"A COVID-19 representa um grande desafio, mas também uma oportunidade de construir formas de planejar e de fazer as cidades mais inclusivas, sustentáveis e pautadas pelo respeito aos direitos humanos", destacaram o oficial sênior internacional do ONU-Habitat para o Brasil e Cone Sul, Alain Grimard, e a oficial nacional do ONU-Habitat para o Brasil, Rayne Ferretti, na abertura da publicação.
Alguns números presentes no relatório anual resumem o impacto das ações do ONU-Habitat Brasil em 2020 para reforçar o papel da urbanização inclusiva na construção de um mundo melhor durante e pós-COVID-19. A agência entrevistou 61.151 pessoas para identificar suas vulnerabilidades e auxiliar governos a formular políticas públicas baseadas em evidências. Distribuiu 304.956 insumos emergenciais no âmbito do projeto Territórios Sociais (parceria com o Instituto Pereira Passos). Reuniu mais de mil painelistas de 24 países para debater o desenvolvimento urbano sustentável durante o Circuito Urbano 2020.
Esses resultados também ganham voz por meio dos relatos de participantes e parceiros de projetos da agência. Um desses depoimentos é o de Agnes Vitória, jovem residente de uma grota (assentamento informal) em Maceió, capital alagoana. Ela ressaltou o empoderamento potencializado pelo Projeto Emergencial de Combate à COVID-19, que engajou membros da comunidade local a sensibilizar a sociedade no contexto da pandemia: "Não é da noite para o dia que vamos criar conscientização global, mas é sobre criar voz, como esse projeto fez".
O relatório de 2020 do ONU-Habitat Brasil traz ainda os pilares que norteiam o trabalho da agência na promoção de cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis. A publicação reúne princípios da Agenda 2030, da Nova Agenda Urbana e do Plano Estratégico do ONU-Habitat 2020-2023, demonstrando os parâmetros que pautam as ações implementadas pela organização.
Ao reunir suas iniciativas de 2020 neste relatório, o ONU-Habitat Brasil pretende indicar alguns caminhos possíveis para estabelecer o desenvolvimento urbano sustentável e inspirar governos, instituições e indivíduos a se engajarem neste movimento. Cidades verdadeiramente justas apenas existirão se nenhuma pessoa nem nenhum território for deixado para trás.
- Leia o relatório completo aqui.
Via ONU Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário