- O Sistema ONU no Brasil divulgou nesta sexta-feira (9) uma nota em que ressalta a necessidade de adoção de medidas preventivas para diminuir a transmissão do coronavírus no país, onde a pandemia teve um recrudescimento.
- Para a coordenadora residente interina da ONU no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, a falta de uma estratégia nacional centralizada de vacinação e de medidas restritivas efetivas estão levando o país a uma catástrofe.
- A nota lembra que o início da vacinação traz esperança, mas num contexto de escassez de vacinas, é imprescindível seguir as recomendações de cientistas e profissionais de saúde para conter a transmissão da COVID-19.
- Usar corretamente a máscara, higienizar frequentemente as mãos, manter a distância mínima de 2 metros de outras pessoas e privilegiar espaços abertos quando for preciso sair de casa são ações que podem salvar vidas.
- Leia a íntegra da nota a seguir.
O Sistema ONU acompanha com preocupação o recrudescimento da pandemia de COVID-19 no Brasil e ressalta a necessidade de adoção de medidas preventivas para diminuir a curva de transmissão do coronavírus e garantir o direito humano à saúde. O aumento persistente no número de casos e de óbitos deve servir de alerta para todos – governos, população, sociedade civil, academia, setor privado, instituições religiosas, entre outros – quanto à urgência de interromper a escalada da doença no país, sobretudo para evitar o surgimento de novas variantes do vírus.
"A intensificação da curva de óbitos, a falta de medidas restritivas efetivas e a falta de uma estratégia nacional centralizada de vacinação estão levando o país a uma catástrofe", afirma Marlova Jovchelovitch Noleto, Coordenadora Residente interina da ONU no Brasil.
"Estamos falando de milhares de vidas que estão sendo perdidas por falta de ações assertivas para conter a pandemia no Brasil. Precisamos lembrar que as vacinas são essenciais, mas elas não resolverão o problema imediato do país, que apresenta atualmente o maior número de óbitos diários por COVID-19 do mundo. Até que todas e todos estejam vacinados e protegidos contra a doença, todas as medidas de redução do contágio devem ser respeitadas. Reduzir a disseminação do vírus, garantir apoio econômico à população e agilizar a vacinação devem ser as prioridades do país", completa a Coordenadora Residente interina.
O país precisa urgentemente de um plano nacional de resposta à crise. Os sistemas público e privado de saúde estão sobrecarregados e há registros de filas por leitos hospitalares. Precisamos proteger as trabalhadoras e os trabalhadores de saúde, que estão na linha de frente diariamente, arriscando as próprias vidas para salvar as nossas. O início da vacinação traz esperança, no entanto, num contexto de escassez de vacinas em nível global e nacional, é imprescindível seguir as recomendações de cientistas e profissionais de saúde para conter a transmissão da COVID-19.
Usar corretamente a máscara, higienizar frequentemente as mãos, manter a distância mínima de 2 metros de outras pessoas e privilegiar espaços abertos quando for preciso sair de casa são ações que podem salvar vidas. Ninguém está imune à doença, nem mesmo crianças e jovens, portanto é responsabilidade de todas e todos proteger a si e aos outros. Quem puder deve ficar em casa, já que é o lugar mais seguro para evitar o contágio da doença. Não é hora de festas nem de aglomerações.
As Nações Unidas instam os governos a adotar estratégias de restrição da circulação de pessoas e a prover o apoio necessário à população para que essas medidas possam de fato ser cumpridas. Além disso, governos e empresas devem oferecer as condições necessárias para que profissionais de áreas classificadas como essenciais possam seguir desempenhando suas funções em segurança. Paralelamente, todas as medidas de saúde pública devem ser mantidas, como testes de diagnóstico, rastreamento de contatos, isolamento de casos confirmados, quarentena assistida e atendimento de saúde de qualidade.
Assim que a vacina estiver disponível para cada grupo prioritário, as pessoas devem se vacinar, seguindo as recomendações das autoridades locais de saúde.
ONU BRASIL
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