sexta-feira, 8 de abril de 2022

Destaques: A semana na piauí #104




 
 

anais do crime

Investigação revela como PCC ameaça juízes

Integrantes do PCC dão ordens e armam planos para matar juízes e promotores envolvidos em suas condenações, revela uma investigação do Ministério Público. Reportagem mostra que advogados ligados aos traficantes serviam de pombo-correio entre os criminosos e sabiam do esquema de assassinatos. Veja na reportagem.

ALLAN DE ABREU

 
 

questões ambientais

Sinal verde para a energia suja

Lobby do carvão mineral arrancou incentivo do governo Bolsonaro para a exploração de uma das fontes de energia mais poluentes. Com isso, o Brasil vai na contramão das orientações de ambientalistas e do próprio compromisso firmado pelo país com organizações internacionais. Veja na reportagem.

MARTA SALOMON

 

questões da informação

A guerra das fontes

A Jovem Pan, que se define como a maior da América Latina na área de radiodifusão, foi incluída na lista de fontes não confiáveis da Wikipédia, mostra reportagem. Agora, qualquer usuário tem legitimidade para remover informações inseridas ali com base em conteúdos da emissora.

BERNARDO ESTEVES

 

questões midiáticas

Parem as máquinas

A grande imprensa brasileira está em crise, tanto no modelo de negócio como na legitimidade da atividade jornalística. Na piauí_187, um ensaio destrincha a responsabilidade da própria imprensa no agravamento da tempestade que pode erodir a democracia brasileira.

ANTONIO ENGELKE

 
 

=igualdades

Em eficiência energética, tamanho não é documento

No quesito energia, os carros estão entre as opções menos eficientes. Um automóvel gasta 63 vezes a quantidade de energia usada por uma bicicleta elétrica para fazer o mesmo trajeto. Mas, ainda que seja menos eficiente, o transporte rodoviário é dominante no Brasil. Confira no =igualdades.

CAMILLE LICHOTTI E RENATA BUONO

 
 
 

podcasts

Foro de Teresina #195

O Foro analisa o fortalecimento de Bolsonaro depois do troca-troca partidário, comenta a relação do governo com lobistas a partir da desistência de Adriano Pires da presidência da Petrobras e fala do movimento de Lula em direção ao mercado financeiro.

 
 

colunistas

Documentários brasileiros em questão

Documentários brasileiros têm a sina de focar em personagens e eventos do passado, em detrimento das urgências do momento. Nada indica que o Brasil vá superar esse estigma, passando a fazer mais documentários que sejam interlocutores ativos e respeitados no debate público do país. Leia na coluna.

EDUARDO ESCOREL

 

cartuns

Cartum de J.Carlos

 
 
 
 

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revista piauí

2022


sexta-feira, 1 de abril de 2022

TNC: Começando uma nova história com a Coalizão pelas Águas

No Dia da Água, 22 de março, lançamos a nova fase da Coalizão Pelas Águas, nossa iniciativa para proteger as fontes de água e ajudar a garantir segurança hídrica em seus múltiplos usos, para o consumo da população e para o desenvolvimento econômico. O objetivo é expandir esta ação coletiva entre os setores público, privado e a sociedade civil para engajar parceiros pela recuperação e conservação de nascentes e mananciais em bacias hidrográficas da Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.

Conheça a Coalizão pelas Águas


Fonte: The Nature Conservancy


domingo, 27 de março de 2022

Vitória: Justiça derruba a Lei que instituiu o ensino domiciliar no Paraná

Via APP Sindicato




O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) decidiu por unanimidade nesta segunda-feira (21) que é inconstitucional a lei que instituiu o ensino domiciliar no Paraná. Os(as) desembargadores(as) consideraram que os(as) parlamentares(as) não poderiam legislar sobre o tema, que é de atribuição federal. 

Os(as) desembargadores(as) reafirmaram decisão do Supremo Tribunal Federal de que apenas o Congresso Nacional pode legislar sobre o ensino domiciliar. 

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a Lei do Ensino Domiciliar no Paraná foi protocolada pela Federação Interestadual de Trabalhadores(as) em Educação Pública (FITE) e deputados(as) estaduais de oposição ao Governo Ratinho Jr.

A ADI argumentou que a lei do ensino domiciliar viola a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, além de ferir princípios constitucionais aplicáveis à educação, como a pluralidade de ideias e a liberdade de aprender e ensinar. 

O Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Justiça do Paraná já haviam estabelecido que só a União tem competência para legislar sobre o tema, mas os(as) deputados(as) governistas acharam melhor ignorar a Justiça e agora passam vergonha por terem aprovado uma lei ilegal.

Em julho do ano passado, o Tribunal de Justiça já havia considerado institucional lei aprovada na Câmara Municipal de Cascavel autorizando a educação domiciliar no município. Antes, o STF julgara inconstitucionais leis de Alagoas e Rio Grande do Sul com o mesmo objetivo. 

Ignorando o que havia afirmado o Judiciário, 38 deputados estaduais aprovaram a lei do ensino domiciliar no Paraná em setembro de 2021. Apenas oito deputados votaram contra o projeto.

A APP-Sindicato entende que o ensino domiciliar é um ataque frontal ao direito à escola e à proteção de crianças e adolescentes, que subverte o dever do Estado em prover educação e aprofunda  as desigualdades sociais e educacionais existentes no Paraná.

Áudios mostram ministro favorecendo “amigos do pastor” na distribuição de verbas do MEC

Via APP Sindicato



O que já era absurdo ficou ainda mais escandaloso com os áudios publicados pela Folha de S. Paulo nesta terça-feira (22), mostrando o ministro da Educação admitindo a prática de tráfico de influência para beneficiar prefeitos amigos de pastores evangélicos com verbas da Educação, em troca de apoio político. 

A APP se soma à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) para exigir a apuração imediata da denúncia de tráfico de influência. O Ministério Público Federal deve se manifestar urgentemente sobre o tema, sob risco de omissão em denúncia tão grave.

“Os(as) educadores(a)s de todo o Brasil exigem a imediata apuração dos fatos denunciados e, consternados com tamanha atrocidade contra os recursos públicos de nossa educação, nos somamos à indignação nacional que se formou a partir dos fatos revelados. Pela apuração imediata e punição severa desses que insistem em se apropriar do Estado para benefício de amigos e grupos aliados”, afirma Nota Oficial publicada pela CNTE. 

A Folha de S. Paulo publicou áudios em que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, diz que prioriza a liberação de recursos para prefeituras que contam com a intermediação de dois pastores evangélicos, que nem sequer têm cargos no Governo Federal.  Ribeiro afirma que esse procedimento deve-se a uma determinação de Jair Bolsonaro.

Segundo a Folha, desde 2021 os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura têm negociado com prefeituras a liberação de recursos federais para obras de creches, escolas, quadras e compra de equipamentos. Os recursos são geridos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação.

Nos áudios publicados, o ministro diz que uma das prioridades é “atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”. Em seguida ele indica haver uma contrapartida à liberação de recursos da pasta, que é o apoio das igrejas.

A atuação dos pastores no Ministério da Educação já havia sido denunciada na semana passada por O Estado de São Paulo. A publicação dos áudios reforça a denúncia e torna o caso mais escandaloso pela divulgação de seus detalhes.

 

Fora Unicesumar! Câmara de Cascavel requer volta de professores(as) e protestos chegam a Dois Vizinhos


Via APP Sindicato.


Já se espalham pelo Paraná as manifestações de insatisfação de estudantes, pais e mães com a terceirização de aulas no Novo Ensino Médio. Depois dos protestos em Cascavel, nessa semana teve manifestação no Colégio Leonardo da Vinci, em Dois Vizinhos, com os alunos(as) exigindo o fim das aulas à distância e a presença de professores(as) de disciplinas técnicas em sala de aula.

O Governo Ratinho Jr decidiu terceirizar aulas técnicas decursos profissionalizantes do Ensino Médio, proibindo professores(as) de pegar essas aulas  e repassando-as para a Unicesumar, num contrato de R$ 38,4 milhões que prevê aulas à distância transmitidas por aparelhos de televisão. 

A medida revoltou estudantes e familiares em todo o Paraná. Na semana passada estudantes do Centro Estadual de Educação Profissional Pedro Boaretto Neto (CEEP), de Cascavel, passaram a se recusar a assistir as aulas online da Unicesumar. Eles exigem o fim do modelo remoto nos cursos técnicos. 

Na terça-feira (22) foi a vez dos alunos(as) do Colégio Leonardo da Vinci protestarem.  Com o novo modelo implantado pela Secretaria da Educação, nas terças-feiras eles são obrigados a assistir seis aulas consecutivas pela TV, com o apoio apenas de um monitor, embora o colégio tenha professores(as) capacitados(as) para dar essas aulas presencialmente.

A mobilização da comunidade escolar em Cascavel levou  a Câmara Municipal a aprovar requerimentos ao secretário da Educação, Renato Feder, e à Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, pedindo que o Governo reveja a opção de terceirizar as aulas dos primeiros anos dos cursos técnicos profissionais da rede estadual.

“Temos recebido diariamente em nossos gabinetes e acompanhado reuniões de pais nas escolas demonstrando total insatisfação com esse procedimento adotado pela Seed em nosso município”, registra a justificativa dos requerimentos, que pede o fim da terceirização das aulas nos primeiros anos dos cursos técnicos profissionais do Novo Ensino Médio.

Os requerimentos apontam que a terceirização das aulas nos cursos técnicos está trazendo sérios prejuízos ao direito à educação gratuita e universal. “A forma como vem sendo efetivada a construção do Novo Ensino Médio não leva em consideração a participação de todos os componentes da sociedade, sindicatos, escolas, os grêmios estudantis, conselhos escolares e associação de pais”, diz o documento.

Em dezembro de2021 o Governo Ratinho Jr informou a diretores de escola que em 800 colégios seria implantada “parceria” com faculdades privadas. As aulas técnicas não poderiam mais ser distribuídas para professores(as) efetivos(as) e temporários(as), pois estas disciplinas passariam a ser ministradas no formato à distância.

A APP denuncia o processo de terceirização da educação do Paraná, que contraria os princípios de uma escola pública de qualidade e com autonomia administrativa.

Prata da casa: quase 60% dos aprovados na UFPR estudaram na rede pública

Com informações da APP Sindicato

Foto: Marcos Solivam


Na tarde de ontem (23), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) divulgou a lista dos aprovados no vestibular de 2021/2022.

Entre os(as) aprovado(as), 59% estudaram o Ensino Médio na rede pública. É um percentual que extrapola o número reservado por lei para as cotas étnico-raciais e sociais.

A APP parabeniza os(as) estudantes pela superação, após mais um ano atípico e marcado pelas dificuldades do período pandêmico.

Congratulamos também os(as) educadores(as), cujo empenho e dedicação são heroicos diante das condições precárias de trabalho e dos ataques do governo aos(às) profissionais e à escola pública.

Acesse também: Privatizações: a distopia do capital

Outro fato marcante é o avanço feminino no vestibular mais disputado do Paraná: 53% dos(as) calouros(as) são mulheres.

O resultado reforça o papel fundamental da escola pública na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, em que todos(as) têm direito a acessar o Ensino Superior e a realizar os seus sonhos.

Desejamos aos(às) novos calouros(as) felicidades, persistência e força!

>>Confira a lista de aprovados(as)<<


Estudo aponta 94 discursos racistas de autoridades públicas nos 3 anos do governo Bolsonaro



Estudo aponta 94 discursos racistas de autoridades públicas nos 3 anos do governo Bolsonaro

Levantamento da Conaq e Terra de Direitos revela que somente um caso teve responsabilização dos envolvidos até o fim de 2021.
 

 

O levantamento "Quilombolas contra Racistas" aponta que desde 2019 - início da gestão de Jair Bolsonaro (PL) - 94 discursos racistas foram proferidos por autoridades públicas das três esferas da administração pública.

O estudo analisou casos expostos pela imprensa e redes sociais de discursos racistas proferidos por autoridades públicas até 31 de dezembro de 2021. Entre os cargos com o maior número de ocorrências estão os representantes de cargos de direção e assessoramento do governo federal (ministros, secretários e presidentes de autarquias). Até dezembro de 2021, somente um caso teve responsabilização do autor do discurso racista. Sérgio Camargo, atual presidente da Fundação Cultural Palmares, e o presidente Jair Bolsonaro lideram o número de discursos registrados nos três anos do levantamento.

 

 

 

Saiba mais
Acesse o site Quilombolas contra racistas

 

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Fonte: Terra de Direitos