O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa, deputado Tadeu Veneri, saiu em defesa da ex-presidente Dilma Rousseff, atacada pelo vice-presidente nacional do PT, Whashington Quaquá, que a classificou como irrelevante eleitoralmente e criticou a atuação da única mulher a presidir o país em toda a história. "Os comentários expressam um olhar misógino de uma liderança do partido no Rio de Janeiro e demonstram a falta de solidariedade com os desafios enfrentados pela Dilma em seu governo", reagiu Veneri.
Quando o vice presidente do PT diz que o governo Dilma se atrapalhou na negociação com o Congresso e abriu a brecha para que se formasse maioria contra ela, quer dizer que errou ao não livrar Eduardo Cunha do Conselho de Ética e que deveria ter concordado em ser refém do Centrão, questionou Veneri. Para o deputado, as observações de Quaquá são típicas quando se trata de avaliar a atuação das mulheres que ocupam posições políticas de comando. "Ao que parece, o dirigente petista sofre daquele medo masculino das mulheres no poder e que os leva a culpá-las pelas injustiças que sofrem", comentou.
Veneri lamentou que Quaquá desconsidere todas as dificuldades enfrentadas pela ex-presidente, além de não reconhecer a forma digna como ela se comportou em todo o processo que culminou com a saída dela do governo. "O que a Dilma viveu e passou e como reagiu foi de uma dignidade jamais vista em nosso país", afirmou o presidente da CDHC.
A discussão sobre o governo Dilma foi reaberta internamente devido à ausência de Dilma no jantar que reuniu Lula e Geraldo Alckmin em um restaurante em São Paulo. O Grupo Prerrogativas, formado por advogados que organizaram o evento, afirma ter convidado a ex-presidente, mas ela alega que não foi chamada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário