sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

OIT defende melhor proteção para trabalhadores em domicílio

As pessoas que trabalham em casa, cujo número está aumentando drasticamente devido à propagação da pandemia de COVID-19, precisam ser melhor protegidas, afirmou a Organização Internacional de Trabalho (OIT) em um novo relatório. Uma vez que o trabalho em domicílio acontece na esfera privada, ele muitas vezes é "invisível". Por exemplo, em países de renda baixa e média praticamente todos os trabalhadores em domicílio (90%) trabalham em condição de informalidade.

Eles tendem a estar em uma situação pior do que aqueles que trabalham fora de casa, mesmo em profissões mais qualificadas. Trabalhadores em domicílio ganham em média 13% menos no Reino Unido; 22% menos nos Estados Unidos da América; 25% menos na África do Sul e cerca de 50% na Argentina, na Índia e no México. Além disso, os trabalhadores em domicílio também enfrentam maiores riscos para a saúde e segurança e têm menos acesso à formação do que outros trabalhadores, o que é prejudicial para as suas perspectivas de carreira.

O relatório intitulado em inglês "Working from Home: From invisibility do decent work " ("O trabalho em domicílio: da invisibilidade ao trabalho decente") mostra que as pessoas que trabalham em casa não têm o mesmo nível de proteção social que os outros trabalhadores. Também é menos provável que sejam sindicalizados ou cobertos por um acordo coletivo.

Urgência renovada

De acordo com as estimativas da OIT, antes da crise da COVID-19 havia cerca de 260 milhões de pessoas que trabalhavam em domicílio todo o mundo, ou 7,9% do emprego global; 56% dessas pessoas (147 milhões) eram mulheres.

Entre esses trabalhadores estão pessoas que trabalham a distância de forma contínua, bem como um grande número de pessoas que realizam trabalhos não automatizados no setor da produção, por exemplo, bordados, artesanato ou montagem eletrônica. Cabe destacar uma terceira categoria de trabalhadores, a das pessoas que realizam seu trabalho por meio de plataformas digitais no setor de prestação de serviços, por exemplo, processando sinistros de seguros, editando textos ou cadastrando dados para fins de treinamento de sistemas de inteligência artificial.

Nos primeiros meses da pandemia da COVID-19, em 2020, cerca de um em cada cinco trabalhadores realizava o seu trabalho em casa. Os dados para 2020 como um todo, quando estiverem disponíveis, deverão apresentar um aumento substancial em relação ao ano anterior.

O crescimento do trabalho em domicílio tende a continuar nos próximos anos, destaca o relatório, o que renova a urgência para a necessidade de abordar os problemas enfrentados pelos trabalhadores em domicílio e por seus empregadores.

Regulamentação insuficiente e não conformidade

Em geral, a regulamentação do trabalho em domicílio é deficiente e o cumprimento da legislação em vigor é complexo. Em muitos casos, as pessoas que trabalham em casa são consideradas autônomas e, consequentemente, excluídas do âmbito da legislação trabalhista.

"Muitos países ao redor do mundo têm legislação, às vezes complementada por acordos coletivos, que aborda vários déficits de trabalho decente associados ao trabalho em domicílio. No entanto, apenas 10 Estados-membros da OIT  ratificaram a Convenção Nº 177 , que promove a igualdade de tratamento entre trabalhadores em domicílio e outros assalariados, e poucos têm uma política abrangente sobre trabalho em domicílio ", disse a economista sênior da OIT e uma das autoras do relatório, Janine Berg.

Recomendações

O relatório inclui recomendações concretas para tornar o trabalho em domicílio mais visível e, portanto, mais protegido.

No que diz respeito aos trabalhadores em domicílio no setor industrial, o relatório destaca a importância de facilitar sua transição para a economia formal, ampliando sua proteção legal, promovendo a conformidade, a generalização de contratos escritos e o acesso à seguridade social, e conscientizando esses trabalhadores sobre seus direitos.

Quanto aos trabalhadores em domicílio que realizam o seu trabalho por meio de plataformas digitais, cuja atividade suscita dificuldades específicas em matéria de conformidade por abranger vários países, o relatório defende o uso de dados gerados por seu trabalho para monitorar as condições de trabalho e ferramentas para definir salários justos.

No que diz respeito às pessoas em condição de teletrabalho, o relatório apela aos legisladores para que implementem medidas específicas para mitigar os riscos psicossociais e introduzam o "direito à desconexão" para garantir que os limites entre o trabalho e a vida privada sejam respeitados.

Os governos, em cooperação com as organizações de trabalhadores e de empregadores, devem trabalhar juntos para garantir que todos os trabalhadores em domicílio - estejam eles tecendo vime na Indonésia, fazendo manteiga de karité em Gana, classificando fotos no Egito, costurando máscaras no Uruguai ou em teletrabalho na França – passem de um estado de invisibilidade para uma situação de trabalho decente.  

  Fonte: ONU Brasil  

O mundo enfrentará graves danos humanos e econômicos se não acelerar a adaptação climática, diz relatório da ONU



Quase três quartos das nações têm algum plano de adaptação em vigor, mas o financiamento e a implementação ficam muito aquém do necessário.
Foto | Pixabay

Conforme as temperaturas aumentam e os impactos da mudança climática se intensificam, as nações devem aumentar urgentemente as ações para se adaptarem à nova realidade climática ou enfrentar sérios custos, danos e perdas, conclui um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

A adaptação é um pilar fundamental do Acordo de Paris e implica na redução da vulnerabilidade dos países e comunidades às mudanças climáticas, aumentando suas capacidades de absorverem impactos e permanecerem resilientes. O Acordo de Paris exige que todos os seus signatários planejem e implementem medidas de adaptação por meio de planos nacionais de adaptação, estudos, monitoramento dos efeitos da mudança climática e investimentos em um futuro verde.

Relatório sobre a Lacuna de Adaptação 2020 do PNUMA conclui que, embora as nações tenham avançado no planejamento, enormes lacunas permanecem no financiamento aos países em desenvolvimento e no que diz respeito a garantir que os projetos de adaptação cheguem ao estágio em que trazem proteção real contra impactos climáticos - como secas, enchentes e elevação do nível do mar.

O financiamento público e privado da adaptação deve ser intensificado urgentemente, assim como a implementação deve ser acelerada. Também devem se tornar prioridade as soluções baseadas na natureza – ações em nível local que endereçam os desafios da sociedade, como a mudança climática, e proporcionam bem-estar humano e benefícios à biodiversidade, protegendo, manejando de forma sustentável e restaurando ecossistemas naturais ou modificados.

"A dura verdade é que a mudança climática está à nossa porta. Seus impactos se intensificarão e atingirão mais duramente os países e comunidades vulneráveis - mesmo se cumprirmos as metas do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global em até 2°C ainda neste século e perseguir a meta de 1,5°C", afirmou a diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen.

"Como disse o Secretário-geral da ONU, precisamos de um compromisso global para aplicar metade de todo o financiamento global na adaptação climática no próximo ano. Isto permitirá um grande avanço na adaptação - em tudo, desde sistemas de alerta precoce até recursos hídricos resilientes e soluções baseadas na natureza", acrescentou.

O planejamento da adaptação está crescendo, mas o financiamento e o acompanhamento estão atrasados

A conclusão mais encorajadora do relatório é que 72% dos países adotaram pelo menos um instrumento nacional de planejamento de adaptação. A maioria dos países em desenvolvimento está preparando um Plano Nacional de Adaptação. Entretanto, o financiamento necessário para implementar esses planos não está crescendo rápido o suficiente.

O financiamento público internacional da adaptação está aumentando lentamente de uma base anual de US$ 30 bilhões, ou 5% dos fundos climáticos rastreados. No entanto, custos anuais de adaptação somente nos países em desenvolvimento são estimados atualmente em US$ 70 bilhões. Espera-se que este valor chegue a US$ 140-300 bilhões em 2030 e US$ 280-500 bilhões em 2050.

Há alguns avanços promissores. O Fundo Verde Para o Clima (GCF) destinou 40% de sua carteira total à adaptação e conta cada vez mais com investimentos do setor privado. Outro desenvolvimento importante é a dinâmica crescente para assegurar um sistema financeiro sustentável. Porém, é necessário aumentar o financiamento público e privado da adaptação. Novas ferramentas, tais como critérios de investimento sustentável, princípios de divulgação relacionados ao clima e integração dos riscos climáticos nas decisões de investimento podem estimular investimentos em resiliência climática.

A implementação de ações de adaptação também está crescendo. Desde 2006, cerca de 400 projetos de adaptação financiados por fundos multilaterais a serviço do Acordo de Paris foram realizados em países em desenvolvimento. Enquanto os projetos anteriores raramente ultrapassavam US$ 10 milhões, 21 novos projetos desde 2017 atingiram um valor superior a US$ 25 milhões. Entretanto, das mais de 1.700 iniciativas de adaptação pesquisadas, apenas 3% relataram reduções reais dos riscos climáticos para as comunidades onde os projetos estavam sendo implementados.

Soluções baseadas na natureza podem dar uma enorme contribuição à adaptação

O relatório coloca um foco especial em soluções baseadas na natureza enquanto opções de baixo custo que reduzem os riscos climáticos, restauram e protegem a biodiversidade e geram benefícios para as comunidades e economias.

Uma análise de quatro grandes fundos climáticos e de desenvolvimento - o Fundo Global para o Meio Ambiente, o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo de Adaptação e a Iniciativa Climática Internacional - sugeriu que o apoio a iniciativas verdes com algum elemento de soluções baseadas na natureza aumentou nas últimas duas décadas. O investimento acumulado em projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas nos quatro fundos foi de US$ 94 bilhões. Porém, apenas US$ 12 bilhões foram gastos em soluções baseadas na natureza - uma fração pequena do financiamento total para adaptação e conservação.

Intensificando a ação

De acordo com o relatório, a redução das emissões de gases de efeito estufa diminuirá os impactos e custos associados à mudança climática. O alcance da meta de 2°C do Acordo de Paris poderia limitar as perdas no crescimento anual em até 1,6%, em comparação com os 2,2% da trajetória de 3°C.

Todas as nações devem prosseguir com os esforços delineados no Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2020, do PNUMA, que clamou por uma recuperação verde no pós-pandemia e por contribuições nacionais atualizadas que incluam novos compromissos de emissões líquidas zero. No entanto, o mundo também deve planejar, financiar e implementar a adaptação à mudança climática como uma uma responsabilidade moral com as nações menos responsáveis pela mudança do clima - e que são as mais ameaçadas.

Investir na adaptação é também uma decisão econômica sólida, uma vez que a pandemia da COVID-19 deve impactar a capacidade dos países de se adaptarem às mudanças climáticas. A Comissão Global de Adaptação em 2019 estimou que um investimento de US$ 1,8 trilhões em medidas de adaptação traria um retorno de US$ 7,1 trilhões em custos evitados e outros benefícios.  

Sobre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

O PNUMA é a principal voz global em temas ambientais. Ele promove liderança e encoraja parcerias para cuidar do meio ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e pessoas a melhorarem a sua qualidade de vida sem comprometer a das futuras gerações.

Para maiores informações, favor entrar em contato com:

Roberta Zandonai, Gerente de Comunicação no PNUMA Brasil, roberta.zandonai@un.org

  Fonte: ONU Brasil  

COVID-19 alcança marco de 2 milhões de mortes; ONU pede vacina para todos e maior solidariedade

"Nosso mundo atingiu um marco de cortar o coração: a pandemia de COVID-19 já custou 2 milhões de vidas", anunciou nesta sexta-feira (15) o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ao pedir "uma solidariedade muito maior" em memória desses "2 milhões de almas".

"Por trás desse número impressionante estão nomes e rostos: o sorriso que é agora apenas uma memória, a cadeira para sempre vazia à mesa de jantar, a sala que ecoa o silêncio de um ente querido", destacou Guterres em uma mensagem em vídeo divulgada no mesmo dia.

Segundo o chefe das Nações Unidas, o impacto mortal da pandemia foi agravado pela ausência de um esforço global coordenado.

"Agora é a hora. Vacinas seguras e eficazes contra a COVID-19 estão sendo lançadas – e a ONU está apoiando os países a mobilizar o maior esforço global de imunização da história. Estamos empenhados em garantir que as vacinas sejam vistas como bens públicos globais – uma vacina do povo", acrescentou.

As Nações Unidas pediram financiamento pleno para o Acelerador de Acesso a Ferramentas contra a COVID-19 e os mecanismos da COVAX – que se dedicam a tornar as vacinas disponíveis e acessíveis a todos.

"As principais economias do mundo têm uma responsabilidade especial. No entanto, hoje estamos vendo um vácuo de vacina. As vacinas estão alcançando países de alta renda rapidamente, enquanto os mais pobres do mundo não têm nenhuma."

Para Guterres, o sucesso dos avanços científicos não está encontrando o mesmo respaldo na solidariedade global. "Alguns países buscam acordos paralelos até mesmo comprando além do necessário. Os governos têm a responsabilidade de proteger suas populações, mas o 'nacionalismo da vacina' é contraproducente e atrasará a recuperação global", afirmou Guterres, acrescentando. "A COVID-19 não pode ser derrotada em um país de cada vez."

Para a ONU, fabricantes devem aumentar seu compromisso de trabalhar com os mecanismos da COVAX e com países em todo o mundo para garantir fornecimento suficiente e distribuição justa. Além disso, é essencial que os países se comprometam a compartilhar o excesso de doses de vacinas, disse a Organização.

"Isso ajudaria a imunizar todos os profissionais de saúde em todo o mundo com urgência e proteger os sistemas de saúde do colapso. Outros na linha de frente, incluindo trabalhadores humanitários e populações de alto risco, devem ser priorizados."

Para ganhar a confiança do público, disse Guterres, é preciso aumentar a confiança e o conhecimento sobre as vacinas com uma comunicação eficaz e baseada em evidências.

Ele lembrou ainda sobre as etapas simples e comprovadas que todos podem tomar: usar máscaras, distanciar-nos fisicamente e evitar aglomerações.

"Nosso mundo só pode ficar à frente desse vírus de uma maneira – unido. A solidariedade global salvará vidas, protegerá as pessoas e ajudará a derrotar este vírus maligno", concluiu o secretário-geral.


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Fonte: ONU Brasil

sábado, 9 de janeiro de 2021

Pesquisa ONU mostra confiança no multilateralismo para enfrentar desafios globais


Ilustração para o UN75 Brasil mostra os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Ilustração para o UN75 Brasil mostra os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Foto | Ivan Ciro Palomino

A grande maioria das pessoas confia no multilateralismo para enfrentar os desafios globais. Este é o principal resultado de uma pesquisa feita ao longo de um ano pelas Nações Unidas.

A iniciativa UN75 foi lançada em janeiro do ano passado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para entender os desejos e receios do público global para o futuro, assim como as expectativas e ideias para cooperação internacional e, em particular, para a ONU. Mais de 1,5 milhão de pessoas de 195 países participaram da campanha através de pesquisas e diálogos.

"A consulta global UN75 mostrou que 97% dos consultados apoiam a cooperação internacional para enfrentar os desafios globais", afirmou Guterres. "Isto representa um forte comprometimento com o multilateralismo e com a missão das Nações Unidas. Agora é conosco – estados-membros e o Secretariado da ONU – para atingir às expectativas das pessoas que servimos", ele acrescentou.

Lançado para marcar o aniversário de 75 anos da Organização, o exercício foi o esforço mais ambicioso da ONU até agora para reunir contribuições do público global e a maior pesquisa sobre as prioridades para a recuperação da pandemia da COVID-19.

Desafios de curto prazo - Com a pandemia do coronavírus revertendo o progresso do desenvolvimento humano e aumentando as desigualdades, muitos entrevistados priorizaram o acesso a serviços básicos e o apoio a comunidades e lugares mais afetados no curto prazo. A prioridade global mais imediata indicada foi o acesso universal a cuidados em saúde, de acordo com os resultados.

Além disso, dado o impacto da crise global nas crianças e na educação, mais investimentos em educação e programas para a juventude foram considerados prioritários entre os consultados, particularmente na África subsaariana e central e no sudeste da Ásia.

Desafios de longo prazo -  Enquanto as pessoas esperam que o acesso aos serviços de saúde melhore nos próximos 25 anos, os consultados em todas as regiões identificaram mudanças climáticas e assuntos ambientais como o principal desafio no longo prazo. A região de América Latina e Caribe contou com a maior quantidade de pessoas selecionando esta resposta – 73%.

Outras prioridades de longo prazo variam de acordo com o nível de renda, mas incluem preocupação crescente com oportunidades de emprego, respeito pelos direitos humanos e redução de conflitos.

As pessoas de países com maior índice desenvolvimento humano deram maior prioridade ao meio ambiente e direitos humanos, enquanto os respondentes de países com menor índice de desenvolvimento humano elencaram como maiores prioridades redução de conflitos e alcance de necessidades básicas, como emprego, saúde e educação.

Apesar de todas as preocupações, 49% dos entrevistados acreditam que as pessoas estarão em situação melhor em 2045, contra 32% que acham que a situação estará pior.

O papel da ONU - Os resultados mostram que muitos consultados também veem as Nações Unidas para liderar a cooperação internacional e abordar desafios imediatos e de longo prazo, com muitos também pedindo que a Organização inove – seja mais inclusiva, engajada, confiável e efetiva.

Em pesquisas e diálogos UN75 conduzidos ao redor do mundo, os participantes pediram a liderança moral da ONU; um Conselho de Segurança reformado, representativo e ágil; um Sistema ONU inclusivo e participativo, com melhor compreensão do trabalho da Organização entre os cidadãos ao redor do mundo e que mostre mais cuidado com as necessidades das pessoas.

UN75 -  Mais de 1,5 milhão de pessoas de 195 estados-membros e estados observadores da ONU participaram dos Diálogos UN75. Mais de 1,3 milhão de pessoas responderam à pesquisa online; centenas de milhares de pessoas de mais de 100 países participaram de diálogos; 50 mil pessoas de 50 países participaram de uma pesquisa conduzida pela Edelman Intelligence e o Centro de Pesquisa Pew; milhares de jovens participaram de jogos UN75, centenas de pesquisadores participaram do processo de mapeamento dos dados. Incluindo a rede de colaboradores e membros, mais de 60 mil organizações e 900 milhões de pessoas viram notícias, eventos e atualizações sobre a iniciativa UN75.

Em 21 de setembro, os estados-membros da ONU adotaram a Declaração em Comemoração ao 75º Aniversário das Nações Unidas, na qual eles se comprometem a responder aos resultados da consulta global e estabelecem 12 compromissos para responder aos desafios globais.

Guiados por estes compromissos e pelo retorno recebido pela iniciativa UN75, o secretário-geral lançou um processo de reflexão sobre o futuro do multilateralismo, destinado a gerar recomendações para uma ação global transformativa que atenda a problemas comuns e prepare para as ameaças e oportunidades do futuro. O relatório será apresentado ao fim da 75ª sessão da Assembleia Geral da ONU em setembro de 2021.

Via ONU Brasil

Mercadante defende ampla unidade da esquerda contra Bolsonaro

Em entrevista ao DCM nesta terça-feira (5), o ex-ministro e atual presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, defendeu uma ampla unidade da esquerda e do campo progressista contra Bolsonaro ao ser indagado sobre a decisão do PT de apoiar o parlamentar Baleia Rossi (MDB) à Presidência da Câmara dos Deputados.

Para ele, diante dos imensos desafios neste ano de 2021, o desempenho das oposições no Parlamento é fundamental. "Não podemos subestimar o governo Bolsonaro. Com o avanço crescente do coronavírus, a saturação prevista na rede pública de saúde e uma situação social dramática, com 14 milhões de pessoas na miséria, o fim do auxílio emergencial e sem nenhum planejamento para enfrentamento da pandemia, temos de derrotar Bolsonaro, se possível antes de 2022. E manter na pauta o tema Fora Bolsonaro", afirmou.

Mercadante disse que o grande desafio histórico é construir um processo semelhante à Frente Ampla do Uruguai, ao Congresso Nacional Africano, de Nelson Mandela, ou mesmo, na engenharia política, algo como a "Geringonça", em Portugal. Uma articulação orgânica, que tenha os partidos de esquerda como pilar estruturante, mas que incorpore sindicatos e movimentos sociais: CUT, MST, MTST, Contag e ainda personalidades independentes. "Precisaremos de muita unidade para enfrentar e conter a extrema direita", disse.

"Com a cláusula de barreira em 2022, o PCdoB e o Psol tendem a deixar de acessar o fundo partidário e utilizar o tempo de tevê. Eles necessitam de apoio e aliança para a própria sobrevivência. O PT precisa liderar este processo histórico, olhando para 2022. Com 27 estados, governadores, vices, senadores e suplentes, temos muito espaço político para compor alianças. O que não for possível no primeiro turno, estará assegurado no segundo. Mas deve ser um processo que revitalize e aproxime as militâncias, para muito além das próximas eleições", destacou.

E lembrou ainda a importância de garantir a presença dos partidos da oposição na presidência das comissões e na relatoria dos projetos, algo essencial para barrar projetos anti-populares e pautar outros de interesse do povo brasileiro. Ele citou a aprovação do Orçamento de Guerra e do auxílio emergencial de seiscentos reais como resultados positivos de alianças no Parlamento, pois a oposição sozinha tem apenas 130 votos. "O Congresso conteve muitas medidas desastrosas desse governo, inclusive na pandemia, um terço apenas das medidas provisórias foi aprovado", observou.

O ex-ministro argumenta que o foco principal da esquerda deve ser reconectar seu projeto histórico com as periferias, o precariado, a multidão de desempregados, desalentados e desesperados que vai emergir de forma dramática com o fim do auxilio emergencial, combinado com o recorde de desemprego e o aumento do custo de vida, especialmente na alimentação.

"A vacina já e para todos é fundamental também para que a luta popular volte a ocupar as ruas. Devem-se fortalecer todas as frentes na batalha contra a pandemia e o negacionismo. Para enfrentar o obscurantismo deste governo de extrema direita, aprofundar o debate programático iniciado com o Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil seria um início promissor", concluiu.

Suspeição de Moro e Lula Livre

Durante a entrevista, Kiko Nogueira comentou que em fevereiro ou março será julgado o caso sobre a suspeição do ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sergio Moro, e que já ocorrem tentativas de inviabilização dos direitos políticos do ex-presidente Lula pelos porta-vozes da direita na imprensa tradicional.

Sobre o caso, Mercadante afirmou que o PT jamais abrirá mão da consígnia Lula Livre, por tudo o que ele representa como maior liderança popular do Brasil. "Como o Supremo vai decidir ninguém sabe, mas alguns sinais são muito positivos, como a liberação do acesso aos áudios para mostrar que não houve imparcialidade do juiz. O Lula tem direito de usar isso. O código penal diz que quando o juiz não é imparcial o processo deve ser anulado. E nenhum jurista importante, dentro ou fora do Brasil, ou alguém que tenha conhecimentos jurídicos básicos defende esta condenação injusta e insustentável", afirmou.

Fonte: Fundação Perseu Abramo

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

CURSO: As melhores técnicas para produzir mudas de seringueiras



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A vida útil e econômica de um seringal pode ultrapassar 30 anos. Mas, para que a produtividade permaneça por todos esses anos, as práticas adequadas de manejo devem ser iniciadas logo no planejamento da implantação de mudas.

 
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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Confederação Brasileira de Rugby se une à ONU na campanha Pause


Seleção brasileira feminina de rugbi entra na Campanha Pause
Atletas da seleção brasileira feminina de rugbi entram na Campanha Pause
Foto | Carol Coelho

Esporte baseado em fortes valores e que preza pela coletividade, o rugby acaba de se tornar um importante aliado da ONU na luta contra a desinformação sobre a COVID-19. A Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) vai abraçar a campanha Pause, ação global das Nações Unidas que propõe uma mudança de comportamento e uso das redes sociais no combate ao crescente impacto da desinformação sobre a COVID-19.

Alinhada com os valores do esporte, como integridade, respeito e solidariedade, a campanha Pause contará com o engajamento de atletas das seleções brasileiras feminina e masculina. Eles ajudarão a disseminar mensagens sobre a importância de pausar antes de compartilhar informações. Segundo Eduardo Mufarej, presidente do conselho de administração da CBRu,  é fundamental que todos sejam aliados no combate à desinformação "A missão da CBRu é promover o desenvolvimento da cidadania por meio da prática do rugby e da partilha dos seus valores fundamentais, e entendemos que a luta  deve ser coletiva, assim como o rugby é".

A campanha Pause faz parte do projeto Verificado, coordenado no país pelo Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), em nome das Nações Unidas, com a colaboração da Purpose, uma das maiores organizações de mobilização social do mundo.

Sobre o Verificado - O projeto Verificado é uma iniciativa global da ONU que tem o objetivo de combater a infodemia de desinformação em meio à pandemia, compartilhar informações que salvam vidas e orientações baseadas em fatos e histórias do melhor da humanidade. O site Verificado traz uma galeria de informações verificadas e transmitidas pelas Nações Unidas. As  mensagens são baseadas em três frentes:  Ciência – para salvar vidas, Solidariedade – para promover cooperação local e global, e Soluções – para defender o apoio a populações impactada. Acesse: www.compartilheverificado.com.br.

Sobre o rugby - O rugby é um dos esportes coletivos mais praticados no mundo, com 9,6 milhões de jogadores globalmente (número da World Rugby) e presente em mais de 120 países. No Brasil, são 36,8 milhões de pessoas interessadas pelo esporte, das quais cerca de 5 milhões se consideram fãs, de acordo com pesquisa Ibope Repucom 2019. São mais de 300 agremiações esportivas e 60 mil atletas e praticantes no país, números que, somados à volta da modalidade ao programa olímpico nos Jogos do Rio 2016, fizeram a World Rugby (a federação internacional de rugby) eleger o Brasil como prioridade estratégica de investimento.

Sobre a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) - Fundada em 2010, a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) tem o apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. É o órgão máximo do rugby no Brasil, filiada ao World Rugby e ao COB, e responsável pelo alto rendimento, torneios e eventos, desenvolvimento e disseminação do esporte no país. Sob a governança da CBRu estão seis federações estaduais (SP, RJ, MG, PR, SC e RS), 11 mil atletas federados e 300 agremiações. www.brasilrugby.com.br/ @BrasilRugby (Instagram, Facebook, Twitter, LinkedIn e You Tube)

Informações à imprensa - Atômica Lab - Claudia Rodrigues – claudia.rodrigues@atomicalab.com.br – (21) 992212234 ou 21 3149 – 4149

Informações à imprensa - CBRu - Ícaro Leal – icaro.leal@brasilrugby.com.br – (12) 98149 - 3575

Fonte: ONU Brasil

COVID-19: ONU Brasil apoia trabalhadores da linha de frente


A pandemia da COVID-19 afetou famílias em todo o mundo
A pandemia da COVID-19 afetou famílias em todo o mundo

Foto | Marcelo Camargo/Agência Brasil

As agências da ONU no Brasil estão apoiando a resposta nacional à pandemia da COVID-19, incluindo o fornecimento de milhares de equipamentos de proteção individual para trabalhadores em saúde. De acordo com informe do porta-voz das Nações Unidas em Nova Iorque, Stéphane Dujarric, o coordenador residente do sistema ONU no Brasil, Niky Fabiancic, está liderando os esforços.

O Brasil já registrou mais de 7,2 milhões de casos, segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Até terça-feira (22), foram mais de 76 milhões de casos em todo o mundo, com 1,7 milhões de mortes.

A OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estão trabalhando com as autoridades brasileiras numa campanha para ressaltar a importância da imunização geral para jovens, informou o porta-voz aos jornalistas na sede da ONU em Nova Iorque.

Segundo Stéphane Dujarric, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) já forneceu mais de 100 mil itens de equipamento de proteção para aumentar a segurança dos trabalhadores na linha de frente que estão apoiando as comunidades vulneráveis nas áreas rurais e no Amazonas, enquanto a Organização Internacional para as Migrações (OIM) continua dando produtos de limpeza, apoio para testagem de COVID-19 e consultas gerais gratuitas para migrantes e refugiados da Venezuela.

Proteção para mulheres - O UNFPA, junto com as embaixadas dos Países Baixos e do Canadá, também está facilitando serviços de proteção para mulheres e vítimas de violência, especialmente durante a crise.

"Ao mesmo tempo, o UNICEF está fornecendo atendimento em saúde mental e apoio para jovens no Brasil, assim como treinamento em direitos humanos para líderes comunitários indígenas para combater a violência sexual, o alcoolismo e o trabalho infantil", acrescentou Dujarric.

Enquanto isso, a Agência da ONU para refugiados (ACNUR) e parceiros estão dando treinamento profissional sobre abertura de negócios para empreendedores refugiados e migrantes. Eles também estão apoiando refugiados venezuelanos com assistência de transferência de recursos.

Saiba mais sobre o trabalho da ONU no Brasil aqui: https://brasil.un.org/pt-br


ONU reúne vozes consagradas como Alejandro Sanz, Sandra de Sá, Fábio Jr., Daniel e Carlinhos Brown em música inédita

Foto | ONU

O projeto Verificado, iniciativa global da Organização das Nações Unidas (ONU) que desenvolve ações em resposta à COVID-19 com foco em ciência, soluções e solidariedade, encerra o ano unindo 16 artistas consagrados de diversos estilos. A música "Avião" é lançada nas redes sociais da ONU Brasil no dia 28 de dezembro reunindo um time de peso: Afonso Nigro, Alejandro Sanz, Carlinhos Brown, Daniel, Di Ferrero, Fábio Jr., Kaê Guajajara, Marcos & Belutti, Nando Reis, Roberta Miranda, Rodrigo Faro, Rogério Flausino, Sandra de Sá, Tiago Abravanel e Vitor Kley. A canção está disponível em todas as plataformas de streaming de música (Apple Music, Deezer, Spotify, entre outras) e o clipe no link: http://bit.ly/MusicaAviao.

Idealizada e produzida por Afonso Nigro, a composição inédita é de autoria do jogador Dani Alves (hoje atuando no São Paulo, com passagens pelo Barcelona e PSG) e dos músicos Afonso Nigro, Milton Guedes e Maurício Monteiro. O arranjo é de Milton Guedes e Jefferson Andrade. O movimento iniciado por Nigro ganhou força e vozes reconhecidas se engajaram para difundir a mensagem de solidariedade para todo o Brasil.

A composição mostra que quando trabalhamos juntos é possível construir um futuro melhor, superando os desafios que a pandemia pelo novo coronavírus instaurou.  E prova como são importantes nesses momentos a união e a cooperação global.

"É incrível que tantos profissionais talentosos tenham se reunido para compor e gravar uma canção com uma mensagem tão necessária para o momento que vivemos. Precisamos a todo momento lembrar que a pandemia vai passar, mas só conseguiremos superar tudo isto juntos, com união, cooperação e solidariedade, exatamente como Avião foi composta e gravada. Meus sinceros agradecimentos aos compositores, músicos e intérpretes que deram seu tempo e sua arte para este projeto", afirmou Kimberly Mann, diretora do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).

Entre as ações já desenvolvidas no Brasil pela iniciativa Verificado desde junho de 2020 estão: projeção em homenagem às vítimas no Cristo Redentor, exposição com a Turma da Mônica, cards para redes sociais com Cartoon Network, lives no TikTok, ,  mural com o artista Tito Ferrara, webséries com Agência Lupa, Gloob e Quebrando o Tabu, além de ações com influenciadores e celebridades (Paolla Oliveira, Rodrigo Santoro, Wagner Moura, Tony Ramos, Paulo Coelho, Astrid Fontenelle, Alcione, Leandro Hassum, Nanda Costa e outros.

O projeto, coordenado no Brasil pelo Centro de Informação das Nações Unidas (UNIC Rio), conta com a colaboração da Purpose, uma das maiores organizações de mobilização social do mundo.

Confira abaixo a letra da música:

Título: Avião

Para tudo e presta atenção no que vou te dizer

A vida é tão rara e sonhando juntos podemos vencer

A gente vive lado a lado mas tá separado por um celular

Mandando milhões de mensagens com tanta saudade de se encontrar

Tudo vai passar

É só acreditar

Então abrace

Quem tá sempre do seu lado

Aproveite esse momento

que já já vai ser passado

A esperança é feito abraço apertado

Manda um beijo com carinho

hoje mesmo esse ano

Que essa vida é um avião e passa voando

Para tudo e preste atenção, vou falar mais uma vez

Chegou a hora de recomeçar tudo o que já se fez

Sem nunca perder a esperança de ver todos juntos com o mesmo olhar

Pra reconstruir o futuro vencendo o presente que já vai passar

Vem recomeçar

É só acreditar

Ficha técnica:

Autores: Dani Alves, Afonso Nigro, Milton Guedes e Mauricio Monteiro

Produtor musical: Afonso Nigro

Arranjo: Milton Guedes e Jefferson Andrade

Músicos acompanhantes:

Piano - Jefferson Andrade

Guitarras - Afonso Nigro e Willian Castro

Gaita - Milton Guedes

Baixo - Lau Gomes

Bateria - Anderson Karan

Cajón - Dani Alves

Violões - Emerson Cordeiro

Arranjo de cordas - Adley Caçula

Violinos - Aramis Rocha e Robson Rocha

Viola - Daniel Pires

Cello - Deni Feijó

Mixagem e masterização: Diovainne Moreira

Distribuidora digital: iMusics S.A

Comunicação: Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) e Purpose - Caroline Rego, Juliana Matteucci e Marjorie Enya

SOBRE O VERIFICADO - O projeto Verificado é uma iniciativa global da ONU que tem o objetivo de combater a infodemia de desinformação em meio à pandemia, compartilhar informações que salvam vidas e orientações baseadas em fatos e histórias de solidariedade global em torno da COVID-19. O site Verificado traz uma galeria de informações verificadas e transmitidas pelas Nações Unidas. Com principal objetivo disseminar informações precisas e confiáveis sobre o novo coronavírus, as mensagens são baseadas em três frentes:  Ciência – para salvar vidas, Solidariedade – para promover cooperação local e global, e Soluções – para defender o apoio a populações impactada. Acesse: www.compartilheverificado.com.br.

Fonte: ONU Brasil


domingo, 20 de dezembro de 2020




Saiba mais:

Número Krause: KM# 559

País: Brasil

Denominação: 2 cruzeiros

Ano: 1946

Periodo: Cruzeiro (1942 - 1986)

Tipo de moeda: Circulação normal

Composição: Alumínio-Bronze

Tipo de bordo: Serrilhado

Formato: Redonda

Alinhamento: Moeda (180°)

Peso (gr): 7.4

Diametro (mm): 25

Espessura (mm): 2.24

(Fonte: Ucoin)

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