segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Chefes de Estado e delegados de 193 países se reúnem na ONU para a 78ª Assembleia Geral

Chefes de Estado e de governo e representantes dos 193 Estados-membros da ONU se reunirão na sede das Nações Unidas em Nova Iorque para debater os desafios globais e buscar soluções para os problemas que afetam populações em todo o globo.

Aos líderes governamentais se juntarão a sociedade civil, o setor privado, as autoridades locais, o meio acadêmico e os jovens, incorporando o espírito de "Nós, os Povos das Nações Unidas". 

Debate Geral, com pronunciamentos de todos os Estados-membros, começa no dia 19 de setembro (terça-feira) e continua até a terça-feira seguinte, dia 26 de setembro.

Tanto o Debate Geral quanto os eventos de Alto Nível, como a Cúpula dos ODS, serão transmitidos ao vivo pela TV online da ONU e no canal da Organização no YouTube. 

Uma visão ampla das imagens dos projetores no Salão da Assembleia Geral no "Momento ODS", durante a 77ª sessão da Assembleia em 2022.
Legenda: Uma visão ampla das imagens dos projetores no Salão da Assembleia Geral no "Momento ODS", durante a 77ª sessão da Assembleia em 2022.
Foto: © Foto da ONU/Manuel Elías.

 

 

Chefes de Estado e de governo e representantes dos 193 Estados-membros da ONU se reunirão na sede das Nações Unidas em Nova Iorque para debater os desafios globais e buscar soluções para os problemas que afetam populações em todo o globo. 

O tema da 78ª sessão da Assembleia Geral da ONU é "Reconstruindo a confiança e reacendendo a solidariedade global: acelerando a ação na Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) rumo à paz, prosperidade, progresso e sustentabilidade para todas as pessoas". 

O ano de 2023 é um momento de importância crucial para a Assembleia Geral da ONU, visto que a ocasião atual marca a metade do caminho rumo ao cumprimento dos ODS. 

Adotados por todos os 193 Estados-membros da ONU em 2015, eles são uma promessa histórica para superar os maiores desafios da humanidade até 2030.

"Precisamos que tanto os tomadores de decisão quanto as cidadãs e os cidadãos comuns sintam-se inspirados a se engajar e contribuir para o alcance de cada um dos 17 ODS. Afinal, temos pouco mais de sete anos para transformar nosso mundo em um lugar melhor para todas as pessoas, sem deixar ninguém para trás," explica Silvia Rucks, coordenadora residente da ONU no Brasil. 

Paz, Prosperidade, Progresso e Sustentabilidade

Pavilhão dos ODS em construção no pátio norte da sede da ONU, antes da abertura da 78ª sessão da Assembleia Geral.
Legenda: Pavilhão dos ODS em construção no pátio norte da sede da ONU, antes da abertura da 78ª sessão da Assembleia Geral.

Foto: © Foto da ONU/Mark Garten.

A 78ª sessão da Assembleia Geral foi iniciada no dia 5 de setembro sob o lema "Paz, Prosperidade, Progresso e Sustentabilidade". As prioridades foram reveladas pelo novo presidente do órgão, o diplomata Dennis Francis, de Trinidad e Tobago. 

Em seu discurso, ele declarou que sua ambição é que a Assembleia Geral enfrente os múltiplos desafios "da maneira mais eficiente e inclusiva possível." O novo presidente do órgão deliberativo disse que é preciso "repudiar com firmeza qualquer ideologia que procure semear medo e divisão." Ele destacou: 

"Minha presidência refletirá os valores de tolerância, inclusão, cooperação e respeito inabalável pela dignidade humana. É a minha esperança poder proporcionar, com a ajuda e o apoio de vocês, uma atmosfera renovada de conciliação e cooperação."

Debate Geral, com os chefes de Estado e de governo dos Estados-membros, e as reuniões de Alto Nível acontecerão entre os dias 19 e 29 de setembro, e serão transmitidas ao vivo pela TV online da ONU: https://media.un.org/en/webtv.  

Humanidade e compromissos compartilhados

Guias da ONU posam para uma foto com suas respectivas bandeiras por ocasião do aniversário das Visitas Guiadas das Nações Unidas.
Legenda: Guias da ONU posam para uma foto com suas respectivas bandeiras por ocasião do aniversário das Visitas Guiadas das Nações Unidas.
Foto: © Foto da ONU/Mark Garten.

Na cerimônia de abertura da sessão, a vice-secretária-geral das Nações Unidas, Amina J. Mohammed, disse que o estado atual do mundo não deve ser "um momento de pessimismo" e sim um momento de "ação pela paz e pelos direitos humanos". Ela ressaltou:

"Mais do que qualquer outro espaço na Terra, a Assembleia Geral representa nossa humanidade comum e nosso compromisso compartilhado com a paz, o desenvolvimento sustentável e os direitos humanos. Vamos forjar as soluções que todas as pessoas esperam e progredir rumo a um futuro melhor, mais pacífico e próspero, e a um planeta mais saudável."

Agenda: Debate Geral e eventos de Alto Nível 

Dennis Francis, presidente da 78ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, preside a 3ª reunião plenária, sobre o uso do veto, realizada no dia 11 de setembro de 2023.
Legenda: Dennis Francis, presidente da 78ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, preside a 3ª reunião plenária, sobre o uso do veto, realizada no dia 11 de setembro de 2023.
Foto: © Foto da ONU/Loey Felipe.

16 e 17 de setembro (sábado e domingo): 

18 de setembro (segunda-feira):

  • Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável, sob os auspícios da Assembleia Geral, também conhecido como Cúpula dos ODS

19 de setembro (terça-feira): 

  • Abertura e primeiro dia do Debate Geral com chefes de Estado e governo (o cronograma de discursos está disponível aqui). 
  • Segundo dia da Cúpula dos ODS.

20 de setembro (quarta-feira):

21 de setembro (quinta-feira): 

22 de setembro (sexta-feira): 

25 de setembro (segunda-feira):

  • Debate Geral. 

26 de setembro (terça-feira): 

Paralelamente à Assembleia Geral, acontecerá, entre os dias 15 e 25 de setembro, o movimento #Act4SDGs, como parte da campanha global de ação pelos ODS. Todas as pessoas são convidadas a participar da campanha e registrar, na página https://act4sdgs.org/, ações para a promoção do desenvolvimento sustentável que estão sendo desenvolvidas em suas comunidades, empresas, escolas ou cidades. 

Cobertura em português: 

  • Acompanhe a cobertura completa da ONU News em português: https://news.un.org/pt/
  • Siga a @ONUNews no Twitter/X. 

Transmissão ao vivo: 

Participe das campanhas públicas:  

Saiba mais (em inglês): 

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Virada Sustentável: UNIC Rio promove exposição sobre direitos humanos em São Paulo

A partir desta sexta-feira (15), obras do artista visual peruano Ivan Ciro Palomino sobre direitos humanos serão exibidas no canteiro central da Avenida Paulista, em São Paulo.

As obras retratam que todas as pessoas, independente de raça, religião, origem, ou qualquer outro fator de identificação, têm direito à educação, à saúde, à informação, aos esportes e a uma vida digna.

A iniciativa faz parte da programação da 13ª edição da Virada Sustentável, o maior festival de sustentabilidade do Brasil.

Obra de Ivan Ciro Palomino marca os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.Legenda: Obra de Ivan Ciro Palomino marca os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Foto: © Ivan Ciro Palomino

Começa neste sábado (16), a 13ª edição da Virada Sustentável em São Paulo, o maior festival de sustentabilidade do Brasil. O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) participará do evento promovendo a exposição Liberdade, Igualdade e Justiça, do premiado artista peruano Ivan Ciro Palomino, que celebra os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

As obras ficarão expostas no canteiro central da Avenida Paulista a partir desta sexta-feira (15) e ficarão disponíveis para visitação até o dia 15 de outubro.

A mostra retrata que todas as pessoas – crianças e jovens, pessoas idosas, idosos, pessoas indígenas, afrodescendentes, pessoas LGBTQIA+ e portadoras de deficiência – têm direito à educação, à saúde, à informação, aos esportes e a uma vida digna. As obras lembram ainda que cuidar uns dos outros implica também no cuidado com o meio ambiente.

"A exposição é um convite para refletirmos sobre a importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e suas contribuições para as grandes conquistas da humanidade no pós-Segunda Guerra: a Liberdade, a Igualdade e a Justiça. É também um lembrete sobre a necessidade de defendermos os direitos humanos no nosso dia a dia e com todas as pessoas, sempre e em todo lugar", explica a diretora do UNIC Rio, Roberta Caldo.

75 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos

Elaborada por representantes de todas as regiões do mundo, a Declaração foi proclamada pela Assembleia Geral da ONU em 10 de dezembro de 1948 como uma norma comum a ser alcançada por todos os povos e nações. E estabeleceu, pela primeira vez, a proteção universal dos direitos humanos.

"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade".
[Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948]

Segundo o representante regional para o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) na América do Sul, Jan Jarab, os 75 anos da Declaração Universal são uma oportunidade para valorizar as inúmeras conquistas a partir do sistema internacional de direitos humanos.

"É também uma oportunidade para entender que nossa paz e prosperidade enfrentam ameaças – tradicionais, como a injustiça e as guerras, e novas, como a mudança climática e o discurso de ódio no mundo digital - contra as quais devemos nos rebelar", esclarece o representante do ACNUDH. 

Obra de Ivan Ciro Palomino faz parte da exposição "Liberdade, igualdade e justiça", que celebra os 75 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos.Legenda: Obra de Ivan Ciro Palomino faz parte da exposição "Liberdade, igualdade e justiça", que celebra os 75 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos.
Foto: © Ivan Ciro Palomino

Virada Sustentável

A Virada Sustentável oferece uma programação totalmente gratuita voltada para temas como consumo consciente, mudanças climáticas, meio ambiente, economia circular e responsabilidade socioambiental, entre outros. Organizações da sociedade civil, órgãos públicos, coletivos de cultura, movimentos sociais, equipamentos culturais, empresas, escolas e universidades participarão do evento.

O principal objetivo da Virada Sustentável é apresentar uma visão positiva e inspiradora sobre a sustentabilidade e seus diferentes temas para a população, gerando reflexão e discussões a fim de promover um futuro sustentável e reforçando as redes de transformação e impacto social existentes.

O encerramento da edição de 2023 da Virada Sustentável acontecerá no dia 24 de setembro. A programação completa com todas as atividades pode ser acessada no site oficial do evento.

Ivan Ciro Palomino

Peruano, Ciro é formado pela Faculdade de Artes e Design da PUC do Peru e um parceiro de longa data do UNIC Rio. Explorando temas sociais, ambientais e humanitários, já foi premiado pela ONU em dois concursos. Em parceria com o UNIC Rio, fez a exposição Consciência, que entre 2019 e 2022 foi vista por mais de 200 mil pessoas em cinco espaços de visitação no Rio de Janeiro, São Paulo e outras 12 cidades brasileiras. Mais informações sobre o artista, acesse aqui.

Serviço:

  • O que: Exposição Liberdade, Igualdade e Justiça
  • Quando: 15 de setembro a 15 de outubro
  • Onde: Canteiro central da Avenida Paulista, próximo do nº 1578, Bela Vista
  • Entrada franca

Fonte: ONU Brasil

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Campanha digital divulgará artigos da Declaração Universal de Direitos Humanos

Sinal matemático de igual e um desenho vetorial de uma pessoa simbolizam Declaração Universal de Direitos Humanos
Legenda: Ilustração utilizada na campanha dos 75 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos
Foto: © ACNUDH

A ONU Brasil e o Ministério de Direitos Humanos e da Cidadania lançam, nesta quarta-feira (30), uma campanha digital conjunta em comemoração aos 75 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos.

Ao longo de 15 semanas, as redes sociais @ONUBrasil e @mdhcbrasil divulgarão os 30 artigos do documento utilizando as hashtags #DireitosHumanos75 #DeclaraçãoUniversal75. A ação termina em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Redigida por representantes de todas as regiões do mundo, a Declaração é um conjunto de direitos universais, indivisíveis e inalienáveis, que reconhecem o mesmo valor e dignidade para cada pessoa. Ela foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris, em 10 de dezembro de 1948, através da Resolução 217 A, como uma norma comum a ser alcançada por todos os povos e nações.

Foi a primeira vez que a comunidade internacional se pôs de acordo sobre um conjunto de valores comuns e reconheceu que os direitos são inerentes a toda pessoa humana, e não concessões feitas pelo Estado. Ela inclui desde direito à educação até o direito à igualdade salarial e continua a inspirar movimentos em direção a um mundo mais igualitário e inclusivo para todas as pessoas.

Legenda: Versão inicial da Declaração Universal dos Direitos Humanos
Foto: © Greg Kinch/ONU

Para a coordenadora residente do Sistema ONU no Brasil, Sílvia Rucks, é uma oportunidade para que as pessoas conheçam melhor o documento: 

"A Declaração é o documento base de todo o trabalho das Nações Unidas porque traça o caminho de inclusão que devemos seguir para não deixar ninguém para trás. Em 30 artigos, ela reforça o direito à vida, ao trabalho e ao lazer, a acesso a serviços públicos, à propriedade e até o direito a uma nacionalidade, lembrando inclusive que todas as pessoas devem ser protegidas pela sociedade e pelo Estado".

O ministro de Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, comenta a importância da ação digital que traz a parceria entre o MDHC e a ONU Brasil:

"Esta é, sem sombra de dúvidas, uma iniciativa de interesse de toda a população brasileira. Eu diria, inclusive, que extrapola o território nacional, pois alcança contornos globais para o enfrentamento ao preconceito e toda forma de discriminação. Afinal, a Declaração representa um conjunto de diretrizes que, se alcançada por todas as nações, se aproximaria do ideal que interessa a todos que lutam contra as desigualdades: a conquista da justiça social". 

No Brasil, a campanha utilizará cards produzidos pelo Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) e adaptadas ao contexto brasileiro pelo Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).

Ilustração, com fundo amarelo, destacando, em primeira pessoa, o seguinte trecho do Artigo 1º: Nasci livre e igual e todos os seres humanos devem ser tratados da mesma forma.
Legenda: Ilustração destacando, em primeira pessoa, o trecho do Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos: "Nasci livre e igual e todos os seres humanos devem ser tratados da mesma forma."


Foto: © ACNUDH

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Vestibular para o curso de Agronomia da UEMS de Mundo Novo 2023

Estão abertas as inscrições para o Vestibular UEMS 2024!
Para o curso de Agronomia da UEMS de Mundo Novo estão sendo ofertadas 20 vagas!

💻 As inscrições serão realizadas exclusivamente pela internet, entre às 9h do dia 11 de setembro e às 23h59 do dia 09 de novembro de 2023 (horário oficial de Mato Grosso do Sul), no endereço eletrônico: https://concurso.fapec.org

A taxa de inscrição é no valor de R$ 100,00

⚠ Os candidatos amparados pela Lei Estadual nº 2.136, de 14 de agosto de 2000, que dispõe sobre a isenção do pagamento da taxa de inscrição para vestibular a alunos de escolas públicas, podem solicitar a isenção do pagamento da taxa de inscrição de 11 de setembro a 06 de outubro de 2023.

Venha cursar Agronomia em uma Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade!



Porteira Aberta SOS Mata Atlântica ocorrerá no dia 16 de Setembro


porteira-aberta-arvores-CONVITE


Programa Aprendendo com a Mata Atlântica - inscrições abertas



Aprendendo_2023_web

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Estão abertas as inscrições para o Concurso de Fotos 2023 da The Nature Conservancy!



Até o dia 29 de setembro, você tem a oportunidade de compartilhar suas fotografias mais extraordinárias e contribuir para dar voz à natureza.


Ao participar, você estará competindo por prêmios incríveis, que incluem um equipamento fotográfico no valor de 5 mil dólares e muito mais. Além disso, você também terá a chance de ganhar uma viagem com todas as despesas pagas para o Ibiti Village em Minas Gerais, um prêmio exclusivo para fotógrafos brasileiros.


Neste ano, estamos oferecendo o dobro de categorias, o que significa que suas chances de sair vitorioso aumentaram!

Participe do concurso! Saiba mais!



Lula fala sobre acordo de delação de Mauro Cid

Lula fala sobre acordo de delação de Mauro Cid:

"Eu acho que ele (Bolsonaro) está comprometido", disse o presidente da República que ocupa seu terceiro mandato eletivo.

Lula no G20

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, no último domingo, 10, das mãos do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o martelo que simboliza o comando do G20. O Brasil receberá a Presidência do grupo por um ano durante o evento e terá a responsabilidade de organizar a próxima cúpula em novembro de 2024, no Rio de Janeiro. Na Índia, Lula teve ao menos três encontros para pedir a representantes da União Europeia que o acordo comercial com o Mercosul seja concluído de fato. Lula reuniu-se com o presidente da França, Emmanuel Macron, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Fonte: Revista Exame


quinta-feira, 20 de julho de 2023

Imunização infantil inicia recuperação após retrocesso da COVID-19

Em 2022, 20,5 milhões de crianças deixaram de receber uma ou mais vacinas por meio dos serviços de imunização de rotina, em comparação com 24,4 milhões de crianças em 2021.

Apesar dessa melhoria, o número ainda é maior do que os 18,4 milhões de crianças que não foram imunizadas em 2019, antes das interrupções relacionadas à pandemia. 

No Brasil, o número de crianças que não receberam nenhuma dose da vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTP) diminuiu de 710 mil, em 2021, para 430 mil em 2022.

Dos 73 países que registraram declínios substanciais na cobertura durante a pandemia, 15 se recuperaram aos níveis pré-pandemia, 24 estão a caminho da recuperação e, o mais preocupante, 34 estagnaram ou continuaram em declínio.

Imunização infantil inicia recuperação após retrocesso da COVID-19 No Brasil, o número de crianças que não receberam nenhuma dose da vacina DTP diminuiu de 710 mil, em 2021, para 430 mil em 2022.
Legenda: 28 de março de 2023, Maria Martinez com a filha Alice Yasmin Martinez, de 3 meses, nos braços, após a bebê receber a primeira dose da vacina VIP na Unidade de Saúde da Família Lago do Aleixo, no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona leste de Manaus, Brasil.
Foto: © UNICEF/U.S. CDC/ Hiller

 

Os serviços globais de imunização alcançaram 4 milhões de crianças a mais em 2022 em comparação com o ano anterior, à medida que os países intensificaram os esforços para lidar com o retrocesso histórico na imunização causado pela pandemia de COVID-19.

De acordo com dados publicados hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o UNICEF, em 2022, 20,5 milhões de crianças deixaram de receber uma ou mais vacinas por meio dos serviços de imunização de rotina, em comparação com 24,4 milhões de crianças em 2021. Apesar dessa melhoria, o número ainda é maior do que os 18,4 milhões de crianças que não foram imunizadas em 2019, antes das interrupções relacionadas à pandemia, destacando a necessidade contínua de esforços de recuperação, atualização e fortalecimento do sistema.

A vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTP) é utilizada como indicador global de cobertura de imunização. Das 20,5 milhões de crianças que perderam uma ou mais doses da DTP em 2022, 14,3 milhões não receberam nenhuma dose, conhecidas como crianças 'zero-dose'. Esse número representa uma melhoria em relação aos 18,1 milhões de crianças sem nenhuma dose em 2021, mas ainda é maior do que os 12,9 milhões de crianças em 2019.

No Brasil, o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP caiu de 710 mil para 430 mil, entre 2021 e 2022, enquanto a cobertura de DTP1 (administrada pelo programa nacional de imunizações como a vacina pentavalente) avançou 5 pontos, chegando a 84%. Para a vacina contra a pólio, o número avançou 6 pontos, entre 2021 e 2022, chegando a 77%.

"Esses dados são encorajadores e um tributo àqueles que trabalharam tão arduamente para restaurar os serviços de imunização que salvam vidas após dois anos de declínio na cobertura de imunização. Mas as médias globais e regionais não contam a história completa e escondem desigualdades graves e persistentes. Quando os países e regiões ficam para trás, as crianças pagam o preço". - Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

As primeiras etapas da recuperação da imunização global não ocorreram de forma igualitária, com a melhoria concentrada em alguns países. O progresso em países bem financiados com grandes populações de bebês, como Índia e Indonésia, mascara uma recuperação mais lenta ou até mesmo declínios contínuos na maioria dos países de baixa renda, especialmente na vacinação contra o sarampo.

Dos 73 países que registraram declínios substanciais* na cobertura durante a pandemia, 15 se recuperaram aos níveis pré-pandemia, 24 estão a caminho da recuperação e, o mais preocupante, 34 estagnaram ou continuaram em declínio. Essas tendências preocupantes ecoam padrões observados em outras métricas de saúde. Os países devem garantir que estejam acelerando os esforços de atualização, recuperação e fortalecimento para alcançar todas as crianças com as vacinas de que precisam e, aproveitando que a imunização de rotina é um pilar fundamental da atenção primária à saúde, progredir em outros setores de saúde relacionados.

A vacinação contra o sarampo - um dos patógenos mais infecciosos - não se recuperou tão bem quanto outras vacinas, colocando mais 35,2 milhões de crianças em risco de infecção. A cobertura da primeira dose da vacina contra o sarampo aumentou para 83% em 2022, em comparação com 81% em 2021, mas permaneceu abaixo dos 86% alcançados em 2019. Como resultado, no ano passado, 21,9 milhões de crianças não receberam a vacinação rotineira contra o sarampo em seu primeiro ano de vida - 2,7 milhões a mais do que em 2019 -, enquanto outras 13,3 milhões não receberam a segunda dose, colocando crianças em comunidades com baixa cobertura vacinal em risco de surtos. No Brasil, a cobertura vacinal para o sarampo chegou a 81% - melhores que a cifra de 73% em 2021, mas ainda aquém dos 91% em 2019.

"Por trás da tendência positiva, há um aviso grave", disse Catherine Russell, Diretora Executiva do UNICEF:

"Até que mais países corrijam as lacunas na cobertura de imunização de rotina, as crianças em todo o mundo permanecerão em risco de contrair e morrer de doenças que podemos prevenir. Vírus como o sarampo não reconhecem fronteiras. Os esforços devem ser fortalecidos com urgência para alcançar as crianças que perderam suas vacinações, ao mesmo tempo em que se restaura e melhora ainda mais os serviços de imunização em relação aos níveis pré-pandemia".

Os países que mantiveram uma cobertura estável e sustentada nos anos anteriores à pandemia conseguiram estabilizar melhor os serviços de imunização desde então, conforme indicado pelos dados. Por exemplo, a Ásia Meridional, que relatou aumentos graduais e contínuos na cobertura na década anterior à pandemia, demonstrou uma recuperação mais rápida e robusta do que as regiões que sofreram declínios prolongados, como a América Latina e o Caribe. A região africana, que está atrasada em sua recuperação, enfrenta um desafio adicional. Com um aumento na população infantil, os países devem ampliar os serviços de imunização de rotina a cada ano para manter os níveis de cobertura.

A cobertura da vacina DTP3 nos 57 países de baixa renda apoiados pela Gavi, a Aliança das Vacinas, aumentou para 81% em 2022 - um aumento considerável em relação aos 78% em 2021 - e o número de crianças sem nenhuma dose que não recebem vacinas básicas também diminuiu em 2 milhões nesses países. No entanto, o aumento na cobertura da DTP3 nos países que implementam a Gavi foi concentrado nos países de renda média-baixa, com os países de baixa renda ainda não aumentando a cobertura - indicando o trabalho restante para ajudar os sistemas de saúde mais vulneráveis a se reconstruírem.

"É extremamente reconfortante, após a enorme interrupção causada pela pandemia, ver a imunização de rotina se recuperando tão bem nos países apoiados pela Gavi, especialmente em termos de redução do número de crianças sem nenhuma dose", disse o Dr. Seth Berkley, CEO da Gavi, a Aliança das Vacinas:

"No entanto, também fica claro a partir deste importante estudo que precisamos encontrar maneiras de ajudar todos os países a proteger sua população, caso contrário, corremos o risco de surgirem duas trajetórias, com países de renda média-baixa maiores ultrapassando o restante".

Pela primeira vez, a cobertura da vacinação contra o HPV superou os níveis pré-pandemia. Os programas de vacinação contra o HPV que começaram antes da pandemia alcançaram o mesmo número de meninas em 2022 do que em 2019. No entanto, a cobertura em 2019 estava bem abaixo da meta de 90%, e isso se manteve verdadeiro em 2022, com coberturas médias nos programas de HPV atingindo 67% nos países de alta renda e 55% nos países de baixa e média renda. A recém-lançada revitalização do HPV, liderada pela Aliança Gavi, tem como objetivo fortalecer a entrega dos programas existentes e facilitar mais introduções.

Muitos interessados estão trabalhando para acelerar a recuperação em todas as regiões e em todas as plataformas de vacinas. No início de 2023, a OMS e o UNICEF, juntamente com a Gavi, a Fundação Bill & Melinda Gates e outros parceiros da IA2030, lançaram a campanha global de comunicação "The Big Catch-Up", convocando os governos a recuperarem as crianças que perderam vacinações durante a pandemia, a restaurar os serviços de imunização aos níveis pré-pandemia e a fortalecê-los para o futuro, através de:

  • Reforçar o compromisso de aumentar o financiamento para imunização e trabalhar com os interessados para desbloquear recursos disponíveis, incluindo fundos COVID-19, para restaurar urgentemente serviços interrompidos e sobrecarregados e implementar esforços de recuperação.
  • Desenvolver novas políticas que permitam que os imunizadores alcancem as crianças que nasceram antes ou durante a pandemia e que estão ultrapassando a idade em que seriam vacinadas pelos serviços de imunização de rotina.
  • Fortalecer os serviços de imunização e atenção primária à saúde, incluindo sistemas de saúde comunitários, e enfrentar desafios sistêmicos de imunização para corrigir a estagnação de longo prazo na vacinação e alcançar as crianças mais vulneráveis.
  • Construir e sustentar a confiança e aceitação das vacinas por meio do engajamento com comunidades e profissionais de saúde.

Para mais informações, por favor, entre em contato com:

UNICEF

Grupo Trama Comunicação, Assessoria: ana_paula@tramaweb.com.br e pbueno@tramaweb.com.br

Links:

*Notas para editores:

Uma diminuição substancial é considerada uma queda de 5 pontos percentuais ou mais em 2020 e/ou 2021 em comparação com 2019. Flutuações menores na cobertura não eram incomuns antes da pandemia.

 

2019

2020

2021

2022

Cobertura da DTP3

86%

83%

81%

84%

Número de crianças com vacinação incompleta

18.4m

22.3m

24.5m

20.5m

Cobertura de DTP1

90%

88%

86%

89%

Número de crianças 'zero-dose'

12.9m

16.1m

18.1m

14.3m

Os dados indicam quantas crianças do grupo etário-alvo para os serviços de imunização de rotina foram alcançadas em 2022. Eles não estão estruturados para capturar a recuperação daqueles que foram perdidos durante a pandemia, já que muitas dessas crianças já podem ter "ultrapassado" a faixa etária dos serviços de imunização locais. No entanto, é possível que algumas recuperações tenham sido registradas como serviços "de rotina" e estejam refletidas nos dados.

A OMS e o UNICEF estão trabalhando com a Gavi, a Aliança das Vacinas, e outros parceiros para implementar a Agenda de Imunização Global 2030 (IA2030), uma estratégia para que todos os países e parceiros globais relevantes alcancem metas estabelecidas para prevenir doenças por meio da imunização e fornecer vacinas para todos, em todos os lugares, em todas as idades.

Sobre os dados:

Com base em dados relatados pelos países, as estimativas da OMS e do UNICEF sobre a cobertura nacional de imunização (WUENIC) fornecem o maior e mais abrangente conjunto de dados do mundo sobre tendências de imunização para vacinas contra 13 doenças administradas por meio de sistemas de saúde regulares - normalmente em clínicas, centros comunitários, serviços de alcance ou visitas de profissionais de saúde. Para 2022, os dados foram fornecidos por 183 países.

Sobre a OMS:

Dedicada ao bem-estar de todas as pessoas e guiada pela ciência, a Organização Mundial da Saúde lidera e promove esforços globais para oferecer a todos, em todos os lugares, uma chance igual de ter uma vida segura e saudável. Somos a agência da ONU para a saúde, conectando nações, parceiros e pessoas na linha de frente em mais de 150 locais - liderando a resposta mundial a emergências de saúde, prevenindo doenças, abordando as causas fundamentais dos problemas de saúde e expandindo o acesso a medicamentos e cuidados de saúde. Nossa missão é promover a saúde, manter o mundo seguro e servir aos vulneráveis.

Sobre o UNICEF:

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em 190 países e territórios, o UNICEF trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos.

Para obter mais informações sobre o UNICEF e seu trabalho, visite: www.unicef.org/brazil

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