O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu na quarta-feira (22) manter a Taxa Selic em 13,75%. E o Brasil permanece como o país com maior taxa de juros do mundo. No comunicado emitido, o comitê avisou ainda que vai avaliar "se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação." Ou seja, não garantiu que não teremos novos aumentos nas próximas reuniões.
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva vem reclamando há muito tempo da taxa estratosférica e na própria quarta-feira, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, também endossou as críticas. Segundo ele, "não tem país no mundo que pratique juros tão altos como o Brasil. Não tem razão econômica".
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se disse "preocupado" com a decisão, refletindo os efeitos de uma situação inédita, já que pela primeira vez um presidente não tem diretores do BC indicados por ele.
Para um cidadão comum, o impacto mais direto dessa Taxa Selic nas alturas se vê na sua conta bancária. No ano passado, 77,9% das famílias estavam endividadas, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o maior percentual já registrado na série histórica. Além disso, na prática, a taxa básica de juros acaba freando qualquer possibilidade de recuperação mais efetiva da economia.
Fonte: Jornal Brasil de Fato |
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