quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Tesouro Nacional adere ao Selo PNUD para Igualdade de Gênero nas Instituições Públicas

A Secretaria de Tesouro Nacional assinou nesta terça-feira (12) a adesão ao Selo PNUD de Igualdade de Gênero para Instituições Públicas.

A metodologia desenvolvida pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) destaca os esforços de organizações públicas para avançarem na contribuição da igualdade de gênero dos países.

Órgão do Ministério da Fazenda é um dos primeiros do Brasil a participar da iniciativa já implementada em 23 países.


O ofício de adesão foi entregue pessoalmente pelo secretário Rogério Ceron ao diretor do Escritório de Apoio a Políticas e Programas do PNUD, Marcos Athias Neto, e ao representante residente do PNUD no Brasil, Claudio Providas.

Legenda: O ofício de adesão foi entregue pessoalmente pelo secretário Rogério Ceron ao diretor do Escritório de Apoio a Políticas e Programas do PNUD, Marcos Athias Neto, e ao representante residente do PNUD no Brasil, Claudio Providas.
Foto: © PNUD Brasil/Erika Dixo.

A Secretaria de Tesouro Nacional assinou nesta terça-feira (12) a adesão ao Selo PNUD de Igualdade de Gênero para Instituições Públicas. A metodologia desenvolvida pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) destaca os esforços de organizações públicas para avançarem na contribuição da igualdade de gênero dos países.

O ofício de adesão foi entregue pessoalmente pelo secretário Rogério Ceron ao diretor do Escritório de Apoio a Políticas e Programas do PNUD, Marcos Athias Neto, e ao representante residente do PNUD no Brasil, Claudio Providas. A partir de agora, o Tesouro inicia uma trilha de reforma institucional de cerca de dois anos para que as questões de igualdade de gênero sejam integradas a seu trabalho.

"Nós, do Tesouro Nacional, estamos muito felizes por sermos o primeiro órgão público no Brasil a embarcar nesta jornada tão importante. O selo é a etapa final, mas é o processo de construção dos pilares para estabelecer a cultura da equidade de gênero que nos levará a transformar a instituição. Queremos ser um exemplo a inspirar outros órgãos aqui no Brasil, não só na esfera federal, mas também nos estados e nos municípios, de que enfrentar a agenda de equidade de gênero de forma prioritária pode impulsionar seus resultados", declarou Rogério Ceron. 

Tesouro Nacional adere ao Selo PNUD para Igualdade de Gênero nas Instituições Públicas
Foto: © PNUD Brasil/Erika Dixo.

"Isso é muito importante não apenas pela justiça que o processo de equidade traz, mas também para as entregas que o Tesouro Nacional fará para a sociedade. E, como servidora do Tesouro há muitos anos, fico muito feliz que a gente tenha alcançado esse estágio. Hoje é um dia para celebrar", afirmou a secretária-adjunta do Tesouro Nacional, Viviane Varga. 

O Tesouro Nacional é um órgão do Ministério da Fazenda que tem como missão institucional gerir as contas públicas de forma eficiente, proativa e transparente, garantindo uma política fiscal equilibrada e a qualidade da despesa pública. A secretaria atua na estruturação de canais de financiamento que possam viabilizar as políticas de interesse público com sustentabilidade, de forma a contribuir para o crescimento e o desenvolvimento socioeconômico do país.

"Estamos muito felizes que o Tesouro Nacional, uma instituição tão emblemática, seja a primeira no Brasil a assinar o selo. Estamos aqui para ajudar na jornada que se inicia hoje e esperamos que o Tesouro demonstre para o resto da Esplanada dos Ministérios a importância da questão de equidade de gênero", celebrou o diretor do Escritório de Apoio a Políticas e Programas do PNUD, Marcos Athias Neto.

Tesouro Nacional adere ao Selo PNUD para Igualdade de Gênero nas Instituições Públicas
Legenda: O ofício de adesão foi entregue nesta terça-feira (12) pelo secretário Rogério Ceron para o diretor do Escritório de Apoio a Políticas e Programas do PNUD, Marcos Athias Neto, e para o representante residente do PNUD no Brasil, Claudio Providas.
Foto: © PNUD Brasil/Erika Dixo.

"É muito importante para o Brasil ter uma estratégia para agir de forma concreta sobre essa questão. Há vários tipos de desigualdade, mas a desigualdade de gênero está no centro de várias outras", salientou o representante residente do PNUD no Brasil, Claudio Providas.

"Este selo se construiu como uma iniciativa para ter avanços concretos dentro das Nações Unidas e agora reconhece também esses avanços em outras instituições públicas. Parabenizamos ao Tesouro por ser a primeira no Brasil", completou.

COMO FUNCIONA

Selo PNUD de Igualdade de Gênero para Instituições Públicas foi lançado em julho de 2021 e está sendo implementado em 23 países, por mais de cem instituições públicas. A metodologia é implementada em cinco etapas: engajamento, diagnóstico e elaboração de plano de ação, implementação do plano, avaliação e certificação. Ao longo desse período, 40 indicadores avaliam a atuação institucional de maneira completa, em áreas que vão desde os ambientes de trabalho e as capacidades em igualdade de gênero até as parcerias e os resultados e impactos nas políticas públicas.

Os indicadores foram elaborados a partir dos compromissos nacionais e internacionais em matéria de igualdade de gênero, como a Conferência Mundial da Mulher (Beijing 1995) e a Convenção pela Eliminação de Todas as Formas de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW). Até agora, por meio de uma série de projetos inovadores, 13 instituições públicas alcançaram Ouro, 11 Prata e 6 Bronze.

A iniciativa já avançou em várias regiões do mundo, e o Tesouro Nacional se une a um grupo de organizações que se propõem a uma verdadeira reforma na maneira como operam.

O Tesouro Nacional pode acessar outras metodologias do PNUD desenvolvidas dentro da iniciativa global Equanomics, que visa aprofundar a assistência técnica aos países em três áreas-chave: políticas fiscais para a igualdade de gênero; dados e evidências para informar a formulação de políticas; e expansão dos sistemas de cuidado.

A importância do Tesouro Nacional no cenário das políticas públicas brasileiras fará com que os resultados dessa certificação transbordem para outras instituições no país, especialmente para as secretarias de fazenda nos estados e municípios.

Esse esforço também poderá inspirar outros órgãos públicos ao redor do mundo. Casos de sucesso implementados pelo Tesouro Nacional podem ser adaptados a realidades de outros países. A rede de instituições públicas mobilizada em torno do selo permite o aprendizado compartilhado.

Mais detalhes sobre o Selo de Igualdade de Gênero para instituições públicas estão disponíveis em https://www.gendersealpublicinstitutions.org/pt/

Sistema das Nações Unidas no Brasil

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável  Site da ONU Brasil  Instagram  Twitter  YouTube  Vimeo  Facebook  Cadastro


sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Boletim Ponto n.268 - Jornal Brasil de Fato - De Maceió a Essequibo e além



Olá, a pauta ambiental do Brasil afunda no pragmatismo, a briga toma conta da vizinhança e o centrão devora as boas intenções do governo. ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ ͏‌ 

 

Brasil de Fato

 


por Lauro Allan Almeida Duvoisin e Miguel Enrique Stédile


8 de dezembro de 2023

De Maceió a Essequibo e além

 

Olá, a pauta ambiental do Brasil afunda no pragmatismo, a briga toma conta da vizinhança e o centrão devora as boas intenções do governo.

 

.Rolê problemático. A ideia de que o mundo ruma para uma política coerente de blocos parece cada dia mais distante, o que se confirmou no último giro internacional de Lula. Nos países árabes, enquanto o presidente brasileiro ficou mais à vontade para expressar sua repulsa ao genocídio isralense na faixa de Gaza e flertar com a nata da elite pretroleira mundial, quem ficou em segundo plano foi a estrela da COP 28, a pauta ambiental. É que nem mesmo o governo acredita que o Brasil entrou na OPEP como observador só para convencer os maiores exportadores de petróleo a investir em combustível verde. E se o cartão de visitas ambiental brasileiro já estava desbotado, uma cidade afundando pelos efeitos da mineração não ajudou muito. Mas, num mundo regido pela realpolitik, Lula talvez tenha percebido que o pragmatismo é mais importante que o glamour e seguiu em frente numa atuação, no mínimo, ambígua. Na Europa, os desencontros foram outros. Apesar das discordâncias históricas entre Brasil e Alemanha, como em relação à guerra da Ucrânia e, atualmente, o conflito no Oriente Médio, a novidade foi o tom amistoso do encontro entre Lula e Olaf Scholz. Além da posição favorável ao Acordo Mercosul-União Europeia, que já se arrasta há 24 anos, foram firmados nove acordos de cooperação que totalizam R$ 550 milhões de investimentos na área ambiental. Em contraste, a França fez questão de deixar claro que, se depender dela, o acordo entre os blocos não sairá do papel. O problema é que Macron não está sozinho, pois a Argentina também resiste a uma relação duradoura com a União Europeia. Passando a régua, e trocando em miúdos, ninguém sabe bem qual foi o saldo exato do giro internacional de Lula. E, se lá fora nem tudo ia bem, de volta à casa as boas notícias da Cúpula do Mercosul, como a entrada da Bolívia no bloco e o estreitamento comercial com Cingapura, foram abafadas pelo conflito regional, agora entre Venezuela e Guiana.

 

.Não tá bom, mas não tá ruim. A expectativa para o fim do ano e dos primeiros doze meses do governo era chegar ao natal em clima de bonança. Mas falta ânimo para comemorar um crescimento de 0,1% no PIB no 3º trimestre e, com sorte, de 3% no ano. O que, ainda assim, pode ser visto como uma boa notícia, já que o mercado apostou que o país não cresceria sequer 1% em 2023. E, mesmo errando todas as previsões deste ano, a Faria Lima insiste em dizer que ano que vem será pior e que o remédio continua sendo apertar o cinto dos investimentos do Estado, mas deixar bem frouxo quando se trata da taxa de juros. Ao contrário do que pensa a turma que vive de especulação e parasitismo, o que garantiu o crescimento não foram as reformas, mas o aumento do trabalho formal, das exportações e da agricultura. Porém, fica o sinal de alerta de Luis Nassif, o ritmo de geração de empregos na agricultura tem sido sofrível, apesar da vida de regalias do agronegócio. Também não ajuda na comemoração o fato de que 60% dos brasileiros vivam com até um salário mínimo. Por outro lado, o fato de 16 milhões de pessoas terem saído da faixa de pobreza neste ano é um alento. Outro índice pouco animador é o desempenho brasileiro na educação, que continua baixo e sem mudanças, com menos de 50% dos estudantes dominando o básico de ciências e matemática.

 

.Ele só queria paz. O crescimento de tensões e divisões não é exclusividade do cenário internacional. Talvez seja necessário admitir que a vitória de Lula foi "de raspão" e que o fascismo continua bem vivo no Brasil e no mundo. Afinal, a polarização política se calcificou no país, afirmam Thomas Traumann e Felipe Nunes, e nem a condenação dos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, nem a reativação da economia ou a retomada das políticas sociais foram capazes de dissolvê-la. Até o líder do governo na Câmara admite que o que está faltando é elevar o tom da disputa política e ideológica. Porém, o problema é que as amarras no Congresso são tão fortes que cada pequena medida do governo demanda um esforço hercúleo, além de uma montanha de recursos para o centrão. A exemplo dos vetos de Lula que aguardam para serem analisados pela Câmara e que foram mais uma vez adiados por não haver acordo. Ao mesmo tempo, o centrão flerta o tempo todo com os inimigos do governo. A última peripécia de Arthur Lira foi colocar em pauta um projeto de decreto legislativo que pretendia retomar a liberalização das armas aprovada por Bolsonaro e que foi revogada por Lula logo no início de seu mandato. Esta seria uma evidente derrota para Flávio Dino às vésperas da sabatina no Senado sobre sua indicação ao STF. O governo conseguiu impedir a manobra, mas com placar apertado. O poder do centrão é tão grande, que nem o afundamento da cidade natal (Maceió) de seu comandante em chefe (Arthur Lira) conseguiu enfraquecê-lo. Nesse caso, a disputa entre os caciques locais em torno da abertura da CPI da Braskem poderia ser uma ótima oportunidade para o governo dar um chega-pra-lá em Arthur Lira e no poder das transnacionais. Mas o ano está acabando e o renovado espírito natalino entre Renan Calheiros e Arthur Lira pode deixar tudo como está.

 

.Ponto Final: nossas recomendações.

 

.A América Latina lidera oposição à Israel. Na Jacobin, o papel dos países latino-americanos na defesa da Palestina e contra o genocídio na faixa de Gaza.

 

.Essequibo: entenda as motivações político-eleitorais por trás da disputa territorial da Venezuela com a Guiana. No Brasil de Fato, especialistas comentam os fatores envolvidos no conflito atual.

 

.Cadê a utopia? N' A Terra é Redonda, Luiz Marques defende a bandeira do socialismo como alternativa à crise capitalista.

 

.Denúncia: Braskem não só cometeu crimes ambientais, como cooptou órgãos em Alagoas. No GGN, do Ministério Público à Prefeitura, a cadeia de omissões do Estado nos crimes da Braskem em Alagoas.

 

.Lobby na comida. Pesquisa do Fiquem Sabendo demonstra o poder da indústria alimentícia no Congresso e na discussão da reforma tributária.

 

.10 anos da morte de Nelson Mandela, ícone da luta contra o racismo. A Revista Fórum lembra a trajetória do símbolo da luta contra o Apartheid.

 

.A jornalista Patrícia Galvão, para muito além de Pagu. No Jornal da USP, o livro que recupera a face pouco conhecida de Patrícia Galvão como jornalista.

 

.MST lança jogo que ilustra a trajetória de 40 anos da luta por reforma agrária popular. O MST e a Expressão Popular lançam um jogo cooperativo para comemorar os 40 anos do movimento popular.

 

Ponto é editado por Lauro Allan Almeida Duvoisin e Miguel Enrique Stédile.

 
 
 
Brasil de Fato
www.brasildefato.com.br 
Facebook
Twitter
Linkedin
Instagram
Youtube
 

 

Recebido por e-mail.

EVENTO | Conjuntura Internacional: e eu com isso?


Evento: Conjuntura Internacional: e eu com isso?  

O BRICS Policy Center inaugura, no dia 12/12, às 18h, uma série de diálogos intitulados "Conjuntura Internacional: e eu com isso?". 

 

Os diálogos estão sendo construídos pelo BRICS Policy Center em parceria com a Instituto Mais Democracia, com a Casa 11- Sebo e Livraria, Observatório de Favelas e Rebrip e têm como objetivo promover conversas sobre como as questões internacionais, como é o caso das questões sócio-ambientais, atravessam o cotidiano das pessoas, sobretudo, das mais vulnerabilizadas. A convocação é para pensarmos conjuntamente, a partir de um debate aberto e participativo, como as questões internacionais nos afetam.


Consultoria Ambiental?


Cicloturismo Marechal Cândido Rondon será no dia 17 de março de 2024

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Biogás pode gerar 800 mil empregos no Brasil e ajudar a combater a mudança climática

Infográficos lançados pelo projeto GEF Biogás Brasil, em parceria com a Associação Brasileira do Biogás, apontam que o setor de biogás poderia gerar até 800 mil empregos e reduzir a emissão anual de 642 milhões de toneladas de CO2 equivalente no país, se o potencial total de produção for atingido.

O projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora.


Projeto GEF Biogás Brasil lançou dados em parceria com a ABiogás durante painel do 10º Fórum do Biogás, em São Paulo (SP)

Legenda: Projeto GEF Biogás Brasil lançou dados em parceria com a ABiogás durante painel do 10º Fórum do Biogás, em São Paulo (SP).
Foto: © UNIDO.

O projeto GEF Biogás Brasil e a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) lançaram em novembro, durante o 10º Fórum do Biogás, em São Paulo (SP), dados inéditos que mostram a correlação entre produção de biogás, redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e geração de emprego no país.

projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. 

Os dados nacionais, regionais e estaduais, apresentados por meio de infográficos, foram lançados durante o painel "Legislando para o Futuro do Biogás e do Biometano", que fez parte da programação do Fórum. O painel contou com a participação de deputados federais e foi moderado pela presidente executiva da ABiogás, Renata Isfer.

Segundo as estimativas, o setor de biogás poderia criar até 800 mil novos postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos no Brasil, caso o potencial total de produção do setor fosse aproveitado. Só na Região Sudeste, poderiam ser gerados 238 mil empregos.

Os infográficos também mostram que cerca de 642 milhões de toneladas de CO2 equivalente (CO2e) poderiam ser mitigadas todo ano caso esse potencial total fosse atingido, incluindo o uso do biogás em substituição ao diesel, mostrando o impacto positivo do setor no combate à mudança climática.

Esse impacto ambiental, em conjunto com a geração de novos empregos na economia verde, poderia ajudar o Brasil a avançar na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

O estudo utilizou dados da ABiogás sobre o potencial total teórico de produção de biogás no Brasil como ponto de partida. Já as metodologias para o cálculo de geração de emprego e de redução de emissões de gases de efeito estufa foram desenvolvidas pelo projeto GEF Biogás Brasil, com base em métodos e fatores de conversão do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas para avaliar a ciência relacionada à mudança climática.

Durante o painel, o especialista em políticas nacionais do projeto e consultor da UNIDO, Tiago Quintela Giuliani, explicou os dados inéditos à plateia do Fórum:

"Os dados do projeto e da ABiogás mostram a formuladores de políticas públicas e agentes políticos que, ao investir na cadeia de valor do biogás, nós conseguimos desenvolver a cadeia de forma descentralizada e em todo o território nacional. Além disso, podemos reduzir as emissões de gases de efeito estufa em um patamar muito grande: cerca de 642 milhões de toneladas de CO2 e que poderiam ser reduzidas todo ano, o que equivale à conservação de cerca de 5.3 milhões de hectares de florestas". 

Para o assessor da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SETEC) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Gustavo Ramos, que é coordenador do projeto GEF Biogás Brasil, a participação no Fórum do Biogás é essencial para acompanhar a evolução do setor e seus benefícios econômicos, sociais e ambientais.

"A participação do MCTI tem sido muito importante, e a SETEC vem investindo no setor de biogás e biometano há mais de vinte anos", contou Gustavo Ramos, explicando que: 

"Por meio do Fórum, podemos propiciar condições favoráveis para que órgãos das esferas federal, estadual e municipal, bem como empresas privadas, possam transformar, em conjunto, todo esse potencial do biogás em geração de riquezas para a sociedade".

O diretor-presidente do CIBiogás e membro diretor do projeto GEF Biogás Brasil, Rafael Gonzalez, participou de um painel do Fórum sobre mecanismos de financiamento. Segundo Rafael, o diálogo sobre o financiamento de projetos é indispensável para garantir o crescimento do setor: 

"O painel mostrou como podemos trazer oportunidades novas para dentro do setor e como desenvolver novas plantas de biogás, mas, principalmente, quais são os instrumentos que permitem aportar recursos aos projetos de biogás no Brasil". 

A 10ª edição do Fórum do Biogás, realizado pela ABiogás, aconteceu entre os dias 13 e 14 de novembro em São Paulo (SP). 

Saiba mais: 

Contatos para imprensa: 

Fonte: 

Sistema das Nações Unidas no Brasil
••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável  Site da ONU Brasil  Instagram  Twitter  YouTube  Vimeo  Facebook  Cadastro


Países do G20 representam 73% do potencial de redução de emissões do setor de resfriamento

Relatório global sobre setor de resfriamento lançado nesta terça-feira (5) na COP28, em Dubai, mostra que medidas-chave podem reduzir as emissões do setor em pelo menos 60% até 2050. Usuários finais poderiam economizar US$ 1 trilhão por ano em contas de energia com medidas para melhorar a eficiência energética do setor. 

Países do G20 representam 73% do potencial de redução de emissões de gases de efeito estufa por equipamentos de resfriamento, como aparelhos de ar-condicionado e geladeiras. 

Cerca de 1,2 bilhão de pessoas não têm acesso a serviços de resfriamento, colocando vidas em risco devido ao calor extremo, reduzindo a renda dos agricultores e dificultando o acesso universal às vacinas.

Os equipamentos de resfriamento representam 20% do consumo total de eletricidade atualmente, e espera-se que mais do que dobrem até 2050.
Legenda: Os equipamentos de resfriamento representam 20% do consumo total de eletricidade atual.
Foto: © Npix/Getty Images.

 

Tomar medidas fundamentais para reduzir o consumo de energia dos equipamentos de resfriamento reduziria pelo menos 60% das emissões setoriais previstas para 2050, daria acesso universal ao resfriamento que salva vidas, tiraria a pressão das redes de energia e economizaria trilhões de dólares até 2050, de acordo com um novo relatório publicado durante as negociações climáticas da COP28 em Dubai.

O relatório Mantendo a cabeça fria: Como atender à demanda de resfriamento e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões, da Coalizão Global para o Resfriamento liderada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), estabelece medidas sustentáveis em três áreas:

  1. Resfriamento passivo.
  2. Padrões mais altos de eficiência energética.
  3. Redução mais rápida das substâncias refrigerantes que aquecem o clima. 

Implementar as medidas descritas nessas áreas resultaria em redução de 60% das emissões do setor. A rápida descarbonização da rede elétrica reduziria as emissões setoriais em 96%.

O relatório foi divulgado em apoio ao Compromisso Global de Resfriamento (Global Cooling Pledge), uma iniciativa conjunta entre a Coalizão para o Resfriamento e os Emirados Árabes Unidos como anfitriões da COP28. Hoje, mais de 60 países assinaram o compromisso com a promessa de reduzir o impacto climático do setor de refrigeração.

"Os países e o setor de refrigeração devem agir agora para garantir o crescimento da refrigeração com baixo teor de carbono. Felizmente, as soluções estão disponíveis hoje. A adoção de um sistema de refrigeração sustentável e eficiente em termos de energia oferece uma oportunidade de reduzir o aquecimento global, melhorar a vida de centenas de milhões de pessoas e obter enormes economias financeira". 

- Inger Andersen, diretora executiva do PNUMA, 5 de dezembro de 2023. 

"O setor de refrigeração deve crescer para proteger todas as pessoas do aumento das temperaturas, manter a qualidade e a segurança dos alimentos, manter as vacinas estáveis e as economias produtivas. Mas esse crescimento não deve ocorrer às custas da transição energética e de impactos climáticos mais intensos", explicou a chefe do PNUMA durante o evento de lançamento do relatório em Dubai. 

"Com o aumento das temperaturas, é fundamental que trabalhemos juntos para melhorar a eficiência energética e reduzir as emissões do setor de refrigeração e, ao mesmo tempo, aumentar o acesso à refrigeração sustentável. Esse acesso é especialmente importante para as comunidades mais vulneráveis, que geralmente são as que menos contribuem para a mudança climática, mas são as mais expostas a seus impactos".

- Sultan Al Jaber, presidente da COP28, 5 de dezembro de 2023. 

O mundo se comprometeu a reduzir gradualmente os HFCs por meio da Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, um acordo global projetado para proteger a camada de ozônio e desacelerar as mudanças climáticas.
Legenda: O mundo se comprometeu a reduzir gradualmente os gases refrigerantes hidrofluorcarbonetos (HFCs) por meio da Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, um acordo global projetado para proteger a camada de ozônio e desacelerar a mudança climática.
Foto: © Studio023/Getty Images.

Crescimento rápido e insustentável no resfriamento

A mudança climática, o crescimento populacional e de renda e a urbanização estão aumentando a demanda de resfriamento, o que é necessário para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Cerca de 1,2 bilhão de pessoas na África e na Ásia não têm acesso a serviços de resfriamento, colocando vidas em risco devido ao calor extremo, reduzindo a renda dos agricultores, impulsionando a perda e o desperdício de alimentos e dificultando o acesso universal às vacinas.

"Com o aumento das temperaturas, é fundamental que trabalhemos juntos para melhorar a eficiência energética e reduzir as emissões do setor de refrigeração e, ao mesmo tempo, aumentar o acesso à refrigeração sustentável. Esse acesso é especialmente importante para as comunidades mais vulneráveis, que geralmente são as que menos contribuem para a mudança climática, mas que estão mais expostas a seus impactos", acrescentou Inger Andersen. 

De acordo com as tendências atuais de crescimento, os equipamentos de resfriamento representam 20% do consumo total de eletricidade atualmente, e espera-se que esta taxa mais do que dobre até 2050.

As emissões de gases de efeito estufa do consumo de energia aumentarão, juntamente com o vazamento de gases refrigerantes, a maioria dos quais tem um potencial de aquecimento global muito maior do que o dióxido de carbono.

Em um cenário de manutenção do status quo, prevê-se que as emissões provenientes da refrigeração serão responsáveis por mais de 10% das emissões globais em 2050.

O aumento da demanda por equipamentos baratos, porém ineficientes, incluindo aparelhos de ar-condicionado e geladeiras, exigirá grandes investimentos em infraestrutura de geração e distribuição de eletricidade. Equipamentos ineficientes também resultarão em altas contas de energia para os usuários finais, particularmente na África e no Sul da Ásia, onde o crescimento mais rápido é previsto.

"O setor privado tem um grande papel a desempenhar no financiamento e na promoção da inovação para promover o resfriamento sustentável, o que pode ajudar a atender às necessidades vitais de desenvolvimento local e apoiar as metas globais de redução de carbono. Temos o prazer de contribuir com o relatório e de apoiar o Compromisso de Global de Resfriamento".

- Makhtar Diop, diretor da Corporação Financeira Internacional (IFC), 5 de dezembro de 2023. 

Benefícios para o clima, para a saúde humana e para a prosperidade

Seguir as recomendações do relatório poderia reduzir as emissões de resfriamento normal projetadas para 2050 em mais de 60% – cerca de 3,8 bilhões de toneladas de CO2e.

As medidas poderiam:

  • Permitir que mais de 3,5 bilhões de pessoas se beneficiem de geladeiras, aparelhos de ar-condicionado ou refrigeração passiva até 2050.
  • Reduzir as contas de energia dos usuários finais em US$ 1 trilhão em 2050 e em US$ 17 trilhões cumulativamente entre 2022 e 2050.
  • Reduzir a necessidade da potência de pico entre 1,5 e 2 terawatts (TW), quase o dobro da capacidade total de geração da União Europeia atualmente.
  • Evitar investimentos em geração de energia da ordem de US$ 4 a US$ 5 trilhões.

A rápida descarbonização da rede elétrica reduziria as emissões setoriais em 96%. Os países do G20 representam 73% do potencial de redução de emissões para 2050.

O relatório descreve as principais ações a serem tomadas em estratégias de resfriamento passivo, padrões mais elevados de eficiência energética e uma redução mais rápida dos gases refrigerantes hidrofluorcarbonetos (HFC) por meio da Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal.

Em 2022, mais de 80% dos países tinham pelo menos um instrumento regulatório em vigor nessas áreas, mas a implementação continua inadequada. Apenas 30% dos países possuem regulamentação que permite a ação nas três frentes.

Padrões de eficiência mais elevados e melhor rotulagem de todos os equipamentos de refrigeração triplicariam a eficiência média global dos equipamentos de refrigeração
Legenda: Padrões de eficiência mais elevados e melhor rotulagem de todos os equipamentos de refrigeração triplicariam a eficiência média global dos equipamentos de refrigeração.
Foto: © 27707/Pixabay.

Medidas de resfriamento passivo

Medidas de resfriamento passivo, como isolamento, sombreamento natural, ventilação e superfícies refletivas, podem reduzir drasticamente as cargas de resfriamento. Essas podem ser fornecidas, em parte, pelo desenvolvimento e aplicação de códigos de energia de construção que incorporam refrigeração passiva e design urbano. 

Tais estratégias podem conter o crescimento da demanda por capacidade de resfriamento em 2050 em 24%, resultar em uma economia de custos de capital em novos equipamentos de resfriamento evitados de até US$ 3 trilhões e reduzir as emissões em 1,3 bilhão de toneladas de CO2e.

Padrões mais elevados de eficiência

Padrões de eficiência mais elevados e melhor rotulagem de todos os equipamentos de refrigeração triplicariam a eficiência média global dos equipamentos de refrigeração em 2050 em relação aos níveis atuais, proporcionando 30% de economia de energia modelada, reduzindo as contas de energia e melhorando a resiliência e a viabilidade financeira da cadeia de frio.

As políticas de execução críticas incluem os Padrões Mínimos de Desempenho Energético (MEPS, na sigla em inglês) regularmente atualizados, instrumentos financeiros para incentivar a procura de produtos de maior eficiência e regulamentos para evitar o despejo de equipamentos de refrigeração de baixa eficiência nos países em desenvolvimento.

Emenda de Kigali

O mundo se comprometeu a reduzir gradualmente os HFCs por meio da Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, um acordo global projetado para proteger a camada de ozônio e desacelerar a mudança climática.

As emissões de HFC em 2050 podem ser reduzidas para metade ao longo do calendário de redução gradual de Kigali por meio da rápida adoção de melhores tecnologias em novos equipamentos e de uma melhor gestão dos refrigerantes, juntamente com o reforço da fiscalização nacional.

Ferramentas financeiras 

A economia total de custos do ciclo de vida de US$ 22 trilhões (US$ 17 trilhões em economia de custos de energia e US$ 5 em investimentos em geração de energia) tornará a transição de resfriamento sustentável acessível.

Os modelos de negócios existentes precisam ser dimensionados para usar essas economias para reduzir os custos iniciais e tornar a transição acessível para todas as pessoas. As ferramentas financeiras disponíveis incluem:

  • Financiamento na fatura, através do qual uma concessionária paga por uma atualização e recupera o custo por meio de contas de energia mensais. 
  • Mecanismos de compartilhamento de riscos.
  • Investimentos públicos e privados.
  • Hipotecas verdes.
  • Incorporação de resfriamento sustentável em salvaguardas ESG para bancos multilaterais.
  • Proteção de pequenos agricultores em economias em desenvolvimento com financiamento de sementes.

Para muitos países em desenvolvimento, serão necessários financiamentos concessionais específicos.

NOTAS AOS EDITORES

Sobre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)

O PNUMA é a principal voz global sobre o meio ambiente. Proporciona liderança e incentiva a parceria no cuidado com o meio ambiente, inspirando, informando e permitindo que nações e povos melhorem sua qualidade de vida sem comprometer a qualidade de vida das gerações futuras.

Sobre a Coalizão para o Resfriamento 

A Coalizão para o Resfriamento, liderada pelo PNUMA, é uma rede global de várias partes interessadas que conecta uma ampla gama de atores importantes de governos, cidades, organizações internacionais, empresas, finanças, universidades e grupos da sociedade civil para facilitar a troca de conhecimentos, a defesa e a ação conjunta para uma rápida transição global para o resfriamento sustentável. Atualmente, a Coalizão está trabalhando com mais de 130 parceiros, incluindo 23 países.

A Coalizão é um dos resultados oficiais e "Iniciativas de Transformação" apresentadas pelo Escritório Executivo do Secretário-Geral para a Cúpula de Ação Climática da ONU de 2019 e o parceiro de entrega técnica para a COP28 da Presidência dos Emirados Árabes Unidos no Compromisso Global de Resfriamento.

Sobre o Compromisso Global de Resfriamento 

O Compromisso Global oferece uma oportunidade de se comprometer com o resfriamento sustentável por meio de ações concretas. Uma iniciativa dos Emirados Árabes Unidos como anfitrião da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2023 (COP28), o Compromisso Global é uma das nove declarações, promessas e cartas não negociadas que constituem os principais resultados da Agenda de Ação Presidencial da COP28.

Seu objetivo é aumentar a ambição e a cooperação internacional por meio de metas globais coletivas para reduzir as emissões relacionadas à refrigeração em 68% até 2050, aumentar significativamente o acesso à refrigeração sustentável até 2030 e aumentar a eficiência média global dos novos aparelhos de ar condicionado em 50%.

Para mais informações, por favor entre em contato:

  • Unidade de Notícias e Mídia, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA): unep-newsdesk@un.org
Fonte:

Sistema das Nações Unidas no Brasil
••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável  Site da ONU Brasil  Instagram  Twitter  YouTube  Vimeo  Facebook  Cadastro