segunda-feira, 27 de abril de 2020

Financiamento coletivo colabora para comunidades do entorno de parques brasileiros


O Grupo Cataratas, operador dos Parques Nacionais do Iguaçu e da Tijuca, além do AquaRio e outros, lançou um financiamento coletivo para contribuir com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) a profissionais de saúde e cestas básicas para comunidades vulneráveis do entorno desses parques geridos pela empresa. Quem quiser participar pode acessar o site da iniciativa.
Estima-se que 10 mil famílias foram diretamente impactadas pelo fechamento das operações das atrações turísticas, boa parte delas formada por profissionais autônomos ou trabalhadores informais, como vendedores ambulantes, guias informais e pequenos produtores de artesanato. Sendo assim, o Grupo efetuou uma doação de R$ 400 mil e pretende arrecadar mais R$ 200 mil até 13 de junho, por meio de financiamento coletivo.
Além disso, quem contribuir receberá algumas recompensas também doadas pela empresa, que poderão ser utilizadas depois que a crise passar. São ingressos e experiências nos parques, que vão desde acesso aos parques, passando por visitas guiadas ou até mergulhos.
"Existe toda uma economia por trás dos parques e reservas brasileiros, diretamente impactada pela pandemia do novo coronavírus. Uma campanha que olhe para essas pessoas, comunidades e empreendedores locais precisa ser valorizada. Estamos passando por um momento que a união é ainda mais importante. Quanto mais unidos ficarmos, mais fortes saíremos dela. Parabéns ao grupo Cataratas pela iniciativa", afirma Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica.
A iniciativa conta com parceria da União Rio e Advent International.
Fonte: SOS Mata Atlântica

Homenagem a Randau Marques, exemplo de compromisso com a ciência, informação, meio ambiente e a vida


A Fundação SOS Mata Atlântica lamenta o falecimento do jornalista Randau Marques, na última quinta (9), vítima de infarto. Em sua carreira, o jornalista de Icaçaba (SP) se tornou referência no jornalismo ambiental, sendo considerado o primeiro repórter a cobrir meio ambiente no Brasil. No Jornal da Tarde cunhou a expressão "Vale da Morte" em uma investigação sobre a região de Cubatão, denunciando a exploração e poluição na Serra do Mar. Além disso, participou ativamente da Oikos – União dos Defensores da Terra e foi um dos fundadores da Fundação SOS Mata Atlântica.  Aos 70 anos, deixou esposa e três filhos.
Em um momento em que o mundo passa por guerras de narrativas e questionamentos à ciência e ao jornalismo – que reforçam seu valor no combate a pandemia do Coronavírus -, Randau Marques é exemplo de uso da informação de qualidade em respeito a vida. Seu primeiro contato com a cobertura de ciência foi, na verdade, uma grande preocupação que tinha com os problemas ocupacionais dos trabalhadores da indústria de calçados, que sofriam com os impactos das resinas e colas, e dos gráficos, que sofriam de contaminação por chumbo. Na época, se mudou para Franca (SP), passando a trabalhar na Rádio Clube Hertz e em jornais da região. Foi lá que começou a investigar os problemas de saúde dos trabalhadores, entrevistando médicos e ouvindo a ciência para publicar no jornal da cidade os impactos negativos das maiores indústrias da região.
Filho de contador bancário e fazendeira, sua cidade era uma antiga comunidade indígena que virou cemitério – Icaçaba significa urna funerária indígena dos remanescentes guaranis. Neto de índio, sempre esteve cercado por questões ambientais. "Minha vida, desde cedo, como não poderia deixar de ser, foi meio voltada para essa questão de natureza, de meio ambiente e a fazenda", afirmou ele em depoimento ao Museu da Pessoa.
Sua trajetória foi marcada por esse equilíbrio entre os saberes tradicionais e rurais, de seus avós maternos, muito marcantes até seus 16 anos e o conhecimento literário de seu avô paterno, que tinha uma biblioteca imponente. "Foram os dois tipos de leitura que eu tive. Uma, a leitura dos livros e a outra, que era a mata, o ambiente natural", afirmou ele.
Aos 17 anos, foi preso e torturado pela ditadura militar. Logo em seguida entrou para o Jornal da Tarde, onde trabalhou por mais de duas décadas. Marques também atuou na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Jornalismo Científico (ABJC).
Como ele mesmo já disse, entrou na questão ambiental "porque era uma maneira de driblar a censura, era disso que se tratava. E driblando a censura você aumentava a informação da sociedade, você criava mobilizações muito fortes e isso aconteceu várias vezes. Nos 24 anos que eu trabalhei no Grupo Estado, eu não fiz um jornalismo lato sensu; eu fiz um jornalismo de grandes causas públicas".  As reportagens sobre os deslizamentos na Serra do Mar, a poluição de Cubatão e a luta pela proteção do Vale do Ribeira e litoral Sul de São Paulo foram fundamentais para alertar a sociedade e como ele mesmo disse "fazer do jornalismo uma trincheira para acabar com todo aquele quadro de abusos, de violência, de destruições."
Para Roberto Klabin, fundador e vice-presidente da Fundação SOS Mata Atlântica, Randau Marques "tinha um humor ácido que não deixava nada ficar para trás. Com ele não existia trégua, apenas a contínua ocupação do espaço das notícias pelas denúncias dos crimes e desmandos no meio ambiente por governo, empresas e indivíduos. Por isso ele realmente é o precursor do jornalismo ambiental e militante de qualidade".
Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação, destaca o cuidado e olhar que o jornalista tinha para as pessoas. "Ele sempre fez questão de mostrar a importância de considerar as pessoas dentro da causa ambiental, que não se podia dissociar Mata Atlântica das vidas que nela estão. Com isso, fez do jornalismo investigativo algo para levantar os temas para reação da sociedade. E é com esta mensagem que seguimos nesta luta até hoje. Temos esta responsabilidade de enxergar o homem na natureza e é isso que queremos mostrar para a sociedade e às autoridades", finaliza Mantovani.
Fonte: SOS Mata Atlântica

Governo Bolsonaro estimula crimes ambientais na Mata Atlântica


Despacho do Ministério do Meio Ambiente (MMA) desrespeita a Lei da Mata Atlântica e fragiliza a fiscalização de órgãos ambientais ao anistiar multas por desmatamento

Em meio ao estado de calamidade pública vivido pelo Brasil, quando as atenções estão voltadas aos esforços para cuidar da população e a sair da situação de pandemia causada pelo novo coronavírus, o Governo Bolsonaro continua estimulando crimes ambientais e o desrespeito à legislação para satisfazer e beneficiar interesses de setores e grupos específicos, instigados pelo próprio presidente da República que já disse: "acabar com as multas ambientais e tirar o Estado do cangote do produtor".
No último dia 06, por meio do Despacho nº 4.410/2020 – do enfraquecido Ministério do Meio Ambiente (MMA) – o governo Bolsonaro recomendou aos órgãos ambientais (Ibama, ICMBio e Instituto de Pesquisas Jardim Botânico) que desconsiderem a Lei da Mata Atlântica (nº 11.428/2006) e apliquem regras mais brandas constantes do Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) para áreas ditas consolidadas nas regiões de domínio da Mata Atlântica. Na prática, essas áreas são aquelas com atividades econômicas que exploravam terras antes de 2008. Com o despacho, não precisarão mais recuperar áreas consideradas irregulares e ilegais pela Lei da Mata Atlântica.
"É óbvio que estão se aproveitando deste momento para fazer as maldades que sempre quiseram, pois apenas 5% das multas ambientais são pagas de fato, não é esse o objetivo. O desrespeito à legislação ambiental é flagrante nesse governo de retrocessos e desmandos. Não vamos permitir danos à Mata Atlântica, casa de mais de 140 milhões de brasileiros. Temos denunciado que continuam tirando o verde da nossa Terra e contra atos criminosos como esse temos que agir", afirma Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica.
A organização está tomando diversas medidas contra essa decisão e trabalhando em parceria com a Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (ABRAMPA), que já sugeriu aos Ministérios Públicos dos 17 estados do bioma e Ministério Público Federal medidas de respeito e aplicação da Lei da Mata Atlântica.
Ferir o meio ambiente é agredir a população e as atividades econômicas
Dados do Atlas da Mata Atlântica, elaborado pela Fundação em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), apontam que entre 1995 e 2008 – que contempla o período estabelecido pelo despacho – mais de 720 mil hectares foram desmatados na Mata Atlântica. Nem todas essas áreas são consideradas consolidadas, mas é possível imaginar a dimensão desta flexibilização do governo.
O despacho de Salles é baseado no parecer nº 115/2019, da Advocacia Geral da União (AGU), elaborado a pedido da Federação de Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) ao Ministério de Agricultura. Com este parecer, proprietários rurais também poderão solicitar o cancelamento de multas.
Nos anos de 2018 e 2019, a Operação Mata Atlântica em Pé, realizada pelo Ministério Público com coordenação nacional de sua sede do Paraná, fiscalizou mais de 1.000 imóveis com suspeitas de crimes ambientais contra a Mata Atlântica, usando também dados do Atlas da Mata Atlântica. Foi confirmado o desmatamento de mais de 10 mil hectares de floresta no bioma com a aplicação de mais de R$ 45 milhões em multas. Além disso, diversos termos de ajuste de conduta foram firmados com proprietários rurais para que a informação possa fazê-los entender como a floresta vale mais em pé do que derrubada.
"Esse novo entendimento do Ministério do Meio Ambiente sobre o tema faz negar indevidamente a vigência da Lei da Mata Atlântica, desvirtua a ordem jurídica, e implica em gravíssimos prejuízos socioambientais", afirma Alexandre Gaio, promotor de Justiça do Ministério Público do Paraná.
Especialmente protegida pela Constituição Federal e declarada Patrimônio Nacional, a Mata Atlântica é o único bioma brasileiro cuja proteção dos remanescentes florestais e usos são regulamentados por uma lei específica. Considerada uma importante conquista da sociedade, a Lei da Mata Atlântica vem sendo aplicada e implementada nos 17 estados e em 3.429 municípios, com base no mapa de sua aplicação, beneficiando mais de 145 milhões de pessoas com serviços ambientais, como a regulação do clima, a proteção da água, da biodiversidade, saúde e bem-estar à população, dentre outros benefícios diretos e indiretos.
Apesar da importância estratégica para a população, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (sem partido), desconsidera a sua responsabilidade de defender os patrimônios naturais do Brasil e todo o acúmulo de pareceres e notas técnicas da sua pasta e acolhe integralmente em despacho o novo parecer da Casa Civil em desrespeito à Lei da Mata Atlântica.
Vale lembrar que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) também recebeu, no fim de 2019, autorização de Bolsonaro para uso da terra pela agricultura em áreas consideradas consolidadas pelo novo Código Florestal a partir de 2008.
É importante destacar para setores empresariais, como a CNA, que suas atividades econômicas não conseguirão subsistir sem a proteção da Mata Atlântica. Sem esse bioma não há água e solo fértil para produzir. Dentre outros serviços, como a segurança climática e a relação do bioma com a saúde física e mental da população. São tantos serviços ambientais e ecossistêmicos que a Mata presta que a população não tem ideia. O despacho do Ministério do Meio Ambiente, além de ser frágil do ponto de vista legal jurídico, é uma grave ameaça à Lei da Mata Atlântica, descredibiliza e enfraquece os órgãos aplicadores da Lei, gera insegurança jurídica e, mais uma vez, premia os desonestos.
"A Lei da Mata Atlântica é uma conquista da sociedade e assim precisa permanecer. Continuam tirando o verde da nossa terra e contra isso que precisamos lutar. Proteger o meio ambiente é cuidar de vidas e, neste momento, precisamos disso ainda mais. Qualquer ato que não privilegie essa lógica é irresponsável", finaliza Mantovani.
Crédito: Fundação SOS Mata Atlântica

DESPACHO DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA) DESRESPEITA A LEI DA MATA ATLÂNTICA E FRAGILIZA A FISCALIZAÇÃO DE ÓRGÃOS AMBIENTAIS

Enquanto todas as atenções estão voltadas ao combate do novo coronavírus, o Governo Bolsonaro continua estimulando crimes ambientais e o desrespeito à legislação. Desta vez, o alvo foi a Mata Atlântica. Novo despacho do Ministério do Meio Ambiente (MMA) recomenda aplicação de regras mais brandas para fiscalização ambiental e, mais uma vez, premia os desonestos. Estamos atentos e tomando diversas medidas contra essa decisão.


Outro péssimo exemplo que vem de Brasília é a inclusão da Medida Provisória (MP) 910/2019 na pauta da Câmara dos Deputados, em regime de urgência. Em uma iniciativa multissetorial, a Frente Parlamentar Ambientalista reuniu mais de 175 assinaturas em carta aberta contra a votação desta matéria durante a crise de saúde pública que o Brasil passa neste momento.


Neste momento, mais do que nunca, buscamos união para fortalecer movimentos. Tem muita gente boa por aí e é para elas que queremos dar visibilidade. A partir de agora, indicaremos ONGs e outros projetos com os quais nos identificamos. Nesta edição, destacamos a iniciativa do Grupo Cataratas, que lançou um financiamento coletivo para apoiar comunidades vulneráveis do entorno de parques nacionais. A meta é alcançar R$ 600 mil. Participe!


Neste boletim, gostaríamos de reforçar nossos sentimentos e lamentações pelo falecimento do jornalista Randau Marques, um dos fundadores da SOS Mata Atlântica. Referência no jornalismo ambiental, ele sempre foi marcado pelo trabalho investigativo, sempre contemplando a ciência, a informação de qualidade e a preocupação com a vida. Nossos sentimentos à família.

Fonte: SOS Mata Atlântica

domingo, 26 de abril de 2020

IAT de Pato Branco, em parceria com Bombeiros, fazem buscas para localizar Lobo-guará em Chopinzinho


Visando a segurança do animal, os técnicos foram até à cidade para localizar e resgatar o Logo-guará, mas ele não foi localizado. Caso o animal seja avistado novamente, a população pode ajudar informando o IAT pelo telefone: (46) 3225-3837 ou os Bombeiros: (46) 3242-1522.


O escritório regional do Instituto Água e Terra (IAT), em Pato Branco, foi informado nessa terça-feira (21) sobre o aparecimento de um Lobo-guará nas ruas de Chopinzinho, região sudoeste do Paraná. Ele foi registrado próximo da praça da Igreja Matriz São Francisco de Assis, no Centro da cidade.
Há relatos que pessoas querem ferir ou matar o animal. “O animal não fará mal a ninguém. Ele se aproxima de residências em busca de alimento”, explica a chefe regional, Flávia Natália Ostapiv.
Visando a segurança do animal, técnicos do IAT, em parceria com os Bombeiros de Chopinzinho, foram à cidade para localizar e resgatar o Lobo-guará. “Não tivemos sucesso em nossa busca. Não encontramos o animal nos locais indicados, onde foi visto, e nem na mata próxima”, relata a chefe.
Caso o animal seja avistado novamente, a população pode ajudar informando o IAT pelo telefone: (46) 3225-3837 ou os Bombeiros: (46) 3242-1522.
É importante que não se aproxime do animal para ele não se sentir acuado, somente que avise os órgãos competentes.
Caso ele volte a aparecer na cidade, o resgate será feito. O animal poderá ser atendido em Clínica Veterinária parceira, em Pato Branco, para avaliar sua saúde e em seguida ser encaminhado a uma área de proteção ambiental, longe da cidade.
CRIME AMBIENTAL - A prática é considerada crime ambiental, de acordo com a Lei nº 9.605/1998. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida, é crime ambiental. A pena é detenção de seis meses a um ano e multa.
LOBO-GUARÁ - Apesar de seu nome popular apresentar um certo “temor” aos leigos, é um animal de hábitos solitários, tímido, onívoro que possui a dieta baseada em pequenos vertebrados, frutos e sementes, sendo extremamente importante na dispersão de sementes.
O órgão ressalta que as pessoas não precisam ter medo do animal, que entendam a importância dele para o ecossistema e que ajudem a preservar a espécie.
Fonte: IAT

Expedição é criada para localizar harpia rara no Paraná


Rara no Estado, a imagem da maior ave de rapina do País registrada no espaço paranaense despertou a esperança de que ainda haja outros indivíduos nessa região e, talvez, no Parque Nacional do Iguaçu.

Um gavião-real, cuja imagem faz parte do brasão da bandeira do Estado do Paraná, foi visto na semana passada no município de Coronel Domingo Soares. As imagens surpreenderam toda a comunidade paranaense de ornitólogos e técnicos de conservação do Instituto Água e Terra (IAT). Será montado um plano de ação emergencial de averiguação e monitoramento da área do registro, para estabelecer um plano territorial de conservação da espécie no Estado. A equipe sairá em uma primeira expedição neste fim de semana.
A harpia ou gavião-real é a maior ave de rapina do Brasil e considerada criticamente em perigo no Paraná pela lista de extinção estadual de 2018.
A presença no Estado despertou a esperança de que ainda haja outros indivíduos nessa região e talvez no Parque Nacional do Iguaçu. Há anos não se tem nenhum registro da espécie em vida livre no Paraná.
A bióloga Paula Vidolin, doutora em Conservação da Natureza e chefe do setor de Fauna do IAT, diz que o objetivo principal da expedição é, além de tentar novos registros da harpia, conversar com a comunidade local para orientar sobre a importância do achado, a preservação da espécie e como todos podem contribuir para otimizar as ações dos órgãos ambientais.
“A presença dessa ave no sul do país é cada vez mais rara, devido à transformação da paisagem e, principalmente, pelo abate praticado por caçadores, colecionadores e por pessoas que temem os ataques a animais domésticos”, explicou a bióloga. Ela ressalta que se trata de um registro extraordinário e que tem ainda um valor moral pelo fato de compor o principal símbolo paranaense. Vidolin disse que a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo está unida com a comunidade científica e que conta, ainda, com o apoio da Força Verde para ações de monitoramento local.
Pedro Scherer Neto, ornitólogo paranaense e um dos envolvidos na ação, chama a atenção para o fato de essa espécie ser uma águia poderosa do topo da cadeia alimentar. “Estamos trabalhando com dois vértices”, diz. “O positivo é para que muitas pessoas se interessem e se dediquem a procurar a ave. De ordem negativa temos o risco do interesse pela caça, podendo ocasionar a extinção completa no Paraná. A sensibilização para a preservação é importante nesse momento e que pode ser estendida para outras espécies”.
RARIDADE – Conhecida como gavião-real ou uiraçu (Harpia harpyja), é a maior ave de rapina que ocorre no Brasil. Habita as florestas de todo o Brasil onde constrói seu ninho em grandes árvores emergentes. Nesta espécie a fêmea é bem maior que o macho. A harpia está no brasão do Estado do Paraná e é um símbolo muito importante pelo poder e força que representa.
A presença da ave ocorria, principalmente, na região oeste paranaense de onde provem as maiores provas de sua existência nas grandes florestas. Peles dessas aves estão expostas no Museu de História Natural “Capão da Imbuia” e há inúmeros relatos pessoais de proprietários de fazendas onde a atividade econômica era a exploração madeireira.
No Paraná foi inserida na lista de aves em extinção em 2018 sob a categoria criticamente em perigo. Em contrapartida, o Criadouro de Itaipu Binacional, em Foz de Iguaçu, é o centro de reprodução de animais silvestres que mais cria harpia no mundo.
CONTATO – Cientistas e técnicos do IAT chamam a atenção de observadores de aves, proprietários de áreas na zona rural e interessados em conservação que apoiem as ações registrando as observações.
Qualquer pessoa que aviste a harpia deve entrar em contato com o órgão ambiental através do Projeto Detetives da Natureza, de preferência, com registro de imagens.
O Projeto visa estimular o registro fotográfico das espécies da fauna e flora nativa Paraná por meio da Plataforma iNatyuralista.
O app é gratuito e após baixar basta acessar com uma conta do Google, facebook ou outras redes sociais.
Nos próximos dias uma ferramenta de registro voluntário estará disponível no site do próprio IAT a fim de facilitar o acesso e a coleta de informações sobre a harpia. O canal será disponibilizado para o público. Em caso de dificuldade de acesso também pode ser utilizado o e-mail iapfauna@iat.pr.gov.br.
EXPEDIÇÃO – Participam da expedição os técnicos do Escritório Regional do IAT de Pato Branco, Pedro Scherer Neto (ornitólogo), Rômulo Cícero Silva (ornitólogo) e Glauco Oliveira (ornitólogo/naturalista/fotógrafo).
Fonte: IAT

paraná: Parques do Estado continuam fechados para visitação

Instituto Água e Terra pede a colaboração de todos que ainda insistem em visitar parques de montanha, como o Marumbi, Pico Paraná e Serra da Baitaca.

A Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo reforça que os parques estaduais continuam fechados para visitação pública. O Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria, orienta a população para que não visite as Unidades de Conservação nesse período de prevenção do novo coronavírus.
Mesmo com faixa e sinalização sobre o fechamento, parques que normalmente não possuem controle de visitação, como o Marumbi, Pico Paraná e Serra da Baitaca, ainda continuam sendo visitados.
O diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto, observa que esta é uma  temporada de tempo seco e limpo, o que faz aumentar o desejo de subir montanhas. “Como os parques não possuem portão para controle de visitação, precisamos trabalhar a conscientização das pessoas, para que obedeçam as faixas de bloqueio”, afirma Andreguetto.
SEM RISCO - O fechamento das unidades foi anunciado a partir do dia 18 de março. A orientação vale para todos os parques do Estado e locais abertos. “Esse não é o melhor momento para sair de casa. Todos devem fazer sua parte e não se colocar em risco e nem colocar outras pessoas em risco”, diz o diretor do IAT.
ILHA DO MEL  - Outra resistência é encontrada na Ilha do Mel. Vale ressaltar que as embarcações estão suspensas para visitantes, sendo permitida somente o trânsito de moradores ou em situações essenciais, como abastecimento ou socorro médico.
O IAT mantém monitoramento constante nas unidades e a abertura será anunciada assim que possível.

Fonte: IAT Paraná

Nota de esclarecimento - adiamento do concurso IAT

IAT- Instituto Água e Terra do Paraná - Home | Facebook

O Instituto Água e Terra informa que o adiamento da prova do concurso do órgão foi decidido pela banca organizadora IBFC. A prova aconteceria no dia 3 de maio para preencher as 130 vagas para a contratação de técnicos de manejo e meio ambiente, arquitetos, biólogos, engenheiros agrônomo, cartográficos, civis, florestais e químicos, além de geógrafos, geólogos, químicos, sociólogo e médico veterinário. 
A iniciativa foi tomada devido às medidas de isolamento social decorrentes da pandemia do coronavírus.
No momento, não há previsão de uma nova data para realização das provas. Assim que definida, iremos divulgar. 
Estamos à disposição.

Fonte: site do IAT - Instituto Água e Terra

Redes de pesca são apreendidas próximo ao Porto de Paranaguá, no Litoral do estado

 
Uma equipe da 1ª Companhia do Batalhão de Polícia Ambiental-Força Verde (BPAmb-FV) apreendeu nesta quinta-feira (23/04) cinco redes de pesca, totalizando 245 metros de comprimento, durante a verificação de uma denúncia de instalação de redes em espera fixa próximo à Ilha do Guará, em frente ao Porto de Paranaguá. O material foi apreendido e os responsáveis não foram localizados.

De acordo com as informações do Batalhão Ambiental, os policiais militares foram informados sobre a atividade e deslocaram-se até o ponto denunciado, encontrando as redes instaladas a menos de 10 metros da encosta rochosa da Ilha do Guará.

Durante a ação dos policiais militares não havia nenhuma pessoa nas proximidades e quem seria o responsável pelas redes. O material foi apreendido e encaminhado para as medidas cabíveis.

Fonte: Polícia Militar do Paraná

Em Pinhão, no Centro-Sul do estado, PM encaminha adolescente suspeito de negociar arma pela internet



Um adolescente foi preso por policiais militares do 16º Batalhão de Polícia Militar (16º BPM), pertencente ao 4º Comando Regional da PM (4º CRPM), após denúncia dele negociar uma arma pela internet. A ação policial aconteceu na tarde de quinta-feira (23/04) na cidade de Pinhão, no Centro-Sul do estado.
De acordo com a unidade, os militares estaduais receberam uma denúncia relatando que havia uma pessoa negociando uma arma de fogo por uma rede social. No endereço indicado, os policiais abordaram uma mulher, que autorizou a entrada da equipe, e foi localizado duas espingardas, um frasco de pólvora e um frasco de espoleta.

Logo em seguida, o adolescente denunciado chegou, juntamente com o seu pai, e foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil para as medidas necessárias.

Fonte: site da Polícia Militar do Paraná (Marcia Santos
Jornalista Responsável)

BOPE apreende quase 80 quilos de maconha e veículos em Curitiba e RMC



Quase 80 quilos de maconha foram apreendidos em uma ocorrência na noite de quinta-feira (23/04) em diligências do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) em Piraquara e Curitiba. Dois homens foram presos, além de uma moto e um carro apreendidos. O automóvel constava com alerta de roubo e estava com as placas adulteradas. 
A apreensão ocorreu após o trabalho do Serviço de Inteligência do batalhão descobrir a entrega das drogas na Rua Herbert Trapp,em Piraquara. Uma equipe foi até o local e fez a abordagem a um motociclista que chegou na casa. Na caixa de transporte da moto havia 12 tabletes de maconha e a chave de um veículo Volkswagen. 
Segundo o BOPE, o homem teria dito que retirou a droga de uma Saveiro e indicou o local onde o carro estava. As equipes, com apoio da Companhia de Choque, foram até um endereço no bairro Boqueirão, em Curitiba, e abordaram outro envolvido, além de localizar dezenas de tabletes de maconha, totalizando 73 quilos de maconha, mais 207 gramas de cocaína e R$ 1.030,00 em dinheiro. 
A Saveiro foi encontrada num terceiro endereço (Rua Francisca Ferreira Pontes, no bairro Xaxim), a qual constava com alerta de roubo. Após as medidas de praxe, os homens foram encaminhados, juntamente com a droga, à Delegacia de Polícia Civil de Piraquara.

Fonte: site da Polícia Militar do Paraná (Marcia Santos Jornalista Responsável)

BPFRON apreende quase 2 toneladas de maconha em Cascavel

A ação do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) resultou na apreensão de 1,9 toneladas de maconha, um prejuízo ao narcotráfico de R$ 2 milhões. A situação foi na noite de sexta-feira (24/04) em Cascavel (PR), no Oeste do estado, e resultou em dois homens presos.

A abordagem foi por volta de 23 horas, na BR 476. A equipe do BPFron viu um furgão em situação suspeita e fez a abordagem. O motorista apresentou notas fiscais de uma carga de móveis de Capitão Leônidas Marques. Ao verificarem o compartimento do furgão, os policiais encontraram vários fardos com tabletes de maconha, totalizando 1,9 tonelada.


Ainda segundo a unidade, o motorista receberia R$10 mil para levar a droga em Barra Mansa, no Rio de Janeiro. O passageiro do veículo, de 12 anos, estaria acompanhando a viagem e receberia um valor em dinheiro. Diante da situação, a dupla foi encaminhada à Polícia Civil para as medidas de praxe. Durante a revista ao motorista, foram localizados mais de R$4 mil em dinheiro, parte do pagamento pelo transporte da droga.

Fonte: site da Polícia Militar do Paraná (Por Marcia Santos

Jornalista Responsável)