sexta-feira, 29 de setembro de 2023

OIM pede inclusão da mobilidade humana no plano de resgate dos Objetivos Globais

Migrantes internacionais, migrantes internos e pessoas deslocadas representam uma em cada oito pessoas no mundo.

O diretor-geral da Agência da ONU para as Migrações (OIM), António Vitorino, reitera que, se gerenciada adequadamente, a mobilidade humana pode se tornar um pilar para o desenvolvimento.

Para que as pessoas em movimento possam contribuir plenamente para o desenvolvimento, "devemos assumir compromissos audaciosos." 


A Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu nos dias 18 e 19 de setembro em Nova York, marca o início de uma nova fase de progresso acelerado em direção aos ODS e espera-se que reacenda um sentimento de esperança, otimismo e entusiasmo pela Agenda 2030.

Legenda: A Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu nos dias 18 e 19 de setembro em Nova York, marca o início de uma nova fase de progresso acelerado em direção aos ODS e espera-se que reacenda um sentimento de esperança, otimismo e entusiasmo pela Agenda 2030.
Foto: © Agência da ONU para as Migrações (OIM)

Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de 2023 representou um momento de verdade e reflexão. Grandes transformações globais - desde a mudança do clima até a digitalização - podem deixar bilhões de pessoas para trás. A mobilidade humana pode ser parte da solução e é imperativo que a incorporemos no plano de resgate dos ODS.

Essa não é uma tarefa fácil, os padrões de mobilidade humana estão cada vez mais complexos - impulsionados e afetados pelas mudanças que vemos no mundo hoje. Além disso, migrantes internacionais, migrantes internos e pessoas deslocadas representam uma em cada oito pessoas no mundo. No entanto, se gerenciada adequadamente, a mobilidade humana pode se tornar um pilar de desenvolvimento, prosperidade e progresso.

Latifa e seu filho Benyamin passaram muitos meses separados após sua fuga do Afeganistão em agosto de 2021. Eles foram reunidos com o apoio do Programa de Reunificação Familiar da OIM na Irlanda.
Legenda: Latifa e seu filho Benyamin passaram muitos meses separados após sua fuga do Afeganistão em agosto de 2021. Eles foram reunidos com o apoio do Programa de Reunificação Familiar da OIM na Irlanda.
Foto: © OIM/Angelica Trindade.

As pessoas migrantes estão atendendo às demandas e necessidades de mercados de trabalho em constante mudança e mais restritivos, além de ajudar a mitigar tendências demográficas divergentes dentro e entre regiões. Estão impulsionando o empreendedorismo, incluindo iniciativas de transição verde - como a Green Finance Facility na Macedônia do Norte - e apoiando a adaptação aos impactos da mudança do clima e dos conflitos. Além disso, as pessoas em movimento podem impulsionar as cadeias de valor globais e o financiamento para o desenvolvimento - por meio de vias regulares de migração, remessas e capital da diáspora.
 
Precisamos de compromissos audaciosos e ações transformadoras para garantir que essas contribuições sejam plenamente realizadas:

  • Devemos continuar desenvolvendo oportunidades para uma migração segura e regular, ao mesmo tempo em que reduzimos os custos das transações de remessas;
  • Devemos estender a proteção social e a cobertura universal de saúde a todos, ao mesmo tempo em que incluímos as vozes dos migrantes nos planos de desenvolvimento nacional e local;
  • Devemos investir no desenvolvimento de habilidades e no reconhecimento das qualificações das pessoas em movimento, ao mesmo tempo em que melhoramos o acesso digital;
  • E devemos construir sociedades resilientes e pacíficas capazes de se adaptarem aos impactos das mudanças climáticas e da violência, ao mesmo tempo em que reduzimos conflitos e deslocamentos por motivos climáticos.

 
Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular (GCM, em inglês) e a Agenda de Ação sobre Deslocamento Interno estabelecem os meios pelos quais a governança plenamente inclusiva da mobilidade humana - não deixando ninguém para trás - pode ser alcançada.


Carlos Jimenez, nascido na Venezuela, é o primeiro venezuelano a estrear na equipe nacional de beisebol da Argentina.

Legenda: Carlos Jimenez, nascido na Venezuela, é o primeiro venezuelano a estrear na equipe nacional de beisebol da Argentina.
Foto: © OIM/Gema Cortes.

 
OIM continuará a apoiar os Estados-membros, as pessoas em movimento e as partes interessadas no desenvolvimento, implementação e ampliação de ações novas e aceleradas para acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir que todas as pessoas desfrutem de paz e prosperidade. 

Vamos agir agora, com os migrantes, em benefício de todas as 


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Comunicado: Atendimento em regime de plantão no Crea-PR de 04 a 06/10





Comunicado: Atendimento em regime de plantão no Crea-PR de 04 a 06/10

 

Comunicamos que, no período de 04 a 06 de outubro, estaremos operando em regime de plantão, com atendimento presencial e telefônico disponível somente em algumas unidades.


Esta ação será necessária para realizar ações gerais de capacitação de nossa equipe e atualizações internas que visam aprimorar ainda mais nossos serviços e a qualidade do atendimento prestado.


Durante esse período, algumas de nossas unidades administrativas permanecerão funcionando normalmente, garantindo assim que demandas urgentes e essenciais sejam atendidas. No entanto, pedimos a compreensão de todos os usuários, pois pode haver uma redução temporária na capacidade de atendimento. 


Reforçamos que nossos serviços online, como o acesso ao nosso site e a plataforma de emissão de documentos, continuarão funcionando normalmente, 24 horas por dia, 7 dias por semana, para sua conveniência.

Estamos empenhados em oferecer um atendimento cada vez mais eficiente e eficaz, e essas ações de capacitação e atualizações internas são essenciais para alcançar esse objetivo.


Agradecemos a compreensão de todos e nos colocamos à disposição para quaisquer dúvidas ou esclarecimentos. Para informações específicas sobre as unidades em funcionamento durante esse período, por favor, acesse: https://www.crea-pr.org.br/ws/fale-conosco/.



Pós-graduação em Nutrição e Medicina Vegetariana 2023


 Vai começar mais uma turma da  pós-graduação de Nutrição e Medicina Vegetariana  da Plenitude Educação com coordenação da Dra. Thaisa Navolar, referência na área e membro da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB).

As aulas começam dia 07/10, o curso possui 18 meses de duração com 18 módulos de conteúdo e encontros ao vivo todos os meses.

Quer saber mais? Aqui tem algumas transformações ao concluir o curso:

• Competência para interpretar e solicitar os exames laboratoriais corretos para adeptos do veganismo e vegetarianismo;

• Conhecimentos para planejar fórmulas, dietas e prescrever suplementos condizentes com as necessidades do paciente diagnosticadas nos exames;

• Aptidão para atender pacientes vegetarianos em todos os ciclos da vida, como gestantes e crianças, atletas e praticantes de atividade física;

• Habilidade para planejar cardápios saborosos e saudáveis dentro de uma dieta vegana ou vegetariana.

Faça parte da próxima turma de profissionais que estarão à frente do mercado!

Quer garantir sua vaga com  10% OFF  na mensalidade? 

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quarta-feira, 27 de setembro de 2023

O BAILE DOS ÁLIBIS NA DELAÇÃO DO CORONEL CID Luis Nassif

O BAILE DOS ÁLIBIS NA DELAÇÃO DO CORONEL CID
Luis Nassif

Vamos com menos entusiasmo na delação do coronel Cid. Como explica o jurista Lenio Streck:

Calma: tem uma armadilha aí. A delação de CID é paradoxal: incrimina mas não incrimina Bozo. Tudo pode estar armado para que haja arquivamento contra Bozo, a partir da velha tese: apenas houve Cogitatio!!!! Peguem este post e colem na geladeira.
O que se tem de concreto da delação?

No relato de Maria Cristina Fernandes, do Valor Econômico, e nos demais, o almirante Almir Garnier – o único que, supostamente, apoiaria o golpe – é apresentado como um burocrata que se encantou com Bolsonaro. Em outra reportagem, é ironizado pelo comandante do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, que pergunta: com que tropa ele apoiaria o golpe?

Segundo a reportagem, o único a enfrentar o presidente foi o comandante do Exército, general Freire Gomes. "Ele não apenas disse a Bolsonaro que o Exército não compactuava com um golpe como afirmou à queima-roupa: "Se o senhor for em frente com isso, serei obrigado a prendê-lo".

A razão seria que os comandantes do Sul, Sudeste, Leste e Nordeste não apoiariam o golpe, e os americanos – civis e militares – também não.

Ficamos assim, então. O Exército apoiou em todos os momentos a concentração de pessoas no entorno dos quartéis. A própria segurança do Exército tratou de garantir os manifestantes, mesmo depois das badernas de dezembro e da tentativa de explosão de bombas em caminhão com combustível. Em uma das sessões da CPMI, o terrorista garantiu que a inteligência do Exército impedia a infiltração nos acampamentos. Quem eram os infiltrados? Ambulantes querendo vender coisas.

O comandante do Planalto, general Dutra, afrontou o Ministro da Justiça Flávio Dino na noite de 8 de janeiro, impedindo qualquer prisão nos acampamentos. Em vários lugares, parte dos manifestantes eram da família militar.

Mas a história começa a ser reescrita. Tinha-se um Exército legalista, uma Aeronáutica que não participou do golpe – apesar da militância digital vergonhosa do brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, comandante da Aeronáutica -, um Exército que não montou nenhuma equipe para questionar as urnas eletrônicas.

Os militares dignos, Ministro da Defesa general Fernando Azevedo, comandante do Exército, general Edson Pujol; da Marinha, almirante Ilques Barbosa Junior; e da Aeronáutica, brigadeiro Antônio Carlos Moretti Bermudez, deixaram os cargos em março de 2022, por não compactuarem com o golpe. Ficaram esquecidos na história. Os novos heróis passam a ser os comandantes que estimularam os acampamentos em quartéis, que questionaram as urnas eletrônicas e que colocaram tanques fumegantes no desfile de 7 de Setembro como demonstração de força. Mas, graças ao grande jeitinho brasileiro de reinventar a história, saem como heróis,

E assim, de mentira em mentira, o país vai remendando uma democracia torta.

sábado, 23 de setembro de 2023

Festa das Sementes e dos Guardiões e Guardiãs da Biodiversidade 2023 em Mandirituba-PR

Está chegando a Festa das Sementes e dos Guardiões e Guardiãs da Biodiversidade

O evento será realizado na sede  da Abai em Mandirituba-PR no dia 8 de outubro de 2023 e você é nosso convidado!

Confira a programação e garanta seu dia conosco fazendo a inscrição no link: https://forms.gle/MianHg8U2fxZCTz9A


quarta-feira, 20 de setembro de 2023

ONU pede liderança forte e vontade política para garantir justiça reparatória para pessoas afrodescendentes


ONU apela aos Estados para que mostrem liderança forte e vontade política para enfrentar as consequências duradouras da escravização, do tráfico de pessoas africanas escravizadas e do colonialismo.

Relatório do secretário-geral publicado nesta terça-feira (19) destaca a relação intrínseca entre os legados do colonialismo e da escravização, e as formas contemporâneas de racismo sistêmico e discriminação racial, intolerância e xenofobia direcionadas às pessoas afrodescendentes.

Documento apresentado à Assembleia Geral da ONU estabelece passos concretos para abordar os contínuos danos sofridos por pessoas afrodescendentes 


A Década Internacional de Afrodescendentes foi proclamada pela resolução 68/237 (acesse aqui em inglês) da Assembleia Geral e será observada entre 2015 e 2024, proporcionando uma estrutura sólida para as Nações Unidas, os Estados-membros, a sociedade civil e todos os outros atores relevantes para tomar medidas eficazes para a implementação do programa de atividades no espírito de reconhecimento, justiça e desenvolvimento.

Legenda: A Década Internacional de Afrodescendentes foi proclamada pela da Assembleia Geral e será observada entre 2015 e 2024, proporcionando uma estrutura sólida para as Nações Unidas, os Estados-membros, a sociedade civil e todos os outros atores relevantes para tomar medidas eficazes para a implementação do programa de atividades no espírito de reconhecimento, justiça e desenvolvimento.
Foto: © Solange Souza/UNFPA Brasil.

Relatório da ONU sobre justiça reparatória para pessoas afrodescendentes publicado nesta terça-feira (19) apela aos Estados para que mostrem liderança forte e vontade política para enfrentar as consequências duradouras da escravização, do tráfico de pessoas africanas escravizadas e do colonialismo.

relatório do secretário-geral para a Assembleia Geral da ONU estabelece uma série de passos concretos para os Estados e para a comunidade internacional abordarem os contínuos danos sofridos por pessoas afrodescendentes – destacando a relação intrínseca entre os legados do colonialismo e da escravização, e as formas contemporâneas de racismo sistêmico e discriminação racial, intolerância e xenofobia direcionadas às pessoas afrodescendentes.

Estima-se que entre 25 e 30 milhões de pessoas tenham sido violentamente arrancadas de África para serem escravizadas. O tráfico transatlântico de pessoas africanas escravizadas gerou uma das maiores e mais concentradas deportações de seres humanos, envolvendo várias regiões do mundo durante mais de quatro séculos.

A escravização e o tráfico de pessoas escravizadas são proibidos pelo Direito internacional dos Direitos Humanos, e a escravização foi reconhecida entre os atos que constituem, em circunstâncias específicas, um crime contra a humanidade. 

O relatório enfatiza que a abolição formal da escravização, e os processos de descolonização, não desmantelaram as estruturas racialmente discriminatórias. Ao invés disso, eles "deram lugar para políticas e sistemas racialmente discriminatórios, incluindo a segregação e o apartheid, que perpetuaram a discriminação, opressão e desigualdades raciais."

Por décadas, pessoas afrodescendentes ao redor do mundo demandaram por responsabilização e reparação por esses danos. O relatório destaca que essas demandas – inclusive o direito a medidas corretivas adequadas, efetivas, imediatas e apropriadas, e reparação para as vítimas de violações de direitos humanos – estão consagradas em instrumentos de direitos humanos internacionais e regionais.

Apesar de alguns Estados terem recentemente tomado medidas no sentido de enfrentar esses legados do passado, o relatório enfatiza que "nenhum Estado respondeu de forma abrangente pelo passado e abordou seus legados contemporâneos e suas manifestações contínuas."

O relatório fornece uma visão geral de uma variedade de medidas que podem contribuir para alcançar justiça reparatória – com processos "adaptados para as especificidades da situação no país e às demandas das comunidades afetadas."

Mesmo não havendo um modelo único de justiça reparatória que sirva para todo lugar, o que está evidente é que os esforços devem ser guiados pelas pessoas afrodescendentes, particularmente as mulheres e a juventude, por meio de sua participação efetiva e significativa, diz o relatório.

As medidas incluem processos de busca e divulgação da verdade, reconhecimento e pedidos de desculpas públicas, memorialização, educação e conscientização, restituição, reabilitação médica e psicológica, compensação, assim como garantias de não repetição.

Embora a avaliação do dano econômico possa ser complexo devido ao tempo que já passou e à dificuldade de identificar perpetradores e vítimas, "tais dificuldades não podem ser as bases para anular a existência de obrigações legais básicas."

O relatório conclui que, em última instância, a maior barreira para as reparações pelo colonialismo e pela escravização pode ser que "os maiores beneficiários de ambos carecem de vontade política e coragem moral para buscar tais reparações."

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, disse que é fundamental que:

"Liderança forte e vontade política de Estados e da comunidade internacional sejam estimulados para, finalmente, abordar de forma abrangente os legados arraigados do colonialismo, escravização e tráfico de pessoas africanas escravizadas."

"Justiça reparatória não é somente sobre tratar dos atos errôneos do passado, ela é sobre construir sociedades que sejam verdadeiramente inclusivas, iguais e livres do racismo e da discriminação racial. Uma abordagem abrangente deve, dessa forma, tratar do passado, presente e futuro.", disse Türk.

O relatório cita exemplos de Estados e órgãos regionais que reconheceram a necessidade de justiça reparatória para pessoas afrodescendentes, tais como a CARICOM, o Parlamento Europeu e a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos. O relatório também encoraja os Estados a engajar ativamente com a elaboração do esboço da declaração das Nações Unidas para a promoção e pleno respeito dos direitos humanos de pessoas afrodescendentes, que poderia oferecer uma estrutura global para abordar a natureza sistêmica do racismo e da discriminação racial.   

O relatório adiciona que atores privados, inclusive empresas, a mídia e instituições educacionais, devem considerar seus próprios laços com a escravização e o colonialismo em suas operações atuais e passadas, e examinar as possibilidades de reparação.

"Já é hora de a justiça reparatória ser considerada uma prioridade, para enfrentar uma das maiores injustiças da história da humanidade, e uma que continua a impactar negativamente a vida diária de pessoas afrodescendentes por todo o mundo," enfatizou Türk.

O relatório é construído a partir de contribuições e recomendações feitas por especialistas e órgãos das Nações Unidas ao longo das décadas, assim como pelos relatórios do Alto Comissariado e a Agenda para a Mudança Transformadora para a Justiça e Igualdade Racial.*

Nota de orientação.

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ITAIPU ABRE VAGAS PARA ESTAGIÁRIOS NA ÁREA DE TURISMO



Integrantes do Programa de Estágio. Foto: Emanoela Somavila
 
A Itaipu Binacional está com três vagas abertas para estagiários na Assessoria de Turismo, sendo uma delas exclusiva para pessoas com deficiência (PCD). A bolsa-auxílio é de R$ 1.276,00 mais benefícios.  
 
A vaga na Divisão de Gestão de Turismo é para acadêmicos a partir do 3º período de Administração, Ciências Contábeis ou Economia. O horário de trabalho é de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 12h e das 14h às 17h30 (30h/semana). 
 
As outras duas vagas são para a Divisão de Inciativas de Turismo. Podem concorrer universitários a partir do 3º período dos cursos de Turismo ou Relações Públicas. Uma delas é exclusiva para PCD. 
 
A carga horária é de 20 horas semanais para a vaga PCD (segunda a sexta-feira, das 8h às 12h ou das 13h30 às 17h30) e de 30 horas semanais para a outra vaga (7h30 às 12h e das 14h às 15h30). 
 
Turismo de Itaipu está com vagas abertas para estagiários. Foto: Edino Krug
 
Entre as funções a serem desempenhadas estão o apoio no recebimento e despacho de documentos diversos, de e-mails e ligações telefônicas, elaboração de estudos e pesquisas sobre o perfil de público e instituições vinculadas ao turismo e ajuda no controle de bens patrimoniais, estoque e espaço físico próprio/concedido, entre outras. 
 
Para todos os cargos são exigidos conhecimentos intermediários em Microsoft Word, Power Point e Excel. A média nos dois últimos semestres deve ser igual ou superior a sete (7,0).    
 
Os interessados podem se inscrever através do site https://home.universidadepatativa.com.br 
 
Mais informações pelo e-mail estagio@itaipu.gov.br

Conferência IUFRO 2023 América Latina ocorrerá em outubro em Curitiba

O *IUFRO 2023 América Latina* está chegando! 

O evento acontece de 17 a 19/10, em Curitiba/PR. 
Um dos palestrantes confirmados do painel *As florestas plantadas com espécies nativas e exóticas na propriedade rural* é  *Daniel Piotto*, da _Universidade Federal do Sul da Bahia_ e _Universidade Estadual de Santa Cruz_, que vai falar sobre Pesquisa & Desenvolvimento em silvicultura de espécies nativas.

Saiba mais sobre o evento e faça sua inscrição em: https://eventos.galoa.com.br/iufro-2023

Assembleia Geral adota, por unanimidade, a Declaração Política da Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)


"A erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio mundial e é um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável."

- Declaração Política da Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

De forma unânime, chefes de Estado e de governo e representantes dos 193 Estados-membros da ONU adotaram a Declaração Política da Cúpula dos ODS

Confira algumas mensagens-chave do documento histórico: 

  • Reafirmamos o nosso compromisso de implementar eficazmente a Agenda 2030 e os seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e defender todos os princípios nela consagrados. A Agenda 2030 continua a ser o nosso roteiro global para alcançar o desenvolvimento sustentável e superar as múltiplas crises que enfrentamos.
  • Atuaremos com urgência para concretizar a sua visão como um plano de ação para as pessoas, planeta, prosperidade, paz e parcerias, sem deixar ninguém para trás. Nos esforçaremos para alcançar primeiro quem está mais atrás.
  • Comprometemo-nos a intensificar nossos esforços para combater o racismo, todas as formas de discriminação, xenofobia e intolerância correlata, estigmatização e discurso de ódio, por meio de cooperação, parcerias, inclusão e respeito à diversidade.
  • Promoveremos uma mudança sistêmica em direção a um mundo mais inclusivo, justo, pacífico, resiliente e sustentável para as pessoas e o planeta, para as gerações presentes e futuras.
  • Reafirmamos todos os princípios da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, incluindo, entre outros, o princípio de responsabilidades comuns, porém diferenciadas, conforme estabelecido em seu princípio No. 7.
A íntegra da Declaração Política está disponível em português na página da ONU Brasil: https://bit.ly/Declaracao_CupulaODS 


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Discurso de Lula da Silva abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU

Confira a íntegra do discurso de Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU, em Nova York (EUA), conforme texto distribuído pelo assessoria de imprensa do Planalto:

Meus cumprimentos ao Presidente da Assembleia Geral, Embaixador Dennis Francis, de Trinidad e Tobago.

É uma satisfação ser antecedido pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres.

Saúdo cada um dos Chefes de Estado e de Governo e delegadas e delegados presentes.

Presto minha homenagem ao nosso compatriota Sérgio Vieira de Mello e 21 outros funcionários desta Organização, vítimas do brutal atentado em Bagdá, há 20 anos.

Desejo igualmente expressar minhas condolências às vítimas do terremoto no Marrocos e das tempestades que atingiram a Líbia.

A exemplo do que ocorreu recentemente no estado do Rio Grande do Sul no meu país, essas tragédias ceifam vidas e causam perdas irreparáveis.

Nossos pensamentos e orações estão com todas as vítimas e seus familiares.

Senhoras e Senhores

Há vinte anos, ocupei esta tribuna pela primeira vez.

E disse, naquele 23 de setembro de 2003:

"Que minhas primeiras palavras diante deste Parlamento Mundial sejam de confiança na capacidade humana de vencer desafios e evoluir para formas superiores de convivência"

Volto hoje para dizer que mantenho minha inabalável confiança na humanidade.

Naquela época, o mundo ainda não havia se dado conta da gravidade da crise climática.

Hoje, ela bate às nossas portas, destroi nossas casas, nossas cidades, nossos países, mata e impõe perdas e sofrimentos a nossos irmãos, sobretudo os mais pobres.

A fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã.

O mundo está cada vez mais desigual.

Os 10 maiores bilionários possuem mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade.

O destino de cada criança que nasce neste planeta parece traçado ainda no ventre de sua mãe.

A parte do mundo em que vivem seus pais e a classe social à qual pertence sua família irão determinar se essa criança terá ou não oportunidades ao longo da vida.

Se irá fazer todas as refeições ou se terá negado o direito de tomar café da manhã, almoçar e jantar diariamente.

Se terá acesso à saúde, ou se irá sucumbir a doenças que já poderiam ter sido erradicadas.

Se completará os estudos e conseguirá um emprego de qualidade, ou se fará parte da legião de desempregados, subempregados e desalentados que não para de crescer.

É preciso antes de tudo vencer a resignação, que nos faz aceitar tamanha injustiça como fenômeno natural.

Para vencer a desigualdade, falta vontade política daqueles que governam o mundo.

Senhores e senhoras

Se hoje retorno na honrosa condição de presidente do Brasil, é graças à vitória da democracia em meu país.

A democracia garantiu que superássemos o ódio, a desinformação e a opressão.

A esperança, mais uma vez, venceu o medo.

Nossa missão é unir o Brasil e reconstruir um país soberano, justo, sustentável, solidário, generoso e alegre.

O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, com nossa região, com o mundo e com o multilateralismo.

Como não me canso de repetir, o Brasil está de volta.

Nosso país está de volta para dar sua devida contribuição ao enfrentamento dos principais desafios globais.

Resgatamos o universalismo da nossa política externa, marcada por diálogo respeitoso com todos.

A comunidade internacional está mergulhada em um turbilhão de crises múltiplas e simultâneas: a pandemia da Covid-19; a crise climática; e a insegurança alimentar e energética ampliadas por crescentes tensões geopolíticas.

O racismo, a intolerância e a xenofobia se alastraram, incentivadas por novas tecnologias criadas supostamente para nos aproximar.

Se tivéssemos que resumir em uma única palavra esses desafios, ela seria desigualdade.

A desigualdade está na raiz desses fenômenos ou atua para agravá-los.

A mais ampla e mais ambiciosa ação coletiva da ONU voltada para o desenvolvimento – a Agenda 2030 – pode se transformar no seu maior fracasso.

Estamos na metade do período de implementação e ainda distantes das metas definidas.

A maior parte dos objetivos de desenvolvimento sustentável caminha em ritmo lento.

O imperativo moral e político de erradicar a pobreza e acabar com a fome parece estar anestesiado.

Nesses sete anos que nos restam, a redução das desigualdades dentro dos países e entre eles deveria se tornar o objetivo-síntese da Agenda 2030.

Reduzir as desigualdades dentro dos países requer incluir os pobres nos orçamentos nacionais e fazer os ricos pagarem impostos proporcionais ao seu patrimônio.

No Brasil, estamos comprometidos a implementar todos os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, de maneira integrada e indivisível.

Queremos alcançar a igualdade racial na sociedade brasileira por meio de um décimo oitavo objetivo que adotaremos voluntariamente.

Lançamos o plano Brasil sem Fome, que vai reunir uma série de iniciativas para reduzir a pobreza e a insegurança alimentar.

Entre elas, está o Bolsa Família, que se tornou referência mundial em programas de transferência de renda para famílias que mantêm suas crianças vacinadas e na escola.

Inspirados na brasileira Bertha Lutz, pioneira na defesa da igualdade de gênero na Carta da ONU, aprovamos a lei que torna obrigatória a igualdade salarial entre mulheres e homens no exercício da mesma função.

Combateremos o feminicídio e todas as formas de violência contra as mulheres.

Seremos rigorosos na defesa dos direitos de grupos LGBTQI+ e pessoas com deficiência.

Resgatamos a participação social como ferramenta estratégica para a execução de políticas públicas.

Senhor presidente

Agir contra a mudança do clima implica pensar no amanhã e enfrentar desigualdades históricas.

Os países ricos cresceram baseados em um modelo com altas taxas de emissões de gases danosos ao clima.

A emergência climática torna urgente uma correção de rumos e a implementação do que já foi acordado.

Não é por outra razão que falamos em responsabilidades comuns, mas diferenciadas.

São as populações vulneráveis do Sul Global as mais afetadas pelas perdas e danos causados pela mudança do clima.

Os 10% mais ricos da população mundial são responsáveis por quase a metade de todo o carbono lançado na atmosfera.

Nós, países em desenvolvimento, não queremos repetir esse modelo.

No Brasil, já provamos uma vez e vamos provar de novo que um modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável é possível.

Estamos na vanguarda da transição energética, e nossa matriz já é uma das mais limpas do mundo.

87% da nossa energia elétrica provem de fontes limpas e renováveis.

A geração de energia solar, eólica, biomassa, etanol e biodiesel cresce a cada ano.

É enorme o potencial de produção de hidrogênio verde.

Com o Plano de Transformação Ecológica, apostaremos na industrialização e infraestrutura sustentáveis.

Retomamos uma robusta e renovada agenda amazônica, com ações de fiscalização e combate a crimes ambientais.

Ao longo dos últimos oito meses, o desmatamento na Amazônia brasileira já foi reduzido em 48%.

O mundo inteiro sempre falou da Amazônia. Agora, a Amazônia está falando por si.

Sediamos, há um mês, a Cúpula de Belém, no coração da Amazônia, e lançamos nova agenda de colaboração entre os países que fazem parte daquele bioma.

Somos 50 milhões de sul-americanos amazônidas, cujo futuro depende da ação decisiva e coordenada dos países que detêm soberania sobre os territórios da região.

Também aprofundamos o diálogo com outros países detentores de florestas tropicais da África e da Ásia.

Queremos chegar à COP 28 em Dubai com uma visão conjunta que reflita, sem qualquer tutela, as prioridades de preservação das bacias Amazônica, do Congo e do Bornéu-Mekong a partir das nossas necessidades.

Sem a mobilização de recursos financeiros e tecnológicos não há como implementar o que decidimos no Acordo de Paris e no Marco Global da Biodiversidade.

A promessa de destinar 100 bilhões de dólares – anualmente – para os países em desenvolvimento permanece apenas isso, uma promessa.

Hoje esse valor seria insuficiente para uma demanda que já chega à casa dos trilhões de dólares.

Senhor presidente

O princípio sobre o qual se assenta o multilateralismo – o da igualdade soberana entre as nações – vem sendo corroído.

Nas principais instâncias da governança global, negociações em que todos os países têm voz e voto perderam fôlego.

Quando as instituições reproduzem as desigualdades, elas fazem parte do problema, e não da solução.

No ano passado, o FMI disponibilizou 160 bilhões de dólares em direitos especiais de saque para países europeus, e apenas 34 bilhões para países africanos.

A representação desigual e distorcida na direção do FMI e do Banco Mundial é inaceitável.

Não corrigimos os excessos da desregulação dos mercados e da apologia do Estado mínimo.

As bases de uma nova governança econômica não foram lançadas.

O BRICS surgiu na esteira desse imobilismo, e constitui uma plataforma estratégica para promover a cooperação entre países emergentes.

A ampliação recente do grupo na Cúpula de Joanesburgo fortalece a luta por uma ordem que acomode a pluralidade econômica, geográfica e política do século 21.

Somos uma força que trabalha em prol de um comércio global mais justo num contexto de grave crise do multilateralismo.

O protecionismo dos países ricos ganhou força e a Organização Mundial do Comércio permanece paralisada, em especial o seu sistema de solução de controvérsias.

Ninguém mais se recorda da Rodada do Desenvolvimento de Doha.

Nesse ínterim, o desemprego e a precarização do trabalho minaram a confiança das pessoas em tempos melhores, em especial os jovens.

Os governos precisam romper com a dissonância cada vez maior entre a "voz dos mercados" e a "voz das ruas".

O neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias.

Seu legado é uma massa de deserdados e excluídos.

Em meio aos seus escombros surgem aventureiros de extrema direita que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas.

Muitos sucumbiram à tentação de substituir um neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo, conservador e autoritário.

Repudiamos uma agenda que utiliza os imigrantes como bodes expiatórios, que corrói o Estado de bem-estar e que investe contra os direitos dos trabalhadores.

Precisamos resgatar as melhores tradições humanistas que inspiraram a criação da ONU.

Políticas ativas de inclusão nos planos cultural, educacional e digital são essenciais para a promoção dos valores democráticos e da defesa do Estado de Direito.

É fundamental preservar a liberdade de imprensa.

Um jornalista, como Julian Assange, não pode ser punido por informar a sociedade de maneira transparente e legítima.

Nossa luta é contra a desinformação e os crimes cibernéticos.

Aplicativos e plataformas não devem abolir as leis trabalhistas pelas quais tanto lutamos.

Ao assumir a presidência do G20 em dezembro próximo, não mediremos esforços para colocar no centro da agenda internacional o combate às desigualdades em todas as suas dimensões.

Sob o lema "Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável", a presidência brasileira vai articular inclusão social e combate à fome; desenvolvimento sustentável e reforma das instituições de governança global.

Senhor presidente,

Não haverá sustentabilidade nem prosperidade sem paz.

Os conflitos armados são uma afronta à racionalidade humana.

Conhecemos os horrores e os sofrimentos produzidos por todas as guerras.

A promoção de uma cultura de paz é um dever de todos nós. Construí-la requer persistência e vigilância.

É perturbador ver que persistem antigas disputas não resolvidas e que surgem ou ganham vigor novas ameaças.

Bem o demonstra a dificuldade de garantir a criação de um Estado para o povo palestino.

A este caso se somam a persistência da crise humanitária no Haiti, o conflito no Iêmen, as ameaças à unidade nacional da Líbia e as rupturas institucionais em Burkina Faso, Gabão, Guiné-Conacri, Mali, Níger e Sudão.

Na Guatemala, há o risco de um golpe, que impediria a posse do vencedor de eleições democráticas.

A guerra da Ucrânia escancara nossa incapacidade coletiva de fazer prevalecer os propósitos e princípios da Carta da ONU.

Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz.

Mas nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo.

Tenho reiterado que é preciso trabalhar para criar espaço para negociações.

Investe-se muito em armamentos e pouco em desenvolvimento.

No ano passado os gastos militares somaram mais de 2 trilhões de dólares.

As despesas com armas nucleares chegaram a 83 bilhões de dólares, valor vinte vezes superior ao orçamento regular da ONU.

Estabilidade e segurança não serão alcançadas onde há exclusão social e desigualdade.

A ONU nasceu para ser a casa do entendimento e do diálogo.

A comunidade internacional precisa escolher:

De um lado, está a ampliação dos conflitos, o aprofundamento das desigualdades e a erosão do Estado de Direito.

De outro, a renovação das instituições multilaterais dedicadas à promoção da paz.

As sanções unilaterais causam grande prejuízos à população dos países afetados.

Além de não alcançarem seus alegados objetivos, dificultam os processos de mediação, prevenção e resolução pacífica de conflitos.

O Brasil seguirá denunciando medidas tomadas sem amparo na Carta da ONU, como o embargo econômico e financeiro imposto a Cuba e a tentativa de classificar esse país como Estado patrocinador de terrorismo.

Continuaremos críticos a toda tentativa de dividir o mundo em zonas de influência e de reeditar a Guerra Fria.

O Conselho de Segurança da ONU vem perdendo progressivamente sua credibilidade.

Essa fragilidade decorre em particular da ação de seus membros permanentes, que travam guerras não autorizadas em busca de expansão territorial ou de mudança de regime.

Sua paralisia é a prova mais eloquente da necessidade e urgência de reformá-lo, conferindo-lhe maior representatividade e eficácia.

Senhoras e senhores

A desigualdade precisa inspirar indignação.

Indignação com a fome, a pobreza, a guerra, o desrespeito ao ser humano.

Somente movidos pela força da indignação poderemos agir com vontade e determinação para vencer a desigualdade e transformar efetivamente o mundo a nosso redor.

A ONU precisa cumprir seu papel de construtora de um mundo mais justo, solidário e fraterno.

Mas só o fará se seus membros tiverem a coragem de proclamar sua indignação com a desigualdade e trabalhar incansavelmente para superá-la.

Muito obrigado.