quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Jair Bolsonaro corta verba de combate ao câncer em pleno Outubro Rosa

Além dos recursos para o tratamento de câncer, o orçamento de 2023 prevê o corte de recursos da educação básica e de combate à disparidade de gênero


Foto: Ministério da Saúde

Nem o programa de combate ao Câncer, um dos carros fortes do Sistema Único de Saúde (SUS) escapou da sanha destruidora de Jair Bolsonaro (PL) para garantir a continuidade do orçamento secreto. 

Em reportagem, o jornal Estadão denunciou na semana passada que os cortes promovidos por Bolsonaro irão impactar diretamente os investimentos na prevenção e controle do câncer. 

Com o início do Outubro Rosa, campanha de conscientização da prevenção e combate ao câncer de mama, o assunto ferveu nas redes sociais. 

A verba de combate à doença passará de R$ 175 milhões para R$ 97 milhões em 2023, representando um corte de 45%. Os cortes também afetarão a compra de materiais, ferramentas e reformas de unidades hospitalares e ambulatórios, além de outros programas. 

Ainda de acordo com o jornalista Felipe Frazão, responsável pelo artigo, os cortes estão sendo realizados para manter o orçamento secreto, política que o presidente mantém para garantir apoio do chamado "Centrão" à sua reeleição. 

Política para mulheres na mira

Se nem no Outubro Rosa Jair Bolsonaro se comove e prioriza projetos para garantir a vida das brasileiras, quando se trata de políticas públicas voltadas para mulheres, o presidente trabalha para destruir aquilo demorou anos para ser estruturado.

Entre as 79 ações orçamentárias que constam no Orçamento Mulher, 47  sofreram com a sanha do presidente e sofreram reduções de verbas previstas para 2023. 

Além de verbas para a equiparação de gênero, programas de proteção social básica, apoio à organização de programas de assistência social e até mesmo medidas de desenvolvimento da educação básica – sofrerão uma supressão de mais de 95% em suas respectivas verbas.

Com os cortes, a implementação de creches, a ampliação das delegacias da mulher, a integralização de cotas para mulheres de baixa renda e chefes de família no programa habitacional Casa Verde e Amarela são alguns dos projetos que serão prejudicados.

Fonte: APP Sindicato

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