domingo, 18 de junho de 2023

Plano para Desmatamento Zero precisa ser implementado com urgência

novo PPCDAm (Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal) é um passo importante para enfrentar o cenário de destruição dos últimos anos no bioma. No entanto, para evitar que a Amazônia atinja um ponto de não-retorno, é preciso urgência na implementação do plano. Ele reforça o compromisso do Governo Federal com o desmatamento zero e o combate às crises climática e de biodiversidade, já que estabelece metas e estratégias concretas e ambiciosas.


Fonte: WWF Brasil

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Hoje, 15 de junho | Evento híbrido: O impacto da Direita Radical sobre as normas internacionais na América Latina: Direitos Humanos e Meio Ambiente


 

O IRI/PUC-Rio, em conjunto com a rede de pesquisa MUDRAL (Multilateralismo e Direita Radical na América Latina) convida a todos para o evento híbrido "O impacto da Direita Radical sobre as normas internacionais na América Latina: Direitos Humanos e Meio Ambiente", a ser realizado no dia 15 de junho, a partir das 9h30, no Auditório do IAG na PUC-Rio.

 

O Seminário será um debate sobre a expansão da direita radical na América Latina, suas conexões internacionais e seu impacto sobre o funcionamento do sistema multilateral. Vamos focar no impacto sobre governança internacional no campo dos direitos humanos e do meio ambiente.

 

Confira o programa completo do evento em http://www.iri.puc-rio.br/wp-content/uploads/2023/06/15-de-junho-Programa.pdf

Inscrições:  https://puc-rio.zoom.us/meeting/register/tJIldO6vrjIjGNY-tUeoJGi7MT8PHLNuNtf4#/registration
Transmissão ao vivo no canal do YouTube da Rede MUDRAL: https://www.youtube.com/@mudral2023

Saiba mais

terça-feira, 13 de junho de 2023

Nova Portaria da ADAPAR estabelece distâncias mínimas para a aplicação de agrotóxicos

Publicado no Diário Oficial nº. 11411 de 4 de Maio de 2023


Súmula: Estabelece distâncias mínimas para a aplicação de agrotóxicos.

O DIRETOR PRESIDENTE DA AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO PARANÁ – ADAPAR, no uso das atribuições que lhe são conferidas no inciso IV, do artigo 3°, da Lei n° 17.026, de 20 de Dezembro de 2.011, no artigo 18, inciso II, do anexo a que se refere o Decreto n° 4.377, de 24 de abril de 2012, e em conformidade com o disposto na Lei federal nº 7.802, de 11 de julho de 1989, no Decreto Federal nº 4.074, de 04 de janeiro de 2002, na Lei Estadual nº 7.827, de 29 de dezembro de 1983, no Decreto Federal nº 4.074, de 04 de janeiro de 2002. na Lei Estadual nº 7.287, de 20 de setembro 1984, na portaria n] 298, de  22 de setembro de 2021, do Ministério da Agricultura e Abastecimento - Mapa,  e considerando o constante no protocolado n] 19.958.765-0,

RESOLVE

Art. 1º O uso de agrotóxicos na agropecuária deve ser precedido de receituário agronômico prescrito por profissional habilitado, observada a tecnologia da aplicação nele prevista, as orientações constantes em rótulo ou bula do produto e pertinentes normas de defesa agropecuária.

Art. 2° É vedada a aplicação aérea de agrotóxicos em áreas situadas a uma distância mínima de:
I – 500 (quinhentos) metros adjacentes a mananciais de captação de água para abastecimento de populações, núcleos populacionais, escolas, habitações e locais de recreação;
II – 250 (duzentos e cinquenta) metros adjacentes a mananciais de água, moradias isoladas e agrupamento de animais e culturas suscetíveis a danos.
    Art. 3º Será permitida, porém, a aplicação de agrotóxicos nas lavouras em relação aos locais de que trata o art. 2º, se efetuada:
I - por atomizadores ou canhões, numa distância mínima de 250 (duzentos e cinquenta) metros;
II - por aparelhos costais, tratorizados de barra ou aeronaves remotamente pilotadas - ARP, numa distância mínima de 50 (cinquenta) metros.

Art. 4º Em todos os casos as aplicações somente poderão ser feitas quando a direção do vento não implicar em deriva de agrotóxicos para os locais referidos no art. 2º.
Art. 5º O descumprimento aos termos desta Portaria sujeitará o infrator às penalidades previstas na Lei Federal nº 7.802/1989, no Decreto Federal nº 4.074/2002, na Lei Estadual nº 7.827/1983 e no Decreto Estadual nº 3.876/1984.

Art 6º Esta Portaria entra em vigor em 45 (quarenta e cinco) dias da data de sua publicação.


Publique-se.

 

Otamir Cesar Martins
Diretor Presidente da Adapar

 



segunda-feira, 12 de junho de 2023

Revista Biodiversidade Brasileira publica nova edição - Junho de 2023

Revista Biodiversidade Brasileira: Uma nova edição foi publicada.

Link: https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/issue/current

Revista Biodiversidade Brasileira

BioBrasil
https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR



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Boletim no Ponto (por Jornal Brasil de Fato)



 

No jeitinho vai


Olá, o governo e o Congresso têm uma relação conturbada. Mas entre namoro, amizade, união estável e relação abusiva, prevalece o pragmatismo e o tapinha nas costas.

 

.Coração sertanejo. Se na última semana o governo e Arthur Lira pareciam entrar definitivamente em rota de colisão, no fim, ao menos no discurso preponderou o clima de reconciliação. O problema na relação é que os interesses de Lula e Lira são inconciliáveis. O deputado quer manter o protagonismo de primeiro-ministro que teve no governo Bolsonaro, a chave do cofre do orçamento e emendas e, quem sabe, ganhar o Ministério da Saúde de brinde. E Lula quer o protagonismo que teve em seus dois primeiros mandatos. Na troca de farpas, além das últimas derrotas na Câmara, Lira ainda esvaziou reuniões do Planalto com lideranças da casa e pediu ao STF que rejeite os planos do governo para a Eletrobras. Além da sua disputa pessoal com Renan Calheiros, aliado lulista, Lira tem o apoio dos desafetos baianos do ministro da Casa Civil Rui Costa. Já o governo, foi buscar reforço no Senado e contou com uma ação providencial da PF contra aliados do presidente da Câmara. Lira e Lula podem negar as aparências e disfarçar as evidências, mas ainda precisam um do outro. Surpreendentemente, a fidelidade de Arthur Lira aos projetos governistas supera até deputados petistas, segundo levantamento do Congresso em Foco. E a conversa a sós que tiveram essa semana e o arquivamento da denúncia de corrupção contra Lira no STF acalmaram os ânimos. Não se sabe se a reconciliação é definitiva, afinal o governo quer a tramitação da reforma tributária, que também é do interesse do Congresso, mas Lira quer uma reforma ministerial e a cabeça de alguns ministros, com Rui Costa à frente na lista. Sem poder se fiar apenas em Lira, Lulinha paz e amor também manda flores ao agronegócio e até ao PL na tentativa de se desvencilhar das amarras de seu poderosíssimo aliado nem sempre conveniente.

 

.Apesar de você. Pelo bem ou pelo mal, é de Arthur Lira que o governo depende para a reforma tributária andar. A boa notícia é que o presidente da Câmara acredita que em um mês a proposta pode ir à votação. As grandes corporações também não devem se opor, já que sabem que estão em dívida com o governo - literalmente - com um valor que soma cerca de R$215 bilhões, embora haja insatisfação de alguns setores, como o agronegócio e as universidades particulares. Mas os principais focos de resistência continuam sendo estados e municípios, sempre desconfiados de que a União pretende diminuir sua fatia do bolo. A solução consolidada na proposta do relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) é manter a dualidade tributária, e ao mesmo tempo criar mecanismos compensatórios para possíveis perdas no processo de transição, financiados pela cobrança sobre produtos como cigarros e bebidas alcoólicas. Além disso, busca-se dar um tom social à reforma criando um desconto tributário para a população de baixa renda, enquanto fica de fora da discussão, é claro, a taxação das grandes fortunas. Mesmo com a situação de incerteza na Câmara, os ventos da economia parecem mais favoráveis ao governo e podem soprar mais forte. A inflação segue caindo, a previsão do PIB cresceu e o dólar tem se mantido abaixo dos R$5. A combinação perfeita para o governo continuar pressionando Campos Neto a reduzir a taxa de juros, já que, um a um, os argumentos do presidente do BC vão caindo. Mas nem tudo segue a favor do governo. Na contramão da discussão da reforma, Lula isentou os fabricantes de automóveis. E na contramão do debate ambiental, incentivou o transporte individual e não impôs restrições aos automóveis com combustíveis fósseis. Como agradecimento pelo pacote, três montadoras avisaram que o estoque é suficiente, não vão gerar um único emprego e ainda suspenderam as linhas de montagem.

 

.Reflorestamento. Outro efeito colateral da relação tóxica de Lula com Lira e o agronegócio foi o retrocesso nos temas ambientais. A repercussão negativa, dentro e fora do país, da omissão do governo diante do tratoraço do agronegócio para esvaziar os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas obrigou o governo a se mexer. Lula aproveitou a semana do Meio Ambiente para tentar reverter a situação. Numa cerimônia que também serviu para prestigiar Marina Silva e demonstrar que entre a ministra e o presidente não há ruídos, o governo anunciou a retomada do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal para zerar o desmatamento até 2030. Entre 2004 e 2012, o Plano conseguiu reduzir em 83% o desmatamento na região. A proposta, que não depende do Congresso, pretende reforçar a vigilância também sobre o garimpo ilegal e a agropecuária, além de estar em consonância com as exigências do acordo comercial do Brasil com a União Europeia. Além disso, a Petrobras retirou a sonda exploradora de petróleo da foz do Amazonas, simbolicamente encerrando outra polêmica recente. Lula ainda vetou trecho da medida provisória que enfraquecia o combate ao desmatamento na Mata Atlântica, assinou decretos de criação do Parque Nacional da Serra do Teixeira, na Paraíba, e ampliação da Reserva Extrativista Chocoaré, no Mato Grosso. O peso na consciência também parece ter chegado ao STF, que retomou o julgamento do Marco Temporal - a ideia de que só podem ser reconhecidas terras com presença indígena até 1988 - depois do agronegócio ter aprovado o projeto sobre o tema na Câmara. Uma definição do STF, pelo menos, criaria um impasse na relação com o Legislativo. Porém, André Mendonça pediu vistas ao julgamento depois do voto de Alexandre de Moraes, que propôs alteração quanto à indenização a ser paga pela União aos "proprietários" de áreas em terras indígenas.

 

.Comissão da Verdade. Até as emas do Palácio da Alvorada sabem que há digitais verde oliva na tentativa de golpe de 8 de janeiro. Mas contando com a impunidade de sempre, a turma dos quartéis esperava que a CPI dos atos golpistas ficasse paralisada entre o circo de horrores dos deputados bolsonaristas e o desinteresse do governo. Nos bastidores, contava-se que nem situação, nem oposição chamariam militares da ativa ou da reserva para os depoimentos na Comissão. Por isso, o plano de trabalho da relatora Eliziane Gama surpreendeu. Primeiro, porque inclui no rol das investigações a tentativa da Polícia Rodoviária Federal de impedir o acesso de eleitores no segundo turno. Segundo, porque na lista de depoentes, a senadora incluiu nomes-chaves do governo Bolsonaro como os generais Braga Netto e Augusto Heleno, além do implicadíssimo Anderson Torres. E quem esperava que integrantes do governo Lula fossem chamados para reforçar a tese estapafúrdia de que o petismo forjou o golpe, constam na lista o devorador de deputados Flávio Dino e Ricardo Cappelli, e obviamente o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias. Se, sem o anúncio do plano de trabalho, o Exército já estava apreensivo e torcendo para a CPI acabar, agora aparecem mais novidades, como presença dos "kids pretos", apelido dado aos especialistas em operações especiais do Exército, na formulação do golpe. A situação só é pior para Bolsonaro. Além do primeiro julgamento de inelegibilidade já marcado para o próximo dia 22, o capitão ainda viu seu braço direito, o tenente-coronel Mauro Cid, constar na lista dos depoentes, na mesma semana em que a Polícia Federal revelou ter encontrado rascunhos do plano golpista no celular do militar.

 

.Ponto Final: nossas recomendações.

 

.Projeto Bruno e Dom. Um ano depois do assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips, o Repórter Brasil se soma a 50 jornalistas de todo o mundo para homenageá-los e dar continuidade a seu trabalho. Todas as matérias estão disponíveis neste portal.

 

.Antenas de Elon Musk fortalecem garimpo ilegal na Amazônia. No Sputnik Brasil, como as antenas do bilionário não chegaram a nenhuma escola e são utilizadas por garimpeiros para monitorar o Ibama.

 

.Nossos guerreirinhos da democracia tem nojo de Maduro e amor aos sauditas. No Intercept, João Filho escreve sobre a crítica seletiva da imprensa brasileira. Tigresa contra a esquerda, tchutchuca com ditaduras pró-americanas.

 

.Tempos curtos e longos, Mujica e a Frente Ampla exemplar do Uruguai. No Sul 21, Tarso Genro relembra os encontros com Pepe Mujica para extrair lições para a conjuntura brasileira.

 

.Os desaparecidos no Brasil: perfil e lacunas de investigação. O Fonte Segura analisa o Mapa de Desaparecidos no Brasil. De 200 mil desaparecidos, 62% são homens, jovens e pretos.

 

.Donos da Terra. No segundo episódio da vídeo série do Congresso em Foco, Eric Marky Terena explica os equívocos jurídicos que deram origem à tese do Marco Temporal.

 

.2013 e a década que não terminou. Na QuatroCincoUm, resenha do livro do jornalista Conrado Corsalette sobre os dez anos de crise política. Junho de 2013 também é o tema também de um novo livro da Boitempo Editorial.

 

Ponto é editado por Lauro Allan Almeida Duvoisin e Miguel Enrique Stédile.



domingo, 4 de junho de 2023

Prêmio Queijos do Paraná condecora 98 derivados de lácteos

Premiação idealizada pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, Sebrae-PR, IDR-Paraná e Sindileite-PR reconheceu produtos de pequenos queijeiros e também de grandes indústrias

Os queijos produzidos no Paraná foram elevados a uma posição de destaque, até então, sem precedentes. Em evento realizado no célebre Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, o Prêmio Queijos do Paraná se encerrou, condecorando 98 produtos com medalhas de bronze, prata, ouro e super ouro. Além disso, os jurados escolheram o melhor queijo do concurso: o Parmesão, da Frimesa, produzido em Marechal Cândido Rondon. Idealizada e produzida pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, Sebrae-PR, IDR-Paraná e Sindileite-PR, a iniciativa não parou por aí: ao longo dos últimos nove meses, foram realizadas dezenas de ações, visando fortalecer o setor lácteo.


Confira a lista dos queijos bronze, prata e ouro


Veja a lista dos super ouro


"O objetivo deste prêmio é reconhecer os produtores rurais, que fazem um trabalho de excelência. Os queijos produzidos no Paraná têm padrão internacional. Estamos entre os melhores produtores do país. Precisávamos dar visibilidade a essa excelência. Foi isso que fizemos com esse prêmio", definiu o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette.


Dos 10 produtos premiados com a medalha super ouro, quatro vêm da pequena Santana do Itararé, cidade de 5 mil habitantes, localizada no Norte Pioneiro. Três desses queijos têm a assinatura do produtor Leomar Melo Martins – que, inclusive, já tinha sido premiado em concurso internacional. Ele também levou para casa outras cinco medalhas: quatro de ouro e uma de prata. No palco, Martins e sua mulher, Marisa, fizeram questão de levar a bandeira do município e manifestaram felicidade pelas premiações.


"Estamos carregados de emoção. Sabemos que esse prêmio consolida todo o trabalho que estamos fazendo ao longo do tempo. Essas três medalhas são uma conquista de toda minha família, que vive em uma pequena propriedade de 3,5 alqueires. Também não poderia deixar de registrar a importância do Sistema FAEP/SENAR-PR nesse trabalho", disse o queijeiro. "Essa premiação é motivo de orgulho. E também aumenta a responsabilidade na questão da qualidade e de representar o Estado do Paraná", acrescentou.


Outras três medalhas super ouro foram conquistadas por pequenos queijeiros vinculados à Associação de Produtores de Queijo e Derivados de Leite da Região Centro do Paraná (Aproleq). O presidente da entidade, Roberto Carlos de Oliveira, destacou que todos os medalhistas são agricultores familiares, que têm um histórico de gerações na pequena produção de leite e que viram nos queijos uma oportunidade de agregar valor aos seus produtos. Entusiasmado, ele acredita que os bons resultados obtidos devem incentivar os produtores, fomentando, inclusive, a formalização de queijeiros, que hoje atuam na informalidade.


"Somos 19 pequenos produtores, que se dedicam desde o nascimento do animal à finalização do queijo. Além das três medalhas super ouro, produtores da nossa associação levaram quatro ouro e uma prata. Isso fortalece muito a agricultura familiar e permite aos produtores aumentar a rentabilidade", disse Oliveira. "Foi uma festa! Nossos produtores ficaram muito felizes com os resultados. Eu cheguei no evento de manhã, como um desconhecido. À noite, depois da premiação, todo mundo queria falar comigo, pegar o contato dos produtores. Isso é um estímulo grande", contou.


Além disso, 30 participantes conquistaram a medalha de ouro, 30 ganharam a de prata e 28, a de bronze. Todos poderão utilizar em suas embalagens o selo da premiação, agregando valor ao produto. No total, 297 queijos foram julgados ao longo do concurso. Independentemente do resultado, todos receberão um relatório com apontamentos técnicos, detalhando os pontos fortes do produto e aspectos que podem ser melhorados.


Avaliação em três etapas


Para avaliar os candidatos, a avaliação se dividiu em três etapas. Na primeira delas, 60 jurados se dividiram em 20 mesas. Em cada uma, foram julgados queijos inscritos em uma mesma categoria. Toda a análise foi feita "às cegas", ou seja, o júri não tinha informações sobre qual queijo estava degustando. A análise levou em conta critérios técnicos e sensoriais dos concorrentes, em que se observavam quesitos, como aparência, aroma e textura dos produtos. Os jurados também avaliaram desde como o queijo se processa no paladar até a emoção que o produto provoca em quem o degusta. A avaliação foi feita no Salão de Vidro do MON – um espaço isolado, mas que pôde ser observado pelos visitantes através da vitrine.


De acordo com esses critérios, para cada queijo, foram atribuídos pontos de 0 a 20. No total, 30 candidatos fizeram 18 pontos ou mais e foram condecorados com a medalha de ouro; 30 queijos atingiram pontuação de 16 pontos, premiados com a medalha de prata; e outros 28 produtos ficaram com o bronze, após conseguirem fazer 14 pontos, na avaliação dos jurados. Para garantir padrão técnico na avaliação, todos os jurados passaram por um curso de formação promovido pelo próprio Prêmio Queijos do Paraná.


Na segunda fase, já no período da tarde, os jurados voltaram a avaliar os 30 queijos que tinham conquistado medalha de ouro. Entre estes, foram selecionados os 10 super ouro, que foram habilitados à etapa final. O júri provou um dos queijos por vez, atribuindo a nota na hora – exibindo-a em uma plaquinha. Além disso, cada jurado foi destacado para defender um dos concorrentes, falando sobre as qualidades do produto. Só então foram revelados os vencedores, sob aplausos do público que lotava o auditório.


"O que a gente anseia é que iniciativas como esta estimulem os produtores a desenvolver sua criatividade, criando receitas próprias, provocando novas sensações, não caindo numa padronização ou reproduzindo produtos já criados", disse a queijista Flávia Rogoski, uma das juradas do concurso.


União das entidades impulsiona desenvolvimento do setor


Lançado em agosto do ano passado, o Prêmio Queijos do Paraná não se restringiu à avaliação e premiação dos concorrentes. A iniciativa reuniu 28 entidades apoiadoras, entre universidades, instituições públicas e associações ligadas à cadeia produtiva dos lácteos. Juntos, todos levaram a campo dezenas de ações voltadas ao desenvolvimento do setor lácteo, com a qualificação de produtores de leite, de produtores artesanais de queijo e de indústrias lácteas. Além disso, também houve eventos promocionais, oficinas, minicursos e conferências online, direcionados ao público consumidor e a empórios e lojas especializadas em queijos.


O prêmio faz jus à importância do setor leiteiro estadual: há produção de leite em todos os 399 municípios do Paraná. O Estado é o segundo maior produtor de leite do país, com 12 milhões de litros/dia, dos quais 5 milhões são destinados à fabricação de queijos. É um derivado que, além de ter valor nutricional, permite agregar valor à matéria prima, fortalecendo o setor e gerando empregos e renda. A data da premiação – 1º de junho – não foi escolhida por acaso: na ocasião, se celebrava o Dia Mundial do Leite.


"O que temos de produção no Paraná não perde para nenhum Estado do Brasil. A união das instituições vem para mostrar o que é produzido no Paraná e valorizar esse trabalho que é feito e que estamos premiando. É uma vitrine para que o Brasil veja, conheça e consuma os prêmios do Paraná", disse o diretor-superintendente do Sebrae/PR, Vitor Tioqueta.


Ao final da premiação, o presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite da FAEP, Ronei Volpi, anunciou que a iniciativa terá continuidade: em 2025, haverá a 2ª edição do Prêmio Queijos do Paraná. Até lá, as entidades permanecerão unidas em torno do desenvolvimento do setor, levando adiante o trabalho que tem surtido bons resultados. "Vamos continuar com essa iniciativa de sucesso e de união", afirmou Volpi.


Minicursos e palestras


Além da avaliação e premiação, a programação do Prêmio Queijos do Paraná incluiu cinco palestras com profissionais e especialistas do setor de lácteos, realizadas no auditório do museu. Os temas abordados foram: cultura para queijos, inovações em tecnologias em lácteos, oportunidades no mercado de lácteos, biopreservação de queijos e oportunidade para exportações de lácteos. Também foram realizados cinco minicursos, em parceria com o SENAR-PR: três sobre montagem de tábuas de queijos, um sobre harmonização de queijos e vinhos e um sobre harmonização de queijos e cervejas.

Coordenação de Comunicação Social

Sistema FAEP/SENAR-PR



Consultoria Ambiental?


segunda-feira, 29 de maio de 2023

ONU busca jovens líderes para treinamento sobre mundo livre de armas nucleares


Jovens participam de atividades no Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento
Legenda: Jovens participam de atividades no Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento
Foto: © UNODA

O "Fundo de Líderes Jovens para um Mundo sem Armas Nucleares", administrado pelo Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento  (UNODA) e viabilizado por contribuição financeira do Japão, está oferecendo até cem bolsas de estudo para jovens de 18 a 29 anos de todo o mundo.

O treinamento tem o objetivo de equipar os líderes do futuro com o conhecimento, as habilidades e a rede de contatos para participar dos esforços globais para eliminar as armas nucleares, as mais perigosas do planeta.

O programa é destinado a jovens interessados ou atuando em assuntos internacionais ou com experiência em educação, academia, jornalismo e indústria, entre outras áreas.

As inscrições terminam dia 31 de julho. Mais informações aqui.

O Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento (UNODA) e o governo do Japão estão convocando jovens de 18 a 29 anos a se candidatarem a um programa de aprendizado inovador que os capacitará para contribuir para um mundo livre de armas nucleares. 

Estão abertas as inscrições para um novo programa de treinamento global chamado "Fundo de Líderes Jovens para um Mundo sem Armas Nucleares", administrado pelo UNODA e viabilizado por contribuição financeira do Japão, oferece até cem bolsas de estudo para jovens entre 18 e 29 anos. O treinamento tem o objetivo de equipar os líderes do futuro com o conhecimento, as habilidades e a rede de contatos para participar dos esforços globais para eliminar as armas nucleares, as mais perigosas do planeta.

Embora as armas nucleares tenham sido usadas apenas duas vezes em guerras - nos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki em 1945 -, cerca de 12.500 armas permanecem em nosso mundo atualmente e mais de 2.000 testes nucleares foram realizados até hoje. Uma arma nuclear pode destruir uma cidade inteira, potencialmente matando milhões de pessoas e colocando em risco o ambiente natural e a vida das gerações futuras por conta de seus efeitos catastróficos de longo prazo.

O programa está buscando jovens que estejam motivados a usar seus talentos para promover mudanças em prol de um mundo mais pacífico e seguro, sem armas nucleares. A intenção é reunir um grupo eclético e geograficamente diverso de defensores da não proliferação e do desarmamento nuclear. Além de jovens interessados ou atuando em assuntos internacionais, como organizações governamentais ou da sociedade civil, aqueles com experiência em educação, academia, jornalismo, indústria e outras áreas são incentivados a se inscrever. O programa está aberto a jovens de todo o mundo, tanto de Estados com armas nucleares quanto de Estados sem armas nucleares.

Ao longo de dois anos, os participantes selecionados receberão treinamento em princípios gerais de desarmamento nuclear, não proliferação e controle de armas por meio de cursos on-line, com um grupo selecionado fazendo uma viagem de estudos presencial de uma semana a Hiroshima e Nagasaki.

Os futuros líderes também trocarão ideias com especialistas em desarmamento de think tanks, organizações da sociedade civil, mídia e do campo diplomático, e desenvolverão o conhecimento prático para se envolver e contribuir com questões relacionadas ao desarmamento nuclear, à não proliferação e ao controle de armas.

Cartaz do programa Fundo de Líderes Jovens para um Mundo sem Armas Nucleares, do UNODA
Legenda: Cartaz do programa Fundo de Líderes Jovens para um Mundo sem Armas Nucleares, do UNODA
Foto: © UNODA

Os participantes aprenderão sobre as lições que os sobreviventes dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, chamados de hibakusha, vêm compartilhando sobre o sofrimento inimaginável causado pelas armas nucleares. Com o envelhecimento dos hibakusha, é vital que suas histórias e apelos poderosos para eliminar as armas nucleares sejam levados adiante pela geração futura.

O programa terá início em 2023 e culminará em 2030, um ano com vários marcos, incluindo o 85º aniversário dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki e o 60º aniversário da entrada em vigor do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

Após a conclusão do programa, os ex-alunos desempenharão um papel fundamental no treinamento e orientação do próximo grupo de jovens defensores do desarmamento nuclear. Ao fim do programa de treinamento inaugural de 2023 a 2025 do Youth Leader Fund, serão realizadas mais três rodadas de treinamentos semelhantes, gerando um efeito cascata positivo e consolidando uma rede mundial de futuros líderes talentosos com o objetivo comum de salvar a humanidade das armas nucleares. Por meio de educação, treinamento de habilidades, orientação e outros tipos de apoio, espera-se que, depois do programa, os participantes continuem seu trabalho de desarmamento, paz e segurança em seu campo de interesse e especialização.

Nos últimos anos, o secretário-geral das Nações Unidas fez um grande esforço para capacitar os jovens, reconhecendo seu papel como força máxima para a mudança e observando que eles provaram seu poder em apoio à causa do desarmamento. Na décima Conferência de Revisão dos Estados Partes do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, o primeiro-ministro Fumio Kishida anunciou o compromisso de seu país em contribuir com US$ 10 milhões para que as Nações Unidas estabelecessem essa nova iniciativa de educação e mobilização para o desarmamento, que busca "levar as lições de Hiroshima e Nagasaki para o mundo, e o mundo para Hiroshima e Nagasaki".

As inscrições serão aceitas até o dia 31 de julho de 2023. Para mais informações, visite o site (em inglês): www.disarmamenteducation.org/ylf.    

Fonte: ONU Brasil

Filme “Escute: a terra foi rasgada” mostra a luta de povos indígenas contra o garimpo ilegal

Filme "Escute: a terra foi rasgada" mostra luta Kayapó, Yanomami e Munduruku contra o garimpo ilegal. Com estreia na 12ª Mostra Ecofalante de Cinema, o documentário da Aliança em Defesa dos Territórios e parceiros apresenta impacto nos territórios indígenas por quem sente a violência na pele.

O aumento do garimpo nas terras indígenas é alarmante. Segundo o projeto Mapbiomas, entre 2010 e 2020 a atividade cresceu 495% no interior dessas áreas protegidas — onde é ilegal. Para explicar esse fenômeno, a Aliança lançou, em 2023, o dossiê "Terra Rasgada: como avança o garimpo na Amazônia brasileira".

A invasão garimpeira nessas regiões provoca danos socioambientais devastadores, e de diversas ordens. Além dos impactos sobre o meio físico — florestas, rios, igarapés —, há também  o desmatamento, a poluição dos rios, a contaminação por mercúrio das comunidades locais, a disseminação de doenças – dentre elas a malária –, e a intensificação da violência no interior das terras indígenas. além de ataques violentos de garimpeiros.

A  Aliança em Defesa dos Territórios foi formada em agosto de 2021, durante o acampamento Luta Pela Vida, em Brasília, pelas lideranças das Terras Indígenas mais afetadas pelo avanço do garimpo ilegal. 



domingo, 28 de maio de 2023

Inscrições abertas: Mestrado em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável


🌱 Processo seletivo para ingresso de estudantes no Mestrado em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável (PPGADR), ofertado na UFFS 📌 Campus Laranjeiras do Sul - PR.

➡️ Inscrições gratuitas
➡️ Inscrições até 21 de junho de 2023
➡️ Curso gratuito
➡️ Até 18 vagas
➡️ Ingresso no segundo semestre de 2023.

📝 Mais informações no link: -https://www.uffs.edu.br/campi/laranjeiras-do-sul/noticias/mestrado-em-agroecologia-e-desenvolvimento-rural-sustentavel-divulga-seletivo-de-estudantes-para-ingresso-em-2023.1-






sábado, 27 de maio de 2023

Com “agroecologia na boca do povo” vem aí o XII Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA)


Nos dias 20 e 23 de novembro de 2023 acontecerá, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, o XII CBA. Após um longo período de governos antidemocráticos e da pandemia de Covid-19, é chegada a hora de ocupar coletivamente os espaços públicos e de fazer ecoar nossa defesa das instituições públicas de ensino, pesquisa e extensão. O XII CBA é um convite ao exercício coletivo por uma ciência que tenha em sua episteme a promoção da justiça social. Denunciar os malefícios causados pelos transgênicos e agrotóxicos, a fome que assola 15% da população brasileira, a relação entre pandemias e agronegócio e, ao mesmo tempo, anunciar como desde os território se aprende a enfrentar e construir adaptações à crise climática, a defender a biodiversidade por meio do manejo de sementes crioulas e a cultivar alimentos diversos, é parte da produção do conhecimento da ciência da agroecologia e que tem encontro na 12ª edição do Congresso. A matéria especial é dedicada a partilha dessa construção.

Fonte: Boletim Sementes Crioulas - ASPTA


Animal silvestre não é PET