliza uma tecnologia que permite que os tubos de gotejamento sejam instalados de forma subterrânea, aumentando a eficiência e reduzindo despesas com manutenção. "Temos exemplos de clientes que usam o gotejamento para irrigar as bordas das plantações, onde o pivô não alcança", detalhou Lisaey. País da inovação O mesmo ímpeto da inovação atravessa gerações em Israel, gerando novas soluções que se espalham ao redor do mundo. Por exemplo, a empresa Cropx, líder em análise de dados de solo em tempo real, criou uma solução de sensoriamento remoto. Hoje, a Cropx tem clientes como a Pepsico e até a Nasa. "Coletar dados e não conseguir usá-los por estarem em um caderno ou uma planilha é um crime. Isso nos motivou a criar e expandir nossa plataforma", explica Matan Rahav, vice-presidente da Cropx. Há ainda inúmeros projetos e estudos para unir irrigação, produção de alimentos e geração de energia. A Trisolar InnWadi Group, centro de pesquisa com apoio da Universidade de Tel Aviv, desenvolve estudos que medem a eficiência da instalação de painéis fotovoltaicos dentro de estufas. Isso porque, nos próximos anos, leis devem obrigar a integração de painéis com produção agrícola no país. O fato de Israel ser considerada a nação da inovação explica o surgimento constante de empresas como a Netafim, a Cropx e os inúmeros centros de pesquisa. De acordo com o diplomata Udi Avivi, da Embaixada de Israel, os principais setores da economia nacional são a indústria de informática, ciências da vida e robótica. Cerca de 11% das pessoas empregadas atuam em empresas ligadas à alta tecnologia, que representam 54% das exportações do país. "Nós tivemos dificuldades, que ao longo do tempo conseguimos transformar em pontos fortes para chegarmos aonde estamos hoje. Assim, conseguimos fazer nossa renda per capita saltar de US$ 7 mil em 1984 para US$ 43 mil em 2019", aponta Avivi. Um dos segredos para atingir índices de crescimento de renda significativos está no aspecto cultural, segundo Avivi. Ao contrário do que acontece na cultura ocidental, a falha para os israelenses é um meio para alcançar o sucesso. Tanto que há financiamentos destinados a empresas inovadoras que não precisam pagar se o negócio não prosperar (desde que cumpridos os pré-requisitos). Se forem bem-sucedidas, por outro lado, as organizações que utilizaram o financiamento pagam royalties sobre os lucros. Sem contar que o salário de um cientista israelense é maior do que de um ministro de Estado, o que incentiva o engajamento de jovens na carreira. Produtores do Paraná preveem aplicação do conhecimento Os agricultores e pecuaristas que fizeram parte da viagem técnica promovida pelo Sistema FAEP/SENAR-PR projetam que várias práticas adotadas em Israel podem ser adaptadas à realidade do Paraná. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Paranavaí, Ivo Pierin, conhecer o sistema israelense acendeu o alerta para que se faça um uso mais eficiente e sustentável dos mananciais no Brasil. "Nós reaproveitamos pouco, temos desperdício e uma viagem como essa traz essa reflexão de que podemos melhorar nossa situação ambiental e a produção agrícola. A irrigação no Paraná é em uma área pequena. Temos condições para aumentarmos essa prática", analisa. A presidente da Comissão Estadual de Mulheres da FAEP (CEMF) e presidente do Sindicato Rural de Teixeira Soares, Lisiane Czech, destaca que o roteiro técnico permitiu conhecer as diferenças e semelhanças entre a agropecuária de Israel e do Brasil. "Eles têm a capacidade de converter desafios, desenvolver métodos e achar soluções. As startups têm incentivo, com foco no empreender até que o negócio dê certo. Esse investimento em conhecimento, pesquisa e treinamentos pode inspirar os brasileiros a bebermos dessa cultura e resolvermos nossos problemas", explica. Apesar de as dificuldades de Israel serem bem maiores, o Paraná pode se inspirar para resolver problemas, segundo o presidente do Sindicato Rural de Prudentópolis, Edimilson Roberto Rickli. "Em Israel existe uma pegada em relação à situação ambiental, que o mundo está se preocupando, em relação à agricultura sustentável, com menos emissão de poluentes. Vimos uma agricultura limpa, ecológica, tornando o produtor cada vez mais eficiente", avalia. Diante do uso recorrente da irrigação em Israel, para o diretor-técnico da Confederação da Agricultura do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, também integrante do grupo, o entrave ao crescimento do sistema no Brasil tem mais relação com o cunho político da legislação do que da tecnologia. "Temos a necessidade de outorga, licenciamentos, uma série de burocracias. Há necessidade de mudança no escopo da legislação brasileira no intuito de tornar menos burocrática. Flexibilizar de um ponto de vista responsável, preservando os mananciais, tendo uso sustentável e eficiente da água", aponta. Fonte: FAEP |