A Colômbia é o berço de 34 raças ancestrais de milho, associadas a centenas de variedades crioulas. Desde o início do plantio de variedades transgênicas no país, em 2007, o milho crioulo, assim como os conceitos dos povos indígenas e camponeses/as, tem corrido risco de desaparecimento. Ainda que seja proibido o cultivo de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) dentro dos territórios indígenas, um estudo realizado em 2022 identificou a contaminação das variedades crioulas por eventos transgênicos (Milho Bt e tolerantes a herbicidas à base de glifosato) em todas a localidades testadas. Isso levou a uma profunda mobilização no país, desaguando em uma sentença da Corte Constitucional que ordena medidas urgentes ao Ministério do Desenvolvimento da Agricultura de proteção das sementes crioulas e dos conhecimentos dos povos. Essa decisão fortalece a luta para que o Estado reconheça a importância das sementes para a construção da soberania e autonomia do país.
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