quarta-feira, 25 de março de 2020

COVID-19: ACNUR e parceiros apoiam refugiados e comunidades de acolhida na emergência


As ações de prevenção e enfrentamento à pandemia do novo coronavírus que estão sendo adotadas pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e seus parceiros no Brasil estão beneficiando pessoas refugiadas e as comunidades que as acolhem, evitando a transmissão da COVID-19 nestas populações.
Entre as atividades estão o compartilhamento de informações sobre como se prevenir contra a COVID-19, a distribuição de kits de higiene e limpeza para grupos mais vulneráveis e o fortalecimento da capacidade de atendimento em saúde à população.
Sessões informativas em abrigos e assentamentos informais fazem parte da estratégia de contenção à COVID-19 entre a população refugiada, migrante e brasileira. Foto: ACNUR/Paulo Lugoboni
Sessões informativas em abrigos e assentamentos informais fazem parte da estratégia de contenção à COVID-19 entre a população refugiada, migrante e brasileira. Foto: ACNUR/Paulo Lugoboni
As ações de prevenção e enfrentamento à pandemia do novo coronavírus que estão sendo adotadas pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e seus parceiros no Brasil estão beneficiando pessoas refugiadas e as comunidades que as acolhem, evitando a transmissão da COVID-19 nestas populações.
Entre as atividades estão o compartilhamento de informações sobre como se prevenir contra a COVID 19, a distribuição de kits de higiene e limpeza para grupos mais vulneráveis e o fortalecimento da capacidade de atendimento em saúde à população.
A Agência da ONU para Refugiados também está prestando assessoria técnica para autoridades públicas lidando com a pandemia e apoiando seus parceiros em todo o Brasil na preparação dos seus planos de contingência, visando uma maior segurança para a população refugiada e para as comunidades onde ela se encontra.
No âmbito da resposta humanitária emergencial que já acontece para refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil, o ACNUR está realizando sessões informativas com a população abrigada em Roraima (Boa Vista e Pacaraima) e Amazonas (Manaus).
Conteúdos em espanhol e idiomas de etnias indígenas são distribuídos por meio de grupos de WhatsApp e outras redes de apoio, inclusive no Pará. O mesmo conteúdo, em português, tem sido compartilhando com as comunidades urbanas fora dos abrigos, onde vivem refugiados e migrantes venezuelanos.
Todas estas atividades são feitas em coordenação com a Operação Acolhida (resposta voltada para refugiados e migrantes venezuelanos e liderada pelo governo federal) e em conjunto com as agências da ONU e organizações da sociedade civil reunidas sob a iniciativa R4V (Plataforma de Resposta a Venezuelanos e Venezuelanas).
Estima-se que pelo menos 10 mil refugiados e migrantes venezuelanos já tenham recebido as informações distribuídas pelo ACNUR e seus parceiros. Estas pessoas estão abrigadas pela Operação Acolhida e por instituições da sociedade civil, como também vivendo em assentamentos espontâneos (particularmente em Boa Vista).
Os materiais de informação têm como base conteúdos produzidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e são dispostos nos abrigos em Roraima e Amazonas, assim como em comunidades indígenas brasileiras fronteiriças, assentamentos informais e outros pontos de referência (estações rodoviárias e centros de atendimento) desta população.
Nos abrigos de Pintolândia, em Roraima, crianças indígenas da etnia Warao treinam como lavar as mãos adequadamente, após instruções das equipes do ACNUR e de seus parceiros. Foto: ACNUR/Allana Ferreira
Nos abrigos de Pintolândia, em Roraima, crianças indígenas da etnia Warao treinam como lavar as mãos adequadamente, após instruções das equipes do ACNUR e de seus parceiros. Foto: ACNUR/Allana Ferreira
Cerca de 15 mil refugiados e migrantes venezuelanos em Pacaraima, Boa Vista, Belém e Manaus já foram beneficiados com a distribuição de aproximadamente 8,3 mil itens de assistência humanitária emergencial, como kits de higiene e limpeza, colchões, mosquiteiros, redes, roupas e fraldas para crianças e idosos. Kits adicionais serão distribuídos nas próximas semanas.
Para fortalecer a capacidade de resposta em saúde, o ACNUR está apoiando a construção de uma área de proteção e cuidados para venezuelanos e brasileiros em Boa Vista.
A construção está sendo liderada pela Força Tarefa Logística e Humanitária da Operação Acolhida, com capacidade para até 1.200 leitos, com uma área para casos suspeitos. O início de suas atividades está previsto para esta semana. Os serviços também poderão ser utilizados por moradores de outras cidades de Roraima que não tenham onde ficar em Boa Vista.
Em apoio a esta iniciativa da Operação Acolhida, o ACNUR doou 200 unidades habitacionais usadas nos abrigos para serem usadas como locais de atendimento e isolamento, além de colchões e kits de higiene.
Com o fechamento temporário da fronteira entre o Brasil e a Venezuela e a redução do fluxo de refugiados e migrantes no país, as equipes do ACNUR estão se somando aos esforços de prevenção da prefeitura de Pacaraima por meio de voluntários venezuelanos que distribuem panfletos informativos em português e espanhol nos bairros da cidade. Sessões informativas também estão sendo feitas com as comunidades indígenas na fronteira.
"Um plano de ação rápido e coordenado é parte fundamental para a prevenção da COVID-19 em um contexto de uma emergência adicional, dentro da emergência que já respondemos em relação aos refugiados e migrantes venezuelanos. Com nossos parceiros e apoio da comunidade internacional, estamos cooperando com as autoridades públicas para garantir que pessoas refugiadas continuem sendo incluídas nas ações de contenção do novo coronavírus. Esta abordagem também visa a saúde e proteção da população brasileira", ressaltou o representante do ACNUR no Brasil, José Egas.

Alcance nacional

A nível nacional, o ACNUR e parceiros estão ajustando suas atividades para manter a resposta à população refugiada, não só na contenção de riscos relacionadas à COVID-19.
Enquanto o atendimento presencial tem sido reduzido em todo o país, serviços essenciais são mantidos. O ACNUR também tem orientado governos locais sobre planos de contingência e ordenamento de abrigos voltados para a população de rua e grupos mais vulneráveis.
Por meio do monitoramento contínuo das fronteiras e dos aeroportos, as equipes do ACNUR e de seus parceiros trabalham para conter outros potenciais riscos adicionais envolvendo a chegada de pessoas refugiadas e solicitantes de refúgio. Assim, é possível identificar e agir em casos de tráfico humano, violência de gênero e crianças desacompanhadas.
Enquanto o contexto da pandemia testa as capacidades de resposta emergencial no norte do Brasil, soluções digitais ajudam na disseminação de informação para a população refugiada em todo o país. Por meio da plataforma HELP, o ACNUR compartilha mensagens informativas em cinco idiomas (português, espanhol, inglês, francês, árabe) com diretrizes claras de medidas preventivas que são compartilhadas em tempo real.
O trabalho de combate à COVID-19 acontece em meio a apelos internacionais para maior cooperação dos estados e a inclusão de populações vulneráveis em suas respostas, o que garante maior proteção à saúde de pessoas deslocadas e das comunidades que as acolhem.
"Neste contexto, agir preventivamente é a melhor forma e garantir a saúde de todos", reforça José Egas. "É uma forma de o ACNUR contribuir para não sobrecarregar os sistemas de saúde pública e, ao mesmo tempo, reforçar que nossos valores são inclusivos", conclui.
Esta pandemia é um desafio global que deve ser enfrentada por meio da solidariedade e cooperação em diferentes níveis, segundo o ACNUR. Também serve como um lembrete de que, para combater efetivamente qualquer emergência de saúde pública, todos – incluindo pessoas refugiadas, solicitantes de refúgio e migrantes – devem poder acessar instalações e serviços de saúde de maneira não discriminatória.

Via ONU Brasil

ONU lança plano de resposta humanitária: abordagem global é a única maneira de lutar contra o COVID-19


O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lançou nesta quarta-feira (25) um plano de resposta humanitária global de 2 bilhões de dólares para lutar contra a COVID-19 nos países mais vulneráveis, numa proposta para proteger milhões de pessoas e evitar que o vírus pare de circular no mundo. O plano contempla 51 países na América do Sul, África, Oriente Médio e Ásia.
O COVID-19 já matou mais de 16 mil pessoas em todo o mundo e há aproximadamente 400 mil casos registrados.
O plano de resposta será implementado pelas agências da ONU, com Organizações Não Governamentais (ONGs) internacionais e consórcios de ONGs tendo um papel direto na resposta.
O plano prevê o envio de equipamentos para testes e suprimentos médicos, instalação de  estações para lavagem das mãos em acampamentos e assentamentos, campanhas de informação pública e pontes aéreas para levar trabalhadores e insumos na América Latina, África e Ásia.
Plano de Resposta Humanitária Global do COVID-19 será coordenado pelo Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) e depende de abordagem global - Foto: Gerd Altmann/Pixabay
Plano de Resposta Humanitária Global do COVID-19 será coordenado pelo Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) e depende de abordagem global – Foto: Gerd Altmann/Pixabay
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lançou nesta quarta-feira (25) um plano de resposta humanitária global de 2 bilhões de dólares para lutar contra a COVID-19 nos países mais vulneráveis, numa proposta para proteger milhões de pessoas e evitar que o vírus pare de circular no mundo. O Plano contempla 51 países na América do Sul, África, Oriente Médio e Ásia.
O COVID-19 já matou mais de 16 mil pessoas em todo o mundo e há aproximadamente 400 mil casos registrados. Ele está presente em todo o planeta e agora está alcançando países que já enfrentam crises humanitárias provocadas por conflito, desastres naturais e mudanças climáticas.
O Plano de Resposta será implementado pelas agências da ONU, com Organizações Não Governamentais (ONGs) internacionais e consórcios de ONGs tendo um papel direto na resposta. O Plano irá:

• Entregar equipamento laboratorial essencial para testes do vírus e suprimentos médicos para tratamento das pessoas;
• Instalar estações para lavagem das mãos em acampamentos e assentamentos;
• Lançar campanhas de informação pública sobre como se proteger e proteger aos outros do vírus;
• Estabelecer pontes aéreas e "hubs" na África, Ásia e América Latina para levar trabalhadores humanitários e suprimentos onde for mais necessário.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a COVID-19 é uma ameaça para toda a humanidade e por isso "toda a humanidade deve reagir". "As respostas individuais de cada país não serão suficientes. Devemos ajudar os mais vulneráveis, milhões e milhões de pessoas que são menos capazes de se proteger. Esta é uma questão básica de solidariedade humana. Também é crucial para combater o vírus", alertou Guterres.
O subsecretário-geral de Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, lembrou que o novo coronavírus já destruiu vidas em alguns dos países mais ricos e agora está atingindo lugares onde as pessoas vivem em áreas de guerra, onde não há fácil acesso a água limpa e sabão e onde não há expectativa de leito hospitalar se ficarem criticamente doentes. "Deixar os países mais pobres e vulneráveis á própria sorte seria cruel e insensato. Se deixarmos o coronavírus se espalhar livremente nestes países, colocaremos milhões em risco, com regiões inteiras mergulhadas no caos e o vírus terá a oportunidade de circular novamente ao redor do planeta", afirmou.
Lowcock reconheceu que os países lutando contra a pandemia em casa estão corretos em priorizar as pessoas vivendo dentro de suas comunidades mas que falharão em proteger seu povo se não agirem agora para ajudar os países mais pobres a se proteger.
"Nossa prioridade é ajudar estes países a se preparar e continuar a ajudar milhões que dependem da assistência humanitária da ONU para sobreviver. Adequadamente financiada, nossa resposta global irá equipar organizações humanitárias com ferramentas para lutar contra o vírus, salvar vidas e ajudar a conter o avanço da COVID-19 em todo o mundo", afirmou.
O diretor-geral da Organização Mundial de Sáude (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o virus agora está chegando a países com sistemas de saúde frágeis, incluindo alguns que já estão enfrentando crises humanitárias. "Estes países precisam do nosso apoio – não só por solidariedade mas também para nos proteger e ajudar a acabar com esta pandemia. Ao mesmo tempo, não podemos lutar contra a pandemia às custas de outras emergências de saúde humanitária", pediu o dirigente.
A diretora executive do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrietta Fore, lembrou que há crianças entre as vítimas da pandemia do novo coronavírus e que o fechamento de escolas está afetando a educação, a saúde mental e o acesso a serviços de saúde básicos. Por conta disso, ela alertou que os riscos de exploração e abuso são maiores do que nunca, tanto para meninos quanto para meninas. "Para crianças em trânsito ou vivendo em conflito, as consequências serão diferentes de tudo o que já tivermos visto. Não podemos deixa-las de lado", avisou.
Os quatro dirigentes participaram do lançamento virtual do Plano de Resposta Humanitária Global do COVID-19, através de conexão em vídeo. Juntos eles pediram que os estados-membros se comprometam a deter o impacto do COVID-19 nos países vulneráveis e contenham o vírus globalmente ao dar o apoio mais forte possível ao Plano, enquanto mantenham o apoio principal aos apelos humanitários existentes para ajudar mais de 100 milhões de pessoas que já dependem da assistência humanitária da ONU apenas para sobreviver.
Os estados-membros foram alertados de que qualquer desvio de financiamento de operações humanitárias existentes poderia criar um ambiente onde cólera, sarampo e meningite poderiam proliferar e no qual mais crianças ficariam desnutridas e onde extremistas poderiam assumir o controle – um solo fértil para o avanço do coronavírus.
Para iniciar o Plano de Resposta, Lowcock liberou 60 milhões de dólares adicionais do Fundo de Resposta Emergencial Central da ONU, elevando o apoio em resposta da pandemia para 75 milhões de dólares. Além disso, fundos conjuntos já alocaram mais de três milhões de dólares.
O novo direcionamento de recursos do Fundo – um dos maiores já feitos – irá contribuir para que o Programa Mundial de Alimentos garanta a continuidade das cadeias de abastecimento e transporte para trabalhadores e produtos de assistência, que a Organização Mundial de Saúde contenha o avanço da pandemia; e que outras agências garantam assistência e proteção humanitária para aqueles afetados diretamente pela pandemia, incluindo mulheres e meninas, refugiados e pessoas em deslocamento. O apoio inclui esforços em segurança alimentar, saúde física e mental, água e saneamento, nutrição e proteção.
O Plano de Resposta Humanitária Global do COVID-19 será coordenado pelo Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) e está disponível aqui. Ele reúne necessidades da Organização Mundial de Saúde (OMS), Organizacão das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Organização Internacional para Migração (OIM), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo das Nações Unidas para População (UNFPA), ONU Habitat, Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Programa Mundial de Alimentos (WFP).
Para mais informações:

Porta-voz da OMS: Tarik Jasarevic, +41 793 676 214, jasarevict@who.int
OCHA em Nova Iorque: Zoe Paxton, + 1 917 297 1542, paxton@un.org
OCHA em Genebra: Jens Laerke, +41 79 472 9750, laerke@un.org

Íntegra da fala do secretário-geral da ONU, António Guterres:
O mundo enfrenta uma ameaça sem precedentes.saúA pandemia do COVID-19 alastrou-se rapidamente por todo o globo. Espalhou sofrimento, perturbou milhões de vidas e colocou em risco a economia global. O COVID-19 é uma ameaça para toda a humanidade e, por isso, toda a humanidade deve reagir. As respostas individuais de cada país não serão suficientes. Os países ricos, com sistemas de saúde fortes, não estão aguentando a pressão. Neste momento, o vírus está chegando a países que vivem crises humanitárias causadas por conflitos, desastres naturais e alterações climáticas. São lugares onde as pessoas que foram forçadas a fugir das suas casas, devido bombas, violência ou inundações, vivem sob coberturas de plástico no campo, amontoadas em campos de refugiados ou em assentamentos informais. Estas pessoas não têm uma casa onde se possam isolar ou manter a distância social. Não têm água limpa e sabão para realizar o ato mais básico de autoproteção contra o vírus: lavar as mãos. E, caso fiquem gravemente doentes, não terão acesso a um sistema de saúde que possa fornecer uma cama de hospital e um ventilador. Devemos ajudar os mais vulneráveis, milhões e milhões de pessoas que são menos capazes de se proteger. Esta é uma questão básica de solidariedade humana. Também é crucial para combater o vírus. O mundo é tão forte quanto o nosso sistema de saúde mais fraco. Se não tomarmos medidas decisivas agora, temo que o vírus se instale nos países mais frágeis, deixando todo o mundo vulnerável enquanto continua a circular pelo planeta, ignorando fronteiras. Este é o momento para apoiar os vulneráveis. Os mais idosos, as pessoas com doenças crónicas e as pessoas com deficiência correm riscos particulares e desproporcionais, e exigem um esforço total para que as suas vidas sejam salvas e o seu futuro protegido. Também estamos cientes do forte impacto que a crise tem nas mulheres de todo o mundo, em muitas frentes, em particular, na perda dos seus meios de subsistência, no aumento da carga de trabalho não-remunerado e na crescente exposição à violência doméstica. Hoje lançamos um Plano Global de Resposta Humanitária de  2 bilhões  de dólares para financiar a luta contra o COVID-19 nos países mais pobres do mundo. Coordenado pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, este Plano interagencial contempla apelos já feitos pela Organização Mundial da Saúde e por outros parceiros da ONU, além de identificar novas necessidades. Com o financiamento adequado, este Plano salvará muitas vidas e fornecerá recursos às agências humanitárias e às ONGs para a aquisição de testes de laboratório e equipamentos médicos, destinados ao tratamento dos doentes e à proteção dos profissionais de saúde. O Plano também inclui medidas adicionais para apoiar as comunidades anfitriãs que continuam a abrir generosamente as suas casas e cidades aos refugiados e aos deslocados. Precisamos agir agora para conter o impacto do COVID-19 em contextos humanitários já vulneráveis. E precisamos continuar a apoiar os planos de resposta humanitária existentes dos quais 100 milhões de pessoas dependem. Se esse financiamento for desviado, as consequências podem ser catastróficas: a disseminação da cólera, sarampo e meningite; maiores níveis de desnutrição infantil e um golpe na capacidade destes países em combater o vírus. Vamos fazer o possível para evitar que o COVID-19 crie o caos em regiões com uma limitada capacidade em prestar assistência médica. Ao mesmo tempo, estamos fazendo todo o possível para planejar e antecipar a resposta para uma rápida retomada nos países que mais precisam, para que possamos ter uma nova economia sustentável e inclusiva, que não deixe ninguém para trás. Pedi aos coordenadores residentes das Nações Unidas e às equipes da ONU espalhadas por todo o mundo que apoiem os países a lidar com as implicações socioeconómicas desta pandemia, o que exigirá um mecanismo de financiamento adequado. Apoiar este plano de resposta humanitária é uma necessidade para a segurança da saúde mundial.

É um imperativo moral e um interesse de todos.
E é um passo crucial para vencer esta luta.
Apelo aos governos para que prestem todo o seu apoio.
Obrigado.
Via ONU BRASIL

Nome Científico do Capim Colonião


O nome científico do Capim Colonião é Panicum maximum

terça-feira, 24 de março de 2020

Cidade de Deus é a primeira favela a registrar um caso de contágio do novo coronavírus no Rio

Cidade de Deus, primeira favela a registrar um caso de contágio do novo coronavírus no Rio, é resultado de um projeto de confinamento de pobres" em áreas afastadas. Conversei com o cineasta Fernando Meirelles (do filme "Cidade de Deus") e com o ator Leandro Firmino (que interpretou o personagem "Zé Pequeno") sobre a vulnerabilidade das favelas. Foi no Em Pauta da Globonews. Confira!  

Fonte: Boletim do Jornalista André Trigueiro

Chefe da ONU pede solidariedade, esperança e resposta global coordenada para combater pandemia



À medida que o medo e a incerteza do público crescem em torno da pandemia da COVID-19, "mais do que nunca, precisamos de solidariedade, esperança e vontade política para enfrentar essa crise juntos", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, nesta quinta-feira (19), em sua primeira coletiva de imprensa virtual.

O chefe da ONU disse que enfrentar a emergência de saúde é a sua preocupação número um, e defendeu a ampliação dos gastos com saúde para cobrir, entre outras coisas e "sem estigma", testes, apoio aos profissionais de saúde e garantia de suprimentos adequados.

Sobre o âmbito econômico, salientou: "fundamentalmente, precisamos nos concentrar nas pessoas – nos trabalhadores mais vulneráveis, com baixos salários, pequenas e médias empresas". "Isso significa apoio salarial, seguro, proteção social, prevenção de falências e perda de empregos". Leia a reportagem completa.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, durante coletiva de imprensa virtual sobre a pandemia de COVID-19. Foto: Reprodução

O secretário-geral da ONU, António Guterres, durante coletiva de imprensa virtual sobre a pandemia de COVID-19. Foto: Reprodução

À medida que o medo e a incerteza do público crescem em torno da pandemia da COVID-19, "mais do que nunca, precisamos de solidariedade, esperança e vontade política para enfrentar essa crise juntos", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, nesta quinta-feira (19), em sua primeira coletiva de imprensa virtual.

Diferentemente de qualquer crise de saúde global nos 75 anos de história das Nações Unidas, a pandemia do novo coronavírus está espalhando sofrimento humano, infectando a economia global e prejudicando a vida das pessoas, acrescentou.

Pedindo solidariedade global, Guterres disse: "nossa família humana está estressada e o tecido social está sendo rasgado. As pessoas estão sofrendo, doentes e assustadas".

Como as respostas no nível nacional não podem abordar sozinhas a escala e a complexidade globais da crise, ele sustentou que "é necessária uma ação política coordenada, decisiva e inovadora" das principais economias do mundo.

Guterres disse esperar participar da cúpula de emergência dos líderes do G20 na próxima semana para responder ao "desafio épico" representado pela atual pandemia.

"Minha mensagem central é clara", disse. "Estamos em uma situação sem precedentes e as regras normais não se aplicam mais".

Indicando que "estamos em guerra com um vírus", o chefe da ONU enfatizou que as respostas criativas "devem corresponder à natureza única da crise – e a magnitude da resposta deve corresponder à sua escala".

E embora a COVID-19 esteja matando pessoas e atacando economias, gerenciando bem a crise, "podemos orientar a recuperação em direção a um caminho mais sustentável e inclusivo", disse ele.

"Peço aos líderes mundiais que se unam e ofereçam uma resposta urgente e coordenada a essa crise global", afirmou.

Emergência de saúde

O chefe da ONU disse que enfrentar a emergência de saúde é a sua preocupação número um, e defendeu a ampliação dos gastos com saúde para cobrir, entre outras coisas e "sem estigma", testes, apoio aos profissionais de saúde e garantia de suprimentos adequados.

"Está provado que o vírus pode ser contido. Ele deve ser contido", disse ele, aconselhando a mudança de uma estratégia de país para país a uma "resposta global coordenada, incluindo a ajuda a países menos preparados para enfrentar a crise".

"A solidariedade global não é apenas um imperativo moral, é do interesse de todos", afirmou Guterres, instando os governos a atender plenamente aos apelos da Organização Mundial da Saúde (OMS), dizendo: "somos tão fortes quanto o sistema de saúde mais fraco".

Resposta e recuperação

Como segunda prioridade frente à crise, Guterres citou o impacto social e a recuperação e resposta econômica.

Ele falou sobre o novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) projetando que os trabalhadores poderão perder cerca de 3,4 trilhões de dólares em renda até o final do ano.

Mas o mundo não está passando por um choque comum na oferta e na demanda, "é um choque para a sociedade como um todo", disse ele.

"Fundamentalmente, precisamos nos concentrar nas pessoas – nos trabalhadores mais vulneráveis, com baixos salários, pequenas e médias empresas", explicou o chefe da ONU. "Isso significa apoio salarial, seguro, proteção social, prevenção de falências e perda de empregos".

Ele defendeu que "a recuperação não deve acontecer nas costas dos mais pobres – e não podemos criar uma legião de novos pobres", insistindo na importância de apoiar os trabalhadores da economia informal e os países menos capazes de responder à crise.

Apelando a um compromisso financeiro global, ele observou que o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e outras instituições financeiras internacionais terão um papel fundamental.

Guterres incentivou o desmantelamento das barreiras comerciais e o restabelecimento das cadeias de suprimentos.

Ele também falou do impacto da pandemia sobre as mulheres, dizendo que elas "carregam desproporcionalmente o fardo em casa e na economia em geral", e sobre as crianças, observando que mais de 800 milhões delas estão fora da escola, "muitas das quais dependem da escola para sua única refeição".

"Enquanto a vida das pessoas é perturbada, isolada e revirada, devemos impedir que essa pandemia se transforme em uma crise de saúde mental", continuou o secretário-geral da ONU, indicando a necessidade de manter programas de apoio aos mais vulneráveis, sublinhando que "as necessidades humanitárias não devem ser sacrificadas".

Diante desse cenário, Guterres afirmou que temos a responsabilidade de voltarmos melhores dessa crise.

"Precisamos garantir que as lições sejam aprendidas e que esta crise seja um momento decisivo de preparação para emergências em saúde e para investimentos em serviços públicos essenciais do século 21 e a entrega efetiva de bens públicos globais", disse ele.

Apontando para a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas, ele concluiu: "devemos manter nossas promessas para as pessoas e o planeta".

Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil | UNIC Rio


Declaração do alto-comissário da ONU para refugiados sobre a crise da COVID-19


Em comunicado publicado na quinta-feira (19), o alto-comissário da ONU para os refugiados, Filippo Grandi, lembra que, diante da disseminação do novo coronavírus, muitos países têm adotado, com razão, medidas excepcionais de limitação de viagens aéreas e dos movimentos transfronteiriços.

No entanto, ele alerta para os efeitos dessas medidas sobre as pessoas que precisam de proteção. "Guerras e perseguições não pararam – e hoje, em todo o mundo, as pessoas continuam fugindo de suas casas em busca de segurança. Estou cada vez mais preocupado com as medidas adotadas por alguns países que poderiam bloquear totalmente o direito de solicitar refúgio."

As irmãs gêmeas Emeline e Eveline lavam as mãos em uma estação pública instalada como medida preventiva contra o coronavírus no Nyabugogo Bus Park, em Ruanda. Foto: Ritzau Scanpix

As irmãs gêmeas Emeline e Eveline lavam as mãos em uma estação pública instalada como medida preventiva contra o coronavírus no Nyabugogo Bus Park, em Ruanda. Foto: Ritzau Scanpix

Em comunicado publicado na quinta-feira (19), o alto-comissário da ONU para os refugiados, Filippo Grandi, lembra que, diante da disseminação do novo coronavírus, muitos países têm adotado, com razão, medidas excepcionais de limitação de viagens aéreas e dos movimentos transfronteiriços.

No entanto, ele alerta para os efeitos dessas medidas sobre as pessoas que precisam de proteção. "Guerras e perseguições não pararam – e hoje, em todo o mundo, as pessoas continuam fugindo de suas casas em busca de segurança. Estou cada vez mais preocupado com as medidas adotadas por alguns países que poderiam bloquear totalmente o direito de solicitar refúgio."

Leia o comunicado completo: 

"Com o mundo se mobilizando para combater a disseminação da COVID-19, muitos países estão adotando, com razão, medidas excepcionais de limitação de viagens aéreas e dos movimentos transfronteiriços.

Para muitas pessoas no mundo todo, a vida cotidiana parou ou está sendo transformada de maneiras que nunca havíamos imaginado.

Mas guerras e perseguições não pararam – e hoje, em todo o mundo, as pessoas continuam fugindo de suas casas em busca de segurança. Estou cada vez mais preocupado com as medidas adotadas por alguns países que poderiam bloquear totalmente o direito de solicitar refúgio.

Todos os Estados devem gerenciar suas fronteiras como bem entenderem no contexto desta crise única. Mas essas medidas não devem resultar no fechamento das vias para o refúgio ou forçar pessoas a voltarem para situações de perigo.

Existem soluções. Se forem identificados riscos à saúde, medidas de triagem podem ser implementadas, juntamente com testes, quarentena e outras medidas. Isso irá permitir às autoridades que gerenciem a chegada de solicitantes de refúgio e refugiados de maneira segura, respeitando os padrões internacionais de proteção de refugiados que foram estabelecidos para salvar vidas.

Nestes tempos difíceis, não devemos esquecer aqueles que fogem de guerras e perseguições. Eles precisam – todos nós precisamos – de solidariedade e compaixão agora mais do que nunca."

Fonte: ONU Brasil

ARTIGO: Apelo a um cessar-fogo mundial


Em artigo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo a um cessar-fogo mundial e imediato, em todas as regiões do mundo. "É tempo de acabar com os conflitos armados e de, em conjunto, focarmo-nos na verdadeira batalha das nossas vidas", referindo-se ao combate à doença provocada pelo novo coronavírus, a COVID-19.

Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pede que as pessoas sigam os conselhos da comunidade médica e científica sobre o novo coronavírus, o Covid-19.

Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Foto: ONU

Por António Guterres*

O mundo enfrenta hoje um inimigo comum: o COVID-19.

O vírus ameaça-nos a todos, independentemente de nacionalidades, etnias, credos ou posicionamentos políticos.

É um vírus implacável!

Ao mesmo tempo, em vários pontos do globo, persistem ou intensificam-se conflitos armados brutais.

Os mais vulneráveis – as mulheres e as crianças, as pessoas com deficiência, os marginalizados e os deslocados – pagam o preço mais elevado.

E, atualmente, correm também um risco sério e devastador devido à COVID-19.

Tenhamos presente que, nos países assolados pela guerra, os sistemas de saúde colapsaram e os já escassos profissionais de saúde são frequentemente atacados.

Por sua vez, os refugiados e as pessoas deslocadas por conflitos violentos encontram-se numa situação de dupla vulnerabilidade.

A fúria do vírus põe em evidência a loucura da guerra, de uma forma muito clara.

É, por isso, que hoje, apelo a um cessar-fogo mundial e imediato, em todas as regiões do mundo.

É tempo de acabar com os conflitos armados e de, em conjunto, focarmo-nos na verdadeira batalha das nossas vidas.

Deste modo, dirijo-me às partes em conflito para que:

Acabem com as hostilidades.

Ponham de lado a desconfiança e a animosidade.

Silenciem as armas, parem a artilharia, acabem com os ataques aéreos.

Isto é crucial…

Para ajudar a criar corredores humanitários que salvam vidas.

Para abrir janelas preciosas para a diplomacia.

Para trazer esperança aos que são mais vulneráveis à COVID-19.

Deixemo-nos inspirar pelos casos, que lentamente vemos surgir, de entendimento e diálogo entre facões rivais na busca de estratégias conjuntas de combate ao COVID-19. Mas precisamos de muito mais.

Precisamos de por fim à doença da guerra… e combater a doença que está a devastar o nosso mundo.

Comecemos por parar as hostilidades. Agora. Em todo os pontos do globo.

É isso que a nossa família – a família humana – necessita. Agora, mais do que nunca.

*secretário-geral da ONU


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O código 655 é do Banco Votorantim

Código 237 Banco

O código 237 é do Banco Bradesco.


Banco Código 033

O código 033 é do Banco Santander do Brasil.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Moeda de 1 Real - 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos - KM# 653






A famosa moeda de 1 Real foi lançada em 1998 em comemoração ao Cinquentenário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, pertence à 2ª família do Real e pode custar até R$ 200,00 (variando de acordo com o estado de conservação e ano). O valor superior às demais é atribuído devido à sua baixa tiragem 600.000 unidades. Embora tenha ficado famosa devido à diversas publicações em revistas e jornais de grande circulação, a moeda circula normalmente e há diversos relatos das pessoas que a pegaram em troco. Fique de olho!

Algumas informações sobre essa valiosa moeda:

- Cód. Krause: KM# 653
- Valor de face: 1 Real
- Anos: 1998 (não foi cunhada em nenhum outro ano)
- Material: cupro-níquel e alpaca
- Borda: serrilhada
- Anverso: Ilustração alusiva aos 50 anos da Declaração universal dos Direitos Humanos, com o planisfério terrestre e e silhueta humana com a expressão: "BRASIL - CINQUENTENÁRIO DE DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS"
- Reverso: 1 Real
- Peso: 7,84 gramas
- Espessura: 1,95 mm
- Diâmetro: 27 mm

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