segunda-feira, 6 de novembro de 2023

ONU assinala primeiro Dia do Cuidado e Apoio: União global fortalece agenda de cuidados


A ONU celebrou data inédita convocando a sociedade para conscientização sobre a importância do trabalho de cuidado e de apoio e da sua contribuição fundamental para alcançar a igualdade de gênero e o desenvolvimento sustentável.

Presente em todas as etapas da vida, o cuidado é uma necessidade de todas as pessoas. Contudo, o desequilíbrio gerado pela atual organização social dos cuidados sobrecarrega especialmente as mulheres, sobretudo as mulheres negras e de menor renda.

No Brasil, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua 2022 (PNAD-C 2022), revelam que são gastas, em média, 17 horas semanais em afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas. No entanto, as mulheres gastam quase o dobro do tempo que os homens com essas tarefas não remuneradas.

Dia do Cuidado e Apoio: União global fortalece agenda de cuidados
Legenda: Presente em todas as etapas da vida, o cuidado é uma necessidade de todas e todos. Para suprir parte dessa demanda em todo o mundo, 16,4 bilhões de horas são dedicadas, diariamente, ao trabalho de cuidado não remunerado, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Foto: © Pedro Pio/ONU Mulheres.

 

Embora desempenhe papel central no desenvolvimento e na manutenção da sociedade e das economias, o cuidado, por muito tempo, foi pouco debatido e sua relevância é desconhecida por grande parte das pessoas ao redor do mundo.

Cuidar vai desde as ações básicas do cotidiano, como higiene pessoal e de ambientes, por exemplo, como também em atos de administração e planejamento de casas e famílias. O cuidado possibilita que as pessoas possam ter suas necessidades físicas e psicológicas atendidas. Esses trabalhos podem ser feitos de forma remunerada, quando é realizado por profissionais do cuidado, ou não remunerada, quando é realizado dentro dos domicílios pelas próprias famílias ou comunidade.

Buscando a conscientização sobre a importância do trabalho de cuidado e de apoio e da sua contribuição fundamental para alcançar a igualdade de gênero e o desenvolvimento sustentável das sociedades em seus três pilares – econômico, ambiental e social –, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 29 de outubro como o Dia Internacional de Cuidado e Apoio, através da resolução A/RES/77/317.

2023 é o primeiro ano em que a data é celebrada. A necessidade de reflexão e ação sobre o tema é reconhecida através dos dados que revelam não somente o quanto esta agenda abrange a toda a sociedade, mas também o desequilíbrio gerado pela atual organização social dos cuidados que sobrecarrega as famílias e, especialmente, as mulheres, sobretudo as mulheres negras e de menor renda.

"O reconhecimento pleno do trabalho de cuidado passa necessariamente pela corresponsabilidade de toda a nossa sociedade e, principalmente, por um enfoque de gênero. O cuidado com a casa, a família, as crianças e os idosos não pode continuar recaindo desproporcionalmente sobre as mulheres", enfatiza a coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks.

Silvia Rucks, coordenadora residente da ONU no Brasil
Legenda: Silvia Rucks, coordenadora residente da ONU no Brasil.
Foto: © Isadora Ferreira/ONU Brasil.

As Nações Unidas no Brasil têm desempenhado um papel importante na valorização do trabalho de cuidado e de apoio por meio do trabalho das suas agências especializadas, fundos e programas, que desempenham ações que promovem a melhoria da condição de vida das pessoas que precisam de cuidados, como crianças, pessoas idosas e pessoas com deficiência, bem como das pessoas que provêm cuidados, especialmente as mulheres, que foram historicamente naturalizadas como as principais ou exclusivas responsáveis por esse trabalho.

Como já declarado pelo Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, "esse trabalho não remunerado ou mal remunerado não está reconhecido socialmente, o que reforça a exclusão e a discriminação que enfrentam as mulheres e meninas ao longo de suas vidas". 

"É verdade também que os legados do colonialismo e da escravização de pessoas africanas também geram impactos na desvalorização do trabalho de cuidado, que, por exemplo, no Brasil é predominantemente exercido por mulheres negras. É mais do que tempo de mudar essa realidade. Para reafirmar os direitos humanos de todas as mulheres, meninas e de todas as famílias e pessoas que necessitam e cuidados, devemos valorizar devidamente os trabalhos de cuidado e atenção. São atividades essenciais para o bem-estar social e para o desenvolvimento dos países. Devemos lembrar que os compromissos de direitos humanos fazem parte da espinha dorsal da realização da Agenda 2030. Para cumprir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, inclusive reduzir desigualdades, promover o trabalho decente e o crescimento econômico, promover a igualdade de gênero, temos que transformar como o cuidado é percebido pelo mundo e dar a devida importância e apoio a essa atividade econômica, tão central para todas as pessoas em todos os lugares", reforça o representante regional do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) para América do Sul, Jan Jarab.

"A atenção e o cuidado integral são as ações necessárias para a promoção do desenvolvimento integral em todas as fases da vida, desde a primeira infância. Não é possível pensar no desenvolvimento sustentável e numa sociedade justa e equânime sem levar em consideração os componentes inter-relacionados e indivisíveis de cuidado: boa saúde, nutrição adequada, segurança e proteção, cuidados responsáveis e oportunidades de aprendizado – tal qual preconiza o Modelo de Cuidado Integral desenvolvido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O cuidado integral é uma responsabilidade coletiva e faz parte das condições criadas por políticas públicas que permitem aos pais e cuidadores a proporcionar o desenvolvimento pleno para seus filhos", afirma a oficial de desenvolvimento infantil do UNICEF no Brasil, Maíra Souza.

Trabalho invisível

Presente em todas as etapas da vida, o cuidado é uma necessidade de todas e todos. Para suprir parte dessa demanda em todo o mundo, 16,4 bilhões de horas são dedicadas, diariamente, ao trabalho de cuidado não remunerado, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

No Brasil, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua 2022 (PNAD-C 2022), revelam que são gastas, em média, 17 horas semanais aos afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas. No entanto, as mulheres gastam quase o dobro do tempo que os homens com essas tarefas não remuneradas.

"O trabalho de cuidado não remunerado segue subsidiando a economia global, permanece quase invisível, não reconhecido e não contabilizado nas contas nacionais e na elaboração de políticas. As implicações são diretas e desfavoráveis no posicionamento econômico e social das mulheres e das jovens", afirma a representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para o Brasil, Paraguai e Uruguai, Florbela Fernandes.

Precarização

Por outro lado, as ocupações ligadas ao trabalho de cuidado remunerado também atendem a diversas necessidades que regeneram o bem-estar físico e emocional das pessoas, bem como as demandas de educação, assistência, saúde e trabalho doméstico.

Segundo a OIT, mais de 11% dos postos de trabalho do mundo estão ligados ao trabalho de cuidado, sendo que as mulheres representam 65% desse percentual.

Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) com base nos dados da PNAD-C 2022, revela que, no Brasil, as mulheres são maioria nas vagas do trabalho de cuidado remunerado, sendo a maior parte no trabalho doméstico, representando 91% das pessoas trabalhadoras e 75% no conjunto que engloba profissões da área da educação, saúde e serviços sociais. A maioria delas, mulheres negras que acabam ostentando os maiores déficits de trabalho decente no país, representando a base da economia brasileira.

"As responsabilidades pessoais e familiares, incluindo o trabalho de cuidado não remunerado, afetam desproporcionalmente as mulheres. Essas atividades podem impedi-las não apenas de estarem empregadas, mas também de procurar um emprego ativamente ou de estarem disponíveis para trabalhar mediante curto aviso prévio. Esse é um dos motivos pelos quais uma política de cuidados não pode ser considerada um gasto, e sim, considerada, um investimento. Por um lado, gera empregos e, por outro, permite um aumento da participação feminina no mercado de trabalho, que tem um impacto positivo sobre a equidade e sobre o crescimento econômico", explicou o diretor do Escritório da OIT para o Brasil, Vinícius Pinheiro.

Os números mostram justamente essas profissões que são majoritariamente ocupadas por mulheres são comumente as mais precarizadas, com baixa remuneração e, muitas vezes, sem proteção social.

Um dos maiores exemplos é o trabalho doméstico que no Brasil conta com apenas 24,7% das trabalhadoras com carteira assinada, mesmo que 56,4% delas estejam vinculadas como mensalistas. A média salarial dessas trabalhadoras  nas duas modalidades de contratação ainda segue abaixo do atual salário-mínimo brasileiro, como aponta levantamento do DIEESE.

Crise dos cuidados

Nos últimos anos, uma série de crises chamou o olhar urgente para o setor de cuidados. O crescente envelhecimento da população, as mudanças climáticas e, especialmente, o contexto vivido na pandemia da COVID-19 deixou mais visível o aumento da demanda por cuidados, tornando ainda mais aparente os desafios das mulheres para acessar oportunidades em condição de igualdade e conquistar sua autonomia econômica, visto que são elas as grandes responsáveis por suprir essa demanda crescente por cuidados.

Relatório Social Mundial 2023, produzido pelo Departamento para Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (Desa), aponta que o número de pessoas com 65 anos ou mais no mundo deve dobrar, passando de 761 milhões em 2021 para 1,6 bilhão em 2050 e alerta para a insuficiência dos investimentos públicos dos países para cobrir a procura crescente de cuidados de longa duração.

Em 2022, o relatório de Situação do clima na América Latina e no Caribe, da Organização Meteorológica Mundial (OMM) reportou que a Amazônia e nordeste do Brasil, são algumas das áreas que provavelmente verão secas constantes, afetando negativamente a saúde e o bem-estar da população.

O rastro de impacto deixado pela pandemia da COVID-19 nos mercados de trabalho afetou de maneira mais significativa o emprego feminino, resultando um retrocesso equivalente a mais de 18 anos nos níveis da taxa de participação econômica das mulheres, conforme aponta relatório conjunto da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e da OIT. 

Tem se tornado cada vez mais visível que os atuais sistemas de cuidado e apoio não estão conseguindo apoiar sociedades e economias sustentáveis e resilientes, nem as pessoas trabalhadoras do cuidado.

"A pandemia da COVID-19 encerrou quaisquer dúvidas sobre a urgência do debate sobre gênero na América Latina e no Caribe. Não obstante terem sido o grupo social mais afetado pela crise, as mulheres são o pilar central sobre o qual se apoia a reprodução social na região. O pós-pandemia deixa claro que a transição para uma sociedade dos cuidados deve ser parte central de estratégias de desenvolvimento que busquem a ampliação da proteção social, a redução das desigualdades estruturais e o enfrentamento dos riscos postos pelas mudanças climáticas", reforça o Diretor do Escritório da CEPAL no Brasil, Carlos Mussi.

Sistemas integrais de cuidados 

Para superar a crise dos cuidados, é necessária uma nova organização social que promova a corresponsabilidade social e de gênero pelo cuidado, buscando reconhecer, redistribuir, reduzir, recompensar e representar o trabalho de cuidado sob uma perspectiva de direitos humanos, gênero, interseccional e intercultural.

Desenvolvimento sustentável e garantia de direitos

A resolução que proclama o dia 29 de outubro como Dia Internacional de Cuidado e Apoio, avança rumo a construção de sociedades inclusivas e sustentáveis, uma vez que reforça a necessidade de promover o bem-estar da sociedade e de todos os seus membros, em especial das crianças, pessoas idosas e pessoas com deficiência, além de enfatizar valor do trabalho de cuidado e reconhecer as pessoas trabalhadoras do cuidado não remunerado e remunerado como essenciais.

"Esse dia simboliza mais um passo em direção ao compromisso político e urgência global relacionados à visão de políticas e sistemas de cuidados e apoio como chave para o alcance do desenvolvimento sustentável e também é um convite para que toda a comunidade global se una nos esforços para uma mudança transformadora na organização social do cuidado e do apoio. O Dia Internacional do Cuidado e Apoio representa a culminação de anos de esforços das organizações feministas, das Nações Unidas e a academia em colocar a importância do trabalho de cuidado no centro do debate público e político e sua proclamação reforça a Aliança Global de Cuidados e ocorre quase um ano depois da realização da Conferência Regional da Mulher de 2022, onde foi acordado o Compromisso de Buenos Aires, documento mais importante a nível regional que posiciona em definitivo o cuidado na Agenda Regional de Gênero, em linha com as ações necessárias para reconstruir sociedades e economias após a COVID-19″, avalia a representante adjunta da ONU Mulheres Brasil, Ana Carolina Querino.

Representante Adjunta da ONU Mulheres Brasil, Ana Carolina Querino
Legenda: Ana Carolina Querino, representante adjunta da ONU Mulheres Brasil.
Foto: © Gustavo Dantas/ONU Mulheres.


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Participe da audiência pública do Senado sobre a composição da tarifa aplicada à energia elétrica comercializada pela usina hidrelétrica de Itaipu

Você está convidado(a) para participar da audiência pública do Senado sobre a composição da tarifa aplicada à energia elétrica comercializada pela usina hidrelétrica de Itaipu.

Envie suas perguntas e comentários desde agora no Portal e-Cidadania do Senado através deste link:

https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoaudiencia?id=26762

As perguntas enviadas e respondidas ao vivo durante a audiência serão destacadas no portal e vinculadas ao momento do vídeo, garantindo visibilidade e transparência.

Informamos que todos os participantes receberão uma declaração de participação. Se você for estudante universitário, é possível que sua faculdade aceite essa declaração como comprovação de atividade extracurricular.

Contamos com a sua contribuição nesse debate.


Fonte: Coordenação do Programa e-Cidadania do Senado Federal



quarta-feira, 11 de outubro de 2023

ONU-Habitat e ABC lançam programa de Cooperação Sul-Sul para desenvolvimento urbano sustentável


O programa Simetria Urbana irá compartilhar experiências e boas práticas sobre desenvolvimento urbano sustentável com países do Sul Global por meio da Cooperação Sul-Sul Trilateral.

A iniciativa tem o objetivo de contribuir com o aumento de capacidades de governos locais e nacionais para o desenvolvimento de ações relacionadas aos temas da Agenda 2030 e da Nova Agenda Urbana.

Até 31 de outubro, o programa receberá propostas de instituições públicas brasileiras, governos, academia e sociedade civil que tenham interesse em participar de ações de Cooperação Sul-Sul.


Vista do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.

Legenda: Vista do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.
Foto: © Thayane Massopust/ONU-Habitat,

O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, promovem uma iniciativa de cooperação Sul-Sul que tem como objetivo promover o desenvolvimento urbano sustentável entre países do Sul Global, por meio da troca de experiências e o fortalecimento de capacidades: o programa Simetria Urbana. A parceria foi assinada em 2022 e passa a ser implementada a partir de outubro.

A ação tem o objetivo de contribuir com o fortalecimento das capacidades de governos locais e nacionais na formulação, implementação e monitoramento de políticas públicas urbanas no Sul Global.

Para Cecília Malaguti, responsável pela Cooperação Sul-Sul Trilateral com Organismos Internacionais da ABC, o Simetria Urbana representa o compromisso do governo brasileiro com a expansão de esforços internacionais por um futuro urbano melhor no Sul Global. A Agência, criada em 1987, conta com programas de cooperação em diferentes temas, e este é o primeiro com foco em cidades sustentáveis.

"A discussão sobre cidades sustentáveis e resiliência urbana tem crescido na cooperação Sul-Sul. Em março de 2022, a ABC firmou parceria com o ONU-Habitat para promover a urbanização sustentável. O projeto Simetria Urbana impulsionará a troca de conhecimentos e práticas em direção a cidades mais sustentáveis e resilientes", ressalta Malaguti.

"O lançamento do programa é um passo importante para incentivar instituições brasileiras a pensarem o desenvolvimento sustentável nas cidades. A partir dessas experiências de intercâmbio, aplicamos boas práticas que já foram testadas em contextos semelhantes e chegamos a bons resultados de forma mais eficiente. Por isso, aliar a cooperação Sul-Sul às metas dos ODS é extremamente estratégico", avalia a Oficial Nacional do ONU-Habitat para o Brasil, Rayne Ferretti Moraes.

Chamada de submissões

Até 31 de outubro, o programa está com a chamada de submissões de iniciativas aberta. O edital irá selecionar boas práticas e experiências inovadoras em governança urbana sustentável implementadas por instituições brasileiras, que poderão ser compartilhadas com outros países do Sul Global por meio de projetos de cooperação internacional.

Para ter a proposta acolhida, as ações devem envolver instituições públicas, academia e sociedade civil, do governo federal brasileiro ou governos subnacionais do país, e devem ser escaláveis, replicáveis e sustentáveis.

Para que um projeto seja realizado, governos de países do Sul Global devem enviar o pedido de cooperação para o governo brasileiro, ou para o escritório do ONU-Habitat. Ao receber as propostas, o Simetria Urbana verificará as necessidades que elas apresentam, o alinhamento com os princípios da cooperação Sul-Sul, assim como as possibilidades técnicas e financeiras das instituições parceiras para atendê-las.

"A partir da chamada de submissões, queremos identificar boas experiências praticadas por instituições públicas, e que poderão ser eventualmente compartilhadas com outros países, potencializando o alcance de seus resultados e criando novas oportunidades no Sul Global. A partir do Simetria Urbana, queremos criar pontes entre desafios semelhantes e possíveis estratégias para soluções, acelerando o desenvolvimento urbano sustentável", afirma a Coordenadora do Simetria Urbana pelo ONU-Habitat, Luciana Tuszel.

Representantes do ONU-Habitat e ABC se encontram no Rio de Janeiro para reunião de planejamento do programa de parcerias Simetria Urbana.
Legenda: Representantes do ONU-Habitat e ABC se encontram no Rio de Janeiro para reunião de planejamento do programa de parcerias Simetria Urbana.
Foto: © Thayane Massopust/ONU-Habitat.

Como participar?

A chamada de submissões está aberta até o dia 31 de outubro, para instituições brasileiras, incluindo órgãos de governos estaduais, municipais e federal, além da sociedade civil e da academia.

Para se inscrever é necessário preencher o formulário com informações sobre o escopo, status e demais detalhes sobre o projeto a ser submetido.

O formulário pode ser acessado pelo link: https://forms.office.com/e/sLjmf5F0di

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Trail Motion - Corrida e Caminhada em Triljha ocorrerá em Campina Grande do Sul

 

 
 

 
 

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Inscrições pa pós Especialização em Educação Digital Unioeste

Até o dia 16 de outubro você pode se inscrever para uma das 150 vagas disponíveis. Acesse o site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná e confira a quantidade de vagas por polo. 

Em 2023 a especialização em Educação Digital, em especial para professores dos anos iniciais do ensino fundamental, Unioeste, com vagas distribuídas em 13 polos UAB em todo o Paraná.
 

Confira o edital  

https://www.unioeste.br/portal/prppg/cursos/lato-sensu-especializacoes/a-serem-iniciados/educacao-digital 

 

Lista de polos.
  • Campo Largo
  • Cerro Azul
  • Céu Azul
  • Cruzeiro do Sul
  • Flor da Serra do Sul
  • Foz do Iguaçu
  • Goioerê
  • Guaraniaçu
  • Nova Santa Rosa
  • Pontal do Paraná
  • Três Barras do Paraná
  • Ubiratã
  • Umuarama


  • Informações: NEaDUNI - (45) 3220-7326

Agroflorestas contra as mudanças climáticas - artigo de Denys Costa

Em um momento em que os esforços para a mitigação das mudanças climáticas são considerados insuficientes para conter o aumento da temperatura global, a busca por alternativas efetivas e atrativas em larga escala é cada vez mais urgente. Em seu novo artigo, Edenise Garcia, Diretora de Ciências da TNC Brasil, destaca o potencial das agroflorestas na luta contra as mudanças climáticas.

Leia o artigo completo


Fonte: TNC


CONSULTORIA AMBIENTAL É COM PARANÁ PLAN - Acesse: www.paranaplan.com


segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Circuito Urbano divulga programação com recorde de 235 eventos em todo o Brasil

Eventos serão realizados em todo o Brasil, entre os dias 2 e 31 de outubro, nas modalidades presencial, virtual ou híbrida.

Sexta edição da iniciativa do ONU-Habitat Brasil promove o tema "Investindo em futuros urbanos: Cooperação para Resiliência do Sul Global". A expansão da iniciativa acontece em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério de Relações Exteriores (ABC/MRE). 


Com novo recorde de eventos, Circuito Urbano 2023 debate o tema "Investindo em futuros urbanos: cooperação para resiliência do Sul Global".

Legenda: Com novo recorde de eventos, Circuito Urbano 2023 debate o tema "Investindo em futuros urbanos: cooperação para resiliência do Sul Global", com mais de 230 eventos que serão realizados entre os dias 2 e 31 de outubro em todo o Brasil.
Foto: © Camila Nogueira/ONU-Habitat Brasil.

Ao longo de outubro, mais de 230 eventos vão discutir a construção da resiliência urbana no Sul Global. Com representantes de mais de 20 países da América Latina e da África lusófona, o Circuito Urbano 2023 será realizado entre 02 e 31 de outubro. A programação já está disponível no site: www.circuitourbano.org.

Criada pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) no Brasil, a iniciativa tem como objetivo promover o Outubro Urbano, mês dedicado a debater como tornar melhor a vida nas cidades.

Com um recorde de 235 eventos selecionados, os encontros serão realizados em português e espanhol, nas modalidades presencial, virtual e hibrida. Toda a programação é gratuita e será transmitida pelo canal do Circuito Urbano no YouTube.

A expansão da edição de 2023 para novos países foi possível graças à parceria inédita do ONU-Habitat com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério de Relações Exteriores (MRE).

O tema desta edição parte da premissa de que, para construir um desenvolvimento urbano sustentável, é fundamental explorar caminhos que ampliem o acesso de governos locais a novas formas de financiamento. Essas parcerias poderiam viabilizar políticas públicas que estimulem a diversificação econômica, a descentralização fiscal e o reconhecimento do papel do setor informal na economia, como contribuinte legítimo desse desenvolvimento.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ressalta que a ação local e a cooperação global são indispensáveis para que as cidades atinjam seu potencial de impulsionar um crescimento inclusivo, verde e sustentável: 

"A construção de uma maior resiliência e uma melhor proteção das populações vulneráveis requer investimentos muito maiores em infraestruturas sustentáveis, sistemas de alerta precoce e habitação acessível e adequada para todos. Também devemos trabalhar para melhorar o acesso à eletricidade, água, saneamento, transporte e outros serviços básicos – ao mesmo tempo em que investimos em educação, desenvolvimento de habilidades, inovação digital e empreendedorismo". 

Nesse contexto, os eventos do Circuito Urbano estarão divididos em quatro linhas temáticas:

  1. Planejamento urbano integrado.
  2. Financiamento e investimento.
  3. Inclusão social e econômica.
  4. Economia circular.

A analista de programas e co-coordenadora do Circuito Urbano Julia Caminha explica como a iniciativa vai promover essa discussão:

"As cidades precisam se preparar para dar respostas a crises, como climáticas e econômicas, de forma cada vez mais acelerada. Com esta edição do Circuito Urbano, queremos conectar pessoas de diferentes regiões para trocar experiências e debater soluções que possam ajudar as cidades a construírem uma resiliência urbana que seja de fato eficaz". 

Já Cecília Malaguti, responsável pela cooperação Sul-Sul trilateral com organismos internacionais da ABC, lembra que o evento é uma das ações concretas para viabilizar o desenvolvimento urbano sustentável:

"Envolver representantes de mais de vinte países da América Latina e da África Lusófona em um só evento como o Circuito Urbano, para discutir a construção da resiliência urbana no Sul Global é a prova de que o tema é urgente e importante para o futuro das cidades e, consequentemente, das nações. A ABC se orgulha em fazer parte dessa parceria."

Programação

A sexta edição do Circuito Urbano será lançada nesta segunda-feira (2), às 10h, celebrando o Dia Mundial do Habitat com o evento "Economias urbanas resilientes: cidades como motores de crescimento e recuperação". Realizado de forma virtual com representantes do ONU-Habitat, da ABC e do Ministério das Cidades, o evento vai discutir o papel da cooperação Sul-Sul na construção de cidades mais resilientes.

Os eventos organizados pelo ONU-Habitat incluem também a Sexta Urbana (20 de outubro), que apresenta diversas iniciativas da agência que exploram caminhos para assegurar intervenções urbanas bem planejadas; e o encerramento e celebração do Dia Mundial das Cidades (31 de outubro).

Sobre o Circuito Urbano

Criado há seis anos, o Circuito Urbano é a principal iniciativa do ONU-Habitat Brasil para promover o Outubro Urbano. O período se inicia oficialmente com o Dia Mundial do Habitat (neste ano, em 2 de outubro) e se encerra com o Dia Mundial das Cidades (31 de outubro).

Em cinco edições, o Circuito Urbano já apoiou mais de 750 eventos, levando o Brasil à liderança dos países que celebram o Outubro Urbano. Em 2022, os eventos reuniram 25 mil visualizações e cerca de 13 mil espectadores. Foram 183 eventos com 212 pessoas atuando como moderadoras e 815 como panelistas. Os eventos engajaram cerca de mil pessoas nos debates.

Acesse a programação do Circuito Urbano 2023 em: www.circuitourbano.org

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EVENTO IRI e BPC | Papel da China na Transição Energética Justa e Sustentável


 

No dia 3 de outubro, às 16 horas, o Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio e o BRICS Policy Center, em parceria com a Fundação MOTT, convidam para a palestra: "Papel da China na Transição Energética Justa e Sustentável". O evento será presencial com tradução simultânea, gratuito e aberto ao público no Auditório Pe. Anchieta da PUC-Rio, Rua Marquês de São Vicente, 225, Edifício Cardeal Leme - Gávea, RJ,

Tanto a nível nacional como internacional, a China desempenha um papel ativo no processo de transição energética e na redução das emissões de carbono. Para a América Latina, hoje a China pode ser um ator, que contribua para aprofundar o modelo energético dependente dos materiais fósseis - até agora, as exportações da região latino-americana para a China - ou pode ajudar na transição energética da região.

Quando olhamos para as energias renováveis, a China emerge como líder global. As políticas ativas implementadas no início do milênio influenciaram o desenvolvimento da indústria fotovoltaica e de painéis solares, indústrias onde as empresas chinesas lideram os mercados globais. O mesmo impulso foi dado na mobilidade elétrica e o mercado de automóveis elétricos tornou-se o mais importante do mundo.

Tudo ista explica a relevância e a influência que a China tem nos seus parceiros comerciais, especialmente nos latino-americanos, através de tecnologia, intercâmbio de conhecimentos, fluxos de financiamento e investimento, fundamentais para um maior desenvolvimento da América Latina.

Programação:

14h: 1º Painel - China e as perspectivas da transição energética mundial

Consul da China Sra. Tian Mi (a confirmar)
Maria Elena Rodriguez, BRICS Policy Center (IRI/PUC-Rio)
Rebecca Ray, Global Development Policy Center (Boston University)

15h30: 2º Painel - Transição energética na América Latina: a China como parceiro estratégico?

Margarita Flores, Associacion Ambiente y Sociedad (Colombia)
Roberto Kishiname, Instituto Clima e Sociedade (Brasil)
Mark Bo, Inclusive Development (China)
Paulina Garzon, Latinoamerica Sustentable (Equador)


sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Para atender previsão legal assegurada há 35 anos, projeto de lei destina terras devolutas no Paraná para quilombos


Constituição Federal já obrigava estados a transferirem a propriedade de terras públicas não destinadas ou que não faz parte do patrimônio privado.

 

As comunidades quilombolas e organizações dialogaram com os parlamentares para elaboração da redação da proposta legislativa. Foto: Rafael Bertelli/ Mandato Deputado GouraAs comunidades quilombolas e organizações dialogaram com os parlamentares para elaboração da redação da proposta legislativa. Foto: Rafael Bertelli/ Mandato Deputado Goura

O Projeto de Lei 770/2023, protocolado nesta segunda-feira (18) na Assembleia Legislativa do Paraná pelo deputado estadual Goura (PDT), determina que o estado transfira terras devolutas estaduais para comunidades quilombolas que tem seus territórios tradicionais sobrepostos total ou em parte das terras públicas. A proposta legislativa contém também a assinatura das deputadas Ana Júlia e Luciana Rafagnin, e deputados Arilson Chiorato, Dr. Antenor e Renato Freitas, todos do PT. Num primeiro passo, a medida deve ser apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça da Alep.  

O Projeto de Lei determina que o Estado do Paraná emita títulos de propriedade definitiva das terras públicas estaduais ocupadas por remanescentes das comunidades quilombolas. A medida vem para atender uma lacuna no Estado de não cumprimento da previsão legal determinada na Constituição Federal de 1988. Isso porque o artigo 68 da Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) já determinava que todos os entes federados – União, estados e municípios – devem destinar terras devolutas para fins de regularização fundiária de comunidades quilombolas.  

O estado do Paraná já havia conceituado, por meio da Lei 7055/1978, sobre o que se configura como terra devoluta estadual. A normativa reconhece que terras do estado são aquelas que não foram dadas, vendidas, estabelecidas em contrato ou obtidas por meio judicial e que não cabem mais recurso. A norma ainda conceitua como devolutas terras antigas, do período ainda de configuração do território brasileiro em sesmarias, repassadas ao estado em regimes antigos de propriedade e que não tiveram destinação de uso. Com isso, comunidades quilombolas que já tinham identificado terras devolutas dentro do seu perímetro – a partir da elaboração do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID), uma das etapas do processo de titulação quilombola - poderiam ter seus títulos de propriedade emitidos.  

Mesmo com conceituação destas terras na década de 70 e determinação constitucional nos anos 80, o estado do Paraná até o momento não destinou essas áreas para fins de regularização fundiária quilombola. É nesse sentido que o Projeto de Lei se insere. 

"Consideramos isso [a não destinação de terras devolutas estaduais para regularização fundiária] uma omissão do próprio estado brasileiro. Desde a época da libertação dos escravizados a gente luta pelo território quilombola, para fazer plantio e manter nosso modo de vida. Desde 2006 a gente vem apontando que há terras devolutas no Paraná e até hoje estamos reivindicando", destaca a integrante da Federação Estadual das Comunidades Quilombolas do Paraná (Fecoqui) e da comunidade quilombola de João Surá (PR), Carla Galvão.  

"Esse Projeto de Lei é muito importante para cumprir o art. 68 do ADCT em nível estadual, pois apesar da Constituição Federal prever a obrigação do Estado de emitir títulos de propriedade nos territórios quilombolas há quase 35 anos, nenhuma ação sobre terras devolutas no Paraná havia sido tomada, mesmo quando encaminhados processos administrativos do INCRA para o Governo. 

O Projeto de Lei ainda aponta que o título de áreas de terras devolutas dentro de comunidades quilombolas será de natureza coletiva e não pode ser vendido, transferido ou mesmo perdido em caso de penhora por dívidas, como determina o Decreto Federal 4887/2003, que regulamenta o procedimento de titulação quilombola. Essas previsões garantem às comunidades a impossibilidade de perda do território.  

  

Dívida histórica  
Ao menos três comunidades quilombolas do Paraná situam-se em áreas devolutas estaduais e já tiveram seus Relatório Técnico de Identificação e Delimitação publicados. O relatório de Varzeão foi publicado em 2016, São João em 2018 e João Surá em 2010. Ou seja, nestas comunidades – para as áreas do território tradicional que se encontram em terras devolutas – já era possível ao menos há vários anos ter o título emitido. A comunidade de João Surá, de RTID publicado há mais de 12 anos, possui metade do território tradicional em terras devolutas. A comunidade teve a Portaria de Reconhecimento – etapa seguinte ao RTID – publicada em 2016 e depois o processo estacionou. Em paralelo a tramitação no Incra e como procedimento previsto na Instrução Normativa, a autarquia remeteu o processo ao estado do Paraná em 2019 para providências de titulação da parcela devoluta do território. Até o momento não teve retorno.  

Carla relata que a comunidade enfrenta dificuldades para construção de casas e plantios, pela ausência de espaço para desenvolver suas atividades. Outra preocupação é assegurar a permanência de jovens nos territórios diante da instabilidade gerada pela ausência do título. "A gente precisa que a juventude, principalmente, acesse a terra para poder ter condições para manutenção deste território. Necessitamos que estas terras sejam devolvidas para as comunidades", aponta ela. Ela ainda cita a exposição à risco de despejos e assédio de operação de empresas ao território.  "A gente sabe que estas famílias estão lá há mais de 200 anos e estão sendo obrigadas a sair das famílias por conta desse descaso", aponta. Atualmente 56 famílias residem na Comunidade.   

"Essa lentidão da titulação das terras quilombolas prejudica no acesso à políticas públicas. Muitas comunidades não têm acesso à agua, a política de construção de casas ou até mesmo financiamento da agricultura familiar pela falta do título da terra. Como comprovar que o produtor tem um lugar para plantar?", questiona.  

O estado do Paraná possui apenas uma comunidade quilombola com titulação parcial, dentre os 39 territórios com processos abertos no Incra. A finalização do longo processo de regularização fundiário de Paiol de Telha só foi possível com o acionamento da justiça, por meio de uma Ação Civil Pública (ACP), ajuizada em 2019 pela associação da comunidade. A comunidade ainda luta para titular a totalidade da área a quem tem direito. Nas demais etapas do processo de regularização fundiária, o estado acumula 9 RTIDs publicados e 3 portarias de reconhecimento publicadas.  Com isso, 29 comunidades se encontram ainda em estágio inicial do processo, de modo que o número de territórios quilombolas com terras devolutas a serem transferidas pode ser ainda maior. 

Consulta às comunidades quilombolas  
Para a elaboração do Projeto de Lei os mandatos realizaram diálogos com a Superintendência do Incra no Paraná, organizações de direitos humanos – como a Terra de Direitos – comunidades quilombolas e a Fecoqui. De acordo com o deputado estadual Goura, este processo possibilitou que as comunidades quilombolas, público beneficiário da proposta legislativa, pudessem discutir a redação do PL e apontar mudanças. O parlamentar relatou que estas contribuições foram estão presentes na redação final do PL. "Procuramos seguir a Convenção 169 e trazer este envolvimento na construção da legislação e agora é o trabalho de articulação para sua tramitação e desejada aprovação", diz Goura. A Convenção determina a consulta prévia, livre e informada aos povos e comunidades tradicionais sobre medidas legislativas, administrativas e de mercado que afete os modos de vida.  

O parlamentar destaca que a aprovação do Projeto de Lei é uma importante sinalização da Assembleia Legislativa do Paraná na efetivação dos direitos quilombolas. Ele destaca a necessária articulação entre órgãos e entes para avanço desta política. "O avanço de uma proposta legislativa no âmbito estadual e o envolvimento do governo do estado com suas secretarias, em parceria com órgãos federais, é essencial para avanço no reconhecimento e garantia de direitos. E a garantia do território do direito é essencial para a garantia de demais direitos, como cultura, preservação dos saberes tradicionais", complementa.  

"Nós, da Fecoqui, temos uma expectativa positiva em relação ao PL porque isso irá ajudar a avançar no processo de titulação onde há terras devolutas e com isso acelerar processos no estado.  Com isso deve ajudar as famílias a manter sua renda e os modos de vidas comunitários no território. Deve permitir a realização de projetos de desenvolvimento econômico, um a das principais demandas das comunidades, a desenvolver nossa região. Com isso não será preciso sair daqui para procurar emprego em outros lugares onde a crise já não permite que a gente tenha acesso aos empregos. O território tem um grande potencial para desenvolver cadeias produtivas, tanto para o mercado regional quanto de capitais", defende Carla.

Fonte: Terra de Direitos

PARANÁ - Secretaria da Educação publica Calendário Escolar 2024 sem sábados letivos


Resolução fixa o início das aulas em 5 de fevereiro e o término no dia 13 de dezembro

A Secretaria de Estado de Educação (Seed) publicou o Calendário Escolar de 2024 com 201 dias letivos, duas semanas de recesso em julho e um total de 31 dias entre férias e recesso em janeiro.

O ponto positivo é a ausência de sábados letivos, conforme negociado pela APP, que trabalhou em sugestões para a Secretaria.

>> Confira o calendário completo aqui

O Sindicato também pleiteou a alteração do calendário vigente em 2023 para transformar as férias de dezembro em recesso e o recesso de janeiro de 2024 em férias. Mas não houve acordo por parte da Secretaria.