quinta-feira, 1 de setembro de 2022
Cristina Kirchner sofre tentativa de atentado - suspeito é brasileiro
OIT: Baixo crescimento e crise freiam a retomada do emprego nas Américas
Na América Latina e no Caribe, houve uma importante recuperação do emprego após a pandemia da COVID-19, mas os mercados de trabalho da região enfrentam um futuro complexo e incerto, que pode ser caracterizado, em 2022, pelo aumento de desocupação, da informalidade e do número de trabalhadores(as) pobres, disse hoje (1) a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Um baixo crescimento econômico, a alta inflação e uma crise global agravada pela agressão da Rússia à Ucrânia afetam tanto a quantidade quanto a qualidade dos empregos gerados na região e poderiam prolongar o forte impacto da crise gerada pela pandemia na região sobre o trabalho.
"A criação de emprego formal será fundamental para enfrentar um cenário de menor dinamismo econômico e de perda de poder aquisitivo", afirmou a diretora regional interina da OIT para a América Latina e o Caribe, Claudia Coenjaerts, ao apresentar a nova nota técnica intitulada em espanhol "Un crecimiento débil y crisis global frenan la recuperación del empleo en América Latina y el Caribe".
A OIT destacou que, de acordo com os dados mais recentes, do primeiro trimestre de 2022, a taxa média de desocupação da região é de 7,9%, a taxa de ocupação é de 57,2% e a taxa de participação na força de trabalho de 62,1%. Esses são quase os níveis do primeiro trimestre de 2019, utilizado para fazer a comparação com a situação existente antes da pandemia.
"A recuperação das taxas regionais é uma notícia positiva após o impacto devastador da COVID-19", disse Coenjaerts. No entanto, sobre o mesmo assunto, ela alertou que "uma informalidade maior e o aumento do número de trabalhadores pobres representam grandes desafios para os mercados de trabalho da América Latina e do Caribe em 2022".
Informalidade- O relatório da OIT destaca que a falta de dinamismo econômico começou a ser percebida no início de 2022, com sinais incipientes de retrocesso nos indicadores médios do trabalho na região, que vinham melhorando continuamente há vários meses.
Por outro lado, a OIT destaca que por trás das médias existem realidades nacionais que mostram um caminho a percorrer em termos de recuperação.
Em 10 dos 14 países com dados, a taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2022 ainda não tinha recuperado os valores registrados no mesmo período de 2019. Por outro lado, apenas em 3 dos 14 países, a taxa de participação econômica no primeiro trimestre de 2022 havia recuperado os níveis do primeiro trimestre de 2019.
Além disso, entre 50% e 80% dos empregos gerados no processo de recuperação foram em condições de informalidade. Isso fez com que a taxa de informalidade regional, que caiu no início da crise da pandemia, quando vários postos de trabalho foram destruídos, voltasse a níveis pré-pandemia, de 50%.
"Isso significa que 1 em cada 2 pessoas ocupadas está em condições de informalidade na região. São empregos instáveis, geralmente com baixa renda, sem proteção nem direitos trabalhistas", explicou a economista do Trabalho do Escritório Regional da OIT e autora do relatório, Roxana Maurizio.
As dificuldades econômicas podem determinar o aumento da informalidade, segundo a análise da OIT.
Inflação - Outro fator preocupante é a alta inflação, que tem impactos significativos nos mercados de trabalho. Os preços começaram a subir em 2021, mas estão sujeitos a pressões ascendentes devido aos efeitos da guerra que impactam a disponibilidade de alimentos e de energia, entre outros fatores, e isso afeta diretamente o nível de renda real do trabalho, alerta a OIT.
"A perda do poder aquisitivo da renda do trabalho é o que dá origem ao chamado 'fenômeno do trabalhador pobre', que significa que as pessoas podem viver em situação de pobreza mesmo tendo um emprego, até mesmo um emprego formal", disse Maurizio. "Embora isso não seja uma novidade em uma região com alta informalidade, sua incidência pode aumentar significativamente."
Diante desse cenário, os países da região devem focar na promoção para a criação de mais empregos formais, com uma articulação com políticas ativas, formação profissional e políticas setoriais, destacou a OIT. O relatório também considera essencial o reforço das instituições laborais, em particular, o salário mínimo e a negociação coletiva, em um quadro de diálogo social.
"Em cenários de crise, o diálogo social entre governos, empregadores e trabalhadores permite a adoção e aplicação de políticas que respondam aos desafios da economia real com maiores possibilidades de sucesso", disse Claudia Coenjaerts.
FFonte: ONU Brasil
Quem é Simone Tebet?
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Na área em que fez renascer a Mata Atlântica, Comunidade José Lutzenberger (PR) conquista direito à terra
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domingo, 28 de agosto de 2022
sexta-feira, 26 de agosto de 2022
Live abordará perspectivas climáticas para a safra 2022/23
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terça-feira, 23 de agosto de 2022
ONU-Habitat Brasil abre inscrições de eventos para Circuito Urbano 2022
O Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat Brasil) abriu as inscrições de eventos para o Circuito Urbano 2022. A iniciativa dá apoio e visibilidade a eventos de todo o Brasil que promovam o debate sobre desenvolvimento urbano sustentável, criando uma intensa programação realizada ao longo do Outubro Urbano — mês dedicado a debater como tornar melhor a vida nas cidades. Neste ano, o Circuito Urbano chega à sua quinta edição com o tema "Localizando os ODS: não deixar ninguém e nenhum lugar para trás".
Para as Nações Unidas, "localizar" os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) consiste em implementar as agendas globais de desenvolvimento no nível local — tal como cidades e territórios. Através dessa temática, o Circuito Urbano quer promover o debate técnico e político sobre a promoção de um desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo no Brasil.
Neste ano, os eventos poderão ser presenciais, virtuais ou híbridos. A inscrição de eventos pode ser realizada tanto por pessoas físicas como por instituições. A chamada está aberta até o dia 26 de agosto. O formulário de inscrições e mais informações estão disponíveis no site do Circuito Urbano.
Tema - Os ODS são objetivos globais, mas seu alcance depende de torná-los uma realidade local em cidades e regiões. A maioria dos objetivos possuem metas diretamente ligadas às responsabilidades dos governos locais e regionais e, por isso, cidades e regiões estão numa posição ideal para tornar concreta a implementação da Agenda 2030.
Como afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante o 11º Fórum Urbano Mundial, as cidades são centrais para praticamente todos os desafios que enfrentamos – e essenciais para construir um futuro mais inclusivo, sustentável e resiliente.
Em um contexto de rápida urbanização a nível global, as cidades concentram a maior parte da população mundial. Segundo o Relatório Mundial das Cidades 2022, a estimativa é que, no ritmo atual, a população urbana passe de 56% do total global em 2021 para 68% em 2050. Se de um lado a urbanização contribui para o crescimento econômico, por outro aprofunda desigualdades existentes entre cidades, entre áreas urbanas e rurais e dentro do próprio território urbano quando não bem planejado.
"A redução das desigualdades é um dos principais pilares para o alcance do desenvolvimento sustentável. No Circuito Urbano deste ano, nós teremos a oportunidade de debater sobre esse tema tão urgente para as cidades brasileiras com atores de diversos setores da sociedade. Os diálogos irão promover a democratização do conhecimento sobre o tema e compartilhar experiências de localização dos ODS que contribuem para um futuro urbano em que ninguém e nenhum lugar seja deixado para trás", complementa a analista de programas e advocacy e coordenadora do Circuito Urbano, Bruna Gimba.
A localização deve acontecer desde a definição de objetivos e metas até a determinação dos meios de implementação e da utilização de indicadores para monitorar seu progresso. Por isso, os eventos inscritos serão divididos em cinco linhas temáticas, cada uma relacionada a uma "etapa" de localização dos ODS. Elas são divididas em: 1) Conhecer; 2) Planejar; 3) Participar & inovar; 4) Financiar & implementar; e 5) Monitorar & avaliar.
Cronograma – O período de inscrições de eventos é do dia 11 a 26 de agosto. A divulgação dos eventos selecionados e o contato com inscritos (selecionados ou não) será de 5 a 9 de setembro. O Circuito Urbano 2022 será realizado de 4 de outubro a 1º de novembro.
Circuito Urbano - O Circuito Urbano é a principal iniciativa do ONU-Habitat Brasil para promover o Outubro Urbano, mês dedicado a debater como tornar a vida nas cidades melhor para todas e todos. O período se inicia oficialmente com o Dia Mundial do Habitat (primeira segunda-feira do mês) e se encerra com o Dia Mundial das Cidades (31 de outubro).
A iniciativa promove a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, em particular o 11, que visa "tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis". Busca, ainda, debater os princípios da Nova Agenda Urbana, responsável por definir novos padrões globais para o desenvolvimento urbano sustentável e contribuir para repensar como nós planejamos, gerenciamos e vivemos nas cidades.
Em quatro edições, o Circuito Urbano já apoiou mais de 600 eventos, levando o Brasil à liderança dos países que celebram o Outubro Urbano. Em 2021, os eventos reuniram 30 mil visualizações e cerca de 14 mil espectadores. Foram 179 eventos com 797 painelistas e 232 moderadores.
Saiba mais e se inscreva para o Circuito Urbano 2022 aqui.
Fonte: ONU Brasil
Secretário da Organização do Tratado de Proibição de Testes Nucleares visita Brasil
O secretário executivo da Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO), Robert Floyd, fará sua primeira viagem à América do Sul desde que assumiu o cargo, em agosto de 2021. Ele estará na região de 28 de agosto a 5 de setembro, fazendo escalas no Uruguai (28 a 29 de agosto), Brasil (31 de agosto a 3 de setembro) e Argentina (4 a 5 de setembro). Robert Floyd se reunirá com representantes do governo, interagirá com a academia e a sociedade civil e visitará algumas das estações de monitoramento da CTBTO.
Robert Floyd estará disponível para entrevistas na TV, impressas e em áudio enquanto estiver na região e antes de sua partida de Viena.
O Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares foi aberto para assinatura em setembro de 1996 e já provou seu benefício para a humanidade. Além de poder detectar testes nucleares em qualquer lugar do mundo, os dados coletados pelo Sistema de Monitoramento Internacional (IMS) que o CTBTO construiu também têm uma gama de aplicações civis e científicas. Por exemplo, dados de duas estações hidroacústicas do CTBTO ajudaram a identificar a localização do submarino argentino ARA San Juan, que desapareceu em 2017 e cujos restos foram encontrados em 2018.
As nações da América do Sul se veem como parceiras integrais da CTBTO na conquista de um mundo livre de testes nucleares, e todos os países do continente ratificaram o Tratado. O continente também abriga 35 das mais de 300 instalações que compõem o IMS, mais de 10% do total.
Fundo - O CTBT proíbe todas as explosões nucleares em todos os lugares, por todos e para sempre. A adesão ao Tratado é quase universal, mas ainda não entrou em vigor. Para isso, deve ser assinado e ratificado pelos 44 estados listados no Anexo 2 do Tratado, dos quais oito ainda faltam (saiba mais aqui).
O CTBTO estabeleceu um Sistema de Monitoramento Internacional (IMS) para garantir que nenhuma explosão nuclear passe despercebida. Atualmente, 303 instalações certificadas – de um total de 337 quando o sistema estiver completo – estão operando em todo o mundo. Os dados registrados pelo IMS também podem ser usados para mitigação de desastres, como monitoramento de terremotos, alerta de tsunami e monitoramento de níveis e dispersão de radioatividade de acidentes nucleares.
Para obter mais informações sobre o CTBTO visite www.ctbto.org.
Fonte: ONU Brasil