Nesta semana ficou mais evidente aquela que deve ser uma das principais armas da oposição ao governo Lula no Congresso Nacional, os convites a ministros para comparecem a comissões. Trata-se de uma estratégia que tem vários objetivos. O primeiro, buscar constranger participantes do governo com temas que dizem respeito à pauta bolsonarista. Basta ver os motivos que levaram à realização das audiências. O titular da Educação Camilo Santana foi chamado para falar sobre a política do governo relativa às escolas cívico-militares. Nísia Trindade, da Saúde, foi convidada por iniciativa de uma parlamentar que acusou o ministério de inserir "ideologia de gênero" nas relações de trabalho da saúde pública. Já Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, foi convidado para falar na Câmara dos Deputados a respeito de declarações sobre a descriminalização das drogas e a situação das pessoas que foram presas após os ataques golpistas de 8 de janeiro. São os mesmos fantasmas que povoam o imaginário da extrema-direita e com os quais ela tenta mobilizar de forma permanente sua base. Mas nem tudo saiu como esperado, até pelo fato de o nível dos parlamentares em embates com ministros ser notadamente baixo.
Fonte: Jornal Brasil de Fato |
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