domingo, 11 de abril de 2021

ACNUR lança vídeo inédito em apoio aos times Olímpico e Paralímpico de atletas refugiados

A atleta e embaixadora do ACNUR, Yusra Mardini, treina numa piscina em Catânia, Sicília.
A atleta e embaixadora do ACNUR, Yusra Mardini, treina numa piscina em Catânia, Sicília.
Foto | Jordi Matas/ACNUR

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) lançou nesta terça-feira (6) um vídeo inédito nas redes sociais conclamando o mundo a apoiar os Times Olímpico e Paralímpico de Refugiados. No centro desta campanha global está "A Jornada" (The Journey, em inglês),  um vídeo de pouco mais de um minuto que descreve de maneira dramática as extraordinárias histórias de atletas refugiados aspirantes aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste ano.

Divulgado no Dia Internacional do Esporte para Desenvolvimento e Paz (6 de abril), "A Jornada" dramatiza a história de uma pessoa refugiada forçada a deixar sua casa a pé para escapar de conflitos e perseguições. Deslocando-se por terra e por mar, ela termina por encontrar segurança, reestabelece sua vida e começa a correr em direção a um novo objetivo: uma medalha.

Criado com a colaboração de dois participantes do programa de bolsas para refugiados atletas do Comitê Olímpico Internacional (COI), o filme destaca o poder do esporte para trazer esperança e mudança na vida de todas as pessoas que foram forçadas a deixar seu país.

Atualmente, 60 atletas e para-atletas refugiados treinam com a esperança de competir nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020. O ACNUR está trabalhando com o COI e o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, da sigla em inglês) para apoiar os atuais atletas refugiados que, apesar dos desafios do deslocamento forçado e da pandemia da COVID-19, continuam a treinar para manter vivos os seus sonhos de competir em Tóquio.

Sendo a agência humanitária que lidera a resposta global de proteção às pessoas forçadas a deixar suas casas e comunidades devido a guerras e conflitos, o ACNUR sabe que o esporte é mais do que uma atividade de lazer: ele tem o poder de trazer esperança e ajudar as pessoas refugiadas a recuperar o controle sobre seu futuro.

Com mais de 80 milhões de pessoas forçadas a se deslocar em todo o mundo, o ACNUR trabalha junto com governos, o mundo esportivo, empresas, academia, sociedade civil e refugiados para construir um mundo melhor em que cada pessoa forçada a se deslocar – incluindo pessoas com deficiências – possam acessar e participar de atividades esportivas, em todos os níveis.

"A Jornada" foi criado para o ACNUR, em parceria com o COI e o IPC, pela agência "Don't Panic" e dirigido pelo coletivo de diretores Pantera por meio da produtora "Anonymous Content".

"A história de 'A Jornada' é similar à minha e dos meus colegas atletas refugiados. Estou treinando duro na esperança de chegar a Tóquio. Eu quero ajudar as pessoas em todos os lugares a entender melhor a vida das pessoas refugiadas e o poder do esporte em mudar vidas. Espero que as pessoas apoiem os times olímpicos e paralímpicos de refugiados", diz Rose Nathike Lokonyen, que integrou a equipe olímpica de refugiados nas Olimpíadas do Rio (2016) e colaborou com o ACNUR na produção do filme. Ela é uma refugiada do Sudão do Sul e vive no Quênia.

"Estamos muito orgulhosos em apoiar os atletas refugiados treinando para os jogos olímpicos e paralímpicos. Apesar de todos os contratempos, estes atletas extraordinários e extraordinárias têm mantido vivo o sonho de representar milhões de pessoas refugiadas de todo o mundo. Junto com nossos parceiros COI e IPC, estamos dedicados a construir um mundo no qual todas as pessoas forçadas a fugir – inclusive aquelas com deficiências – possam acessar o direito a praticar esportes e jogar em todos os níveis", afirma a diretora de Relações Externas do ACNUR, Dominique Hyde,

No mês em que a ONU Brasil promove o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 para "assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades", o ACNUR reforça o esporte como meio de convivência pacífica e harmoniosa entre crianças, jovens, adultos e idosos em suas comunidades, independentemente de suas nacionalidades.

ACNUR - A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) é dedicada a salvar vidas, proteger os direitos e construir um melhor futuro para as pessoas que foram forçadas a deixar suas comunidades e seu país por causa de guerras, conflitos e perseguições. O ACNUR lidera a ação internacional para proteger pessoas refugiadas, comunidades forçadas a se deslocar e pessoas sem nacionalidade (apátridas). A agência entrega assistência humanitária emergencial, como abrigamento, comida e água, ajuda a salvaguardar direitos humanos fundamentais, e desenvolve soluções que asseguram a essas pessoas um espaço seguro para se chamar de "lar", onde podem construir um futuro melhor. Também assegura que pessoas apátridas tenham acesso a uma nacionalidade. O ACNUR está presente em mais de 130 países, utilizando seu conhecimento para proteger e cuidar de milhões de pessoas. 

COI e IPC - O Comitê Olímpico Internacional (COI), uma organização internacional não governamental, civil e que não visa lucros, formada por voluntários comprometidos em construir um mundo melhor por meio do esporte. O COI redistribuiu mais de 90% dos seus recursos com a expansão do movimento esportivo, o que significa 3,4 milhões de dólares são aplicados todos os dias no apoio a atletas e organizações esportivas em todo o mundo. 

O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) é a entidade de governança global do Movimento Paralímpico. Ele coordena a organização dos jogos paralímpicos de verão e inverno. A visão do IPC é fazer um mundo mais inclusivo por meio dos para-esportes. 

Assista ao vídeo aqui.

Para imagens de atletas refugiados e das equipes na Rio 2016, clique aqui

ONU BRASIL


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