quarta-feira, 3 de abril de 2024

No Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, evento na ONU celebra as contribuições das pessoas com autismo para a sociedade


Estabelecido pela Assembleia Geral da ONU em 2007, o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo busca afirmar e promover a plena realização de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais para pessoas com autismo em igualdade de condições com as demais pessoas. 

Reunindo pessoas com autismo e organizações da sociedade civil de todos os continentes, um evento comemorativo será realizado a partir das 11h (hora de Brasília) desta terça-feira (2) na sede das Nações Unidas, com transmissão ao vivo no canal da ONU no YouTube. O Brasil será representado por Sarah Fernn, líder em impacto social de São Paulo, e Lethicia Di Blasio, participante do programa "Nova Geração de Advogadas". 

Em sua mensagem para a data internacional, o secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatiza que "para ampliar o apoio e o investimento em países e comunidades, é necessário trabalhar lado a lado com as pessoas com autismo e seus aliados". 


Organização quer apoio em tecnologia para permitir que pessoas com a condição desfrutem dos mesmos direitos que outras; Assembleia Geral defende maior consciência pública sobre o autismo e promoção da aceitação e valorização.

Legenda: Ao estabelecer a data internacional em 2007, a Assembleia Geral das Nações Unidas buscou promover maior conscientização pública sobre o autismo e defender a plena realização dos direitos humanos das pessoas com autismo.
Foto: © RDNE Stock/Pexels.

Para marcar o Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, neste 2 de março, as Nações Unidas pedem união para reconhecer e celebrar as importantes contribuições das pessoas vivendo com a condição. 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, lista barreiras nos direitos à educação, ao emprego e à inclusão social consagrados na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, de 2006, e na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

"Por uma questão de direitos fundamentais, os governos devem investir em sistemas de apoio comunitário mais fortes, programas de educação e treinamento inclusivos e soluções acessíveis e baseadas em tecnologia para permitir que as pessoas com autismo desfrutem dos mesmos direitos que as demais", destaca Guterres em sua mensagem para a data internacional.  

Pela passagem da data, a sede da ONU em Nova Iorque acolhe o primeiro evento intitulado "Passando da sobrevivência para a excelência: Pessoas com autismo compartilham suas perspectivas". 

As Nações Unidas defendem que esta celebração é um "meio de afirmar e promover a plena realização de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais para as pessoas autistas, em igualdade de condições com os outros". 

A organização cita progressos nesse sentido, que foram conseguidos principalmente graças às pessoas com autismo e seus muitos defensores, que atuam para levar a experiência vivida por elas para o mundo. 

Ao adotar a data, em 2007, a Assembleia Geral enfatizou a importância de se aumentar a consciência pública sobre o autismo e promover a valorização das pessoas com autismo e suas contribuições para a sociedade.

SERVIÇO

Evento "Passando da sobrevivência para a excelência: Pessoas com autismo compartilham suas perspectivas"

Sobre o autismo: 

O transtorno do espectro autista (TEA) se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva.  

O TEA começa na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, as condições são aparentes durante os primeiros cinco anos de vida.  

Indivíduos com transtorno do espectro autista frequentemente apresentam outras condições concomitantes, incluindo epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O nível de funcionamento intelectual em indivíduos com TEA é extremamente variável, estendendo-se de comprometimento profundo até níveis superiores. Embora algumas pessoas com transtorno do espectro autista possam viver de forma independente, outras têm graves incapacidades e necessitam de cuidados e apoio ao longo da vida.

As intervenções psicossociais baseadas em evidências, como o tratamento comportamental e os programas de treinamento de habilidades para os pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e comportamento social, com impacto positivo no bem-estar e qualidade de vida das pessoas com TEA e seus cuidadores. As intervenções para as pessoas com transtorno do espectro autista precisam ser acompanhadas por ações mais amplas, tornando ambientes físicos, sociais e atitudinais mais acessíveis, inclusivos e de apoio.

Em todo o mundo, as pessoas com transtorno do espectro autista são frequentemente sujeitas à estigmatização, discriminação e violações de direitos humanos. Globalmente, o acesso aos serviços e apoio para essas pessoas é inadequado. 

Mais informações: 



Nenhum comentário:

Postar um comentário