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sexta-feira, 23 de julho de 2021
Festa das Sementes Orgânicas e Biodinâmicas do Sul de Minas Gerais
quarta-feira, 21 de julho de 2021
ONU lança campanha Nós >> o movimento para incentivar debate e ações sobre mudanças climáticas no Brasil
Foto: © ONU Brasil - Card da campanha Nós >> o movimento
Com o objetivo de aumentar o diálogo e as ações em torno das mudanças climáticas no Brasil, a Organização das Nações Unidas (ONU) lança nesta quinta-feira (22) a campanha Nós >> o movimento. A ideia é promover o debate sobre o clima e envolver os brasileiros nessa discussão até a 26ª sessão da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP26, que acontece de 1° a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia.
Os materiais da campanha, as histórias de quem está fazendo sua parte e mais informações sobre as mudanças climáticas já estão disponíveis no site www.nosomovimento.com.br. Além disso, ações em espaços públicos mostrarão como a questão climática impacta diversos aspectos na sociedade. A primeira delas será no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, onde totens digitais exibirão mensagens sobre como o clima está conectado com a saúde, o bem-estar e a proteção de áreas verdes e a promoção de ecossistemas mais saudáveis. Uma das imagens traz o alerta do Secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmando que proteger a natureza é fundamental para a sobrevivência na Terra. As atualizações do site e as ações serão constantes, até a realização da COP26.
A campanha irá ampliar a conscientização das questões sobre o clima, mostrando de que maneira ele está conectado com desafios e problemas atuais do país, como desemprego, segurança alimentar e mobilidade, mas reforçando que as soluções estão disponíveis, e são acessíveis, práticas e realistas.
A iniciativa pretende fortalecer indivíduos, comunidades, empresas e lideranças que já fazem a diferença na construção de um futuro melhor para as pessoas e para a natureza. Ações em movimento hoje por todo o país ganham visibilidade, lideradas por grandes empresas ou por movimentos de comunidades locais. A campanha também irá articular novas conexões e conversas sobre a agenda climática.
Foto: © ONU Brasil - Secretário-geral da ONU, António Guterres, participa da campanha Nós >> o movimento
Todos são convidados a participar, debatendo ações e compartilhando conteúdos. Por meio da contribuição de vários agentes que trabalham com proteção ambiental e justiça climática, além de pessoas interessadas em fazer parte dessa ação, Nós >> o movimento quer mostrar a urgência e a relevância da questão do clima.
"Precisamos criar soluções reais e imediatas para a construção de um presente melhor para a população do Brasil. É fundamental dar um próximo passo em relação aos nossos compromissos climáticos, focando em problemas urgentes, como saúde e trabalho, e fortalecendo as vozes dos mais afetados pela emergência climática e pelas crises que estamos enfrentando neste momento", afirma Kimberly Mann, diretora do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), que coordena a campanha da ONU no país em colaboração com a Purpose, uma das maiores organizações de mobilização social do mundo.
Fonte: ONU Brasil
COVAX: 1 milhão de novas vacinas contra COVID-19 chegam ao Brasil nesta quarta-feira
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) anunciou que um novo lote de 1.036.800 vacinas contra COVID-19 do Mecanismo COVAX, fabricadas pela AstraZeneca/Oxford, está previsto para chegar ao Brasil nesta quarta-feira (21). Outras doses devem ser enviadas ao país ao longo das próximas semanas.
O COVAX é co-liderado pela Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (CEPI); pela Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (GAVI); e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – que trabalham em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), como parceiro chave na execução, bem como com organizações da sociedade civil, fabricantes de vacinas, Banco Mundial e outros.
O Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) é o agente de compras reconhecido pelo COVAX para os países da região das Américas. Até o momento e sem o novo lote, o Brasil já recebeu entre março e julho deste ano 6.952.800 vacinas contra COVID-19 desse consórcio – sendo 6.110.400 da AstraZeneca/Oxford e 842.400 da Pfizer/BioNTech.
Como o Brasil é um dos países autofinanciados do COVAX, as vacinas são adquiridas com recursos do Ministério da Saúde brasileiro.
Desde o início da pandemia, o Sistema ONU no Brasil tem trabalhado com as três esferas de governo, empresas e a sociedade civil para identificar e atender as necessidades da população na resposta à crise sanitária e a seus efeitos socioeconômicos.
Até que a maioria da população esteja completamente vacinada será fundamental manter todas as medidas preventivas de resposta à pandemia. Para as autoridades de saúde pública, isso significa fazer sistemática e massivamente testes de diagnóstico, rastreamento de contatos, isolamento, quarentena assistida e atendimento de qualidade. Para os indivíduos, significa evitar aglomerações, continuar com o distanciamento físico, higienizar as mãos regularmente com sabão ou álcool gel, usar máscaras e manter os ambientes bem ventilados.
Sobre a OPAS - A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) trabalha com os países das Américas para melhorar a saúde e a qualidade de vida de suas populações. Fundada em 1902, é a organização internacional de saúde pública mais antiga do mundo. Atua como escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas e é a agência especializada em saúde do sistema interamericano.
Sobre o UNICEF - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em 190 países e territórios, o UNICEF trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos. Saiba mais em unicef.org.br. Acompanhe nossas ações no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e LinkedIn.
Fonte:
sábado, 17 de julho de 2021
Projeto de Veneri prevê linha de crédito para financiamento de bicicletas
sexta-feira, 16 de julho de 2021
Brasil receberá mais 1.036.800 vacinas da AstraZeneca/Oxford via mecanismo COVAX nesta quinta-feira
fabricadas pela AstraZeneca/Oxford, serão encaminhadas ao Sistema Único de Saúde (SUS)
Mais 1.036.800 doses de vacinas contra COVID-19 do Mecanismo COVAX, fabricadas pela AstraZeneca/Oxford, chegarão ao Brasil nesta quinta-feira (15). Outras 3 milhões devem ser enviadas ao país nas próximas semanas.
O COVAX, pilar de vacinas do acelerador de acesso a ferramentas contra a COVID-19 (ACT), é coliderado pela Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (CEPI); pela Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi); e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – que trabalham em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), como parceiro chave na execução, bem como com organizações da sociedade civil, fabricantes de vacinas, Banco Mundial e outros.
O Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) é o agente de compras reconhecido pelo mecanismo COVAX para os países da região das Américas, tendo entregue ao Brasil, entre março e junho deste ano, 5.916.000 doses da vacina contra COVID-19 – 5.073.600 da AstraZeneca/Oxford e 842.400 da Pfizer/BioNTech.
As vacinas de ambos fabricantes já se mostraram seguras e de qualidade, tendo aprovação para uso emergencial da OMS e registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Há dois grupos de países e territórios participantes no COVAX: os autofinanciados, como o Brasil, que pagam pelas vacinas; e os de baixa renda que recebem as vacinas sem custo. No caso da Região das Américas, dez países e territórios fazem parte desse segundo grupo: Bolívia, Dominica, El Salvador, Granada, Guiana, Haiti, Honduras, Nicarágua, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas.
As vacinas são efetivas principalmente para prevenir quadros graves e mortes por COVID-19, inclusive os casos causados pelas variantes da doença identificadas até o momento. O mesmo vale para medidas preventivas. Portanto, a estratégia ideal de enfrentamento da pandemia combina vacinação com o uso correto de máscaras, distanciamento físico e higienização das mãos regularmente com sabão ou álcool gel, evitando aglomerações e mantendo os ambientes bem ventilados.
Desde o início da pandemia, o Sistema ONU no Brasil tem trabalhado com as três esferas de governo, empresas e a sociedade civil para identificar e atender as necessidades da população na resposta à crise sanitária e a seus efeitos socioeconômicos.
Sobre a OPAS - A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) trabalha com os países das Américas para melhorar a saúde e a qualidade de vida de suas populações. Fundada em 1902, é a organização internacional de saúde pública mais antiga do mundo. Atua como escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas e é a agência especializada em saúde do sistema interamericano.
Sobre o UNICEF - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em 190 países e territórios, o UNICEF trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos. Saiba mais em unicef.org.br. Acompanhe nossas ações no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e LinkedIn.
Fonte: ONU Brasil
quarta-feira, 14 de julho de 2021
Fundo de População da ONU e ABEP analisam impactos da pandemia entre grupos em situação de maior vulnerabilidade
Photo: ©Rovena Rosa/Agência Brasil
A coletânea de 21 textos evidencia o acirramento das desigualdades no acesso à renda, serviços básicos e direitos
Em alusão ao Dia Mundial da População deste ano, celebrado em 11 de julho, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e a Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP) lançam nesta segunda-feira (12), uma publicação que analisa o impacto da pandemia da COVID-19 entre grupos em situação de maior vulnerabilidade. Refletindo sobre as consequências da crise sanitária para os diversos grupos populacionais, a coletânea de 21 textos evidencia o acirramento das desigualdades no acesso à renda, serviços básicos e direitos.
Os artigos abrangem Pontos de Vista, Relatórios e Notas de Pesquisa . As seções de Pontos de Vista e Relatórios de Pesquisa formaram parte da série de webinários "População e Desenvolvimento em Debate", sendo palestras editadas em texto pelos próprios autores/expositores. A publicação abrange, ainda, Notas de Pesquisa inéditas obtidas por meio de um programa conjunto de apoio a projetos de pesquisa de curto prazo sobre os efeitos da COVID-19, financiado pelo UNFPA e implementado pela ABEP no ano passado.
Os capítulos abordam, por exemplo, o maior número de mortes pela COVID-19 entre as pessoas negras; as vulnerabilidades diversas enfrentadas pelas pessoas LGBTI neste período; o aumento da violência de gênero; os impactos para a juventude e a educação; a situação da periferia; os reflexos no mundo do trabalho e a estimativa de vida perdida por conta da pandemia; entre outros temas de máxima relevância.
"Em países com grande desigualdade, como o Brasil, a pandemia aumentou o abismo entre os diversos grupos populacionais, e os impactos do pós-pandemia serão sentidos mais fortemente entre aquelas pessoas que já estavam em situação de desvantagem. Para compreender como essas pessoas foram afetadas e quais são os fenômenos que afetam seu bem-estar, precisamos de informações e evidências, como os pontos de vista reunidos nesta publicação. Só assim será possível trabalhar pela construção de políticas públicas eficazes e soluções sensíveis, sem deixar ninguém para trás", afirma a representante do Fundo de População das Nações Unidas, Astrid Bant.
"Este livro contribui para a reflexão de um momento muito importante da história. As vulnerabilidades e desigualdades que por vezes estavam invisíveis aos olhos do poder público foram explicitadas pela pandemia. Assim, torna-se mais relevante ainda entender as condições sociodemográficas da população no contexto da pandemia da COVID-19, pois revelá-las é também contribuir para construção de uma sociedade mais resiliente", afirma o pesquisador e professor Ricardo Ojima, ex-presidente da ABEP que trabalhou na organização do e-book.
"Novas pandemias e novos desafios ocorrerão no futuro e, sem dar visibilidade para essas desigualdades sociais, seremos novamente pegos despreparados para enfrentá-los de maneira socialmente responsável. A ABEP sempre teve papel histórico nos debates sobre população e desenvolvimento e em sintonia com o Fundo de População das Nações Unidas não poderíamos deixar de dar nossa contribuição com a reunião destes textos", completou Ojima.
- Veja a série de webinários "População e Desenvolvimento em Debate" aqui.
- Confira a publicação completa aqui.
Via ONU Brasil
SOFI 2021: Relatório da ONU destaca os impactos da pandemia no aumento da fome no mundo
A fome mundial passou por um agravamento dramático em 2020, é o que destacam as Nações Unidas hoje – e provavelmente, o aumento está relacionado às consequências da COVID-19. Embora o impacto da pandemia ainda não tenha sido totalmente mapeado, o relatório O Estado da Insegurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI) 2021 estima que cerca de um décimo da população global –até 811 milhões de pessoas– estava subalimentada no ano passado. O número sugere que será necessário um grande esforço para o mundo honrar sua promessa de acabar com a fome até 2030.
O SOFI 2021 é a primeira avaliação global desse tipo em tempos de pandemia. O relatório é publicado em conjunto pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
As edições anteriores já haviam alertado o mundo de que a segurança alimentar de milhões –muitas crianças entre elas– estava em jogo. "Infelizmente, a pandemia continua expondo fraquezas em nossos sistemas alimentares, que ameaçam a vida e o sustento de pessoas em todo o mundo", escrevem os chefes das cinco agências da ONU no prefácio.
Oportunidade única - Eles alertam sobre uma "conjuntura crítica", ao mesmo tempo que depositam novas esperanças no aumento do ímpeto diplomático. "Este ano oferece uma oportunidade única para o avanço da segurança alimentar e nutrição por meio da transformação dos sistemas alimentares com a próxima Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, a Cúpula Nutrição para o Crescimento e a COP26 sobre mudança climática." "O resultado desses eventos", acrescentam os cinco, "dará forma à [...] segunda metade da Década de Ação para Nutrição das Nações Unidas" –um compromisso de política global que ainda não atingiu seu objetivo.
Os números em detalhes - Na década de 2010, a fome havia começado a subir, diminuindo as esperanças de um declínio irreversível. Perturbadoramente, em 2020 a fome disparou em termos absolutos e proporcionais, ultrapassando o crescimento populacional: estima-se que cerca de 9,9% entre todas as pessoas tenham sofrido de desnutrição no ano passado, em comparação a 8,4%, em 2019.
Mais da metade de todas as pessoas subalimentadas (418 milhões) vivem na Ásia; mais de um terço (282 milhões) na África; e uma proporção menor (60 milhões) na América Latina e no Caribe. Mas o aumento mais acentuado da fome foi na África, onde a prevalência estimada de desnutrição –em 21% da população– é mais do que o dobro de qualquer outra região.
Em outras análises, o ano de 2020 também foi devastador. No geral, mais de 2,3 bilhões de pessoas (ou 30% da população global) não tinham acesso à alimentação adequada durante todo o ano. Este indicador – conhecido como prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave – saltou em um ano tanto quanto nos cinco anteriores combinados. A desigualdade de gênero se aprofundou: para cada 10 homens com insegurança alimentar, havia 11 mulheres com insegurança alimentar em 2020 (de 10,6 em 2019).
A má nutrição persistiu em todas as suas formas, com as crianças pagando um preço alto: em 2020, estima-se que mais de 149 milhões de menores de cinco anos sofriam de atraso de crescimento ou eram muito baixos para sua idade; mais de 45 milhões –debilitadas ou muito magras para sua altura; e quase 39 milhões –acima do peso. Três bilhões de adultos e crianças permaneceram excluídos de dietas saudáveis, em grande parte devido aos custos excessivos. Quase um terço das mulheres em idade reprodutiva sofre de anemia. Globalmente, apesar do progresso em algumas áreas – mais bebês, por exemplo, estão sendo alimentados exclusivamente com leite materno – o mundo não está a caminho de atingir as metas de nenhum indicador nutricional até 2030.
Outros fatores - Em muitas partes do mundo, a pandemia provocou recessões brutais e prejudicou o acesso aos alimentos. No entanto, mesmo antes da pandemia, a fome estava se espalhando; o progresso na má nutrição foi lento. Isso foi ainda mais impactante em nações afetadas por conflitos, mudanças climáticas ou outras crises econômicas, ou lutando contra a alta desigualdade – todos os quais o relatório identifica como os principais motores da insegurança alimentar, que por sua vez interagem entre si.
Quanto mais fatores um país tem, pior é a subalimentação e a má nutrição, maior a insegurança alimentar e mais proibitivo o custo de alimentação saudável para seus cidadãos.
Seguindo as tendências atuais, o Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo estima que a Meta 2 do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (Fome Zero até 2030) não será alcançada por uma margem de quase 660 milhões de pessoas. Destes 660 milhões, cerca de 30 milhões podem estar ligados aos efeitos duradouros da pandemia.
Pronunciamento do secretário-geral - Em uma declaração feita durante a Cúpula de Sistemas Alimentares nesta segunda-feira (12), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, endereçou o aumento da fome no mundo. O chefe da ONU avaliou que não se trata de um problema isolado, e que os altos custos, associados a níveis persistentemente elevados de pobreza e desigualdade de renda, continuam a manter dietas saudáveis fora do alcance de cerca de três bilhões de pessoas, em todas as regiões do mundo.
"Hoje, somos lembrados de que estamos tremendamente fora do caminho para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030. Dados novos e trágicos nos informam que entre 720 e 811 milhões de pessoas no mundo passaram fome em 2020 - 161 milhões a mais do que em 2019", disse Guterres.
O que pode (ainda) ser feito - Conforme descrito no relatório do ano passado, transformar os sistemas alimentares é essencial para alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e colocar alimentações saudáveis ao alcance de todos. A edição deste ano vai além, delineando seis "caminhos de transformação". Estes, dizem os autores, contam com um "conjunto coerente de políticas e carteiras de investimento" para combater os impulsionadores da fome e da má nutrição.
Dependendo do fator específico (ou combinação de fatores) que cada país enfrenta, o relatório insta os formuladores de políticas a:
- Integrar políticas humanitárias, de desenvolvimento e de construção da paz em áreas de conflito –por exemplo, por meio de medidas de proteção social para evitar que as famílias vendam bens escassos em troca de alimentos;
- Ampliar a resiliência climática em todos os sistemas alimentares –por exemplo, oferecendo aos pequenos agricultores amplo acesso a seguro contra riscos climáticos e financiamento baseado em previsões;
- Fortalecer a resiliência dos mais vulneráveis à adversidade econômica –por exemplo, por meio de programas em campo ou de apoio em dinheiro para diminuir o impacto de choques do tipo pandêmico ou volatilidade dos preços dos alimentos;
- Intervir ao longo das cadeias de abastecimento para reduzir o custo de alimentos nutritivos –por exemplo, incentivando o plantio de safras biofortificadas ou facilitando o acesso dos produtores de frutas, legumes e verduras aos mercados;
- Combater a pobreza e as desigualdades estruturais –por exemplo, estimulando cadeias de valor de alimentos em comunidades pobres por meio de transferências de tecnologia e programas de certificação;
- Fortalecer os ambientes alimentares e mudar o comportamento do consumidor –por exemplo, eliminando as gorduras trans industriais e reduzindo o teor de sal e açúcar no abastecimento alimentar, ou protegendo as crianças do impacto negativo do marketing alimentar.
O relatório também pede um "ambiente propício para mecanismos e instituições de governança" para tornar a transformação possível. Ele recomenda que os formuladores de políticas consultem amplamente; para empoderar mulheres e jovens; e expandir a disponibilidade de dados e novas tecnologias. Acima de tudo, insistem os autores, o mundo deve agir agora – ou assistir os fatores de impulsionamento da fome e da má nutrição se repetirem com intensidade crescente nos próximos anos, mesmo depois de passado o choque da pandemia.
ONU realiza festival online #CadaUmDeNós e reúne grandes nomes da música
Com o objetivo de trazer conscientização para o público jovem sobre a importância da manutenção das medidas de prevenção contra a COVID-19, a Organização das Nações Unidas (ONU) promove nos dias 15 e 16 de julho às 20 horas o festival de música online #CadaUmDeNós. Serão 13 cantores da música brasileira unidos em prol de uma única mensagem: 'Cada Um de Nós pode fazer a diferença'.
No formato de live, o evento faz parte do projeto Verificado, iniciativa global da ONU para combater a desinformação na pandemia da COVID-19. O festival tem produção musical da Nigro Entretenimento e apoio do TikTok na transmissão e divulgação.
Em homenagem aos festivais que estão suspensos devido à pandemia e em um formato inédito, #CadaUmDeNós vai misturar diferentes estilos musicais em uma live sob o comando de Giovanna Rispoli, Bruno De Luca e Fiuk no dia 15 e de Thelminha e André Vasco no dia 16. Com a preocupação de evitar aglomerações nos bastidores, as apresentações dos cantores serão gravadas previamente e exibidas durante a transmissão ao vivo nos canais @ONUBrasil no TikTok e no YouTube. O festival terá interação com o público e depoimentos de cantores, artistas e celebridades, como Adriana Esteves, Vladimir Brichta, Denilson, Rubinho Barrichello, Caio Ribeiro, Maurren Maggi e Lucão, entre outros.
No line up estão nomes de peso da cena musical brasileira que se engajaram na causa e entenderam que ações individuais somadas à união de todos por um propósito fazem a diferença: Carlinhos Brown, Vitor Kley, Larissa Manoela, Fiuk, Luiza Possi, Melim, Negra Li, João Guilherme, Kell Smith, GragQueen, Mariana Rios, Afonso Nigro e Paulo Miklos.
A diretora do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), Kimberly Mann, lembra que a solidariedade é fundamental para que o mundo supere os desafios da pandemia. "Precisamos cuidar uns dos outros e cada um de nós precisa fazer a sua parte para diminuirmos a transmissão do vírus e vencer a COVID-19. É possível. A mensagem do festival é de esperança e união", ressaltou.
O projeto Verificado é coordenado no Brasil pelo UNIC Rio e conta com a colaboração da Purpose, uma das maiores organizações de mobilização social do mundo. É uma iniciativa global da ONU que tem o objetivo de combater a infodemia de desinformação em meio à pandemia, compartilhando informações confiáveis, precisas e que salvam vidas. O site Verificado traz uma galeria de informações verificadas e transmitidas pelas Nações Unidas. Acesse: compartilheverificado.com.br
Entre as ações já desenvolvidas no Brasil pelo Verificado desde de 2020 estão: projeção em homenagem às vítimas no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; exposição com a Turma da Mônica; criação de música exclusiva com mais de 17 cantores tirinhas com com Cartoon Network, campanhas e lives com o TikTok; mural de graffiti com o artista Tito Ferrara; webséries com Agência Lupa e Gloob; vídeo sobre vacina com o Quebrando o Tabu, além de ações com influenciadores, celebridades e times de futebol
Serviço
- Nome: Festival #CadaUmDeNós
- Data e hora: 15 e 16 de julho às 20h
- Local: canais da ONU Brasil no TikTok e YouTube
Via ONU Brasil
domingo, 11 de julho de 2021
Live sobre Sementes Crioulas e Autonomia Camponesa
Restauração Florestal e ODS da ONU: existe aderência entre os dois assuntos?
por Anderson Gibathe
Ao analisar os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU, pode-se afirmar categoricamente que "todos" de uma forma ou outra podem se relacionar com a proposta da restauração florestal. No entanto, elenquei abaixo os itens que, no meu entendimento possuem maior aderência ao assunto:
(1) Erradicação da Pobreza: ao se restaurar ecossistemas, se tem a grande possibilidade de se gerar renda e desenvolvimento local que, por sua vez, são elementos de erradicação da pobreza. Nesse contexto, o livro "Produção de Natureza: Parques Rewilding e Desenvolvimento Local" de Ignacio Jiménez Pérez, traz vários exemplos dessa prática pelo mundo, onde áreas degradadas foram recuperadas e se tornaram áreas produtivas e geradoras de emprego e renda, tendo o ecoturismo como um dos elementos-chave.
(2) Fome Zero e Agricultura Sustentável: com forte alinhamento com o "Objetivo 1", este objetivo dialoga com a possibilidade real de erradicação da fome por meio da agricultura sustentável. Embora o conceito de "agricultura sustentável" seja amplo e subjetivo, sendo muitas vezes apropriado por segmentos empresariais do agronegócio como estratégia de marketing, quando associado à restauração florestal pode ser um elemento transformador da realidade social. Nessa lógica, podemos destacar a importância das agroflorestas, enquanto sistemas agroflorestais sustentáveis, que combinam produção agrícola com floresta que, além de gerar serviços ambientais como produção de oxigênio, manutenção da qualidade da água e conservação da biodiversidade, geram uma vasta gama de alimentos e renda. As agroflorestas, no entanto, não são o único mecanismo que propõe a simbiose entre agricultura e a restauração, porém para a nossa realidade o mais pragmático.
(3) Saúde e Bem Estar: os serviços ecossistêmicos de forma geral são de difícil mensuração, mas seus benefícios são incontáveis. As florestas atuam como filtros retentores de poluentes, produtoras de oxigênio, estocadoras de carbono, produtoras de água, absorvedoras de sons, dentre outras funções com interação direta com a saúde e qualidade de vida. A restauração contribui para o aumento de todos esses benefícios que são usufruídos por todos e por esse motivo todos devem comemorar a cada hectare recuperado, não se importando onde ele está localizado, haja vista que o benefício é global.
(6) Água Potável e Saneamento: "produzir floresta é produzir água", essa frase sintetiza todo o sentido desse objetivo global. É consenso a nível mundial a importância das florestas para o ciclo hidrológico e também para a manutenção dos estoques dos mananciais, pois libera a água de forma gradual, ao contrário das áreas devastadas em que a água corre rapidamente após a chuva acelerando os processos erosivos. A atual estiagem que vem afetando diretamente o Brasil nos últimos dois anos é um exemplo importante desse processo.
(13) Ação Contra a Mudança Global do Clima: as mudanças climáticas globais são uma realidade e devem ser encaradas com estratégias que minimizem seus efeitos sobre a vida na Terra. As florestas são comumente apontadas como fundamentais para a diminuição das mudanças do clima, tanto de forma local, quanto global. Localmente, as florestas asseguram melhor qualidade ambiental com ar de melhor qualidade através da produção abundante de oxigênio e por proporcionar microclimas favoráveis para o bem estar animal, conservação da biodiversidade e produção de alimentos. De forma global, a estocagem de bilhões de toneladas de carbono é um atenuante ao aquecimento global e nesse contexto, a restauração florestal é fundamental haja vista que áreas degradadas com pouco ou nenhum estoque de carbono, passam a estocar grandes quantidades. Conforme mencionado anteriormente, as florestas são fundamentais para os estoques de água.
(15) Vida Terrestre: esse objetivo é bastante empírico e pragmático para quem atua diretamente com florestas, desenvolvendo trabalhos a campo. A vida terrestre é muito mais abundante em florestas e isso é tão óbvio que a temática das florestas é facilmente confundida com a da vida silvestre. O conceito de "vida terrestre" é muito mais ampla e contempla inclusive a vida humana, apontando as florestas como elemento fundamental para esta. Ao restaurar florestas, se promove um espetáculo das mais diversas formas de vida, incluindo seres microscópicos (não menos importantes) até os grandes mamíferos, muitos dos quais correndo risco de extinção devido à supressão dos ecossistemas florestais do globo.
(17) Parcerias e Meios de Implementação: o último objetivo dos ODS é o que tem caráter mais estratégico dentre todos os outros e por sua vez tem aderência direta com todos. O clichê de que "não se faz nada sozinho" é muito válido, principalmente quando se almeja objetivos de impacto global tal como os ODS. A parceria para a implementação é fundamental e deve unir diferentes segmentos sociais, incluindo empresas, órgãos de governo, instituições não governamentais e cidadãos individuais. A restauração florestal no seu sentido amplo só acontece através de parcerias, visto que não basta ter uma área de terra com árvores plantadas para eu ter uma floresta restaurada, mas sim devem ser considerados todos os elementos que assegurem a qualidade mínima da floresta e nessa lógica, as parcerias tem uma pluma muito ampla. É parceiro da restauração florestal o detentor da posse da área, o cidadão que planta a árvore, o consumidor que não compra produtos sem certificação de origem florestal, o morador próximo que não pratica a caça, o pesquisador que aprimora as técnicas de restauração, o financiador que libera recursos e torna o trabalho possível e dezenas de outros nomes (com CPF ou CNPJ) que tornam possível uma iniciativa ter êxito.
OPINIÃO: Deixa eu te contar o que é torcer contra o Brasil, Neymar
Colunista do UOL
10/07/2021 22h51
Torcer contra o Brasil é se colocar ao lado de um presidente genocida. É posar sorridente com um candidato que disse que algumas mulheres merecem ser estupradas. É apoiar político que compara negro a gado. É aceitar de bom grado jogar uma Copa América em solo nacional durante uma pandemia, sobre 530 mil corpos, sem jamais se manifestar a respeito da falta de um planejamento nacional decente de imunização ou sequer pedir por vacinação rápida. Torcer contra o Brasil é sonegar imposto de renda, é calar diante de acusações de assédio moral e sexual, é ser conivente com políticas públicas que aprofundam desigualdades. Torcer contra o Brasil é jamais se colocar politicamente, mesmo diante das maiores evidências de que a população brasileira está sendo vítima de um extermínio. É fingir que não está por dentro das acusações de corrupção na compra das vacinas que poderiam ter evitado a morte de quase 400 mil brasileiros e brasileiras e deixar de emitir nota de repúdio a respeito. Torcer contra o Brasil é ignorar o que está acontecendo no seu país, ignorar o sofrimento de toda uma nação, ignorar o genocídio cometido por uma administração autoritária, desumana, miliciana e seguir sua vida de celebridade vibrante sem usar um mínimo da sua influência para ajudar as pessoas que nasceram nesse país que você diz defender com muito orgulho, com muito amor.
Tudo isso aí é torcer contra o Brasil.
Já apoiar a seleção da Argentina, que joga contra um time de calados covardes que usa a camisa amarela símbolo de um vergonhoso golpe contra Dilma Rousseff, não é torcer contra o Brasil. É, pelo contrário, torcer a favor de alguma decência, de alguma moralidade, de alguma dignidade. Torcer contra uma seleção brasileira que em nada representa sua população, uma seleção que jamais se coloca ao lado do povo, que se encastela em berço esplêndido ao calar diante de situações de injustiças e opressões não é torcer contra o Brasil; é torcer a favor.
Então, Neymar, Tite e companhia, coloquem sua viola desafinada no saco porque todos nós que estamos aqui na luta para derrubar esse governo genocida, e que por isso torcemos pela Argentina, somos, sem nenhuma dúvida, mais patriotas do que qualquer um de vocês. Covardes.