quarta-feira, 3 de abril de 2024

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, aponta Índice de Desperdício de Alimentos da ONU


Domicílios de todos os continentes desperdiçaram mais de 1 bilhão de refeições por dia em 2022, enquanto 783 milhões de pessoas foram afetadas pela fome e um terço da humanidade enfrentou insegurança alimentar, de acordo com o Relatório do Índice de Desperdício de Alimentos 2024. 

Publicado nesta quarta-feira (27) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o relatório alerta que o desperdício de alimentos continua a prejudicar a economia global e a fomentar a mudança climática, a perda da natureza e a poluição.


Em 2022, foram gerados 1,05 bilhão de toneladas de resíduos alimentares (incluindo partes não comestíveis), totalizando 132 quilos per capita e quase um quinto de todos os alimentos disponíveis para os consumidores

Legenda: Em 2022, foram gerados 1,05 bilhão de toneladas de resíduos alimentares (incluindo partes não comestíveis), totalizando 132 quilos per capita e quase um quinto de todos os alimentos disponíveis para os consumidores.
Foto: © Tom Fisk/Pexels.

 

Em 2022, foram gerados 1,05 bilhão de toneladas de resíduos alimentares (incluindo partes não comestíveis), totalizando 132 quilos per capita e quase um quinto de todos os alimentos disponíveis para os consumidores. Do total de alimentos desperdiçados em 2022, 60% aconteceram no âmbito doméstico, com os serviços de alimentação responsáveis por 28% e o varejo por 12%.

O desperdício de alimentos continua a prejudicar a economia global e a fomentar a tripla crise planetária que combina a mudança climática, a perda da biodiversidade e da natureza e a poluição dos ecossistemas. Estas são as principais conclusões de um relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUMA) publicado hoje, antes do Dia Internacional do Resíduo Zero, assinalado no dia 30 de março. 

Relatório do Índice de Desperdício de Alimentos 2024 do PNUMA (Food Waste Index Report), de autoria da WRAP, apresenta a estimativa global mais precisa sobre o desperdício de alimentos no varejo e no nível do consumidor. O relatório traz também orientações aos países sobre o aprimoramento da coleta de dados e sugere as melhores práticas para passar da mensuração à redução do desperdício alimentar. 

Domicílios de todos os continentes desperdiçaram mais de 1 bilhão de refeições por dia em 2022, enquanto 783 milhões de pessoas foram afetadas pela fome e um terço da humanidade enfrentou insegurança alimentar, destaca o relatório global. 

"O desperdício de alimentos é uma tragédia global. Milhões de pessoas passarão fome hoje, enquanto alimentos são desperdiçados em todo o mundo", disse Inger Andersen, diretora executiva do PNUMA. 

"Além de ser uma questão importante de desenvolvimento, os impactos desse desperdício desnecessário estão causando custos substanciais para o clima e a natureza. A boa notícia é que sabemos que, se os países priorizarem essa questão, eles poderão reverter significativamente a perda e o desperdício de alimentos, reduzir os impactos climáticos e as perdas econômicas e acelerar o progresso das metas globais." 


– Domicílios de todos os continentes desperdiçaram mais de 1 bilhão de refeições por dia em 2022, enquanto 783 milhões de pessoas foram afetadas pela fome e um terço da humanidade enfrentou insegurança alimentar.

Legenda: Relatório do Índice de Desperdício de Alimentos da ONU: Domicílios de todos os continentes desperdiçaram mais de 1 bilhão de refeições por dia em 2022, enquanto 783 milhões de pessoas foram afetadas pela fome e um terço da humanidade enfrentou insegurança alimentar.
Foto: © Susannah Townsend/baseimage.

Desde 2021, houve um fortalecimento da infraestrutura de dados com um número maior de estudos rastreando o desperdício de alimentos. Globalmente, o número de dados em nível domiciliar quase dobrou. No entanto, muitos países de baixa e média renda continuam a carecer de sistemas adequados para acompanhar os avanços no cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12 de reduzir pela metade o desperdício de alimentos até 2030, particularmente no varejo e serviços de alimentação. 

Apenas quatro países do G20 (Austrália, Japão, Reino Unido, EUA) e a União Europeia têm estimativas de desperdício alimentar adequadas para acompanhar os progressos até 2030. Canadá e Arábia Saudita têm estimativas adequadas no nível de domicílios, enquanto no Brasil estão em andamento atividades para desenvolver uma linha de base robusta até o final de 2024. Neste contexto, o relatório serve como um guia prático para os países medirem e comunicarem consistentemente o desperdício alimentar.

Os dados confirmam que o desperdício de alimentos não é apenas um problema de "país rico", com os níveis de desperdício de alimentos domésticos diferindo nos níveis médios observados para países de renda alta, média-alta e média-baixa em apenas 7 kg per capita. 

Ao mesmo tempo, os países mais quentes parecem gerar mais desperdício de alimentos per capita nos domicílios, potencialmente devido ao maior consumo de alimentos frescos com partes substanciais não comestíveis e à falta de cadeias de refrigeração robustas. 

De acordo com levantamentos recentes, a perda e o desperdício de alimentos geraram de 8% a 10% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) – quase 5 vezes mais do que o setor de aviação – e uma perda significativa de biodiversidade ao ocupar o equivalente a quase um terço das terras agrícolas do mundo. O custo da perda e do desperdício de alimentos na economia global é estimado em cerca de US$ 1 trilhão. 

A expectativa é que os esforços para fortalecer a redução do desperdício de alimentos e a circularidade beneficiem especialmente as áreas urbanas. As áreas rurais geralmente têm menor desperdício, com maior direcionamento de restos de alimentos para animais de estimação, animais de criação e compostagem doméstica como explicações mais prováveis. 

Em 2022, apenas 21 países incluíram a perda e/ou redução do desperdício de alimentos em seus planos climáticos nacionais (NDCs). O processo de revisão das NDCs de 2025 oferece uma oportunidade fundamental para aumentar a ambição climática, integrando a perda e o desperdício de alimentos. 

O relatório sublinha igualmente a urgência de abordar o desperdício alimentar, tanto a nível individual como sistémico. Linhas de base robustas e medições regulares são necessárias para que os países mostrem mudanças ao longo do tempo. Graças à implementação de políticas e parcerias, países como Japão e Reino Unido mostram que a mudança em escala é possível, com reduções de 31% e 18%, respectivamente. 


Graças à implementação de políticas e parcerias, países como Japão e Reino Unido mostram que a mudança em escala é possível, com reduções de 31% e 18%, respectivamente.

Legenda: Graças à implementação de políticas e parcerias, países como Japão e Reino Unido mostram que a mudança em escala é possível, com reduções de 31% e 18%, respectivamente.
Foto: © AnSyvanych/Getty Images.

"Com o enorme custo para o meio ambiente, a sociedade e as economias globais causado pelo desperdício de alimentos, precisamos de uma ação coordenada maior em todos os continentes e cadeias de suprimentos. Apoiamos o PNUMA ao pedir que mais países do G20 meçam o desperdício de alimentos e trabalhem em direção ao ODS 12.3", disse Harriet Lamb, CEO da WRAP. 

"Isso é fundamental para garantir que os alimentos alimentem as pessoas, não os aterros sanitários. As Parcerias Público-Privadas são uma ferramenta fundamental para a obtenção de resultados hoje, mas requerem apoio: sejam filantrópicas, empresariais ou governamentais, os atores devem se unir em torno de programas que abordem o enorme impacto que o desperdício de alimentos tem na segurança alimentar, em nosso clima e em nossas carteiras."

O PNUMA continua acompanhando o progresso em nível nacional para reduzir pela metade o desperdício de alimentos até 2030, com um foco crescente em soluções além da medição para a redução. Uma dessas soluções é a ação sistêmica por meio de parcerias públicoprivadas (PPPs): trazer o setor público, o setor privado e o não governo para trabalhar juntos, identificar gargalos, desenvolver soluções e impulsionar o progresso. 

O financiamento adequado pode permitir que as PPP proporcionem reduções do desperdício alimentar da produção agrícola à mesa, reduzam as emissões de gases com efeito de estufa e o estresse hídrico, partilhando simultaneamente as melhores práticas e incentivando a inovação para uma mudança holística a longo prazo. As PPP sobre perda e desperdício de alimentos estão crescendo em todo o mundo, incluindo na Austrália, Indonésia, México, África do Sul e no Reino Unido, onde ajudaram a reduzir mais de um quarto do desperdício domiciliar de alimentos per capita em 2007-18.

Para saber mais, acesse o Relatório do Índice de Desperdício de Alimentos 2024 do PNUMA (em inglês) e visite a página da campanha da ONU Brasil para o Dia Internacional do Resíduo Zero 2024 (em português). 

NOTAS AOS EDITORES 

Sobre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) 

O PNUMA é a principal voz global sobre o meio ambiente. Fornece liderança e incentiva a parceria no cuidado com o meio ambiente, inspirando, informando e permitindo que nações e povos melhorem sua qualidade de vida sem comprometer a das gerações futuras. 

Acesse a página do PNUMA no Brasil: https://www.unep.org/pt-br 

Sobre a WRAP 

A WRAP é uma ONG global com sede no Reino Unido. É uma das 5 principais instituições de caridade ambiental do Reino Unido e trabalha com governos, empresas e indivíduos para garantir que os recursos naturais do mundo sejam usados de forma sustentável. Fundada em 2000 no Reino Unido, a WRAP agora trabalha em todo o mundo e é parceira da Aliança Global do Earthshot Prize da Royal Foundation.


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quarta-feira, 13 de março de 2024

ONU lança campanha para estimular investimento nas mulheres negras


Neste Dia Internacional da Mulher, a ONU Brasil lança a campanha "Investir nas Mulheres Negras para Acelerar o Progresso", chamando a atenção para um dos principais desafios para a igualdade de gênero: a alarmante falta de financiamento. 

A falta de recursos é evidenciada por uma lacuna anual de 360 bilhões de dólares em investimentos para atingir as metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável sobre igualdade de gênero até 2030, em todo o mundo. 

A campanha se estenderá nas redes e plataformas digitais da @onubrasil até a última semana de março, quando são assinalados o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial (21) e o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Comércio Transatlântico de Escravos (25). 

O tempo está se esgotando. A igualdade de gênero continua sendo o maior desafio aos direitos humanos. Investir nas mulheres é um imperativo de direitos humanos e a base para construir sociedades inclusivas. O progresso para as mulheres beneficia todas as
Legenda: Investir nas mulheres é um imperativo de direitos humanos e a base para construir sociedades inclusivas. O progresso para as mulheres beneficia todas as pessoas.

No dia 8 de março, celebra-se o Dia Internacional da Mulher, uma data histórica e simbólica estabelecida pelas Nações Unidas em 1977 para valorizar os esforços das mulheres pela igualdade de gênero e pleno acesso aos seus direitos fundamentais.

A campanha "Investir nas Mulheres Negras para Acelerar o Progresso" coincide com o último ano da Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024). 

No Brasil, as disparidades de gênero e raça se manifestam em diversos contextos, incluindo na disparidade da renda média entre o trabalho de mulheres negras e homens brancos: a diferença salarial entre esses dois grupos é de 55%.

No entanto, os desdobramentos da discriminação não se limitam apenas ao aspecto econômico. Em 2022, no Brasil, mulheres negras representavam 61,1% das vítimas de feminicídio e 68,9% das vítimas de mortes violentas intencionais.

"Mulheres negras são mais afetadas pela pobreza, discriminação e violência. Investir nelas é avançar no desenvolvimento do Brasil sem deixar ninguém para trás." - Silvia Rucks, coordenadora residente das Nações Unidas no Brasil, 8 de março de 2024. 

A coordenadora residente das Nações Unidas no Brasil, Silvia Rucks, enfatiza que o investimento em mulheres negras não se limita a uma parcela específica da população, mas contribui de forma significativa para o desenvolvimento de todo o Brasil.

Os desafios enfrentados pelas mulheres e meninas negras demandam uma resposta integral e interseccional na promoção da igualdade de gênero e raça, sendo a ampliação de investimentos uma questão urgente.

Tal abordagem visa a conscientização e ação em um período crucial, conectando as lutas contemporâneas às raízes dos problemas que afetam a população negra no Brasil e no mundo.

Sobre a campanha "Investir nas Mulheres Negras": 

A ONU Brasil convida todas as pessoas a se unirem à campanha e a promoverem a igualdade de gênero e raça. Dicas de ações e recursos informativos estão disponíveis na página: https://bit.ly/ONU_DiaDaMulher 

Nas redes sociais, a ONU Brasil marcará o conteúdo da campanha com as hashtags #InvistaEmMulheresNegras e #InvistaNasMulheres

A campanha é fruto da colaboração entre diferentes agências, fundos e programas do Sistema das Nações Unidas no Brasil. 


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ONU: Brasil registra redução de 60% na mortalidade infantil desde 2000

O número de crianças que morreram antes de completar cinco anos atingiu um mínimo histórico, caindo para 4,9 milhões em 2022 no mundo, de acordo com as últimas estimativas divulgadas nesta quarta-feira (13) pelo Grupo Interinstitucional das Nações Unidas para Estimativa da Mortalidade Infantil (UN IGME). 

O relatório revela que mais crianças estão sobrevivendo hoje no mundo, com a taxa global de mortalidade infantil abaixo dos 5 anos tendo diminuído 51% desde 2000. 

No Brasil, a queda foi de 60% no mesmo período. Camboja, Malawi, Mongólia e Ruanda reduziram a mortalidade abaixo dos 5 anos em mais de 75% no período.


Mortalidade infantil atinge a mínima histórica em 2022 – relatório da ONU Apesar do progresso, estima-se que 4,9 milhões de crianças tenham morrido antes de completar cinco anos em algum lugar do mundo, o que equivale a uma morte a cada 6 segundos

Legenda: Mortalidade infantil atingiu a mínima histórica em 2022. Apesar do progresso, estima-se que 4,9 milhões de crianças tenham morrido antes de completar cinco anos em algum lugar do mundo, o que equivale a uma morte a cada 6 segundos.
Foto: © UNICEF/UNI470144/Lepage.

 

"Por trás desses números estão as histórias de parteiras e profissionais de saúde qualificados ajudando as mães a dar à luz seus recém-nascidos com segurança, trabalhadores de saúde vacinando e protegendo crianças contra doenças mortais, e agentes de saúde comunitários que fazem visitas domiciliares para apoiar famílias a garantir o suporte adequado à saúde e nutrição para as crianças", disse a diretora executiva do UNICEF, Catherine Russell. 

"Ao longo de décadas de compromisso de indivíduos, comunidades e nações para alcançar as crianças com serviços de saúde de baixo custo, qualidade e eficazes, mostramos que temos o conhecimento e as ferramentas para salvar vidas."

O relatório revela que mais crianças estão sobrevivendo hoje no mundo, com a taxa global de mortalidade infantil abaixo dos 5 anos tendo diminuído 51% desde 2000. Vários países de baixa renda e de renda média baixa superaram essa queda, mostrando que o progresso é possível quando os recursos são adequadamente alocados para a atenção primária à saúde, incluindo a saúde e o bem-estar infantil. No Brasil, a redução foi de 60% desde 2000. Camboja, Malawi, Mongólia e Ruanda reduziram a mortalidade abaixo dos 5 anos em mais de 75% no período.

Mas os resultados também mostram que, apesar desse progresso, ainda há um longo caminho a percorrer para acabar com todas as mortes de crianças e adolescentes evitáveis. Além dos 4,9 milhões de vidas perdidas antes dos 5 anos – quase metade das quais eram recém-nascidos – as vidas de outros 2,1 milhões de crianças, adolescentes e jovens com idades entre 5 e 24 anos também foram interrompidas. A maioria dessas mortes estava concentrada na África Subsaariana e no Sul da Ásia.

Essa perda trágica de vida se deve principalmente a causas evitáveis ou tratáveis, como parto prematuro, complicações no momento do nascimento, pneumonia, diarreia e malária. Muitas vidas poderiam ter sido salvas com melhor acesso a atenção primária à saúde de alta qualidade, incluindo intervenções essenciais e de baixo custo, como vacinações, disponibilidade de pessoal de saúde qualificado no momento do nascimento, apoio à amamentação precoce e contínua, e diagnóstico e tratamento de doenças infantis.

"Embora tenha havido progressos bem-vindos, a cada ano milhões de famílias ainda sofrem com a devastadora dor de perder uma criança, muitas vezes nos primeiros dias após o nascimento", disse o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus. 

"O local de nascimento de uma criança não deve ditar se ela vive ou morre. É crucial melhorar o acesso a serviços de saúde de qualidade para todas as mulheres e crianças, inclusive durante emergências e em áreas remotas."

Melhorar o acesso a serviços de saúde de qualidade e salvar vidas de crianças contra mortes evitáveis requer investimento em educação, empregos e condições de trabalho decentes para os trabalhadores de saúde prestarem atenção primária à saúde, incluindo os agentes de saúde comunitários.

Como membros confiáveis da comunidade, os agentes de saúde comunitários desempenham um papel importante em alcançar crianças e famílias em cada comunidade com serviços de saúde que salvam vidas, como vacinações, testes e medicamentos para doenças mortais, mas tratáveis, e suporte nutricional. Eles devem ser integrados aos sistemas de atenção primária à saúde e remunerados de forma justa, bem treinados e equipados com os meios para fornecer a mais alta qualidade de cuidados.

Estudos mostram que as mortes de crianças nos países de maior risco poderiam diminuir substancialmente se as intervenções de sobrevivência infantil baseadas na comunidade pudessem alcançar aqueles que necessitam. Esse pacote de intervenções sozinho salvaria milhões de crianças e forneceria cuidados mais próximos de casa. O manejo integrado das doenças infantis - especialmente as principais causas de morte pós-neonatal, infecções respiratórias agudas, diarreia e malária - é necessário para melhorar a saúde e a sobrevivência infantil.

"O relatório deste ano é um marco importante mostrando que menos crianças morrem antes de completar cinco anos", disse o Dr. Juan Pablo Uribe, diretor global de Saúde, Nutrição e População do Banco Mundial e Diretor da Facilidade Global de Financiamento para Mulheres, Crianças e Adolescentes. 

"Mas isso simplesmente não é suficiente. Precisamos acelerar o progresso com mais investimentos, colaboração e foco para acabar com mortes infantis evitáveis e honrar nosso compromisso global. Devemos isso a todas as crianças para garantir que tenham acesso aos mesmos cuidados de saúde e oportunidades, independentemente de onde nasçam."

Embora os números globais mostrem sinais encorajadores de progresso, também existem ameaças substanciais e desigualdades que colocam em risco a sobrevivência infantil em muitas partes do mundo. Essas ameaças incluem o aumento da desigualdade e da instabilidade econômica, conflitos novos e prolongados, o impacto das mudanças climáticas e as consequências da COVID-19, que poderiam levar à estagnação ou até mesmo à reversão dos ganhos e à contínua e desnecessária perda de vidas infantis. Crianças nascidas nos lares mais pobres têm o dobro de chances de morrer antes dos cinco anos em comparação com os lares mais ricos, enquanto crianças que vivem em ambientes frágeis ou afetados por conflitos têm quase três vezes mais chances de morrer antes de completar cinco anos do que crianças em outros lugares.

"As novas estimativas mostram que fortalecer o acesso a cuidados de saúde de alta qualidade, especialmente no momento do nascimento, ajuda a reduzir a mortalidade entre crianças menores de 5 anos", disse Li Junhua, subsecretário-geral das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais. 

"Embora as metas alcançadas na redução da mortalidade infantil sejam importantes para rastrear o progresso, elas também devem nos lembrar que esforços e investimentos adicionais são necessários para reduzir as desigualdades e acabar com as mortes evitáveis entre recém-nascidos, crianças e jovens em todo o mundo."

Nas taxas atuais, 59 países não alcançarão a meta de mortalidade abaixo dos 5 anos dos ODS, e 64 países não atingirão a meta de mortalidade neonatal. Isso significa que estima-se que 35 milhões de crianças morrerão antes de completar cinco anos até 2030 – um número que será suportado principalmente por famílias na África Subsaariana e no Sul da Ásia, ou em países de baixa e média renda.

O relatório também destaca grandes lacunas nos dados, particularmente na África Subsaariana e no Sul da Ásia, onde o fardo da mortalidade é alto. Os sistemas de dados e estatísticas devem ser aprimorados para rastrear e monitorar melhor a sobrevivência e saúde infantil, incluindo indicadores sobre mortalidade e saúde por meio de pesquisas domiciliares, registro de nascimentos e óbitos por meio de Sistemas de Informação em Gestão da Saúde (SIGS) e Estatísticas Vitais e de Registro Civil (CRVS).

Para saber mais, visite a página e o banco de dados do Grupo Interinstitucional das Nações Unidas para Estimativa da Mortalidade Infantil (em inglês): https://childmortality.org/

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domingo, 10 de março de 2024

Colheita do Milho - Mutirão da Partilha ocorrerá em Fernandes Pinheiro no dia 20 de março

🌽🌱 Colheita e Partilha: Mutirão do Milho!

Venha participar da colheita do milho no Mutirão da Partilha, organizado pelo Coletivo Triunfo!

 No dia 20 de março, estaremos na Casa de Sementes em Fernandes Pinheiro para um dia de atividades.

Juntos, faremos a colheita e a seleção massal das sementes, além de classificação e teste de transgenia. 

Não se esqueça de trazer suas sementes e mudas para trocar e partilhar.

E para fechar com chave de ouro, teremos uma tarde repleta de dança e animação, ao som dos talentosos músicos do Coletivo Triunfo 🎉🎶

Sétima Festa das Sementes Crioulas ocorrerá em Seberi-RS