terça-feira, 4 de junho de 2024

É FAKE QUE GOVERNO FEDERAL IMPORTE ARROZ DA CHINA



🔴 Circula nas redes um vídeo com uma máquina de arroz, que afirma que o governo brasileiro vai importar arroz que não é plantado, mas fabricado na China. Falso!

🔎 A legenda que acompanha o vídeo é falsa, alertam o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Associação Brasileira das Indústrias de Arroz (Abiarroz). Além disso, o vídeo é de 2021.

🤚 O Mapa diz que o Brasil não importa arroz tradicional plantado da China e, no momento, *não há perspectiva de iniciar essa importação*.

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Leia mais em
http://glo.bo/4c5H8rL 

A VACINA DA GRIPE PODE SER APLICADA JUNTO À DA COVID-19 OU OUTRAS?



✅ Sim!A vacina da gripe pode ser feita em conjunto com outras._

🗓️ A ideia é que se aproveite a ida à unidade básica ou centro de saúde para atualizar todos os imunizante em sua caderneta.

👨‍⚕️ Lembre-se de consultar um profissional de saúde, quando forem necessárias orientações específicas sobre a vacinação.

Não compartilhe desinformação. Vacinas salvam vidas! 💉💓 

ARROZ TAIPAN É PRODUZIDO NO PARANÁ, NÃO EM TAIWAN



🔴 _Não é verdade que o arroz da marca Taipan, que aparece em foto à venda por R$ 18,99, seja um produto taiwanês importado pelo governo Lula a preços mais baixos do que o produzido no RS._

🌾 _A marca é produzida por empresa do Paraná, e a foto traz indícios de que se trata de um preço promocional ou antigo: atualmente, o saco de cinco quilos custa por volta de R$ 30._

📆 _Além disso, o governo federal ainda não importou nenhum arroz: a previsão é que o primeiro leilão ocorra na *próxima quinta-feira (6)*._

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*Saiba mais:*
https://bit.ly/3yN2BHN 

Vacinação da Gotinha continua

A paralisia infantil foi eliminada no Brasil por causa da vacinação, mas isso não significa que o perigo não existe mais.

Enquanto a doença existir em outras partes do mundo, ela pode voltar.

Por isso, tem que vacinar nossas crianças para garantir que a doença não volte.

Saiba mais em: gov.br/vacinacao

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É MENTIRA QUE ARROZ IMPORTADO TERÁ AGROTÓXICOS PROIBIDOS NO BRASIL

❌ _*É MENTIRA QUE ARROZ IMPORTADO TERÁ AGROTÓXICOS PROIBIDOS NO BRASIL*_

🔴 _Peças de desinformação repercutem a tese falsa de que o arroz seria importado com agrotóxicos proibidos no Brasil._

🧐 _Desde que foi anunciada, a importação do grão tem sido alvo de narrativas falsas que questionam a qualidade de um produto que sequer foi adquirido._

🟢 _Ministério da Agricultura monitora e inspeciona cargas de produtos importados._

✅ _Produtos que não respeitam a legislação brasileira são descartados ou proibidos de entrar no país._

*Saiba mais*
https://bit.ly/4e7cq3m

Fonte: Caçadores de Fakenews

Deputado Alexandre Amaro votou a favor da privatização de escolas do Paraná

O deputado Alexandre Amaro (REPUBLICANOS) votou a favor do Projeto de Lei 345/2024, que institui o programa "Parceiro da Escola", que  "poderá ser instituído em todas as instituições da rede estadual de ensino de educação básica, exceto nas instituições de ilhas, de aldeias indígenas e comunidades quilombolas, da Polícia Militar, das unidades prisionais, que funcionem em prédios que não pertencem ao governo e nas que participem do Programa Cívico-Militar".


Deputado Adão Litro votou a favor da privatização de escolas do Paraná

O deputado Adão Fernandes Litro (PSD) votou a favor do Projeto de Lei 345/2024, que institui o programa "Parceiro da Escola", que  "poderá ser instituído em todas as instituições da rede estadual de ensino de educação básica, exceto nas instituições de ilhas, de aldeias indígenas e comunidades quilombolas, da Polícia Militar, das unidades prisionais, que funcionem em prédios que não pertencem ao governo e nas que participem do Programa Cívico-Militar".


Privatização das escolas do Paraná - como votou cada deputado

segunda-feira, 3 de junho de 2024

III Seminário da Rede de Recursos Genéticos Animais do Nordeste do Brasil


Vem aí o III Seminário da Rede de Recursos Genéticos Animais do Nordeste do Brasil e o I Encontro da Pós-Graduação em Conservação de Recursos Genéticos Animais, que será realizado entre os dias 04 e 07 de setembro de 2024, no IF Baiano, Campus Valença, Bahia. Clique aqui para maiores informações.

terça-feira, 21 de maio de 2024

Desmatamento cai na Mata Atlântica, mas aumenta nas fronteiras com o Cerrado e Caatinga



Ferramentas complementares, Atlas da Mata Atlântica e SAD Mata Atlântica indicam que, entre 2022 e 2023, desflorestamento caiu na parte contínua do bioma, mas teve grande aumento em fragmentos isolados e áreas de transição
Os dois principais mecanismos de monitoramento da Mata Atlântica trazem boas e más notícias. De acordo com o Atlas da Mata Atlântica, coordenado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o desmatamento no bioma caiu de 20.075 hectares em 2022 para 14.697 em 2023 – uma redução de 27%. Esses dados, no entanto, oferecem uma visão parcial do cenário.

O Atlas monitora áreas superiores a três hectares em florestas maduras, que constituem 12,4% do bioma. A Mata Atlântica, entretanto, inclui ainda regiões em recuperação ou em estágios iniciais de desenvolvimento, o que amplia sua cobertura florestal total para 24%. Essa é a abrangência do SAD Mata Atlântica, que, capaz de detectar desmatamentos a partir de 0,3 hectare, traz números preocupantes. Segundo o SAD, parceria entre a SOS Mata Atlântica e o MapBiomas, o desflorestamento total saltou de 74.556 para 81.356 hectares entre 2022 e 2023. É o equivalente a mais de 200 campos de futebol desmatados por dia.
ACESSE O RELATÓRIO COMPLETO
Figura-28
Taxa de desflorestamento e tendência para a série histórica de mapeamento do Atlas.
Diretor executivo da Fundação SOS Mata Atlântica, Luís Fernando Guedes Pinto explica que a diferença entre os números se dá sobretudo pelo aumento das derrubadas observadas pelo SAD em encraves no Cerrado e na Caatinga, destacadamente na Bahia, no Piauí e no Mato Grosso do Sul. Embora o Atlas e o SAD tragam números aparentemente conflitantes, ambos apontam a mesma tendência de redução de desmatamento no bioma Mata Atlântica e aumento nos encraves dos outros biomas.
SAIBA MAIS
Fonte: SOS Mata Atlântica


Visite também: www.paranaplan.com


sexta-feira, 17 de maio de 2024

ONU mapeia potenciais parceiros para reparação de danos morais coletivos em Maceió


O UNOPS, organismo da ONU especializado em gestão de projetos e programas, lançou um chamado público para lideranças comunitárias, coletivos e Organizações da Sociedade Civil (OSCs) interessadas em colaborar com a reparação de danos morais coletivos em Maceió.

A ação integra o Programa Nosso Chão, Nossa História, que busca reparar os danos extrapatrimoniais decorrentes do afundamento do solo ocorrido em cinco bairros da capital alagoana, como consequência da extração de sal-gema pela mineradora Braskem.

O mapeamento busca dimensionar o trabalho dos grupos que executam projetos de interesse social e verificar qual a demanda por formalização e capacitação, para que se aumente a participação da sociedade civil organizada.

Legenda: Imagem do bairro Pinheiro, um dos cinco bairros afetados pelo afundamento do solo. 
Foto: © Jonathan Lins/Prefeitura de Maceió


O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) lançou, nessa quinta-feira (2), um chamado público para lideranças comunitárias, coletivos e Organizações da Sociedade Civil (OSCs) interessadas em colaborar com a reparação de danos morais coletivos em Maceió, em função do afundamento de cinco bairros da capital alagoana. O objetivo é criar um banco com informações sobre possíveis parceiros para a implementação do programa de reparação, batizado de Nosso Chão, Nossa História

O programa foi instituído pelo Comitê Gestor dos Danos Extrapatrimoniais (CGDE), grupo criado no âmbito do acordo socioambiental firmado em 2020, que responsabilizou a Braskem pela reparação dos danos morais coletivos causados pelo afundamento nos bairros Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e Farol. Serão implementados R$150 milhões em quatro anos, por meio do programa operacionalizado pelo UNOPS, cujas prioridades são definidas pelo Comitê Gestor.  

O mapeamento dos potenciais parceiros é etapa fundamental para a implementação do programa. "Com esse banco de dados, teremos contatos e informações sobre as áreas de atuação de organizações da sociedade civil e grupos que atuam em Maceió, para saber como eles podem apoiar a execução do Nosso Chão, Nossa História, destaca Dilma Marinho de Carvalho, presidenta do CGDE. A expectativa é que os primeiros editais para a implementação de projetos sejam lançados em junho.

Os interessados devem preencher o formulário com informações sobre sua área de atuação, histórico de trabalho e participação social. É necessário também fornecer dados sobre a relação com os bairros atingidos. "Encorajamos a participação de  coletivos e lideranças comunitárias, independentemente de seu registro formal. Isso porque, no futuro, o programa deve oferecer capacitações e fomento a organizações da sociedade civil, para garantir uma ampla representação", afirma o gerente do programa pelo UNOPS, Bernardo Bahia. 

Com esse mapeamento, o UNOPS e o Comitê Gestor esperam dimensionar o trabalho das OSCs e outros grupos para executar projetos, classificando-os por área de atuação e capacidade técnica. Além disso, espera-se verificar qual a demanda por formalização e outros tipos de capacidades, para promover atividades que aumentem a participação da sociedade civil organizada. 

"O desastre da mineração de sal-gema causou intensos danos morais coletivos, cuja reparação está sendo endereçada segundo os anseios da própria comunidade, representada pelo Comitê Gestor. Com o mapeamento das organizações da sociedade civil locais, será possível viabilizar o engajamento dos munícipes na execução das ações reparatórias, garantindo assim a participação direta da população nesse processo de reconstituição de vidas e superação de dores", diz Juliana Câmara, procuradora da República do Ministério Público Federal de Alagoas, responsável pelo acordo que permitiu o repasse dos recursos.


Programa Nosso Chão, Nossa História

Resultado da ação civil pública nº 0806577-74.2019.4.05.8000 representada pelo Ministério Público Federal de Alagoas, que responsabilizou a Braskem pela reparação dos danos ocorridos a partir do afundamento de cinco bairros de Maceió, as atividades e projetos do Programa Nosso Chão, Nossa História são definidos pelo Comitê Gestor dos Danos Extrapatrimoniais (CGDE) e operacionalizados pelo UNOPS. A iniciativa busca reparar danos coletivos extrapatrimoniais (relacionados, por exemplo, à memória, à saúde mental coletiva e ao empreendedorismo), com incentivo ao desenvolvimento. Em breve, o programa terá site e Instagram, para divulgação das ações e editais.


Serviço

Chamada para mapeamento de lideranças, coletivos e OSCs - Programa Nosso Chão, Nossa História
Quando: a partir do dia 2 de maio
Como: https://forms.gle/hqRGyebXBv2oi4BfA 
Em caso de orientações e dúvidas, as pessoas poderão entrar em contato no (82) 99334-2949

Sistema das Nações Unidas no Brasil
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El Niño e impactos das mudanças climáticas afetam a América Latina e o Caribe em 2023


Um duplo choque de El Niño e mudanças climáticas de longo prazo atingiu a América Latina e o Caribe em 2023, de acordo com um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM). 

Seca, calor e incêndios florestais, chuvas extremas e um furacão recorde tiveram grandes impactos na saúde, segurança alimentar e energética e no desenvolvimento econômico.

A elevação do nível do mar ameaça áreas costeiras e acelera o recuo das geleiras.

Região da América Latina e Caribe fica para trás na prestação de serviços meteorológicos e climáticos, mas estratégias integradas de clima e saúde estão progredindo.

Seca no Amazonas, Brasil, em 2023.Legenda: Seca no Amazonas, Brasil, em 2023. Foto: © Agência Brasil/Rafa Neddermeyer


Um duplo choque de El Niño e mudança climática de longo prazo atingiu a América Latina e o Caribe em 2023, de acordo com um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Seca, calor e incêndios florestais, chuvas extremas e um furacão recorde tiveram grandes impactos na saúde, segurança alimentar e energética e no desenvolvimento econômico.

O relatório Estado do Clima na América Latina e no Caribe 2023 da OMM confirmou que o ano passado foi de longe o mais quente registrado. O nível do mar continuou a subir a uma taxa mais alta do que a média global em grande parte da porção atlântica da região, ameaçando áreas costeiras e pequenos Estados insulares em desenvolvimento.

"Infelizmente, 2023 foi um ano de riscos climáticos recordes na América Latina e no Caribe", disse a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.

"As condições de El Niño durante a segunda metade de 2023 contribuíram para um ano recorde de calor e exacerbaram muitos eventos extremos. Isso se combinou ao aumento das temperaturas e eventos extremos mais frequentes e intensos devido às mudanças climáticas induzidas pelos seres humanos", disse ela.

"O furacão Otis se intensificou rapidamente antes de chegar à terra, atingindo Acapulco, no México, como um devastador furacão de Categoria 5, com dezenas de mortes e vários bilhões de dólares em danos. Inundações causaram miséria em muitas partes da região. Uma intensa seca reduziu o Rio Negro, em Manaus, na Amazônia brasileira, para seu nível mais baixo em mais de 120 anos de observações, e interrompeu severamente o transporte através do Canal do Panamá", disse Celeste Saulo.

O relatório Estado do Clima na América Latina e no Caribe, acompanhado de um mapa de histórias interativo, complementa o principal relatório Estado do Clima Global da OMM. Ele embasa decisões sobre mitigação das mudanças climáticas, adaptação e gerenciamento de riscos em nível regional.

O relatório destaca a necessidade de mais investimentos nos Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais para fortalecer previsões e alertas precoces que salvam vidas. Na América Latina e no Caribe, 47% dos Estados-membros da OMM fornecem apenas serviços meteorológicos "básicos ou essenciais". Apenas 6% fornecem serviços "completos ou avançados" para apoiar a tomada de decisões em setores sensíveis ao clima.

Avanços na integração de dados meteorológicos à vigilância da saúde (com foco em doenças) refletem um movimento em direção a estratégias de saúde pública mais fortes. Mas ainda há muito espaço para melhorias diante dos crescentes riscos relacionados ao clima para a saúde. Isso inclui ondas de calor, poluição do ar, insegurança alimentar e doenças transmitidas por mosquitos como a dengue, de acordo com um capítulo especial no relatório.

O relatório inclui contribuições dos Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais, centros climáticos regionais, parceiros das Nações Unidas, universidades e institutos de pesquisa e especialistas da OMM.


Mensagens-chave

 

Tendências de temperatura para as sub-regiões do Caribe, México, América Central e América do Sul, para períodos de 30 anos. As barras coloridas mostram a tendência média calculada para cada período a partir de seis conjuntos de dados internacionais. As linhas verticais pretas indicam os intervalos das seis estimativas.Legenda: Tendências de temperatura para as sub-regiões do Caribe, México, América Central e América do Sul, para períodos de 30 anos. As barras coloridas mostram a tendência média calculada para cada período a partir de seis conjuntos de dados internacionais. As linhas verticais pretas indicam os intervalos das seis estimativas.


Temperatura: A temperatura média de 2023 foi a mais alta já registrada, 0,82°C acima da média de 1991–2020 e 1,39°C acima da base de 1961–1990. O México experimentou a taxa de aquecimento mais rápida na região, cerca de 0,3°C por década, de 1991–2023.

Precipitação: A transição de La Niña para El Niño no meio do ano causou uma grande mudança nos padrões de chuva, com muitas áreas mudando de seca/inundações relacionadas à La Niña para o extremo oposto. O Brasil foi um exemplo disso.

Inundações e deslizamentos de terra levaram a intensas perdas de vidas e econômicas. Em São Sebastião, Brasil, 683mm de chuva acumularam em 15 horas em fevereiro, desencadeando um deslizamento de terra que resultou em pelo menos 65 mortes. Muitas outras cidades no Brasil também foram atingidas por chuvas excepcionais durante o ano, causando deslocamentos e grandes perturbações.

Uma perturbação tropical se moveu pelo Caribe em 17 de novembro, trazendo chuvas torrenciais para Jamaica, Haiti e República Dominicana, com pelo menos 21 pessoas perdendo a vida na República Dominicana, que registrou um novo recorde de precipitação diária de 431mm.

Secas intensas e severas, exacerbadas por ondas de calor, afetaram grandes áreas da América Latina durante 2023, incluindo grande parte da América Central. No final do ano, 76% do México estava experimentando algum grau de seca.

A seca tornou-se cada vez mais generalizada na metade norte da América do Sul conforme o ano avançava e o El Niño se estabelecia. As chuvas de junho a setembro ficaram bem abaixo da média em grande parte da Bacia Amazônica. Oito estados brasileiros registraram sua menor precipitação de julho a setembro em mais de 40 anos. O Rio Negro na Amazônia atingiu o nível mais baixo desde o início das observações em 1902.

No Canal do Panamá, os baixos níveis de água restringiram o tráfego de navios a partir de agosto. Um novo estudo do Grupo de Atribuição do Clima Mundial afirmou que a demanda crescente e o El Niño, e não as mudanças climáticas, foram os principais fatores.

A seca de longo prazo continuou no sul subtropical da América do Sul. Durante a primeira metade do ano, os efeitos de La Niña ainda eram visíveis. A falta de água na Bacia do Prata afetou Uruguai, norte da Argentina e sul do Brasil com mais intensidade. No Uruguai, o verão de 2023 foi o mais seco dos últimos 42 anos, reduzindo o armazenamento de água a níveis criticamente baixos. 

Índice de Precipitação Padronizado (SPI), calculado a partir da base nos dados Climate Hazards Group InfraRed Precipitation with Station data (CHIRPS) e do índice de saúde da vegetação do Center for Satellite Applications and Research (STAR/NOAA).Legenda: Índice de Precipitação Padronizado (SPI), calculado a partir da base nos dados Climate Hazards Group InfraRed Precipitation with Station data (CHIRPS) e do índice de saúde da vegetação do Center for Satellite Applications and Research (STAR/NOAA).

 

calor extremo e as ondas de calor afetaram o centro da América do Sul de agosto a dezembro. As temperaturas em partes do Brasil excederam 41°C em agosto, enquanto a América do Sul foi atingida por um clima escaldante no meio do inverno austral.

Países como Brasil, Peru, Estado Plurinacional da Bolívia, Paraguai e Argentina registraram suas temperaturas mais altas em setembro. Grandes incêndios florestais queimaram em muitas das regiões afetadas pelo calor.

O verão boreal de 2023 foi excepcional para o calor extremo sobre o México. Temperaturas superiores a 45°C foram registradas em muitas estações, com uma máxima de 51,4°C em 29 de agosto.

A saúde humana, os ecossistemas e a vida selvagem sofreram. No Lago Tefé, na Amazônia brasileira, a temperatura da água atingiu um recorde, e mais de 150 botos foram encontrados mortos.

elevação do nível do mar está acelerando: A taxa de elevação do nível médio do mar aumentou a uma taxa mais alta do que a média global no Atlântico Sul e no Atlântico Norte subtropical e tropical. Isso ameaça uma grande parte da população da América Latina e do Caribe que vive em áreas costeiras, contaminando aquíferos de água doce, erodindo litorais, inundando áreas baixas e aumentando os riscos de ondas de tempestade.

Glaciares: Há aproximadamente 4.000 glaciares nos Andes ao longo da fronteira entre o Chile e a Argentina, com um número menor nos Andes tropicais. Segundo o Serviço Mundial de Monitoramento de Glaciares (WGMS), o glaciar Echaurren Norte - um glaciar de referência - perdeu cerca de 31 metros equivalentes de água (m e.a.) de 1975 a 2023. O recuo se acelerou neste século.


Impactos e Riscos Relacionados ao Clima

De acordo com o Centro de Pesquisa na Epidemiologia de Desastres (CRED) e o Banco de Dados Internacional sobre Desastres (EM-DAT), houve 67 desastres reportados relacionados à meteorologia, hidrologia e clima na região em 2023. Destes, 77% foram eventos relacionados a tempestades e inundações. O prejuízo econômico estimado de 21 bilhões de dólares reportado ao EM-DAT foi principalmente devido a tempestades (66%), incluindo os 12 bilhões de dólares de danos associados ao Furacão Otis (dados acessados em 21 de fevereiro de 2024).

A dimensão real dos danos é provavelmente pior devido à subnotificação e porque dados sobre os impactos não estão disponíveis para alguns países. Isso é especialmente verdadeiro para eventos extremos relacionados ao calor.

A agricultura e a segurança alimentar foram gravemente afetadas por desastres e mudanças climáticas. Em 2023, foi relatado que 13,8 milhões de pessoas sofreram de crises alimentares agudas de fase 3 ou acima, especialmente na América Central e no Caribe.

As condições de El Niño contribuíram para as secas prolongadas no Corredor Seco da América Central e no norte da América do Sul, e para chuvas intensas e inundações ao longo das costas do Equador e Peru. Isso afetou a produção agrícola e exacerbou a insegurança alimentar, especialmente em comunidades dependentes da agricultura para seus meios de vida. Os impactos provavelmente serão sentidos em 2024 e além.

O aumento da temperatura do mar ligado ao El Niño também reduziu a pesca em países como Peru e Equador.

Saúde: A região da América Latina e Caribe enfrenta riscos de saúde aumentados devido à exposição da população a ondas de calor, fumaça de incêndios florestais, poeira e poluição do ar, levando a problemas cardiovasculares e respiratórios, além de crescente insegurança alimentar e desnutrição.

A exposição a ondas de calor está aumentando. De acordo com um estudo recente, isso está associado a um aumento na mortalidade relacionada ao calor de 140% do período de 2000-2009 ao período de 2013-2022. Na América Latina e no Caribe, estima-se que 36.695 mortes anuais em excesso relacionadas ao calor ocorreram entre 2000 e 2019. Isso provavelmente é uma subestimação.

A poluição do ar, muitas vezes agravada pelas mudanças climáticas, é uma séria ameaça à saúde, com mais de 150 milhões de pessoas na região vivendo em áreas que excedem as diretrizes de qualidade do ar da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Padrões de chuva em mudança e temperaturas crescentes estão expandindo a distribuição geográfica de doenças como a malária. Em 2019, foram relatados mais de 3 milhões de casos de dengue nas Américas, o maior número registrado até então. Esse número foi superado nos primeiros 7 meses de 2023.

A prestação de serviços climáticos é fundamental para aprimorar a tomada de decisões e ação em diversos setores. Apesar de algum progresso, apenas 38% dos estados membros da OMM na região indicaram fornecer produtos climáticos específicos para o setor de saúde.

No entanto, esforços estão sendo feitos para aumentar a resiliência do setor de saúde às mudanças do clima. Doze dos trinta e cinco países das Américas estão desenvolvendo Planos Nacionais de Adaptação em Saúde. Uma pesquisa de 2021 da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostra que 17 países estão integrando dados meteorológicos à vigilância da saúde, focando em doenças e impactos extremos do clima. Isso reflete uma tendência em direção a estratégias de saúde pública mais fortes.

 

Panorama das capacidades globais de prestação de serviços climáticos (não específicos do setor). A informação da figura corresponde a 32 membros da OMM cujos dados foram validados por auditores certificados internacionalmente.Legenda: Panorama das capacidades globais de prestação de serviços climáticos (não específicos do setor). A informação da figura corresponde a 32 membros da OMM cujos dados foram validados por auditores certificados internacionalmente.


Mais informações:
 entrar em contato com: Clare Nullis, oficial de mídia da OMM, cnullis@wmo.int ou media@wmo.int, Tel +41-79-7091397.

Veja aqui o relatório na íntegra.  



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