O Ministério das Relações Exteriores, o Consórcio da Amazônia Legal e o Sistema das Nações Unidas no Brasil realizaram no dia 31 de julho evento de apresentação do Fundo Brasil-ONU para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
Lançado no ano passado em Santarém, no Pará, o Fundo busca mobilizar recursos para financiar projetos que gerem alternativas econômicas inclusivas e sustentáveis para fomentar o desenvolvimento da região Amazônica e beneficiar as populações em situação de maior vulnerabilidade.
O evento contou com a participação de mais de 100 pessoas, entre autoridades do governo federal, dos governos dos estados amazônicos, das missões diplomáticas no país, de organismos internacionais e de instituições financeiras de desenvolvimento com o objetivo primordial de apresentar a potenciais doadores os principais componentes e linhas estratégicas do Fundo Brasil-ONU.
"Em nenhum outro lugar do mundo faz tanto sentido discutir as relações entre a mudança do clima, a biodiversidade e o bem-estar das populações", afirmou a Coordenadora Residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks. "A Amazônia tem imensas riquezas naturais, mas apresenta alguns dos piores indicadores socioeconômicos do país. Para cuidar da floresta, precisamos cuidar das pessoas que vivem nela", explicou.
"Para que todos tenham uma vida justa, digna e inclusiva precisamos favorecer soluções que tenham abordagem integral. Essa é a ideia por trás do Fundo", afirmou o Embaixador Carlos Márcio Cozendey, Secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério das Relações Exteriores.
"O Fundo pretende demonstrar como a cooperação internacional pode gerar resultados concretos e positivos. A parceria com as Nações Unidas nos proporciona acesso a uma rede global de conhecimento, recursos e experiências, bem como solidez de gestão permitindo que adaptemos as melhores práticas a nossa realidade", conclui.
"Acredito que o Fundo Brasil-ONU vem somar aos esforços para gerar alternativas econômicas sustentáveis para a população mais vulnerável da região em consonância com o Plano de Recuperação Verde da Amazônia Legal", afirmou a secretária de assuntos internacionais e desenvolvimento do Ministério de Planejamento e Orçamento, Renata Amaral.
"Estamos aqui por entender que o Fundo tem uma preocupação com as pessoas que vivem na região Amazônica. Acreditamos no Fundo Brasil-ONU porque por meio dele poderemos promover de forma mais efetiva o desenvolvimento socioeconômico sustentável que temos sonhado e buscado tanto", afirmou a vice-governadora do Acre Mailza Assis, representando o Consórcio da Amazônia Legal.
"Esse Fundo inova porque sua abordagem vai além da preservação e conservação, almejando transformar a vida dos mais de 29 milhões de pessoas que habitam a região amazônica", afirmou Marcello Brito, secretário-executivo do Consórcio da Amazônia Legal.
"Não existirá conservação perene em meio à pobreza e à miséria. Esse é um fundo que traz nova esperança de fontes de financiamento para o desenvolvimento da Amazônia", completou.
As iniciativas financiadas pelo Fundo são focadas na geração de opções econômicas ao povo amazônico, garantindo a proteção dos modos de vida e meios de subsistência das populações, por meio da capacitação da população, da melhoria na gestão de questões socioambientais, da promoção do desenvolvimento econômico em harmonia com os ecossistemas naturais e do reforço da governança para garantia da eficácia das leis nacionais.
A criação do Fundo Brasil-ONU foi anunciada na COP27, no Egito, e o mecanismo foi oficialmente lançado em agosto do ano passado, durante a visita da vice-secretária-geral da ONU, Amina J. Mohammed a Santarém, ao Pará. A iniciativa tem envolvimento de 14 entidades da ONU e apoia os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Acesse a página do Fundo Brasil-ONU para mais informações: https://brasil.un.org/pt-br/253597-fundo-brasil-onu-para-amaz%C3%B4nia
Informações à imprensa:
- Diêgo Lôbo - contato@onu.org.br
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