A concentração de gases de efeito estufa que retêm o calor na atmosfera atingiu novo recorde em 2022, aponta boletim da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado nesta quarta-feira (15). Pela primeira vez, as concentrações médias globais de dióxido de carbono - o gás de efeito estufa mais importante - estavam 50% acima dos níveis da era pré-industrial.
A última vez que a Terra experimentou uma concentração comparável de CO₂ foi há 3-5 milhões de anos, quando a temperatura era 2-3°C mais quente e o nível do mar era 10-20 metros mais alto do que agora.
Legenda: "Apesar de décadas de alertas da comunidade científica, milhares de páginas de relatórios e dezenas de conferências sobre o clima, ainda estamos caminhando na direção errada", ressaltou o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas, durante o lançamento do novo Boletim sobre Gases de Efeito Estufa, em 15 de novembro de 2023.Foto: © Campanha pela #AmbiçãoClimática.
A abundância de gases de efeito estufa que retêm o calor na atmosfera atingiu um novo recorde no ano passado, de acordo com o novo boletim da Organização Meteorológica Mundial (OMM).
Em 2022, as concentrações médias globais de dióxido de carbono (CO₂), estavam, pela primeira vez, 50% acima da era pré-industrial. Elas continuaram a crescer em 2023.
A taxa de crescimento das concentrações de CO₂ foi ligeiramente inferior à do ano anterior e à média da década, apontou o Boletim sobre Gases de Efeito Estufa da OMM. No entanto, o boletim afirma que isso se deve, muito provavelmente, a variações naturais de curto prazo no ciclo do carbono, e que as novas emissões resultantes de atividades industriais continuaram a aumentar.
As concentrações de metano (CH₄) também aumentaram, e os níveis de óxido nitroso (N₂O), o terceiro principal gás, tiveram o maior aumento anual registrado de 2021 a 2022, de acordo com o Boletim sobre Gases de Efeito Estufa, publicado nesta semana para apoiar as negociações que acontecerāo durante próxima Cúpula Climática da ONU - a COP28, que será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro.
"Apesar de décadas de alertas da comunidade científica, milhares de páginas de relatórios e dezenas de conferências sobre o clima, ainda estamos caminhando na direção errada. O nível atual de concentrações de gases de efeito estufa nos coloca no caminho de um aumento nas temperaturas bem acima das metas do Acordo de Paris até o final deste século. Isso será acompanhado por condições climáticas mais extremas, incluindo calor e chuvas intensas, derretimento do gelo, aumento do nível do mar, aquecimento e acidificação dos oceanos. Os custos socioeconômicos e ambientais aumentarão muito. Precisamos reduzir o consumo de combustíveis fósseis com urgência."
- Petteri Taalas, disse o secretário-geral da OMM, 15 de novembro de 2023.
Pouco menos da metade das emissões de CO₂ permanece na atmosfera. Pouco mais de um quarto é absorvido pelo oceano e cerca de 30% pelos ecossistemas terrestres, como as florestas, embora haja uma variabilidade considerável de ano para ano.
Enquanto as emissões continuarem, o CO₂ continuará a se acumular na atmosfera, levando ao aumento da temperatura global. Dada a longa vida útil do CO₂, o nível de temperatura já observado persistirá por várias décadas, mesmo que as emissões sejam rapidamente reduzidas a zero.
A última vez que a Terra experimentou uma concentração comparável de CO₂ foi há 3-5 milhões de anos, quando a temperatura era 2-3°C mais quente e o nível do mar era 10-20 metros mais alto do que agora.
"Não existe uma varinha mágica para remover o excesso de dióxido de carbono da atmosfera. Mas temos as ferramentas para fortalecer nossa compreensão dos fatores que provocam a mudança climática por meio do novo Observatório Global de Gases de Efeito Estufa da OMM. Isso melhorará muito as observações e o monitoramento contínuos para apoiar metas climáticas mais ambiciosas", explicou Petteri Taalas.
A concentração de gases de efeito estufa que retêm o calor na atmosfera atingiu novo recorde em 2022, aponta boletim da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado nesta quarta-feira (15). Pela primeira vez, as concentrações médias globais de dióxido de carbono - o gás de efeito estufa mais importante - estavam 50% acima dos níveis da era pré-industrial.
A última vez que a Terra experimentou uma concentração comparável de CO₂ foi há 3-5 milhões de anos, quando a temperatura era 2-3°C mais quente e o nível do mar era 10-20 metros mais alto do que agora.
A abundância de gases de efeito estufa que retêm o calor na atmosfera atingiu um novo recorde no ano passado, de acordo com o novo boletim da Organização Meteorológica Mundial (OMM).
Em 2022, as concentrações médias globais de dióxido de carbono (CO₂), estavam, pela primeira vez, 50% acima da era pré-industrial. Elas continuaram a crescer em 2023.
A taxa de crescimento das concentrações de CO₂ foi ligeiramente inferior à do ano anterior e à média da década, apontou o Boletim sobre Gases de Efeito Estufa da OMM. No entanto, o boletim afirma que isso se deve, muito provavelmente, a variações naturais de curto prazo no ciclo do carbono, e que as novas emissões resultantes de atividades industriais continuaram a aumentar.
As concentrações de metano (CH₄) também aumentaram, e os níveis de óxido nitroso (N₂O), o terceiro principal gás, tiveram o maior aumento anual registrado de 2021 a 2022, de acordo com o Boletim sobre Gases de Efeito Estufa, publicado nesta semana para apoiar as negociações que acontecerāo durante próxima Cúpula Climática da ONU - a COP28, que será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro.
"Apesar de décadas de alertas da comunidade científica, milhares de páginas de relatórios e dezenas de conferências sobre o clima, ainda estamos caminhando na direção errada. O nível atual de concentrações de gases de efeito estufa nos coloca no caminho de um aumento nas temperaturas bem acima das metas do Acordo de Paris até o final deste século. Isso será acompanhado por condições climáticas mais extremas, incluindo calor e chuvas intensas, derretimento do gelo, aumento do nível do mar, aquecimento e acidificação dos oceanos. Os custos socioeconômicos e ambientais aumentarão muito. Precisamos reduzir o consumo de combustíveis fósseis com urgência."
- Petteri Taalas, disse o secretário-geral da OMM, 15 de novembro de 2023.
Pouco menos da metade das emissões de CO₂ permanece na atmosfera. Pouco mais de um quarto é absorvido pelo oceano e cerca de 30% pelos ecossistemas terrestres, como as florestas, embora haja uma variabilidade considerável de ano para ano.
Enquanto as emissões continuarem, o CO₂ continuará a se acumular na atmosfera, levando ao aumento da temperatura global. Dada a longa vida útil do CO₂, o nível de temperatura já observado persistirá por várias décadas, mesmo que as emissões sejam rapidamente reduzidas a zero.
A última vez que a Terra experimentou uma concentração comparável de CO₂ foi há 3-5 milhões de anos, quando a temperatura era 2-3°C mais quente e o nível do mar era 10-20 metros mais alto do que agora.
"Não existe uma varinha mágica para remover o excesso de dióxido de carbono da atmosfera. Mas temos as ferramentas para fortalecer nossa compreensão dos fatores que provocam a mudança climática por meio do novo Observatório Global de Gases de Efeito Estufa da OMM. Isso melhorará muito as observações e o monitoramento contínuos para apoiar metas climáticas mais ambiciosas", explicou Petteri Taalas.
Vigilância global dos gases de efeito estufa
O boletim da OMM dedica sua matéria de capa ao Observatório Global de Gases de Efeito Estufa, que foi estabelecido pelo Congresso Meteorológico Mundial em maio deste ano. Mais de 100 países já participam dessa iniciativa climática global.
Trata-se de um programa ambicioso que prevê o monitoramento contínuo dos gases de efeito estufa, em todas as regiões do planeta Terra. O objetivo é contabilizar as fontes e sumidouros naturais e os relacionados às atividades humanas, em tempo real. O Observatório Global fornecerá informações e suporte vitais para a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a bem menos de 2°C e almejar 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
As estações de monitoramento atualmente conectadas pelo Observatório Global são co-administradas pelos países participantes do programa, e atualmente incluem:
O boletim da OMM dedica sua matéria de capa ao Observatório Global de Gases de Efeito Estufa, que foi estabelecido pelo Congresso Meteorológico Mundial em maio deste ano. Mais de 100 países já participam dessa iniciativa climática global.
Trata-se de um programa ambicioso que prevê o monitoramento contínuo dos gases de efeito estufa, em todas as regiões do planeta Terra. O objetivo é contabilizar as fontes e sumidouros naturais e os relacionados às atividades humanas, em tempo real. O Observatório Global fornecerá informações e suporte vitais para a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a bem menos de 2°C e almejar 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
As estações de monitoramento atualmente conectadas pelo Observatório Global são co-administradas pelos países participantes do programa, e atualmente incluem:
África
- Assekrem/Tamanrasset (Argélia)
- Observatório Atmosférico de Cabo Verde (Cabo Verde)
- Ilha de Amsterdã (França)
- Monte Quênia (Quênia)
- Cape Point (África do Sul)
- Izaña (Tenerife, Espanha)
- La Réunion (França)
- Assekrem/Tamanrasset (Argélia)
- Observatório Atmosférico de Cabo Verde (Cabo Verde)
- Ilha de Amsterdã (França)
- Monte Quênia (Quênia)
- Cape Point (África do Sul)
- Izaña (Tenerife, Espanha)
- La Réunion (França)
Ásia
- Cape Grim (Austrália)
- Mt. Waliguan (China)
- Bukit Kototabang (Indonésia)
- Minamitorishima (Japão)
- Danum Valley (Malásia)
- Observatório do Nepal - Pyramid (Nepal)
- Lauder (Nova Zelândia)
- Mauna Loa (Estados Unidos)
- Samoa (Estados Unidos)
- Cape Grim (Austrália)
- Mt. Waliguan (China)
- Bukit Kototabang (Indonésia)
- Minamitorishima (Japão)
- Danum Valley (Malásia)
- Observatório do Nepal - Pyramid (Nepal)
- Lauder (Nova Zelândia)
- Mauna Loa (Estados Unidos)
- Samoa (Estados Unidos)
América do Sul
Ushuaia (Argentina)
Ushuaia (Argentina)
América do Norte/Central
- Alert (Canadá)
- Barrow (Estados Unidos)
- Alert (Canadá)
- Barrow (Estados Unidos)
Europa
- Pallas/Sodankylä (Finlândia)
- Zugspitze/ Hohenpeissenberg (Alemanha)
- Mace Head (Irlanda)
- Monte Cimone (Itália)
- Ny Ålesund/Montanha Zeppelin (Noruega)
- Jungfraujoch (Suíça)
- Puy de Dôme (França)
- Sonnblick (Áustria)
- Pallas/Sodankylä (Finlândia)
- Zugspitze/ Hohenpeissenberg (Alemanha)
- Mace Head (Irlanda)
- Monte Cimone (Itália)
- Ny Ålesund/Montanha Zeppelin (Noruega)
- Jungfraujoch (Suíça)
- Puy de Dôme (França)
- Sonnblick (Áustria)
Antártica
- Neumayer (Alemanha)
- South Pole (Estados Unidos)
- Halley (Reino Unido)
Legenda: Estaçāo de Neumayer do Observatório Global sobre Gases de Efeito Estufa, na Antártica. As estações globais têm o programa de medição conjunto mais abrangente. Em muitos casos, as estações são apoiadas por mais de uma agência, têm um sólido programa de apoio científico e oferecem instalações para campanhas intensivas. A estação de Neumayer é administrada pela agência meteorológica da Alemanha.
Foto: © OMM.Embora a comunidade científica tenha um amplo entendimento da mudança climática e de suas implicações, ainda há algumas incertezas sobre o ciclo do carbono e os fluxos no oceano, na biosfera terrestre e nas áreas de permafrost.
"Essas incertezas, no entanto, não devem impedir a ação. Em vez disso, elas destacam a necessidade de estratégias flexíveis e adaptativas e a importância do gerenciamento de riscos no caminho para o zero líquido e a realização das metas do Acordo de Paris. O fornecimento de dados precisos, oportunos e acionáveis sobre os fluxos de gases de efeito estufa se torna mais crítico", ressalta o novo boletim da OMM.
O boletim cita a necessidade de mais informações sobre:
- Mecanismos de feedback: O sistema climático da Terra tem vários ciclos de feedback, por exemplo, o aumento das emissões de carbono dos solos ou a diminuição da absorção de carbono pelos oceanos devido à mudança climática, conforme ilustrado pela Europa nas secas de 2018 e 2022.
- Pontos de inflexão: O sistema climático pode estar próximo dos chamados "pontos de inflexão", em que um determinado nível de mudança leva a uma cascata de mudanças aceleradas e potencialmente irreversíveis. Os exemplos incluem a possível extinção rápida da Floresta Amazônica, a desaceleração da circulação oceânica do norte ou a desestabilização de grandes camadas de gelo.
- Variabilidade natural: Os três principais gases de efeito estufa têm uma variabilidade substancial impulsionada por processos naturais sobrepostos ao sinal antropogênico (por exemplo, impulsionados pelo El Niño). Essa variabilidade pode amplificar ou atenuar as mudanças observadas em períodos curtos.
- Gases de efeito estufa não CO₂: A mudança climática são impulsionada por vários gases de efeito estufa, não apenas pelo CO₂. Esses gases têm diferentes tempos de vida na atmosfera, maior potencial de aquecimento global do que o CO₂ e emissões futuras incertas.
O Observatório Global de Gases de Efeito Estufa tem previsão de entrar em pleno funcionamento antes de 2028.
- Neumayer (Alemanha)
- South Pole (Estados Unidos)
- Halley (Reino Unido)
Embora a comunidade científica tenha um amplo entendimento da mudança climática e de suas implicações, ainda há algumas incertezas sobre o ciclo do carbono e os fluxos no oceano, na biosfera terrestre e nas áreas de permafrost.
"Essas incertezas, no entanto, não devem impedir a ação. Em vez disso, elas destacam a necessidade de estratégias flexíveis e adaptativas e a importância do gerenciamento de riscos no caminho para o zero líquido e a realização das metas do Acordo de Paris. O fornecimento de dados precisos, oportunos e acionáveis sobre os fluxos de gases de efeito estufa se torna mais crítico", ressalta o novo boletim da OMM.
O boletim cita a necessidade de mais informações sobre:
- Mecanismos de feedback: O sistema climático da Terra tem vários ciclos de feedback, por exemplo, o aumento das emissões de carbono dos solos ou a diminuição da absorção de carbono pelos oceanos devido à mudança climática, conforme ilustrado pela Europa nas secas de 2018 e 2022.
- Pontos de inflexão: O sistema climático pode estar próximo dos chamados "pontos de inflexão", em que um determinado nível de mudança leva a uma cascata de mudanças aceleradas e potencialmente irreversíveis. Os exemplos incluem a possível extinção rápida da Floresta Amazônica, a desaceleração da circulação oceânica do norte ou a desestabilização de grandes camadas de gelo.
- Variabilidade natural: Os três principais gases de efeito estufa têm uma variabilidade substancial impulsionada por processos naturais sobrepostos ao sinal antropogênico (por exemplo, impulsionados pelo El Niño). Essa variabilidade pode amplificar ou atenuar as mudanças observadas em períodos curtos.
- Gases de efeito estufa não CO₂: A mudança climática são impulsionada por vários gases de efeito estufa, não apenas pelo CO₂. Esses gases têm diferentes tempos de vida na atmosfera, maior potencial de aquecimento global do que o CO₂ e emissões futuras incertas.
O Observatório Global de Gases de Efeito Estufa tem previsão de entrar em pleno funcionamento antes de 2028.
Concentrações de gases de efeito estufa em 2022
O Índice Anual de Gases de Efeito Estufa da Agência Estadunidense para Assuntos Oceânicos e Atmosféricos (NOAA) mostra que, de 1990 a 2022, o efeito de aquecimento em nosso clima - chamado de forçamento radiativo - por gases de efeito estufa de longa duração aumentou 49%, sendo o CO₂ responsável por cerca de 78% desse aumento.
O dióxido de carbono é o gás de efeito estufa mais importante na atmosfera, sendo responsável por aproximadamente 64% do efeito de aquecimento no clima, principalmente devido à combustão de combustíveis fósseis e à produção de cimento.
O aumento de 2,2 partes por milhão (ppm) na média anual de 2021 a 2022 foi um pouco menor do que o de 2020 a 2021 e o da última década (2,46 ppm por ano). O motivo mais provável é o aumento da absorção de CO₂ atmosférico pelos ecossistemas terrestres e pelo oceano após vários anos com um evento La Niña. O desenvolvimento de um evento El Niño em 2023 pode, portanto, ter consequências para as concentrações de gases de efeito estufa.
O metano (CH₄) é um poderoso gás de efeito estufa que permanece na atmosfera por cerca de uma década. O metano é responsável por cerca de 19% do efeito de aquecimento dos gases de efeito estufa de longa duração.
Aproximadamente 40% do metano é emitido para a atmosfera por fontes naturais (por exemplo, áreas úmidas e cupins), e cerca de 60% vem de fontes antropogênicas (por exemplo, ruminantes, agricultura de arroz, exploração de combustíveis fósseis, aterros sanitários e queima de biomassa).
O aumento de 2021 a 2022 foi um pouco menor do que a taxa recorde observada de 2020 a 2021, mas consideravelmente maior do que a taxa média de crescimento anual na última década.
O óxido nitroso (N₂O) é um poderoso gás de efeito estufa e um produto químico que destrói a camada de ozônio. Ele é responsável por cerca de 7% da força radiativa dos gases de efeito estufa de longa duração.
O N₂O é emitido na atmosfera tanto por fontes naturais (aproximadamente 60%) quanto por fontes antropogênicas (aproximadamente 40%), incluindo oceanos, solos, queima de biomassa, uso de fertilizantes e vários processos industriais.
Para o N₂O, o aumento de 2021 a 2022 foi maior do que o observado em qualquer momento anterior em nosso registro de tempo moderno.
Tabela 1. Abundância média anual global na superfície (2022) e tendências dos principais gases de efeito estufa da rede observacional in-situ da OMM. As unidades são frações molares de ar seco, e as incertezas são limites de confiança de 68%.
CO₂
CH₄
N₂O
2022
417.9 ±0.2 ppm
1923 ±2 ppb
335.8 ±0.1ppb
2022
150%
264%
124%
2022 - 22
2.2pm
16ppb
1.4.ppb
2021-22
0.53%
0.84%
0.42%
Aumento médio anual absoluto ao longo dos últimos 10 anos.
2.46ppm/ano
10.2 ppb/ano
1.05 ppb/ano
O Índice Anual de Gases de Efeito Estufa da Agência Estadunidense para Assuntos Oceânicos e Atmosféricos (NOAA) mostra que, de 1990 a 2022, o efeito de aquecimento em nosso clima - chamado de forçamento radiativo - por gases de efeito estufa de longa duração aumentou 49%, sendo o CO₂ responsável por cerca de 78% desse aumento.
O dióxido de carbono é o gás de efeito estufa mais importante na atmosfera, sendo responsável por aproximadamente 64% do efeito de aquecimento no clima, principalmente devido à combustão de combustíveis fósseis e à produção de cimento.
O aumento de 2,2 partes por milhão (ppm) na média anual de 2021 a 2022 foi um pouco menor do que o de 2020 a 2021 e o da última década (2,46 ppm por ano). O motivo mais provável é o aumento da absorção de CO₂ atmosférico pelos ecossistemas terrestres e pelo oceano após vários anos com um evento La Niña. O desenvolvimento de um evento El Niño em 2023 pode, portanto, ter consequências para as concentrações de gases de efeito estufa.
O metano (CH₄) é um poderoso gás de efeito estufa que permanece na atmosfera por cerca de uma década. O metano é responsável por cerca de 19% do efeito de aquecimento dos gases de efeito estufa de longa duração.
Aproximadamente 40% do metano é emitido para a atmosfera por fontes naturais (por exemplo, áreas úmidas e cupins), e cerca de 60% vem de fontes antropogênicas (por exemplo, ruminantes, agricultura de arroz, exploração de combustíveis fósseis, aterros sanitários e queima de biomassa).
O aumento de 2021 a 2022 foi um pouco menor do que a taxa recorde observada de 2020 a 2021, mas consideravelmente maior do que a taxa média de crescimento anual na última década.
O óxido nitroso (N₂O) é um poderoso gás de efeito estufa e um produto químico que destrói a camada de ozônio. Ele é responsável por cerca de 7% da força radiativa dos gases de efeito estufa de longa duração.
O N₂O é emitido na atmosfera tanto por fontes naturais (aproximadamente 60%) quanto por fontes antropogênicas (aproximadamente 40%), incluindo oceanos, solos, queima de biomassa, uso de fertilizantes e vários processos industriais.
Para o N₂O, o aumento de 2021 a 2022 foi maior do que o observado em qualquer momento anterior em nosso registro de tempo moderno.
Tabela 1. Abundância média anual global na superfície (2022) e tendências dos principais gases de efeito estufa da rede observacional in-situ da OMM. As unidades são frações molares de ar seco, e as incertezas são limites de confiança de 68%.
CO₂ | CH₄ | N₂O | |
2022 | 417.9 ±0.2 ppm | 1923 ±2 ppb | 335.8 ±0.1ppb |
2022 | 150% | 264% | 124% |
2022 - 22 | 2.2pm | 16ppb | 1.4.ppb |
2021-22 | 0.53% | 0.84% | 0.42% |
Aumento médio anual absoluto ao longo dos últimos 10 anos. | 2.46ppm/ano | 10.2 ppb/ano | 1.05 ppb/ano |
Notas para editores:
O Programa de Vigilância Global da OMM coordena observações e análises sistemáticas de gases de efeito estufa e outros constituintes atmosféricos. Os dados de medição de gases de efeito estufa são arquivados e distribuídos pelo Centro Mundial de Dados de Gases de Efeito Estufa (WDCGG) da Agência Meteorológica do Japão.
Um relatório separado e complementar sobre a Lacuna de Emissões do Programa da ONU para o Meio Ambiente será divulgado em 20 de novembro. O relatório avalia os estudos científicos mais recentes sobre as emissões atuais e futuras estimadas de gases de efeito estufa; eles comparam esses dados com os níveis de emissão permitidos para que o mundo avance em um caminho de menor custo para atingir as metas do Acordo de Paris. Essa diferença entre "onde provavelmente estaremos e onde precisamos estar" é conhecida como lacuna de emissões.
O Programa de Vigilância Global da OMM coordena observações e análises sistemáticas de gases de efeito estufa e outros constituintes atmosféricos. Os dados de medição de gases de efeito estufa são arquivados e distribuídos pelo Centro Mundial de Dados de Gases de Efeito Estufa (WDCGG) da Agência Meteorológica do Japão.
Um relatório separado e complementar sobre a Lacuna de Emissões do Programa da ONU para o Meio Ambiente será divulgado em 20 de novembro. O relatório avalia os estudos científicos mais recentes sobre as emissões atuais e futuras estimadas de gases de efeito estufa; eles comparam esses dados com os níveis de emissão permitidos para que o mundo avance em um caminho de menor custo para atingir as metas do Acordo de Paris. Essa diferença entre "onde provavelmente estaremos e onde precisamos estar" é conhecida como lacuna de emissões.
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