Você sabia que o Paraná possui uma cratera de meteoro em seu território?
Sim! O Estado possui a "Cratera de Vista Alegre", localizada no distrito de mesmo nome, no município de Coronel Vivida, na mesorregião Sudoeste Paranaense.
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Sim! O Estado possui a "Cratera de Vista Alegre", localizada no distrito de mesmo nome, no município de Coronel Vivida, na mesorregião Sudoeste Paranaense.
Justiça por Lindolfo: O Sangue LGBT também é sangue Sem Terra
É com estrema indignação e exigindo justiça, que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denuncia o assassinato do jovem gay e camponês Lindolfo Kosmaski. Lindolfo foi morto neste último sábado, 1º de maio de 2021, na cidade de São João do Triunfo, no estado do Paraná, onde residia. Indícios apontam que foi um crime de ódio, provocados pela homofobia, pois os assassinos além de dispararem dois tiros contra o jovem LGBT, também carbonizaram seu corpo.
Lindolfo tinha 25 anos, era estudante egresso da turma de Licenciatura em Educação do Campo da Escola Latina Americana de Agroecologia (ELAA), localizada no assentamento Contestado, no município da Lapa (PR). Participou de diversas atividades de formação do MST, como cursos e encontros do Coletivo LGBT Sem Terra e Jornadas de Agroecologia.
Era um jovem humilde, solidário e cheio de sonhos. Atuava como professor na rede estadual de ensino no Paraná e na última eleição municipal concorreu a vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no município de São José do Triunfo. Além disso, estava dando sequência aos estudos cursando mestrado no Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e em Matemática na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Neste momento de dor, o MST estende toda solidariedade à família, amigos e exige que os órgãos competentes possam acelerar as investigações e encontrar os culpados desse crime hediondo.
A sua partida ocorre no mês em que reafirmamos a luta contra toda forma de violência, representado pelo Dia Internacional de luta contra a LGBTfobia, 17 de maio. Nesse sentido, o MST destaca o seu compromisso de lutar por uma sociedade sem LGBTfobia e na construção de um mundo onde a vida e todas as formas de ser e amar sejam garantidas plenamente.
LINDOLFO, PRESENTE!
O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), agência do Sistema ONU para saúde sexual e reprodutiva, em resposta à solicitação do governo do Estado do Amazonas, realizou a doação de uma usina de oxigênio à Secretaria de Saúde do Estado. O equipamento foi instalado na maternidade Ana Braga, em Manaus, onde chegou no dia 19 de abril, e deve entrar em funcionamento nesta sexta-feira (30). Parceira de longa data do UNFPA, a Embaixada da Noruega é financiadora do projeto.
Nesta sexta-feira (30), será realizada a solenidade de entrega da usina de oxigênio pelo UNFPA ao governo do Amazonas, na maternidade Ana Braga, a partir das 9h. Estarão presentes o secretário de saúde do Estado do Amazonas, Marcellus Campêlo; a diretora geral da Maternidade de Referência Ana Braga, Rosiene Bentes Lobo; além da associada de projetos e coordenadora do escritório do UNFPA de Manaus, Débora Rodrigues.
Segundo a representante do UNFPA no Brasil, Astrid Bant, "o objetivo da doação é apoiar a saúde materno-infantil de Manaus, visando evitar um cenário de escassez de oxigênio em momentos de alta demanda, como aquele visto em janeiro de 2021, ocasião na qual o Fundo de População agiu prontamente realizando uma doação de 60 cilindros de oxigênio à maternidade municipal Moura Tapajoz". Por conta da pandemia de COVID-19, Manaus viveu uma crise de escassez de oxigênio na primeira quinzena de janeiro.
O equipamento doado pelo UNFPA tem capacidade de produção de 27 Nm³/hora de oxigênio medicinal, com 93% de pureza. O termo Nm³ significa normal metro cúbico e é uma medida usada para ar comprimido. Com a conversão, o dado é de 31 m³ por hora. De acordo com o Ministério da Saúde, 30 metros cúbicos por hora são suficientes para abastecer, em média, até 70 leitos - o que atende 100% da demanda atual na maternidade Ana Braga. O investimento total é de R$ 665 mil e se refere aos custos de aquisição e instalação da planta de oxigênio, além dos gastos de gerenciamento e administração.
A maternidade Ana Braga é a instituição pública que realizou mais partos na cidade de Manaus nos últimos 15 anos. Em 2020 foram 9.967 internações, das quais 6.746 foram partos. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, em 2020, em função da pandemia de COVID-19, a maternidade instalou 12 leitos clínicos e dez de UTI exclusivos para COVID-19. No início de 2021, iniciou a implantação de mais 18 leitos clínicos e dez de UTI para pacientes de coronavírus.
A Noruega é um relevante parceiro global do UNFPA. Em 2019, de acordo com o ranking de doadores, o país contribuiu com recursos na ordem de 85,2 milhões de dólares, ocupando o sétimo lugar entre os maiores doadores.
O embaixador da Noruega no Brasil, Nils Martin Gunneng, afirmou que "é prioridade do país assegurar que mulheres e crianças tenham acesso à saúde de qualidade e acompanhamento profissional durante a gestação e o puerpério".
"Agradeço ao UNFPA por essa importante iniciativa, oportuna em um momento tão desafiador para a região Norte e para o Brasil. A cooperação com o UNFPA Brasil está alinhada com os esforços da Noruega de garantir e promover os direitos reprodutivos das mulheres", completou Gunneng.
Via ONU Brasil
A ONU reforçou nesta quinta-feira (29) seu alerta sobre o uso do nome da Organização por parte de fraudadores e estelionatários. Desde fevereiro, o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) tem recebido em média duas consultas por semana sobre emails falsos solicitando dados pessoais para um suposto "fundo de apoio à COVID-19".
Por meio de mensagens, pessoas se identificando como o secretário-geral ou outros funcionários da ONU pedem dados pessoais dos destinatários para liberação de um suposto prêmio em dinheiro.
As Nações Unidas esclarecem que prêmios, recursos, certificados ou bolsas acadêmicas não são oferecidos pela internet ou por telefone. A Organização alerta também que, sob qualquer hipótese, não solicita informações de indivíduos em relação a suas contas bancárias ou outras informações pessoais.
Iniciativas fraudulentas frequentemente usam a logomarca da ONU para se beneficiar indevidamente. Uma resolução da Assembleia Geral datada de 7 de dezembro de 1946 determina que o nome e o emblema das Nações Unidas não poderão ser usados sem a devida autorização do secretário-geral.
A ONU recomenda que os destinatários de mensagens fraudulentas ou suspeitas ajam com extrema cautela e não respondam a pedidos de transferências de fundos nem forneçam informações pessoais. Transferências de fundos ou fornecimento de informações pessoais podem acarretar prejuízos financeiros ou roubos de identidade.
Qualquer pessoa com dúvidas sobre a autenticidade de uma mensagem ou telefonema em nome das Nações Unidas pode enviar um e-mail solicitando esclarecimentos, por meio do "Fale Conosco" da Organização: faleconosco@onu.org.br. As vítimas são orientadas a informar o incidente em qualquer Delegacia de Polícia ou nas Delegacias de Repressão aos Crimes de Informática (no Brasil, a maioria dos estados possui uma).
Fonte: ONU Brasil
O Brasil receberá, neste sábado (1) e domingo (2), um total de 3.981.600 doses de vacinas contra COVID-19 por meio do Mecanismo COVAX, um esforço global da Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (CEPI), da Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Os imunizantes são da AstraZeneca/Oxford, fabricados pela empresa multinacional Catalent na República da Coreia. Serão três voos no fim de semana: no sábado, serão entregues 220.800 doses e, no domingo, 1.735.200 doses no primeiro voo e 2.025.600 no segundo.
O desembarque do produto será feito no aeroporto internacional de Guarulhos, no estado de São Paulo, onde fica a Coordenação de Armazenagem e Distribuição Logística de Insumos Estratégicos para a Saúde (COADI) do Ministério da Saúde do Brasil. Em seguida, os imunizantes serão distribuídos conforme o Plano Nacional de Vacinação.
Em março, já haviam sido enviadas 1.022.400 doses dessa vacina ao país, fabricadas pela empresa SK Bioscience na República da Coreia. Mais vacinas da AstraZeneca/Oxford e da Pfizer/BioNTech estão previstas para chegar ao país ainda neste semestre.
Todos esses envios são feitos pelo Fundo Rotatório da OPAS, responsável pela aquisição via Mecanismo COVAX das vacinas contra a COVID-19 para os países das Américas. As doses foram compradas com recursos do Ministério da Saúde do Brasil.
As vacinas AstraZeneca fabricadas pelas empresas Catalent e SK Bioscience são da mesma plataforma (tipo) que as produzidas em solo brasileiro pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). É um produto seguro e de qualidade, tendo aprovação para uso emergencial tanto da OMS quanto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Desde o início da pandemia, o Sistema ONU no Brasil tem trabalhado com as três esferas de governo, empresas e a sociedade civil para identificar e atender as necessidades da população na resposta à crise sanitária e a seus efeitos socioeconômicos.
O primeiro caso de COVID-19 foi notificado no território brasileiro em fevereiro de 2020. Desde então, o país confirmou 14.659.011 casos e 403.781 mortes em decorrência da infecção pelo SARS-CoV-2, vírus causador dessa doença, segundo dados do Ministério da Saúde do Brasil de 30 de abril de 2021.
O COVAX busca fornecer vacinas para entre 10% e 20% da população de cada país participante ao longo de 2021. Até que as vacinas alcancem de forma ampla a população, as medidas preventivas permanecerão sendo a base da resposta à pandemia. Para as autoridades de saúde pública, isso significa continuar a fazer testes de diagnóstico, rastreamento de contatos, isolamento, quarentena assistida e atendimento de qualidade. Para os indivíduos, significa evitar aglomerações, continuar com o distanciamento físico, higienizar as mãos, usar máscaras e manter os ambientes ventilados.
Sobre o COVAX - O COVAX, pilar de vacinas do acelerador de acesso a ferramentas contra a COVID-19 (ACT), é coliderado pela CEPI; Gavi; e OMS – que trabalham em parceria com o UNICEF, como parceiro chave na execução, bem como com organizações da sociedade civil, fabricantes de vacinas, Banco Mundial e outros. Nas Américas, o Fundo Rotatório da OPAS é o agente de compras reconhecido pelo mecanismo do COVAX para os países da região das Américas.
Sobre a OPAS - A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) trabalha com os países das Américas para melhorar a saúde e a qualidade de vida de suas populações. Fundada em 1902, é a organização internacional de saúde pública mais antiga do mundo. Atua como escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas e é a agência especializada em saúde do sistema interamericano.
Sobre o UNICEF - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em 190 países e territórios, o UNICEF trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos.
Fonte: ONU Brasil
De 2012 a 2020, 21.467 trabalhadores e trabalhadoras sofreram acidentes fatais no Brasil, com uma taxa de mortalidade de 6 óbitos a cada 100 mil vínculos de emprego no mercado de trabalho formal, de acordo com os indicadores atualizados do Observatório Digital de Segurança e Saúde no Trabalho, elaborado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). No contexto dos países do G-20 e das Américas, o Brasil ocupa o segundo lugar em mortalidade no trabalho, atrás apenas do México, com 8 óbitos a cada 100 mil vínculos de emprego. Algumas das menores taxas de mortalidade são registradas em países como o Japão (1,4 a cada 100 mil), Canadá (1,9 a cada 100 mil) e, entre os países da América do Sul, na Argentina (3,7 mortes a cada 100 mil trabalhadores).
"A atualização da base de indicadores do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho é muito importante para a ampliação da base de conhecimento sobre acidentes de trabalho no Brasil. O Observatório fornece informações essenciais para o planejamento e execução das ações das instituições que atuam na prevenção e redução desse tipo de acidente, entre as quais o MPT. A atualização é uma boa notícia às vésperas do Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho, em 28 de abril, e no contexto da pandemia", observa o procurador-geral do Trabalho, Alberto Balazeiro.
O Observatório também traz um mapeamento preliminar das Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT) e dos afastamentos relacionados à COVID-19 em 2020, comparando os números do ano passado com o período anterior.
"A atualização da base de dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho é um importante vetor para o diálogo social e para o trabalho conjunto de elaboração de medidas de prevenção de acidentes no trabalho. Isso é algo de ganho inestimável para trabalhadoras, trabalhadores, empregadores e governos, visto que no contexto da reconstrução das economias no pós-pandemia, a segurança e a saúde no trabalho é uma prioridade máxima", destaca o diretor do Escritório da OIT no Brasil, Martin Georg Hahn.
Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, que envolve o setor formal e informal da economia, o número de acidentes de trabalho graves notificados cresceu cerca de 40% em 2020, saltando de 94.353 em 2019 para 132.623 no ano passado. Quanto às notificações no Sinan envolvendo crianças e adolescentes, desde 2007 foram registradas cerca de 29 mil ocorrências de acidentes de trabalho grave (1.312 notificações em 2020) e 51 mil casos se consideradas todas as ocorrências (a exemplo de intoxicações e acidentes com animais peçonhentos, entre outros) para a faixa etária de 5 a 17 anos (2.558 casos em 2020).
De 2012 a 2020, foram registrados ainda 5,6 milhões de doenças e acidentes do trabalho que vitimaram trabalhadores e trabalhadoras no Brasil, com um gasto previdenciário que, desde 2012, ultrapassa os R$ 100 bilhões somente com despesas acidentárias, implicando perda de 430 milhões de dias de trabalho. O total de auxílios-doença por depressão, ansiedade, estresse e outros transtornos mentais e comportamentais (acidentários e não-acidentários) passaram de 224 mil em 2019 para 289 mil afastamentos em 2020, um aumento de 30% no ano da pandemia da COVID-19.
"Estima-se que doenças e acidentes do trabalho produzam a perda de 4% do Produto Interno Bruto global a cada ano. No caso do Brasil, esse percentual corresponde a aproximadamente R$ 300 bilhões, considerando o PIB de 2020. Além dos incomensuráveis custos humanos e familiares, os custos econômicos desses acidentes e doenças se manifestam em gastos do sistema de saúde e do seguro social; e, no setor privado, em uma enorme redução da produtividade derivada de dias perdidos de trabalho acumulados de trabalhadores e trabalhadoras", observa o procurador do MPT e cientista de dados Luís Fabiano de Assis, coordenador da Iniciativa SmartLab.
Na série histórica de 2012 a 2019, a maior parte dos acidentes foram ocasionados pela operação de máquinas e equipamentos (15%). Em 2020, esse percentual aumentou para 18% do total. Como em anos anteriores, acidentes ocupacionais envolvendo máquinas e equipamentos resultaram em amputações e outras lesões gravíssimas com uma frequência 15 vezes maior do que as demais causas, gerando três vezes mais acidentes fatais que a média geral.
"Essas informações demonstram a carência de medidas de proteção coletiva em muitos estabelecimentos e a ineficácia das atuais políticas de prevenção, já que muitas das características das ocorrências seguem os mesmos padrões gerais todos os anos, ainda que, com o advento da pandemia da COVID-19 em 2020, tenha havido variação em alguns setores", afirma a coordenadora da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho do MPT, Márcia Kamei.
Ocupações, setores e a conjuntura da pandemia – Em 2020, ano do início da pandemia, foram registradas 21 mil comunicações de acidente de trabalho e 51 mil afastamentos com casos de COVID-19. Entre as ocupações mais frequentemente informadas nos registros estão: técnicos de enfermagem (9%); faxineiros (5%); auxiliares de escritório (3%); vigilantes (3%); vendedores de comércio varejista (3%); e alimentadores de linha de produção (3%).
Se considerado o conjunto de ocupações e a totalidade de registros de acidentes de trabalho, os profissionais do setor de atendimento hospitalar continuam a ter a maior quantidade de registros em números absolutos e percentuais. Em 2020, no entanto, com o início da pandemia, técnicos e técnicas de enfermagem não apenas sofreram a maior quantidade de acidentes em relação a outras ocupações, mas passaram de 6% (30.543 CAT) do total em 2019 para 9% (34.979 CAT) no ano passado, um aumento de 15%.
Como um todo, a participação da atividade de atendimento hospitalar no total de acidentes notificados cresceu de 11% em 2019 para 15% do total em 2020. Em números absolutos, o total de notificações de acidentes nesse setor cresceu 8% em relação ao ano anterior (de 53.173 em 2019 para 57.359 em 2020), ao passo que grande número de setores registrou queda no número de notificações.
O número total de comunicações de acidentes de 2020 (446.881 registros), ano de início da pandemia da COVID-19, é 30% menor do que o de 2019 (639.325 registros), que havia apresentado elevação de 2,5% em relação a 2018 (623.788). Dentre outros setores que sofreram aumento no número total de acidentes notificados está o de abate de suínos, aves e outros pequenos animais (de 10.880 acidentes em 2019 para 12.179 em 2020, elevação de 12%), ao passo o setor de transporte rodoviário de carga é um dos que registraram queda, com redução de 8%.
Para análise dos acidentes relacionados à COVID-19, considerou-se, em especial, além do código U07 (COVID-19) da Classificação Internacional de Doenças (CID), o código B34 (Doenças por vírus), em especial as subcategorias B34-2 (Infecção por coronavírus) e B34-9 (Infecção viral não especificada). O código U07 foi incluído na CID após a descoberta do novo vírus. A hipótese preliminar que os dados sugerem, além do tempo necessário ao diagnóstico, é a de que, dada a falta de clareza na classificação da nova doença, os registros foram feitos com o uso de CIDs existentes, algumas das quais, a exemplo da B34 (em especial os códigos B34.2 e B34.9), até então nunca ou apenas raramente haviam sido utilizados para comunicações de acidentes de trabalho e afastamentos previdenciários. Note-se que o Supremo Tribunal Federal, em abril de 2020, definiu que a COVID-19 pode ser caracterizada como doença ocupacional.
Sobre o Observatório - O Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho é um dos cinco observatórios digitais da iniciativa SmartLab de Trabalho Decente, um laboratório multidisciplinar de gestão do conhecimento com foco na promoção do trabalho decente no Brasil.
O Observatório combina repositórios públicos e tecnologia livre para transformar dados em informações e conhecimento sobre o tema. Sua primeira versão foi idealizada e desenvolvida entre 2015 e 2017, conforme os parâmetros da pesquisa "Acidente de Trabalho: da Análise Sócio Técnica à Construção Social de Mudanças", conduzida pela Faculdade de Saúde Pública da USP, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e em cooperação com o MPT.
O objetivo fundamental da ferramenta é o de melhor informar e subsidiar políticas públicas de prevenção de acidentes e doenças no trabalho, de modo que todas as ações, programas e iniciativas passem a ser orientadas por evidências não apenas em nível nacional e regional, mas principalmente em cada um dos 5.570 municípios brasileiros.
"Com o Observatório, surge um grande potencial de disseminação de informações relevantes para prevenir doenças e acidentes do trabalho, inclusive com políticas, ações e campanhas guiadas por evidências específicas sobre grupos etários, gênero, setores, ocupações, unidades federativas e municípios", destaca Assis.
Os dados do Observatório são oriundos de repositórios públicos e oficiais da área da Previdência Social que dão origem ao Anuário Estatísticos de Acidentes de Trabalho e ao Anuário Estatístico da Previdência Social, dentre outras importantes publicações. Consideram-se, ainda, dados públicos da Relação Anual de Informações Sociais e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, entre outras fontes públicas.
Impacto – Desde o seu lançamento, os cinco observatórios digitais da Iniciativa SmartLab contam com mais de meio milhão de visualizações de páginas, oriundas de mais de 60 países, consolidando-se como o maior repositório de informações e conhecimento sobre trabalho decente do Brasil.
A plataforma tem servido, entre outras ações de interesse público, para promover inédita conscientização sobre riscos ocupacionais, para aprimorar a eficiência da alocação de recursos públicos, para fomentar ações regressivas e para tornar mais eficiente o monitoramento de benefícios acidentários e determinar mais claramente quais devem ser os focos (ocupações, setores econômicos, grupos vulneráveis) das ações repressivas e preventivas em matéria de proteção ao meio ambiente do trabalho, inclusive em cooperação técnica com o setor privado, sindicatos, organismos internacionais e academia. A plataforma Google Scholar registra mais de 400 publicações acadêmicas que se utilizaram da plataforma para produzir conhecimento científico, entre teses de doutorado, dissertações de mestrado e artigos publicados no Brasil e no exterior.
Fonte: ONU Brasil
Segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), publicado para o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, celebrado em 28 de abril, é necessário que os países implementem sistemas de segurança e saúde no trabalho (SST) robustos e resilientes, a fim de mitigar os riscos enfrentados por todas as pessoas no mundo do trabalho em futuras emergências de saúde.
Isso requer investimentos em infraestruturas de SST e a sua integração aos planos gerais de preparação e de resposta a crises nacionais, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras, e a facilitar a continuidade dos negócios das empresas.
O relatório Antecipar, preparar e responder a crises: investir agora em sistemas de SST resilientes examina a prevenção e a gestão de riscos relacionados à pandemia e analisa outros riscos de saúde e segurança associados às mudanças nos arranjos de trabalho decorrentes das medidas para controlar a disseminação do vírus.
O documento descreve os papéis críticos desempenhados durante a pandemia por estruturas e instituições regulatórias de segurança e saúde ocupacional, mecanismos de conformidade, saúde e serviços de consultoria, dados, pesquisa e treinamento.
"Não poderia haver demonstração mais clara da importância de um ambiente de segurança e saúde ocupacional forte e resiliente. A recuperação e a prevenção exigirão melhores políticas nacionais e estruturas institucionais e regulatórias devidamente integradas às estruturas de resposta a crises ", disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.
Desde o surgimento da pandemia da COVID-19, trabalhadores e trabalhadoras em setores específicos, como emergência, saúde e assistência social, estão particularmente vulneráveis ao risco de infecção. De acordo com os dados citados no relatório, 7.000 profissionais da saúde morreram desde o início da crise, enquanto 136 milhões de profissionais da saúde e da assistência social correm o risco de contrair COVID-19 no ambiente de trabalho.
As pressões e riscos enfrentados pelos profissionais de saúde durante a pandemia também afetaram sua saúde mental: um em cada cinco profissionais da saúde em todo o mundo relatou sintomas de depressão e ansiedade.
Assim como os setores de saúde e de cuidados, muitos outros locais de trabalho têm sido fonte de surtos de COVID-19, especialmente aqueles onde as pessoas estão em ambientes fechados ou próximas umas das outras por um determinado período de tempo, bem como em situações em que acomodação ou meios de transporte são compartilhados.
Ao analisar as preocupações com a saúde decorrentes do aumento do teletrabalho durante a pandemia, o relatório afirma que, embora o teletrabalho tenha sido essencial para limitar a propagação do vírus, manter empregos e a continuidade dos negócios e dar às pessoas maior flexibilidade, ele também dificultou a delimitação entre o trabalho e a vida privada. 65% das empresas pesquisadas pela OIT e pela Rede SST do G20 relataram que é difícil manter o moral dos trabalhadores durante o teletrabalho.
O relatório afirma que as pequenas e microempresas muitas vezes têm dificuldade em cumprir os requisitos oficiais de SST, porque muitas não têm recursos para se adaptar às ameaças representadas pela pandemia.
Entre as 1,6 bilhão de pessoas que trabalham na economia informal, principalmente nos países em desenvolvimento, a maioria continuou a trabalhar apesar das medidas de confinamento, de distanciamento social e de restrição ao deslocamento, entre outras medidas aplicadas. Isso as coloca sob um alto risco de contrair o vírus, mas a maioria não tem acesso à proteção social básica, como licença ou auxílio-doença.
Conforme destaca o relatório, as Normas Internacionais do Trabalho fornecem orientações específicas sobre como enfrentar esses desafios e, consequentemente, mitigar o risco de propagação do vírus no trabalho. Elas também fornecem ferramentas para implementar mecanismos de SST adequados e garantir que trabalhadores, empregadores e governos possam promover o trabalho decente, enquanto se adaptam aos efeitos socioeconômicos da pandemia.
As Normas Internacionais do Trabalho também encorajam o diálogo social como o método ideal para garantir que os procedimentos e protocolos sejam aplicados e aceitos de forma eficaz.
Fonte: ONU Brasil
Os internautas brasileiros estão incomodados com a quantidade de itens de plástico descartável que recebem nas entregas de comida pronta por aplicativo, como talheres, pratos, copos, sachês, canudos e mexedores. Pesquisa realizada pelo Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) aponta que 72% dos consumidores querem de receber os pedidos sem plástico descartável. Além disso, 15% dos respondentes afirmam já terem deixado de solicitar o serviço por se sentirem incomodados pela quantidade de plásticos.
A pesquisa "Percepções sobre o plástico entre usuários de aplicativos de delivery" foi encomendada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela ONG Oceana, que juntos lideram a campanha #DeLivreDePlástico, lançada em dezembro de 2020. O movimento pede que os aplicativos de entrega de comida se comprometam com a redução da quantidade de plástico descartável enviados com os alimentos, como talheres, sacolas, canudos e embalagens, e ofereçam ao consumidor opções livres de plástico. A campanha estabelece metas específicas para a redução do material nos serviços.
"Os aplicativos de entrega de refeição têm papel fundamental na transição para uma economia circular do plástico e na eliminação dos itens descartáveis desnecessários. Além de serem vetores da intensificação do delivery, sua capacidade de influência sobre a cadeia de valor coloca os aplicativos como importantes agentes dessa mudança.", afirma o coordenador da campanha Mares Limpos no PNUMA, Vitor Leal Pinheiro.
Aplicativos e restaurantes precisam reduzir a oferta de plástico descartável - A sociedade entende que os aplicativos devem agir: a maioria dos internautas (86%) declara que essas empresas, que crescem em ritmo acelerado, têm tanto ou mais responsabilidade do que os restaurantes em entregas livres de plástico descartável e, portanto, deveriam se unir para reduzi-lo e oferecer aos clientes uma melhor experiência com esses serviços – para 56% os aplicativos e restaurantes têm a mesma responsabilidade e para 30% os aplicativos têm um papel fundamental. Ainda de acordo com a pesquisa, 77% dos consumidores acreditam que os aplicativos deveriam se comprometer publicamente com metas de redução de itens de plástico descartável nos pedidos de refeições prontas.
A maioria dos respondentes (82%) também acredita que as empresas de delivery deveriam oferecer itens de plástico apenas sob demanda do cliente e não para todos os consumidores (recipientes, talheres, mexedores, copos, sachês), como um primeiro passo para reduzir a demanda por esse produto.
Somam 88% os internautas que não gostariam de receber algum item de plástico em seus pedidos de delivery. Os itens que a maioria dos consumidores não quer receber são canudos e mexedores de bebidas (53%); talheres, como garfos, facas, colheres (52%); e copos de plástico (47%) - de acordo com a metodologia, os entrevistados poderiam apontar um ou mais itens.
Além disso, mais da metade dos respondentes gostaria que as sacolas de plástico (59%) e os recipientes de isopor (52%) fossem substituídos por materiais alternativos e menos poluentes que o plástico.
"Os dados da pesquisa mostram que o consumidor quer alternativas livres de plástico, mas para isso é necessário que as empresas as ofereçam seu serviço sem plástico sem custo adicional. É direito de cada cidadão optar por não poluir e ajudar a preservar o meio ambiente", afirma a gerente da campanha pela redução da poluição por plásticos na Oceana, Lara Iwanicki.
A pesquisa teve como amostragem a população de internautas brasileiros com 16 anos ou mais, das classes ABC, residentes em todas as regiões do país, em capitais e no interior, que fizeram pedidos de comida ou refeição por aplicativo nos últimos seis meses. Foram entrevistadas mil pessoas entre os dias 6 e 14 de março de 2021.
A pandemia e os impactos ambientais - Em 2020, a pandemia por COVID-19 aumentou drasticamente a demanda por entrega de alimentos no Brasil. Segundo levantamento da startup Mobills Labs, os gastos com esses aplicativos cresceram 187% desde o início da pandemia. Só o iFood, que responde por cerca de 70% da fatia de mercado, atingiu 48 milhões de entregas por mês em 2020 e um crescimento de 63% no número de estabelecimentos cadastrados. Graças aos pedidos online, as vendas de refeições para viagem e entrega garantiram receita para restaurantes de pequeno e médio porte em meio à crise econômica que se seguiu ao bloqueio.
O aumento dos pedidos de entrega também aumentou o consumo de itens descartáveis plásticos. O Brasil produz anualmente 3 milhões de toneladas de plásticos de uso único, dos quais 13% são produtos como pratos, copos, talheres, sacos plásticos e canudos. Isso equivale a 200 bilhões de itens descartáveis por ano. A maioria desses itens não é reciclada, pois não tem valor econômico para a cadeia de reciclagem e, portanto, transformam-se em lixo e poluição.
O Brasil, maior produtor de plásticos da América Latina, contribui com mais de 325 mil toneladas de lixo plástico para o oceano, incrementando um tipo de poluição que além dos impactos ambientais, traz consequências negativas também para a atividade pesqueira e para o setor turístico, como mostra o estudo Um Oceano Livre de Plástico, publicado pela Oceana em dezembro passado.
A Campanha #DeLivreDePlástico - Lançada em dezembro de 2020, a campanha #DeLivreDePlástico pede que os aplicativos de entrega de comida se comprometam, entre outras ações, a promover entregas livres de plástico descartável junto aos restaurantes parceiros em todo o território nacional. Também propõe metas quantitativas de redução, como ter 100% enviando itens opcionais (talheres, guardanapos, canudos plásticos, sachês etc.) somente sob demanda do consumidor até 2023; ter ao menos 30% das entregas feitas com embalagens retornáveis e ter 100% dos restaurantes realizando entregas em sacolas retornáveis ou livres de plástico até 2025.
Para que o compromisso vá além da intenção de acabar com a poluição plástica, a Oceana e o PNUMA têm acionado o iFood e o UberEats, além de outros aplicativos, a se comprometerem com as metas de redução para de fato reduzir a poluição por plástico. "Com tanto lucro, e se beneficiando desse cenário, é inaceitável que essas empresas façam tão pouco em retorno" ressalta Lara Iwanicki.
Sobre o PNUMA - O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é a principal voz global em temas ambientais. Ele promove liderança e encoraja parcerias para cuidar do meio ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e pessoas a melhorarem a sua qualidade de vida sem comprometer a das futuras gerações.
Sobre a OCEANA - Fundada em 2001 e presente no Brasil desde 2014, a Oceana é a maior organização não governamental focada exclusivamente na conservação dos oceanos. Nossa atuação em 11 países e na União Europeia busca proteger a biodiversidade marinha e aumentar a abundância dos oceanos por meio de campanhas cientificamente embasadas, que já resultaram em mais de 225 vitórias em todo o mundo.
ONU Brasil