Na semana em que se celebra o Dia Internacional da Educação (24 de janeiro) é o momento ideal para refletirmos sobre a importância da educação ambiental em todos os setores da sociedade.
O Dia da Educação nos lembra da necessidade de promover e valorizar a educação em todas as suas formas, especialmente a ambiental, como um pilar para o desenvolvimento sustentável.
Esse tema, essencial para professores, acadêmicos, empreendedores, ativistas e formuladores de políticas públicas, ganha uma relevância ainda maior em um mundo que enfrenta desafios ambientais crescentes: secas prolongadas, incêndios florestais, enchentes, temperaturas extremas, e os inúmeros efeitos da tripla crise planetária, que inclui mudança climática, poluição e perda da natureza e da biodiversidade.
Estudos globais da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) de 2021 mostram que, embora 95% dos professores de ensino fundamental e médio entrevistados acreditam que o ensino da mudança climática é importante, menos de 30% têm recursos suficientes para ensiná-lo. Além disso, 70% dos jovens afirmaram ter dificuldades para explicar o que é mudança climática.
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Neste processo contínuo de conscientização sobre o meio ambiente, capacitar indivíduos e comunidades a resolver problemas ambientais é fundamental.
Por isso, com a participação das agências especializadas, fundos e programas das Nações Unidas no Brasil, reunimos diversos materiais que podem servir de guia na jornada para entender melhor as questões ambientais.
Visite a página sobre #EducaçãoAmbiental para acessar recursos para professores, estudantes, jovens ativistas, sociedade civil, empreendedores e formuladores de políticas.
Entenda o papel das Nações Unidas na Educação Ambiental
Historicamente, a educação ambiental tem sido um pilar fundamental nas políticas das Nações Unidas. Desde a Conferência de Estocolmo em 1972, a ONU reconheceu a importância crucial da conscientização e educação ambiental como ferramentas para o desenvolvimento sustentável. Este evento marcou o início de uma jornada global em direção a uma maior compreensão e ação em relação às questões ambientais.
Desde a Conferência de Estocolmo em 1972 até a Cúpula da ONU sobre Transformação da Educação em 2022, vários eventos e documentos internacionais enfatizaram a importância da educação ambiental. Isso inclui a Carta de Belgrado de 1975, a Conferência de Tbilisi de 1977, o Relatório Brundtland de 1987, a Agenda 21 da Cúpula da Terra de 1992 e a Convenção sobre Diversidade Biológica de 1993.
A pandemia de COVID-19 destacou a necessidade urgente de transformar a educação para enfrentar a crise climática e ambiental, levando à Parceria de Educação Verde, que promove ações coordenadas para preparar os aprendizes para um futuro sustentável.
Um estudo da UNESCO revelou que apenas 30% de 80 países possuem orçamentos de educação sobre mudança climática publicamente disponíveis, destacando uma lacuna significativa na transparência e no comprometimento com este tema crucial.
O levantamento, que compila perfis de países sobre leis e políticas educacionais nacionais relacionadas à comunicação e educação sobre mudança climática, constatou que apenas 38% desses países possuem uma lei, política ou estratégia em nível nacional especificamente voltada para a educação sobre mudança climática.
Além disso, 63% dos países incluem planos de capacitação de professores que abordam a mudança climática, indicando um reconhecimento da importância do tema, mas também revelando uma necessidade de maior integração e implementação de políticas educacionais voltadas para a conscientização e ação climática.
Ao considerar os esforços contínuos das Nações Unidas, fica claro que a educação ambiental é mais do que uma disciplina acadêmica; é uma necessidade urgente e uma responsabilidade compartilhada. À medida que avançamos em 2024, há uma oportunidade renovada para reafirmar nosso compromisso com o meio ambiente, através da educação e da ação.
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