quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Assembleia Geral adota, por unanimidade, a Declaração Política da Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)


"A erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio mundial e é um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável."

- Declaração Política da Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

De forma unânime, chefes de Estado e de governo e representantes dos 193 Estados-membros da ONU adotaram a Declaração Política da Cúpula dos ODS

Confira algumas mensagens-chave do documento histórico: 

  • Reafirmamos o nosso compromisso de implementar eficazmente a Agenda 2030 e os seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e defender todos os princípios nela consagrados. A Agenda 2030 continua a ser o nosso roteiro global para alcançar o desenvolvimento sustentável e superar as múltiplas crises que enfrentamos.
  • Atuaremos com urgência para concretizar a sua visão como um plano de ação para as pessoas, planeta, prosperidade, paz e parcerias, sem deixar ninguém para trás. Nos esforçaremos para alcançar primeiro quem está mais atrás.
  • Comprometemo-nos a intensificar nossos esforços para combater o racismo, todas as formas de discriminação, xenofobia e intolerância correlata, estigmatização e discurso de ódio, por meio de cooperação, parcerias, inclusão e respeito à diversidade.
  • Promoveremos uma mudança sistêmica em direção a um mundo mais inclusivo, justo, pacífico, resiliente e sustentável para as pessoas e o planeta, para as gerações presentes e futuras.
  • Reafirmamos todos os princípios da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, incluindo, entre outros, o princípio de responsabilidades comuns, porém diferenciadas, conforme estabelecido em seu princípio No. 7.
A íntegra da Declaração Política está disponível em português na página da ONU Brasil: https://bit.ly/Declaracao_CupulaODS 


Sistema das Nações Unidas no Brasil
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Discurso de Lula da Silva abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU

Confira a íntegra do discurso de Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU, em Nova York (EUA), conforme texto distribuído pelo assessoria de imprensa do Planalto:

Meus cumprimentos ao Presidente da Assembleia Geral, Embaixador Dennis Francis, de Trinidad e Tobago.

É uma satisfação ser antecedido pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres.

Saúdo cada um dos Chefes de Estado e de Governo e delegadas e delegados presentes.

Presto minha homenagem ao nosso compatriota Sérgio Vieira de Mello e 21 outros funcionários desta Organização, vítimas do brutal atentado em Bagdá, há 20 anos.

Desejo igualmente expressar minhas condolências às vítimas do terremoto no Marrocos e das tempestades que atingiram a Líbia.

A exemplo do que ocorreu recentemente no estado do Rio Grande do Sul no meu país, essas tragédias ceifam vidas e causam perdas irreparáveis.

Nossos pensamentos e orações estão com todas as vítimas e seus familiares.

Senhoras e Senhores

Há vinte anos, ocupei esta tribuna pela primeira vez.

E disse, naquele 23 de setembro de 2003:

"Que minhas primeiras palavras diante deste Parlamento Mundial sejam de confiança na capacidade humana de vencer desafios e evoluir para formas superiores de convivência"

Volto hoje para dizer que mantenho minha inabalável confiança na humanidade.

Naquela época, o mundo ainda não havia se dado conta da gravidade da crise climática.

Hoje, ela bate às nossas portas, destroi nossas casas, nossas cidades, nossos países, mata e impõe perdas e sofrimentos a nossos irmãos, sobretudo os mais pobres.

A fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã.

O mundo está cada vez mais desigual.

Os 10 maiores bilionários possuem mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade.

O destino de cada criança que nasce neste planeta parece traçado ainda no ventre de sua mãe.

A parte do mundo em que vivem seus pais e a classe social à qual pertence sua família irão determinar se essa criança terá ou não oportunidades ao longo da vida.

Se irá fazer todas as refeições ou se terá negado o direito de tomar café da manhã, almoçar e jantar diariamente.

Se terá acesso à saúde, ou se irá sucumbir a doenças que já poderiam ter sido erradicadas.

Se completará os estudos e conseguirá um emprego de qualidade, ou se fará parte da legião de desempregados, subempregados e desalentados que não para de crescer.

É preciso antes de tudo vencer a resignação, que nos faz aceitar tamanha injustiça como fenômeno natural.

Para vencer a desigualdade, falta vontade política daqueles que governam o mundo.

Senhores e senhoras

Se hoje retorno na honrosa condição de presidente do Brasil, é graças à vitória da democracia em meu país.

A democracia garantiu que superássemos o ódio, a desinformação e a opressão.

A esperança, mais uma vez, venceu o medo.

Nossa missão é unir o Brasil e reconstruir um país soberano, justo, sustentável, solidário, generoso e alegre.

O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, com nossa região, com o mundo e com o multilateralismo.

Como não me canso de repetir, o Brasil está de volta.

Nosso país está de volta para dar sua devida contribuição ao enfrentamento dos principais desafios globais.

Resgatamos o universalismo da nossa política externa, marcada por diálogo respeitoso com todos.

A comunidade internacional está mergulhada em um turbilhão de crises múltiplas e simultâneas: a pandemia da Covid-19; a crise climática; e a insegurança alimentar e energética ampliadas por crescentes tensões geopolíticas.

O racismo, a intolerância e a xenofobia se alastraram, incentivadas por novas tecnologias criadas supostamente para nos aproximar.

Se tivéssemos que resumir em uma única palavra esses desafios, ela seria desigualdade.

A desigualdade está na raiz desses fenômenos ou atua para agravá-los.

A mais ampla e mais ambiciosa ação coletiva da ONU voltada para o desenvolvimento – a Agenda 2030 – pode se transformar no seu maior fracasso.

Estamos na metade do período de implementação e ainda distantes das metas definidas.

A maior parte dos objetivos de desenvolvimento sustentável caminha em ritmo lento.

O imperativo moral e político de erradicar a pobreza e acabar com a fome parece estar anestesiado.

Nesses sete anos que nos restam, a redução das desigualdades dentro dos países e entre eles deveria se tornar o objetivo-síntese da Agenda 2030.

Reduzir as desigualdades dentro dos países requer incluir os pobres nos orçamentos nacionais e fazer os ricos pagarem impostos proporcionais ao seu patrimônio.

No Brasil, estamos comprometidos a implementar todos os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, de maneira integrada e indivisível.

Queremos alcançar a igualdade racial na sociedade brasileira por meio de um décimo oitavo objetivo que adotaremos voluntariamente.

Lançamos o plano Brasil sem Fome, que vai reunir uma série de iniciativas para reduzir a pobreza e a insegurança alimentar.

Entre elas, está o Bolsa Família, que se tornou referência mundial em programas de transferência de renda para famílias que mantêm suas crianças vacinadas e na escola.

Inspirados na brasileira Bertha Lutz, pioneira na defesa da igualdade de gênero na Carta da ONU, aprovamos a lei que torna obrigatória a igualdade salarial entre mulheres e homens no exercício da mesma função.

Combateremos o feminicídio e todas as formas de violência contra as mulheres.

Seremos rigorosos na defesa dos direitos de grupos LGBTQI+ e pessoas com deficiência.

Resgatamos a participação social como ferramenta estratégica para a execução de políticas públicas.

Senhor presidente

Agir contra a mudança do clima implica pensar no amanhã e enfrentar desigualdades históricas.

Os países ricos cresceram baseados em um modelo com altas taxas de emissões de gases danosos ao clima.

A emergência climática torna urgente uma correção de rumos e a implementação do que já foi acordado.

Não é por outra razão que falamos em responsabilidades comuns, mas diferenciadas.

São as populações vulneráveis do Sul Global as mais afetadas pelas perdas e danos causados pela mudança do clima.

Os 10% mais ricos da população mundial são responsáveis por quase a metade de todo o carbono lançado na atmosfera.

Nós, países em desenvolvimento, não queremos repetir esse modelo.

No Brasil, já provamos uma vez e vamos provar de novo que um modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável é possível.

Estamos na vanguarda da transição energética, e nossa matriz já é uma das mais limpas do mundo.

87% da nossa energia elétrica provem de fontes limpas e renováveis.

A geração de energia solar, eólica, biomassa, etanol e biodiesel cresce a cada ano.

É enorme o potencial de produção de hidrogênio verde.

Com o Plano de Transformação Ecológica, apostaremos na industrialização e infraestrutura sustentáveis.

Retomamos uma robusta e renovada agenda amazônica, com ações de fiscalização e combate a crimes ambientais.

Ao longo dos últimos oito meses, o desmatamento na Amazônia brasileira já foi reduzido em 48%.

O mundo inteiro sempre falou da Amazônia. Agora, a Amazônia está falando por si.

Sediamos, há um mês, a Cúpula de Belém, no coração da Amazônia, e lançamos nova agenda de colaboração entre os países que fazem parte daquele bioma.

Somos 50 milhões de sul-americanos amazônidas, cujo futuro depende da ação decisiva e coordenada dos países que detêm soberania sobre os territórios da região.

Também aprofundamos o diálogo com outros países detentores de florestas tropicais da África e da Ásia.

Queremos chegar à COP 28 em Dubai com uma visão conjunta que reflita, sem qualquer tutela, as prioridades de preservação das bacias Amazônica, do Congo e do Bornéu-Mekong a partir das nossas necessidades.

Sem a mobilização de recursos financeiros e tecnológicos não há como implementar o que decidimos no Acordo de Paris e no Marco Global da Biodiversidade.

A promessa de destinar 100 bilhões de dólares – anualmente – para os países em desenvolvimento permanece apenas isso, uma promessa.

Hoje esse valor seria insuficiente para uma demanda que já chega à casa dos trilhões de dólares.

Senhor presidente

O princípio sobre o qual se assenta o multilateralismo – o da igualdade soberana entre as nações – vem sendo corroído.

Nas principais instâncias da governança global, negociações em que todos os países têm voz e voto perderam fôlego.

Quando as instituições reproduzem as desigualdades, elas fazem parte do problema, e não da solução.

No ano passado, o FMI disponibilizou 160 bilhões de dólares em direitos especiais de saque para países europeus, e apenas 34 bilhões para países africanos.

A representação desigual e distorcida na direção do FMI e do Banco Mundial é inaceitável.

Não corrigimos os excessos da desregulação dos mercados e da apologia do Estado mínimo.

As bases de uma nova governança econômica não foram lançadas.

O BRICS surgiu na esteira desse imobilismo, e constitui uma plataforma estratégica para promover a cooperação entre países emergentes.

A ampliação recente do grupo na Cúpula de Joanesburgo fortalece a luta por uma ordem que acomode a pluralidade econômica, geográfica e política do século 21.

Somos uma força que trabalha em prol de um comércio global mais justo num contexto de grave crise do multilateralismo.

O protecionismo dos países ricos ganhou força e a Organização Mundial do Comércio permanece paralisada, em especial o seu sistema de solução de controvérsias.

Ninguém mais se recorda da Rodada do Desenvolvimento de Doha.

Nesse ínterim, o desemprego e a precarização do trabalho minaram a confiança das pessoas em tempos melhores, em especial os jovens.

Os governos precisam romper com a dissonância cada vez maior entre a "voz dos mercados" e a "voz das ruas".

O neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias.

Seu legado é uma massa de deserdados e excluídos.

Em meio aos seus escombros surgem aventureiros de extrema direita que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas.

Muitos sucumbiram à tentação de substituir um neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo, conservador e autoritário.

Repudiamos uma agenda que utiliza os imigrantes como bodes expiatórios, que corrói o Estado de bem-estar e que investe contra os direitos dos trabalhadores.

Precisamos resgatar as melhores tradições humanistas que inspiraram a criação da ONU.

Políticas ativas de inclusão nos planos cultural, educacional e digital são essenciais para a promoção dos valores democráticos e da defesa do Estado de Direito.

É fundamental preservar a liberdade de imprensa.

Um jornalista, como Julian Assange, não pode ser punido por informar a sociedade de maneira transparente e legítima.

Nossa luta é contra a desinformação e os crimes cibernéticos.

Aplicativos e plataformas não devem abolir as leis trabalhistas pelas quais tanto lutamos.

Ao assumir a presidência do G20 em dezembro próximo, não mediremos esforços para colocar no centro da agenda internacional o combate às desigualdades em todas as suas dimensões.

Sob o lema "Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável", a presidência brasileira vai articular inclusão social e combate à fome; desenvolvimento sustentável e reforma das instituições de governança global.

Senhor presidente,

Não haverá sustentabilidade nem prosperidade sem paz.

Os conflitos armados são uma afronta à racionalidade humana.

Conhecemos os horrores e os sofrimentos produzidos por todas as guerras.

A promoção de uma cultura de paz é um dever de todos nós. Construí-la requer persistência e vigilância.

É perturbador ver que persistem antigas disputas não resolvidas e que surgem ou ganham vigor novas ameaças.

Bem o demonstra a dificuldade de garantir a criação de um Estado para o povo palestino.

A este caso se somam a persistência da crise humanitária no Haiti, o conflito no Iêmen, as ameaças à unidade nacional da Líbia e as rupturas institucionais em Burkina Faso, Gabão, Guiné-Conacri, Mali, Níger e Sudão.

Na Guatemala, há o risco de um golpe, que impediria a posse do vencedor de eleições democráticas.

A guerra da Ucrânia escancara nossa incapacidade coletiva de fazer prevalecer os propósitos e princípios da Carta da ONU.

Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz.

Mas nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo.

Tenho reiterado que é preciso trabalhar para criar espaço para negociações.

Investe-se muito em armamentos e pouco em desenvolvimento.

No ano passado os gastos militares somaram mais de 2 trilhões de dólares.

As despesas com armas nucleares chegaram a 83 bilhões de dólares, valor vinte vezes superior ao orçamento regular da ONU.

Estabilidade e segurança não serão alcançadas onde há exclusão social e desigualdade.

A ONU nasceu para ser a casa do entendimento e do diálogo.

A comunidade internacional precisa escolher:

De um lado, está a ampliação dos conflitos, o aprofundamento das desigualdades e a erosão do Estado de Direito.

De outro, a renovação das instituições multilaterais dedicadas à promoção da paz.

As sanções unilaterais causam grande prejuízos à população dos países afetados.

Além de não alcançarem seus alegados objetivos, dificultam os processos de mediação, prevenção e resolução pacífica de conflitos.

O Brasil seguirá denunciando medidas tomadas sem amparo na Carta da ONU, como o embargo econômico e financeiro imposto a Cuba e a tentativa de classificar esse país como Estado patrocinador de terrorismo.

Continuaremos críticos a toda tentativa de dividir o mundo em zonas de influência e de reeditar a Guerra Fria.

O Conselho de Segurança da ONU vem perdendo progressivamente sua credibilidade.

Essa fragilidade decorre em particular da ação de seus membros permanentes, que travam guerras não autorizadas em busca de expansão territorial ou de mudança de regime.

Sua paralisia é a prova mais eloquente da necessidade e urgência de reformá-lo, conferindo-lhe maior representatividade e eficácia.

Senhoras e senhores

A desigualdade precisa inspirar indignação.

Indignação com a fome, a pobreza, a guerra, o desrespeito ao ser humano.

Somente movidos pela força da indignação poderemos agir com vontade e determinação para vencer a desigualdade e transformar efetivamente o mundo a nosso redor.

A ONU precisa cumprir seu papel de construtora de um mundo mais justo, solidário e fraterno.

Mas só o fará se seus membros tiverem a coragem de proclamar sua indignação com a desigualdade e trabalhar incansavelmente para superá-la.

Muito obrigado.

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Chefes de Estado e delegados de 193 países se reúnem na ONU para a 78ª Assembleia Geral

Chefes de Estado e de governo e representantes dos 193 Estados-membros da ONU se reunirão na sede das Nações Unidas em Nova Iorque para debater os desafios globais e buscar soluções para os problemas que afetam populações em todo o globo.

Aos líderes governamentais se juntarão a sociedade civil, o setor privado, as autoridades locais, o meio acadêmico e os jovens, incorporando o espírito de "Nós, os Povos das Nações Unidas". 

Debate Geral, com pronunciamentos de todos os Estados-membros, começa no dia 19 de setembro (terça-feira) e continua até a terça-feira seguinte, dia 26 de setembro.

Tanto o Debate Geral quanto os eventos de Alto Nível, como a Cúpula dos ODS, serão transmitidos ao vivo pela TV online da ONU e no canal da Organização no YouTube. 

Uma visão ampla das imagens dos projetores no Salão da Assembleia Geral no "Momento ODS", durante a 77ª sessão da Assembleia em 2022.
Legenda: Uma visão ampla das imagens dos projetores no Salão da Assembleia Geral no "Momento ODS", durante a 77ª sessão da Assembleia em 2022.
Foto: © Foto da ONU/Manuel Elías.

 

 

Chefes de Estado e de governo e representantes dos 193 Estados-membros da ONU se reunirão na sede das Nações Unidas em Nova Iorque para debater os desafios globais e buscar soluções para os problemas que afetam populações em todo o globo. 

O tema da 78ª sessão da Assembleia Geral da ONU é "Reconstruindo a confiança e reacendendo a solidariedade global: acelerando a ação na Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) rumo à paz, prosperidade, progresso e sustentabilidade para todas as pessoas". 

O ano de 2023 é um momento de importância crucial para a Assembleia Geral da ONU, visto que a ocasião atual marca a metade do caminho rumo ao cumprimento dos ODS. 

Adotados por todos os 193 Estados-membros da ONU em 2015, eles são uma promessa histórica para superar os maiores desafios da humanidade até 2030.

"Precisamos que tanto os tomadores de decisão quanto as cidadãs e os cidadãos comuns sintam-se inspirados a se engajar e contribuir para o alcance de cada um dos 17 ODS. Afinal, temos pouco mais de sete anos para transformar nosso mundo em um lugar melhor para todas as pessoas, sem deixar ninguém para trás," explica Silvia Rucks, coordenadora residente da ONU no Brasil. 

Paz, Prosperidade, Progresso e Sustentabilidade

Pavilhão dos ODS em construção no pátio norte da sede da ONU, antes da abertura da 78ª sessão da Assembleia Geral.
Legenda: Pavilhão dos ODS em construção no pátio norte da sede da ONU, antes da abertura da 78ª sessão da Assembleia Geral.

Foto: © Foto da ONU/Mark Garten.

A 78ª sessão da Assembleia Geral foi iniciada no dia 5 de setembro sob o lema "Paz, Prosperidade, Progresso e Sustentabilidade". As prioridades foram reveladas pelo novo presidente do órgão, o diplomata Dennis Francis, de Trinidad e Tobago. 

Em seu discurso, ele declarou que sua ambição é que a Assembleia Geral enfrente os múltiplos desafios "da maneira mais eficiente e inclusiva possível." O novo presidente do órgão deliberativo disse que é preciso "repudiar com firmeza qualquer ideologia que procure semear medo e divisão." Ele destacou: 

"Minha presidência refletirá os valores de tolerância, inclusão, cooperação e respeito inabalável pela dignidade humana. É a minha esperança poder proporcionar, com a ajuda e o apoio de vocês, uma atmosfera renovada de conciliação e cooperação."

Debate Geral, com os chefes de Estado e de governo dos Estados-membros, e as reuniões de Alto Nível acontecerão entre os dias 19 e 29 de setembro, e serão transmitidas ao vivo pela TV online da ONU: https://media.un.org/en/webtv.  

Humanidade e compromissos compartilhados

Guias da ONU posam para uma foto com suas respectivas bandeiras por ocasião do aniversário das Visitas Guiadas das Nações Unidas.
Legenda: Guias da ONU posam para uma foto com suas respectivas bandeiras por ocasião do aniversário das Visitas Guiadas das Nações Unidas.
Foto: © Foto da ONU/Mark Garten.

Na cerimônia de abertura da sessão, a vice-secretária-geral das Nações Unidas, Amina J. Mohammed, disse que o estado atual do mundo não deve ser "um momento de pessimismo" e sim um momento de "ação pela paz e pelos direitos humanos". Ela ressaltou:

"Mais do que qualquer outro espaço na Terra, a Assembleia Geral representa nossa humanidade comum e nosso compromisso compartilhado com a paz, o desenvolvimento sustentável e os direitos humanos. Vamos forjar as soluções que todas as pessoas esperam e progredir rumo a um futuro melhor, mais pacífico e próspero, e a um planeta mais saudável."

Agenda: Debate Geral e eventos de Alto Nível 

Dennis Francis, presidente da 78ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, preside a 3ª reunião plenária, sobre o uso do veto, realizada no dia 11 de setembro de 2023.
Legenda: Dennis Francis, presidente da 78ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, preside a 3ª reunião plenária, sobre o uso do veto, realizada no dia 11 de setembro de 2023.
Foto: © Foto da ONU/Loey Felipe.

16 e 17 de setembro (sábado e domingo): 

18 de setembro (segunda-feira):

  • Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável, sob os auspícios da Assembleia Geral, também conhecido como Cúpula dos ODS

19 de setembro (terça-feira): 

  • Abertura e primeiro dia do Debate Geral com chefes de Estado e governo (o cronograma de discursos está disponível aqui). 
  • Segundo dia da Cúpula dos ODS.

20 de setembro (quarta-feira):

21 de setembro (quinta-feira): 

22 de setembro (sexta-feira): 

25 de setembro (segunda-feira):

  • Debate Geral. 

26 de setembro (terça-feira): 

Paralelamente à Assembleia Geral, acontecerá, entre os dias 15 e 25 de setembro, o movimento #Act4SDGs, como parte da campanha global de ação pelos ODS. Todas as pessoas são convidadas a participar da campanha e registrar, na página https://act4sdgs.org/, ações para a promoção do desenvolvimento sustentável que estão sendo desenvolvidas em suas comunidades, empresas, escolas ou cidades. 

Cobertura em português: 

  • Acompanhe a cobertura completa da ONU News em português: https://news.un.org/pt/
  • Siga a @ONUNews no Twitter/X. 

Transmissão ao vivo: 

Participe das campanhas públicas:  

Saiba mais (em inglês): 

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Virada Sustentável: UNIC Rio promove exposição sobre direitos humanos em São Paulo

A partir desta sexta-feira (15), obras do artista visual peruano Ivan Ciro Palomino sobre direitos humanos serão exibidas no canteiro central da Avenida Paulista, em São Paulo.

As obras retratam que todas as pessoas, independente de raça, religião, origem, ou qualquer outro fator de identificação, têm direito à educação, à saúde, à informação, aos esportes e a uma vida digna.

A iniciativa faz parte da programação da 13ª edição da Virada Sustentável, o maior festival de sustentabilidade do Brasil.

Obra de Ivan Ciro Palomino marca os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.Legenda: Obra de Ivan Ciro Palomino marca os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Foto: © Ivan Ciro Palomino

Começa neste sábado (16), a 13ª edição da Virada Sustentável em São Paulo, o maior festival de sustentabilidade do Brasil. O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) participará do evento promovendo a exposição Liberdade, Igualdade e Justiça, do premiado artista peruano Ivan Ciro Palomino, que celebra os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

As obras ficarão expostas no canteiro central da Avenida Paulista a partir desta sexta-feira (15) e ficarão disponíveis para visitação até o dia 15 de outubro.

A mostra retrata que todas as pessoas – crianças e jovens, pessoas idosas, idosos, pessoas indígenas, afrodescendentes, pessoas LGBTQIA+ e portadoras de deficiência – têm direito à educação, à saúde, à informação, aos esportes e a uma vida digna. As obras lembram ainda que cuidar uns dos outros implica também no cuidado com o meio ambiente.

"A exposição é um convite para refletirmos sobre a importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e suas contribuições para as grandes conquistas da humanidade no pós-Segunda Guerra: a Liberdade, a Igualdade e a Justiça. É também um lembrete sobre a necessidade de defendermos os direitos humanos no nosso dia a dia e com todas as pessoas, sempre e em todo lugar", explica a diretora do UNIC Rio, Roberta Caldo.

75 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos

Elaborada por representantes de todas as regiões do mundo, a Declaração foi proclamada pela Assembleia Geral da ONU em 10 de dezembro de 1948 como uma norma comum a ser alcançada por todos os povos e nações. E estabeleceu, pela primeira vez, a proteção universal dos direitos humanos.

"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade".
[Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948]

Segundo o representante regional para o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) na América do Sul, Jan Jarab, os 75 anos da Declaração Universal são uma oportunidade para valorizar as inúmeras conquistas a partir do sistema internacional de direitos humanos.

"É também uma oportunidade para entender que nossa paz e prosperidade enfrentam ameaças – tradicionais, como a injustiça e as guerras, e novas, como a mudança climática e o discurso de ódio no mundo digital - contra as quais devemos nos rebelar", esclarece o representante do ACNUDH. 

Obra de Ivan Ciro Palomino faz parte da exposição "Liberdade, igualdade e justiça", que celebra os 75 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos.Legenda: Obra de Ivan Ciro Palomino faz parte da exposição "Liberdade, igualdade e justiça", que celebra os 75 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos.
Foto: © Ivan Ciro Palomino

Virada Sustentável

A Virada Sustentável oferece uma programação totalmente gratuita voltada para temas como consumo consciente, mudanças climáticas, meio ambiente, economia circular e responsabilidade socioambiental, entre outros. Organizações da sociedade civil, órgãos públicos, coletivos de cultura, movimentos sociais, equipamentos culturais, empresas, escolas e universidades participarão do evento.

O principal objetivo da Virada Sustentável é apresentar uma visão positiva e inspiradora sobre a sustentabilidade e seus diferentes temas para a população, gerando reflexão e discussões a fim de promover um futuro sustentável e reforçando as redes de transformação e impacto social existentes.

O encerramento da edição de 2023 da Virada Sustentável acontecerá no dia 24 de setembro. A programação completa com todas as atividades pode ser acessada no site oficial do evento.

Ivan Ciro Palomino

Peruano, Ciro é formado pela Faculdade de Artes e Design da PUC do Peru e um parceiro de longa data do UNIC Rio. Explorando temas sociais, ambientais e humanitários, já foi premiado pela ONU em dois concursos. Em parceria com o UNIC Rio, fez a exposição Consciência, que entre 2019 e 2022 foi vista por mais de 200 mil pessoas em cinco espaços de visitação no Rio de Janeiro, São Paulo e outras 12 cidades brasileiras. Mais informações sobre o artista, acesse aqui.

Serviço:

  • O que: Exposição Liberdade, Igualdade e Justiça
  • Quando: 15 de setembro a 15 de outubro
  • Onde: Canteiro central da Avenida Paulista, próximo do nº 1578, Bela Vista
  • Entrada franca

Fonte: ONU Brasil

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Campanha digital divulgará artigos da Declaração Universal de Direitos Humanos

Sinal matemático de igual e um desenho vetorial de uma pessoa simbolizam Declaração Universal de Direitos Humanos
Legenda: Ilustração utilizada na campanha dos 75 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos
Foto: © ACNUDH

A ONU Brasil e o Ministério de Direitos Humanos e da Cidadania lançam, nesta quarta-feira (30), uma campanha digital conjunta em comemoração aos 75 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos.

Ao longo de 15 semanas, as redes sociais @ONUBrasil e @mdhcbrasil divulgarão os 30 artigos do documento utilizando as hashtags #DireitosHumanos75 #DeclaraçãoUniversal75. A ação termina em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Redigida por representantes de todas as regiões do mundo, a Declaração é um conjunto de direitos universais, indivisíveis e inalienáveis, que reconhecem o mesmo valor e dignidade para cada pessoa. Ela foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris, em 10 de dezembro de 1948, através da Resolução 217 A, como uma norma comum a ser alcançada por todos os povos e nações.

Foi a primeira vez que a comunidade internacional se pôs de acordo sobre um conjunto de valores comuns e reconheceu que os direitos são inerentes a toda pessoa humana, e não concessões feitas pelo Estado. Ela inclui desde direito à educação até o direito à igualdade salarial e continua a inspirar movimentos em direção a um mundo mais igualitário e inclusivo para todas as pessoas.

Legenda: Versão inicial da Declaração Universal dos Direitos Humanos
Foto: © Greg Kinch/ONU

Para a coordenadora residente do Sistema ONU no Brasil, Sílvia Rucks, é uma oportunidade para que as pessoas conheçam melhor o documento: 

"A Declaração é o documento base de todo o trabalho das Nações Unidas porque traça o caminho de inclusão que devemos seguir para não deixar ninguém para trás. Em 30 artigos, ela reforça o direito à vida, ao trabalho e ao lazer, a acesso a serviços públicos, à propriedade e até o direito a uma nacionalidade, lembrando inclusive que todas as pessoas devem ser protegidas pela sociedade e pelo Estado".

O ministro de Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, comenta a importância da ação digital que traz a parceria entre o MDHC e a ONU Brasil:

"Esta é, sem sombra de dúvidas, uma iniciativa de interesse de toda a população brasileira. Eu diria, inclusive, que extrapola o território nacional, pois alcança contornos globais para o enfrentamento ao preconceito e toda forma de discriminação. Afinal, a Declaração representa um conjunto de diretrizes que, se alcançada por todas as nações, se aproximaria do ideal que interessa a todos que lutam contra as desigualdades: a conquista da justiça social". 

No Brasil, a campanha utilizará cards produzidos pelo Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) e adaptadas ao contexto brasileiro pelo Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).

Ilustração, com fundo amarelo, destacando, em primeira pessoa, o seguinte trecho do Artigo 1º: Nasci livre e igual e todos os seres humanos devem ser tratados da mesma forma.
Legenda: Ilustração destacando, em primeira pessoa, o trecho do Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos: "Nasci livre e igual e todos os seres humanos devem ser tratados da mesma forma."


Foto: © ACNUDH

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Vestibular para o curso de Agronomia da UEMS de Mundo Novo 2023

Estão abertas as inscrições para o Vestibular UEMS 2024!
Para o curso de Agronomia da UEMS de Mundo Novo estão sendo ofertadas 20 vagas!

💻 As inscrições serão realizadas exclusivamente pela internet, entre às 9h do dia 11 de setembro e às 23h59 do dia 09 de novembro de 2023 (horário oficial de Mato Grosso do Sul), no endereço eletrônico: https://concurso.fapec.org

A taxa de inscrição é no valor de R$ 100,00

⚠ Os candidatos amparados pela Lei Estadual nº 2.136, de 14 de agosto de 2000, que dispõe sobre a isenção do pagamento da taxa de inscrição para vestibular a alunos de escolas públicas, podem solicitar a isenção do pagamento da taxa de inscrição de 11 de setembro a 06 de outubro de 2023.

Venha cursar Agronomia em uma Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade!