domingo, 31 de maio de 2020

IBICT e UNESCO lançam portal com informações científicas sobre COVID-19 em acesso aberto

O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), em parceria com a UNESCO no Brasil, lançou na quarta-feira (20) o portal Ciência Aberta é Vida, que reúne fontes de informação científica nacional e internacional, em acesso aberto, com conteúdo sobre a COVID-19.
Além dos artigos científicos já publicados e outros ainda inéditos, o diretório apresenta dados de pesquisas, ensaios clínicos, teses, dissertações e outros materiais referentes à produção dos pesquisadores do mundo todo.
Além dos artigos científicos já publicados e outros ainda inéditos, o Diretório apresenta dados de pesquisa, ensaios clínicos, teses, dissertações e outros materiais. Foto: Spark
O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), em parceria com a UNESCO no Brasil, lançou na quarta-feira (20) o portal Ciência Aberta é Vida, que reúne fontes de informação científica nacional e internacional, em acesso aberto, com conteúdo sobre a COVID-19.
Além dos artigos científicos já publicados e outros ainda inéditos, o diretório apresenta dados de pesquisas, ensaios clínicos, teses, dissertações e outros materiais referentes à produção dos pesquisadores do mundo todo. O portal estará disponível em três línguas: português, inglês e espanhol (acesse aqui).
Também será lançado um repositório de pré-impressões (chamados preprints), criado para agilizar a publicação de resultados de pesquisas. A ideia surgiu a partir de demandas espontâneas de alguns editores científicos brasileiros, que perceberam a necessidade de dar visibilidade às suas produções com mais rapidez, sobretudo diante da pandemia de COVID-19.
Diferentemente de outros repositórios de pré-impressão existentes, este se destaca porque os depósitos são feitos pelos editores da revista, que fazem uma avaliação prévia da natureza científica dos artigos.
"Este é um grande passo para o compartilhamento de informações sobre a pandemia da COVID-19, que vai ao encontro dos esforços que vêm sendo feitos pela UNESCO e todos os seus escritórios para promover a cooperação técnico-científica internacional contra a pandemia", destaca a diretora e representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto.
"Mecanismos de ciência aberta, como os lançados recentemente pelo IBICT e MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), constituem importantes contribuições para a livre troca de conhecimentos e pesquisas científicas sobre o novo coronavírus."
O Ciência Aberta é parte de uma ação desenvolvida pelo IBICT e o MCTIC, que colocará na Internet outros espaços de livre acesso com informações sobre o coronavírus.
Um deles é a Rede Vírus MCTIC, com atividades promovidas pelo ministério; outro é o Infográfico Interativo, que permite a visualização de dados relacionados à COVID-19; já o Universo Científico apresenta as ações de disseminação de informações científicas para pesquisadores; e o Ciência em Casa MCTIC traz atividades científicas, jogos e informações destinados a levar à população o conhecimento científico de forma lúdica.
via ONU BRASIL

OIT publica orientações para um retorno seguro e saudável ao trabalho durante a pandemia da COVID-19

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomenda que as políticas de retorno ao trabalho sejam orientadas por uma abordagem com foco nas pessoas, que coloque os direitos e as Normais Internacionais do Trabalho no centro das estratégias econômicas, sociais e ambientais.

Em documento publicado recentemente, a OIT propõe que, antes do retorno ao trabalho, cada local seja avaliado e que medidas preventivas sejam implementadas. Será necessária uma combinação de medidas de controle técnico e organizacional para evitar o contágio das pessoas que retornarem ao ambiente de trabalho. As medidas a serem aplicadas podem consistir na instalação de barreiras físicas, melhoria da ventilação ou adoção de horários flexíveis de trabalho, além de práticas de limpeza e higiene e uso de equipamento de proteção individual.

Foto: Gustavo Fring/Pexels

Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou dois documentos de orientação sobre condições seguras e eficazes de retorno ao trabalho durante a pandemia da COVID-19.

A Nota de Orientação "Um retorno seguro e saudável ao trabalho durante a pandemia da COVID-19" (Safe and healthy return to work during the COVID-19 pandemic) destaca que as políticas para o retorno ao trabalho precisam ser orientadas por uma abordagem com foco nas pessoas, que coloque os direitos das pessoas no centro das políticas econômicas, sociais e ambientais. O diálogo social, reunindo governos e organizações de trabalhadores e de empregadores, será fundamental para a criação de políticas e de confiança efetiva e necessária para um retorno seguro ao trabalho.

A Nota está baseada em documentos de orientação de especialistas da OIT e nas Normas Internacionais do Trabalho, que fornecem uma estrutura normativa para a criação de um retorno seguro ao trabalho. O documento enfatiza a necessidade de que as diretrizes políticas sejam incorporadas aos sistemas nacionais de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), pois criam as bases para um ambiente de trabalho seguro. Portanto, a orientação pode contribuir para uma cultura de melhoria contínua no nível nacional e em áreas como administração, instituições, instrumentos legais e regulatórios, inspeções de trabalho e coleta de informações, dentre outras áreas.

Para a diretora-geral adjunta de políticas da OIT, Deborah Greenfield, antes de voltar ao trabalho, os trabalhadores devem ter certeza de que não serão expostos a riscos indevidos. "Para ajudar a revitalizar as empresas e as economias o mais rápido possível, os trabalhadores terão que cooperar com essas novas medidas".

Os trabalhadores e as trabalhadoras devem se sentir seguros(as) em seus locais de trabalho em relação aos riscos direta e indiretamente associados à COVID-19, incluindo questões psicossociais e de ergonomia relacionadas ao trabalho em posições difíceis ou com instalações precárias quando o trabalho é feito em casa, de acordo com as diretrizes. As pessoas devem ter o direito de se afastar de qualquer situação "na qual elas tenham uma justificativa razoável para acreditar que representa um perigo iminente e sério para sua vida ou saúde" e "devem ser protegidas de quaisquer consequências indevidas".

O documento propõe que, antes do retorno ao trabalho, cada local de trabalho, posto de trabalho ou grupo de trabalhos específicos seja avaliado e que medidas preventivas sejam implementadas para garantir a segurança e a saúde de todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras, de acordo com uma hierarquia de medidas preventivas. Para as pessoas que trabalham em casa, o risco de infecção no contexto de trabalho pode ser eliminado; para aquelas que retornam aos locais de trabalho, deve-se priorizar opções que substituam situações perigosas por menos perigosas, como substituir reuniões presenciais por virtuais.

Quando isso não for possível, será necessária uma combinação de medidas de controle técnico e organizacional para evitar o contágio. As medidas específicas a serem aplicadas dependem de cada local de trabalho, mas podem consistir na instalação de barreiras físicas, como vitrines de plástico transparente, melhoria da ventilação ou adoção de horários flexíveis de trabalho, além de práticas de limpeza e higiene. As diretrizes também destacam que o uso de equipamento de proteção individual apropriado pode ser necessário para complementar outras medidas, principalmente para as ocupações mais perigosas, e que esse equipamento deve ser fornecido gratuitamente aos trabalhadores e às trabalhadoras.

As necessidades de trabalhadores e trabalhadoras mais expostos(as) ao risco de doenças graves devem ser levadas em consideração; incluindo trabalhadores e trabalhadores mais velhos(as), trabalhadoras grávidas, pessoas com condições médicas pré-existentes, refugiados(as), migrantes e pessoas que trabalham no setor informal. Atenção especial será necessária para garantir que as políticas de retorno ao trabalho não criem discriminação relacionada a gênero, estado de saúde ou outros fatores.

"Em todos os lugares, práticas de trabalho inseguras são uma ameaça tanto para saúde quanto para empresas sustentáveis. Portanto, antes de voltar ao trabalho, os trabalhadores devem ter certeza de que não serão expostos a riscos indevidos ", disse a diretora-geral adjunta de políticas da OIT.

"Além disso, para ajudar a revitalizar as empresas e as economias o mais rápido possível, os trabalhadores terão que cooperar com essas novas medidas. Isso significa que o diálogo social será de particular importância, pois é a maneira mais eficaz de traduzir informações e ideias em políticas e ações, criando assim as melhores condições para uma recuperação rápida e equilibrada", concluiu.

A Nota de Orientação "Um retorno seguro e saudável ao trabalho durante a pandemia da COVID-19" (A safe and healthy return to work during the COVID-19 pandemic) é acompanhada por uma lista de verificação com 10 medidas práticas de orientação para empregadores (em inglês), trabalhadores e seus representantes. Esta ferramenta visa complementar e não substituir os regulamentos e orientações nacionais de segurança e saúde no trabalho, para ajudar a estabelecer os elementos práticos para um retorno seguro ao trabalho.

ONU BRASIL

Petrobras e PNUD oferecem curso online sobre territorialização da Agenda 2030

Aprofundar o conhecimento sobre as metas da Agenda 2030 para fortalecer o desenvolvimento sustentável local. Com essa perspectiva, a Petrobras e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) estão abrindo vagas para formar a segunda turma do Programa Virtual de Capacitação do Projeto Territorialização e Aceleração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
As inscrições ficarão abertas até 10 de junho e poderão ser realizadas por meio de um formulário online. A participação é gratuita.
Vista aérea de Manaus (AM). Foto: Marcos Amend
Vista aérea de Manaus (AM). Foto: Marcos Amend
Aprofundar o conhecimento sobre as metas da Agenda 2030 para fortalecer o desenvolvimento sustentável local. Com essa perspectiva, a Petrobras e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) estão abrindo vagas para formar a segunda turma do Programa Virtual de Capacitação do Projeto Territorialização e Aceleração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
As inscrições para o curso online "Integrando a Agenda 2030 para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável" foram abertas nesta segunda-feira (25), e a chamada é nacional, para o público em geral de todos os municípios.
As inscrições ficarão abertas até 10 de junho e poderão ser realizadas por meio de um formulário online. A participação é gratuita.
O curso se divide em quatro módulos, que poderão ser realizados ao longo de dois meses. Durante esse período, o PNUD realizará "lives" com especialistas das temáticas abordadas e poderá receber questões do público participante. A duração total das atividades será de 12 horas.
No Módulo 1, os alunos serão apresentados aos principais conceitos sobre desenvolvimento sustentável, o processo internacional que levou à adoção da Agenda 2030 e quais os principais desafios para o cumprimento dos 17 ODS.
O Módulo 2 apresenta conteúdos sobre o alinhamento dos ODS ao planejamento local, com a participação de representantes de instituições parceiras que trabalham com o tema.
No Módulo 3, os mecanismos e práticas internacionais, nacionais e locais serão abordados como forma de promover o conhecimento sobre o monitoramento da Agenda, com foco em dados e indicadores.
No último módulo, os alunos terão informações sobre o processo de formação de parcerias para o alcance do desenvolvimento sustentável nos próximos anos.
Todo o conteúdo do curso será apresentado por meio de vídeos interativos, animações, gráficos, entrevistas. Também são disponibilizados conteúdos de apoio para os alunos: documentos oficiais, vídeos sobre a Agenda 2030 e indicação de leituras. Os alunos que completarem o curso receberão certificado de participação, emitido automaticamente pela plataforma.
Apresentado por colaboradores do PNUD que trabalham com a implementação da Agenda 2030 e a territorialização dos ODS, o curso também tem a participação de representantes de diferentes segmentos: setor privado, sociedade civil organizada e governos.
Representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC); do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA); da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP); da Confederação Nacional dos Municípios (CNM); da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP); da Associação Brasileira de Municípios (ABM); do Movimento Nacional ODS; da Rede Brasil do Pacto Global e da Rede ODS Brasil, além de colaboradores do PNUD e da Petrobras, deram depoimentos sobre iniciativas e ações para a implementação da Agenda 2030 no país.

Projeto

O curso faz parte do projeto "Territorialização e Aceleração dos ODS", que atua em 116 municípios do país, localizados em 14 estados.
Em 2019, o PNUD realizou amplo trabalho de consolidação de indicadores dos 116 municípios participantes da iniciativa para gerar os "Diagnósticos Situacionais ODS", documentos que mostrarão aos governos municipais e à sociedade civil o grau de alinhamento dos indicadores locais às 169 metas da Agenda 2030.
Paralelamente, também foram elaboradas Avaliações Integradas Rápidas dos 116 Planos Plurianuais em relação aos 17 ODS. Esses documentos analíticos serão entregues e discutidos com todos os municípios.
Gestores públicos e representantes do setor privado e da sociedade civil dos municípios atendidos pelo projeto já participaram da primeira rodada do curso online. Ao todo, cerca de 800 alunos foram apresentados aos principais conceitos sobre a Agenda 2030 e a territorialização dos ODS e receberam certificado do PNUD.
Para se inscrever no curso online, clique aqui. Alguns dias após a inscrição, os interessados receberão por e-mail os dados de acesso à plataforma do curso.
onu brasil

Sistema ONU lamenta a morte do menino João Pedro e faz apelo pela vida da juventude negra

As agências do Sistema ONU se solidarizam com os familiares, amigas e amigos do estudante João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, morto na última segunda-feira (18), na comunidade do Complexo do Salgueiro, na cidade de São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro.

"Cada vida conta e a violência letal contra adolescentes e jovens não deve ser naturalizada, transformando-se em lamentável estatística." Leia o comunicado completo.


João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, foi morto na segunda-feira (18), na comunidade do Complexo do Salgueiro. Foto: Arquivo Pessoal

As agências do Sistema ONU se solidarizam com os familiares, amigas e amigos do estudante João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, morto na última segunda-feira (18), na comunidade do Complexo do Salgueiro, na cidade de São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro.

O Sistema ONU no Brasil compreende que evidências são necessárias para entender e enfrentar a violência contra a juventude negra. Cada vida conta e a violência letal contra adolescentes e jovens não deve ser naturalizada, transformando-se em lamentável estatística. No Brasil, o homicídio configura-se hoje como a principal causa de morte de adolescentes e jovens.

A morte de João Pedro, assim como a de muitos e muitas adolescentes e jovens, majoritariamente negros e do sexo masculino, nos mostra o quão urgente é a necessidade de intensificar esforços e investimentos para reverter esse quadro. Nos preocupa particularmente o aumento de letalidade em consequência de ações das forças de segurança.

João Pedro é mais um desses adolescentes negros que não atingiu a juventude, não conseguiu vencer o conjunto de vulnerabilidades às quais esteve sujeito em sua curta existência. Adolescentes como João Pedro têm muitos nomes e estão em todo o país. A cada vida interrompida, a infância inteira é atingida. Cada vida importa. Que cada criança e jovem atinja seu pleno potencial é a missão e o compromisso do Sistema ONU.

A Assembleia das Nações Unidas declarou a Década Internacional de Povos Afrodescendentes (2015-2024) que, entre muitas orientações, coloca como estratégico o desenvolvimento de ações para a promoção do reconhecimento desses povos, assim como o desenvolvimento e acesso à justiça.

Especificamente nesse eixo do plano de ação da Década, o documento recomenda que os Estados (países) atuem prevenindo e punindo todas as violações dos direitos humanos que afetam afrodescendentes, como violência, atos de tortura, tratamento desumano ou degradante, incluindo aqueles cometidos por agentes do Estado.

O Sistema ONU chama a atenção, ainda, para a necessidade de intensificação de estratégias e políticas de proteção social, prevenção, acolhimento, justiça, reparação, e campanhas públicas, conforme recomendações da Década Internacional de Afrodescendentes, do plano de Ação da Conferência Internacional contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Discriminação; a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial; e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

ONU BRASIL


OPAS afirma que luta contra pandemia deve incluir tratamento de doenças crônicas

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, disse na terça-feira (26) que a resposta à pandemia de COVID-19 na região das Américas deve incluir atenção às doenças não transmissíveis, uma vez que uma em cada quatro pessoas correm maior risco de desenvolver a forma grave da COVID-19 por ter problemas crônicos de saúde.

Ressaltando que os mais de 2,4 milhões de casos e mais de 143 mil mortes transformaram as Américas no epicentro da pandemia de COVID-19, Etienne disse em coletiva de imprensa que, "à medida que os casos continuam a aumentar em nossa região, os esforços para proteger pessoas com condições de saúde pré-existentes devem se intensificar".

Pessoas com diabetes têm duas vezes mais chances de ter doença grave ou de morrer devido à COVID-19. Foto: EBC

Pessoas com diabetes têm duas vezes mais chances de ter doença grave ou de morrer devido à COVID-19. Foto: EBC

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, disse na terça-feira (26) que a resposta à pandemia de COVID-19 na região das Américas deve incluir atenção às doenças não transmissíveis, uma vez que uma em cada quatro pessoas correm maior risco de desenvolver a forma grave da COVID-19 por ter problemas crônicos de saúde.

Ressaltando que os mais de 2,4 milhões de casos e mais de 143 mil mortes transformaram as Américas no epicentro da pandemia de COVID-19, Etienne disse em coletiva de imprensa que, "à medida que os casos continuam a aumentar em nossa região, os esforços para proteger pessoas com condições de saúde pré-existentes devem se intensificar".

Na América do Sul, "estamos particularmente preocupados com o fato de o número de novos casos notificados no Brasil na semana passada tenha sido o mais alto em um período de sete dias, desde o início do surto. Peru e Chile também estão relatando uma alta incidência", afirmou a diretora da OPAS.

Para a maioria dos países das Américas, "ainda não é hora de relaxar as restrições ou reduzir as estratégias preventivas. Agora é a hora de permanecer forte e vigilante e implementar medidas agressivas e comprovadas de saúde pública", alegou Etienne.

"Nunca vimos uma relação tão mortal entre uma doença infecciosa e doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). Alguns dos dados são realmente alarmantes. Especialmente para a nossa região, onde as DCNTs estão difundidas. Precisamos de medidas preventivas agressivas para proteger as pessoas com diabetes, doenças respiratórias e cardiovasculares do novo coronavírus", disse.

Pessoas com diabetes têm duas vezes mais chances de ter doença grave ou de morrer devido à COVID-19 e 28% dos pacientes com câncer que contraíram o novo coronavírus vieram a óbito em comparação com 2% do total de pacientes, disse a diretora da OPAS, citando estudos recentes. Fumar também aumenta a chance de doença grave.

Medidas como ficar em casa, interrupções na prestação de serviços de saúde, bem como o medo de comparecer às unidades de saúde resultaram em visitas eletivas reduzidas e menor acesso à diálise renal, atendimento ao câncer e atrasos nos tratamentos de alta prioridade para pacientes com DCNTs. Muitos profissionais de saúde que normalmente prestam atendimento a pessoas com doenças crônicas "foram redirecionados para a resposta à COVID-19, afetando adversamente o diagnóstico e tratamento oportuno dessas enfermidades", acrescentou Etienne.

Para a diretora da OPAS, o menor acesso ao atendimento devido a interrupções nos serviços de saúde "coloca os pacientes em maior risco de complicações e morte por doenças que sabemos tratar" e os sistemas de saúde devem encontrar maneiras de responder "ou seremos confrontados com uma epidemia paralela de mortes evitáveis de pessoas com DCNTs".

Antes da COVID-19, 81% de todas as mortes na região das Américas ocorreram devido a doenças crônicas não transmissíveis; 39% dessas mortes foram prematuras, ou seja, antes dos 70 anos. Etienne explicou que é importante encontrar métodos seguros para fornecer cuidados clínicos essenciais para pessoas com essas enfermidades durante a pandemia. "Muitos países, por exemplo, estão expandindo rapidamente a telemedicina, priorizando consultas agendadas para evitar salas de espera lotadas e fornecendo serviços de maneiras inovadoras".

Etienne disse que os países devem garantir que as cadeias de suprimentos de medicamentos essenciais para as DCNTs sejam protegidas e continuem funcionando de maneira eficiente, e que esses produtos sejam distribuídos às pessoas que deles precisam.

"Também devemos garantir o acesso oportuno ao atendimento de doenças crônicas, a fim de impedir que se tornem uma ameaça à vida. A OPAS está trabalhando com os países da região e fornecendo orientação para ajudar a planejar e implementar essas medidas. À medida que os casos continuam aumentando em nossa região, nossos esforços para proteger aqueles com condições pré-existentes devem se intensificar."

ONU BRASIL


ONU quer saber como jovens da América Latina e Caribe sobre estão enfrentando a pandemia


As Nações Unidas convidam adolescentes e jovens entre 15 e 29 anos dos países da América Latina e do Caribe a participar de uma pesquisa para saber como estão enfrentando a pandemia de COVID-19, bem como suas preocupações atuais e futuras. A pesquisa estará aberta até 2 de junho.
Os resultados guiarão a resposta das Nações Unidas na América Latina e no Caribe para interromper a propagação da doença e mitigar as repercussões da pandemia. É essencial que a ONU reconheça os múltiplos e diversos impactos que a pandemia da COVID-19 já tem e terá na população jovem e em seus direitos humanos.
A crise mundial de saúde sem precedentes que estamos enfrentando está afetando todos os cantos da sociedade e mudando vidas e meios de subsistência.

Em todos os tipos de crises e momentos de necessidade, das mudanças climáticas às situações de conflito armado e à instabilidade política, a população jovem e as organizações lideradas por jovens sempre reagiram imediatamente e responderam às necessidades de outras pessoas. O mesmo está acontecendo agora durante a pandemia de COVID-19.
Embora atualmente a atenção esteja voltada para as pessoas mais diretamente afetadas pelo vírus, há muitas indicações de que a pandemia da COVID-19 terá impactos sociais, culturais, econômicos, políticos e multidimensionais duradouros em sociedades inteiras, incluindo jovens, conforme destacado no relatório do secretário-geral "Responsabilidade compartilhada, solidariedade global" (março de 2020).

Pesquisa de Jovens COVID-19

O Grupo das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável na América Latina e no Caribe e os membros da Força-Tarefa entre Agências para a Juventude para a América Latina e o Caribe estão comprometidos com os objetivos consagrados na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e na Estratégia para Nações Unidas para a Juventude.
Portanto, o respeito pelos direitos humanos – incluindo os direitos econômicos, sociais e culturais, bem como os direitos civis e políticos – é fundamental para o sucesso das respostas em saúde pública e a recuperação após a pandemia.
Nesse contexto, as Nações Unidas convidam adolescentes e jovens entre 15 e 29 anos de América Latina e Caribe a participar de uma pesquisa com o objetivo de saber como estão enfrentando a pandemia de COVID-19, bem como suas preocupações atuais e futuras. A pesquisa estará aberta até 2 de junho.

Saiba como participar:

Participação dos jovens é a resposta

Um número crescente de jovens está lutando proativamente contra a disseminação do vírus e trabalhando formal ou voluntariamente para mitigar a pandemia e lidar com suas repercussões.
No entanto, ao desenvolver iniciativas destinadas a apoiar os esforços dos jovens para atuarem como agentes de mudança com segurança e eficácia no contexto da pandemia de COVID-19, é importante considerar vários elementos importantes, incluindo inclusão, participação e o dever de oferecer cuidado, confiança e comprometimento.
Os resultados da pesquisa guiarão a resposta das Nações Unidas na América Latina e no Caribe para interromper a propagação da doença e mitigar as repercussões da pandemia. É essencial que a ONU reconheça os múltiplos e diversos impactos que a pandemia da COVID-19 já tem e terá na população jovem e em seus direitos humanos.
As informações desta pesquisa são completamente confidenciais e os dados coletados serão compartilhados apenas com pesquisadores do Sistema das Nações Unidas para análise regional.
Para mais informações, entre em contato com: lacyouthcovid19@unfpa.org
ONU BRASIL

OPAS diz que Brasil precisa intensificar isolamento social para conter pandemia

Em entrevista por videoconferência à ONU News, o especialista em epidemiologia e vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, disse que o aumento no número de casos de COVID-19 no Brasil pode ser contido com mais isolamento social.

Barbosa alertou sobre o risco de a demanda superar a capacidade do sistema de saúde brasileiro.


São Paulo é o epicentro das mortes por COVID-19 no Brasil. Foto: Agência Brasil/Rovena Rosa

Em entrevista por videoconferência à ONU News, o especialista em epidemiologia e vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, disse que o aumento no número de casos de COVID-19 no Brasil pode ser contido com mais isolamento social.

Barbosa alertou sobre o risco de o número de casos superar a capacidade do sistema de saúde brasileiro.

Segundo ele, a forte disseminação da doença deve seguir até a primeira semana de junho, com base nos modelos e cálculos da OPAS.

"Nessa situação, a única medida capaz de frear e reduzir a velocidade de transmissão é o distanciamento social. Seguramente, que em cada estado do Brasil, essa realidade pode ser um pouco diferente."

"Por isso, é importante uma análise criteriosa do número de casos novos, que estão acontecendo todos os dias, e monitorar também a ocupação dos leitos de UTI, uso de respiradores mecânicos."

O vice-diretor da OPAS disse ainda que, além do Brasil, outros países latino-americanos estão enfrentando um aumento "muito rápido" no número de casos de COVID-19, como Equador, Chile, Peru e México.

Barbosa, que tem mais de 40 anos de experiência em medicina e políticas de saúde pública, afirmou que a situação é diferente em cada um dos estados brasileiros, mas que a prioridade agora deve ser conter o avanço da doença com as medidas acertadas.

"Particularmente, nós da Organização Pan-Americana da Saúde, estamos prestando apoio técnico ao Ministério da Saúde do Brasil exatamente para que essas medidas sejam mais efetivas, que a gente consiga reduzir a velocidade de transmissão e sair o mais rápido possível desse momento intenso de transmissão que alguns estados do Brasil passam."

O especialista da OPAS disse que qualquer cálculo e projeção do avanço da doença depende do sucesso do distanciamento social, e que deve haver um monitoramento para avaliar como a população está aderindo às medidas.

Na quinta-feira (21), o número de casos de novo coronavírus, no mundo, ultrapassou a marca de 5 milhões. Estados Unidos, Brasil e Índia estão entre as nações com o maior número de notificações da COVID-19.

Leia a íntegra de um trecho da entrevista:

Que medidas específicas que o Brasil deve tomar para reduzir o número de casos?

O Brasil, assim como vários outros países na América Latina nesse momento, como Peru, Equador, Chile, México, está experimentando um crescimento muito rápido no número de casos. Nessa situação, a única medida capaz de frear e reduzir a velocidade de transmissão é o distanciamento social.

Seguramente, que em cada estado do Brasil, essa realidade pode ser um pouco diferente. Por isso é importante uma análise criteriosa do número de casos novos, que estão acontecendo todos os dias, monitorar também a ocupação dos leitos da UTI, uso de respiradores mecânicos, porque se se deixa a transmissão ocorrer de maneira natural, sem nenhum tipo de redução da velocidade, o número de casos que é produzido vai superar a capacidade dos leitos de UTI, de respiradores, e pessoas vão morrer. Isso é muito importante, este monitoramento.

(É preciso) Tomar as medidas adequadas. Se o distanciamento social não está funcionando, verificar como se pode aumentar a adesão da população para que se consiga diminuir esta velocidade o mais rápido possível.

Tendo em conta a evolução da pandemia no Brasil, quando acredita que a curva deve começar a baixar?

Nós trabalhamos com modelos matemáticos, mas esses modelos têm a finalidade apenas de servir para o planejamento do número de leitos necessários, da quantidade dos profissionais de saúde e o número de respiradores mecânicos.

Com base nesses modelos, se estima que essa transmissão mais forte vai continuar até a primeira semana de junho. Mas isso depende, claro, do sucesso das medidas de distanciamento social.

Particularmente, nós da Organização Pan-Americana da Saúde, estamos prestando apoio técnico ao Ministério da Saúde do Brasil exatamente para que essas medidas sejam mais efetivas, que a gente consiga reduzir a velocidade de transmissão e sair o mais rápido possível desse momento intenso de transmissão que alguns estados do Brasil passam.

ONU Brasil

COVID-19: UNIDO busca empresas no Brasil para fabricação de ventiladores médicos


A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) está em busca de empresas fabricantes de equipamentos de saúde para dar início à produção de um modelo inovador de ventilador médico no Brasil.
O dispositivo, chamado de Ventilador Mecânico Milano (MVM), foi projetado por meio de uma colaboração internacional entre físicos de partículas e a comunidade científica.
Fabricantes podem manifestar interesse na produção do MVM enviando, até dia 8 de junho, um pequeno perfil da empresa e uma carta de motivação.
Equipamentos médicos são necessários para atender pacientes da COVID-19 - Foto: Jair Lázaro/UNSPLASH
Equipamentos médicos são necessários para atender pacientes da COVID-19 – Foto: Jair Lázaro/UNSPLASH
A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) está em busca de empresas fabricantes de equipamentos de saúde para dar início à produção de um modelo inovador de ventilador médico no Brasil.
Empresas que possuam capacidade tecnológica para a fabricação do equipamento são convocadas a participar. O objetivo da chamada é estabelecer no país a produção de um modelo inovador de ventilador médico para auxiliar no combate à pandemia de COVID-19.
O dispositivo, chamado de Ventilador Mecânico Milano (MVM), foi projetado por meio de uma colaboração internacional entre físicos de partículas e a comunidade científica.
O MVM possui um design simples e utiliza componentes comuns e de fácil acesso. O design modular do ventilador pode ser adaptado de acordo com a disponibilidade local de peças. A operação do MVM requer apenas uma fonte de oxigênio (ou ar comprimido medicinal) e energia elétrica para funcionar.
A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês), agência norte-americana de vigilância sanitária, incluiu no início de maio o MVM entre os equipamentos autorizados para uso emergencial nos Estados Unidos.
As certificações médicas e aprovações regulatórias do dispositivo na Europa e no Canadá já estão em evolução. O MVM também foi projetado para ser totalmente compatível com as diretrizes técnicas emitidas pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA), do Reino Unido.
Na medida em que a pandemia de COVID-19 se expande globalmente, cresce a necessidade por equipamentos médicos para tratar pacientes em condições críticas. O suporte respiratório de ventiladores é essencial para garantir aos pacientes oxigênio para o funcionamento de seus órgãos vitais.
Os ventiladores comercialmente disponíveis costumam ter designs patenteados e controles complexos, o que os torna caros e pouco disponíveis em hospitais em todo o mundo. Com a escalada da pandemia, a ampliação da disponibilidade de ventiladores robustos, confiáveis e acessíveis, adaptados ao ambiente local de uso, é fundamental para o tratamento de um número crescente de pacientes críticos.

Critérios para escolha das empresas

O design do Ventilador Mecânico Milano (MVM) é propositadamente simples e baseado em componentes de fácil acesso. Porém, nem todas as empresas de manufatura têm condições de produzir o MVM de maneira adequada, garantindo a segurança do produto final.
Para desenvolver uma rede de produção global segura e confiável, a UNIDO busca parceiros do setor privado capazes de manter um modelo sólido de transferência de tecnologia, permitindo que empresas locais possam produzir o MVM.
Fabricantes brasileiros interessados devem atender aos seguintes padrões relacionados à produção e à distribuição de dispositivos médicos de suporte respiratório: ISO 13485; ISO 14971: 2019; ISO 19223: 2019; ISO 80601-2-12: 2020 – Parte 2-12; ISO 5356- 1: 2015; ISO 10651-3: 1997; e IEC 62366-1: 2015.
Fabricantes podem manifestar interesse na produção do MVM enviando, até dia 8 de junho, um pequeno perfil da empresa e uma carta de motivação (ambos em inglês) para o e-mail office.brazil@unido.org. Dúvidas sobre a chamada pública também podem ser encaminhadas ao mesmo e-mail.
Para mais informações sobre a UNIDO, acesse o site www.unido.org. Mais detalhes sobre o Ventilador Mecânico Milano (MVM) podem ser encontrados no site https://mvm.care/.
Via ONU BRASIL

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Carta do diretor-executivo: 25 anos do IPAM


Prezado, prezada,

Nesta sexta-feira, 29 de maio de 2020, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, o IPAM, faz 25 anos de história.

Há dois meses, nossos planos para esse dia envolviam uma grande festa, palestras e plantio de mudas em cidades onde atuamos. Era uma data para celebrar todos aqueles que ajudaram a construir essa grande história: dos fundadores visionários, que se uniram por um ideal de desenvolvimento sustentável, aos funcionários e parceiros atuais, que mantêm e colocam o sonho em pé.

Os planos mudaram devido à pandemia do novo coronavírus. O abraço será virtual, e as ações comemorativas em campo vão ficar para depois. Mas o sonho permanece, e o sentido de comunhão que buscamos para essa data nunca esteve tão fortalecido.

Muitas lições são tiradas desse período que vivemos. Algumas delas são de foro íntimo; outras, sobre a sociedade em que estamos inseridos e sobre as escolhas que fazemos. Neste ínterim, a missão do IPAM ganha contornos nítidos. A pandemia expõe o que há de melhor e de pior entre nós, incluindo mazelas sociais e ambientais que enfrentamos desde o início da nossa caminhada.

Criar soluções para algumas dessas mazelas é nosso papel.

Por isso, e pensando naqueles que mais precisam, lançaremos amanhã a campanha #SomosTodosAmazônia. Com sua ajuda, compraremos produtos frescos de agricultores familiares da Amazônia, que tiveram sua renda reduzida devido às necessárias medidas de isolamento social. Esses produtos serão organizados em cestas e destinados a famílias carentes de cidades onde atuamos, também afetados pela mesma situação.

Lançaremos a campanha #SomosTodosAmazônia em uma live no dia 29, às 16h, com a presença de duas convidadas especiais, as atrizes Dira Paes e Maitê Proença, que conversarão com nossos pesquisadores Paulo Moutinho e Ane Alencar sobre os desafios e as belezas da Amazônia. Ela será transmitida em youtube.com/IPAMclima.


Acompanhe nossas comunicações e nossas redes sociais para saber como participar da campanha. Vamos, juntos, gerar renda para os produtores e alimentar quem passa fome. 

Não poderíamos fazer nada menos do que isso. Nós somos Amazônia. Nascemos, crescemos, nos criamos Amazônia. E agora, quando pairam sobre a região grandes ameaças, nossos corações, mentes e competências trabalham para amenizar o sofrimento dos afetados pela pandemia e pela degradação ambiental.

A Amazônia é grande sim, mas não só em dimensões territoriais. É imensa em histórias e em conhecimento, e esses devem ser preservados. Essa é nossa reflexão nos 25 anos de IPAM. A Amazônia é de todos. Amazônia precisa de todos. Venha conosco nessa causa.

André Guimarães
Diretor-executivo do IPAM

IPAM


terça-feira, 26 de maio de 2020

Nota do PT-PR – Mais um ataque que mostra orientação político-partidária por parte do Governo Ratinho Jr.

O Governo do Estado não pode abusar de suas prerrogativas para constranger e ofender cidadãos e cidadãs que divirjam de orientações político-partidárias do Governo. Mais uma vez, o Partido dos Trabalhadores do Paraná vem a público denunciar um ataque ao partido dentro de um órgão pertencente ao Governo do Estado.

A Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário do Paraná, órgão vinculado ao Governo do Estado do Paraná e à Secretaria de Justiça, Família e Trabalho, está oferecendo cursos de capacitação aos servidores do Departamento Penitenciário do Paraná (DEPEN-PR) para operação do Sistema de Gestão de Execução Penal (SIGEP).

Dentro do curso, há um módulo específico sobre visitas dos apenados. Neste ponto do curso, os servidores se deparam com a inclusão do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua atual companheira, como preso e como companheira em visita íntima.

Também está incluso na lista o nome da atriz, apoiadora dos movimentos sociais e dos direitos humanos, Letícia Sabatella, como visitante de unidade prisional.

Estão usando indevidamente estes nomes em clara distorção e direcionamento ideológico do curso, sendo desviada sua real finalidade, que é a capacitação dos profissionais.

Trata-se de um ato ilegal e imoral. É inconcebível esse tipo de atitude dentro de um órgão público.

O Partido dos Trabalhadores do Paraná exige a apuração dos fatos e que os responsáveis sejam punidos.

Arilson Chiorato

Presidente do Partido dos Trabalhadores do Paraná

sábado, 23 de maio de 2020

Nota dos partidos de Oposição

*Nota dos partidos de Oposição*

As Bancadas dos partidos de oposição na Câmara dos Deputados – PT, PCdoB, PSOL, PSB, PDT e Rede - manifestam seu veemente repúdio ao conteúdo de vídeo de reunião ministerial do governo Bolsonaro, bem como à nota divulgada pelo general Augusto Heleno, com um ataque inaceitável ao Supremo Tribunal Federal.

A reunião ministerial revela o baixo nível dos integrantes do atual governo. Como bárbaros, jogam a República no caos, desrespeitam as leis, as instituições e ignoram a Constituição. 

O vídeo desfaz qualquer legitimidade do atual governo no comando dos destinos da Nação, pois escancara o desprezo à democracia, à vida e às conquistas civilizatórias do povo brasileiro. Ademais, indica a tentativa de formação de milícias em defesa de um projeto antinacional e antidemocrático.

O presidente da República e o general Heleno não percebem que nenhuma autoridade está acima da Constituição e das leis. As manifestações do general, contrárias aos preceitos democráticos, não são novidade e se colocam em sintonia com a postura do presidente da República, que há tempos demonstra seu pouco apreço pela democracia. 
A   estabilidade econômica e social do País só é possível com democracia, o fortalecimento de suas instituições, a harmonia entre os Poderes e o respeito às vidas do povo brasileiro. A democracia não comporta tutela militar.

Nesse momento dramático da vida nacional, com crise econômica agravada pela pandemia de coronavírus ante um governo incapaz de enfrentar os gigantescos desafios, o vídeo acelera a crise institucional, pois revela nitidamente como Bolsonaro e  seus ministros desprezam as instituições e o povo brasileiro. 

Não aceitaremos nenhuma tentativa de quebra da ordem institucional. O Congresso Nacional está a postos para fazer cumprir seu papel. O processo de impeachment de Bolsonaro deve ser aberto o mais rápido possível, para a retirada de um presidente incapaz, irresponsável e danoso ao País. 

*Brasília, 22 de maio de 2020*
José Guimarães (PT-CE)- Líder da Minoria na Câmara
André Figueiredo (PDT-CE) - Líder da Oposição na Câmara
Alessandro Molon (RJ)- Líder do PSB na Câmara
Enio Verri (PR)- Líder do PT na Câmara
Perpetua Almeida (AC) – Líder do PCdoB
Wolney Queiroz   (PE) - Líder do PDT na Câmara
Fernanda Melchionna (RS)- Líder do PSOL
Joenia Wapichana (RR)- Líder da Rede