• A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) adiou a liberação do trigo transgênico. Contudo, o tema pode voltar à pauta de votação nos próximos dias em reuniões ordinárias da Comissão. Seguimos em um contexto em que, de um lado, permanece a falta de transparência no processo, com estudos insuficientes sobre os malefícios do trigo geneticamente modificado resistente ao glufosinato de amônio, tanto para a saúde, quanto para o ambiente. De outro, há um completo esvaziamento da participação da sociedade civil no processo. Na última Audiência Pública a participação ficou restrita ao "direito" meramente formal do envio de perguntas por escrito, desconsiderando a importância de uma decisão que impacta diretamente a qualidade de um alimento consumido diariamente por milhões de famílias brasileiras, o pão. Diante das repercussões negativas acarretadas pela liberação do trigo transgênico, várias organizações sociais se reuniram na elaboração de um manifesto endereçado ao presidente da CTNBio e aos Ministério Públicos Federal e do Trabalho.
Segurança e Soberania alimentar?
• Uma série de vídeos produzidos pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Trigo Transgênico, alerta para as implicações de uma liberação atrelada a condições estabelecidas por outro país. De fato, a produção do trigo transgênico foi liberada na Argentina, sob a condição de que o Brasil libere também a compra desse grão. Se a ameaça à soberania nacional assusta, é igualmente assustador o desaparecimento de inúmeras variedades crioulas do trigo, tal como tem ocorrido desde a liberação do milho transgênico no Brasil. Possibilidade quase inquestionável, segundo a bióloga argentina Alicia Massarini.
Via ASPTA
Nenhum comentário:
Postar um comentário