sexta-feira, 29 de setembro de 2023

OIM pede inclusão da mobilidade humana no plano de resgate dos Objetivos Globais

Migrantes internacionais, migrantes internos e pessoas deslocadas representam uma em cada oito pessoas no mundo.

O diretor-geral da Agência da ONU para as Migrações (OIM), António Vitorino, reitera que, se gerenciada adequadamente, a mobilidade humana pode se tornar um pilar para o desenvolvimento.

Para que as pessoas em movimento possam contribuir plenamente para o desenvolvimento, "devemos assumir compromissos audaciosos." 


A Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu nos dias 18 e 19 de setembro em Nova York, marca o início de uma nova fase de progresso acelerado em direção aos ODS e espera-se que reacenda um sentimento de esperança, otimismo e entusiasmo pela Agenda 2030.

Legenda: A Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu nos dias 18 e 19 de setembro em Nova York, marca o início de uma nova fase de progresso acelerado em direção aos ODS e espera-se que reacenda um sentimento de esperança, otimismo e entusiasmo pela Agenda 2030.
Foto: © Agência da ONU para as Migrações (OIM)

Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de 2023 representou um momento de verdade e reflexão. Grandes transformações globais - desde a mudança do clima até a digitalização - podem deixar bilhões de pessoas para trás. A mobilidade humana pode ser parte da solução e é imperativo que a incorporemos no plano de resgate dos ODS.

Essa não é uma tarefa fácil, os padrões de mobilidade humana estão cada vez mais complexos - impulsionados e afetados pelas mudanças que vemos no mundo hoje. Além disso, migrantes internacionais, migrantes internos e pessoas deslocadas representam uma em cada oito pessoas no mundo. No entanto, se gerenciada adequadamente, a mobilidade humana pode se tornar um pilar de desenvolvimento, prosperidade e progresso.

Latifa e seu filho Benyamin passaram muitos meses separados após sua fuga do Afeganistão em agosto de 2021. Eles foram reunidos com o apoio do Programa de Reunificação Familiar da OIM na Irlanda.
Legenda: Latifa e seu filho Benyamin passaram muitos meses separados após sua fuga do Afeganistão em agosto de 2021. Eles foram reunidos com o apoio do Programa de Reunificação Familiar da OIM na Irlanda.
Foto: © OIM/Angelica Trindade.

As pessoas migrantes estão atendendo às demandas e necessidades de mercados de trabalho em constante mudança e mais restritivos, além de ajudar a mitigar tendências demográficas divergentes dentro e entre regiões. Estão impulsionando o empreendedorismo, incluindo iniciativas de transição verde - como a Green Finance Facility na Macedônia do Norte - e apoiando a adaptação aos impactos da mudança do clima e dos conflitos. Além disso, as pessoas em movimento podem impulsionar as cadeias de valor globais e o financiamento para o desenvolvimento - por meio de vias regulares de migração, remessas e capital da diáspora.
 
Precisamos de compromissos audaciosos e ações transformadoras para garantir que essas contribuições sejam plenamente realizadas:

  • Devemos continuar desenvolvendo oportunidades para uma migração segura e regular, ao mesmo tempo em que reduzimos os custos das transações de remessas;
  • Devemos estender a proteção social e a cobertura universal de saúde a todos, ao mesmo tempo em que incluímos as vozes dos migrantes nos planos de desenvolvimento nacional e local;
  • Devemos investir no desenvolvimento de habilidades e no reconhecimento das qualificações das pessoas em movimento, ao mesmo tempo em que melhoramos o acesso digital;
  • E devemos construir sociedades resilientes e pacíficas capazes de se adaptarem aos impactos das mudanças climáticas e da violência, ao mesmo tempo em que reduzimos conflitos e deslocamentos por motivos climáticos.

 
Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular (GCM, em inglês) e a Agenda de Ação sobre Deslocamento Interno estabelecem os meios pelos quais a governança plenamente inclusiva da mobilidade humana - não deixando ninguém para trás - pode ser alcançada.


Carlos Jimenez, nascido na Venezuela, é o primeiro venezuelano a estrear na equipe nacional de beisebol da Argentina.

Legenda: Carlos Jimenez, nascido na Venezuela, é o primeiro venezuelano a estrear na equipe nacional de beisebol da Argentina.
Foto: © OIM/Gema Cortes.

 
OIM continuará a apoiar os Estados-membros, as pessoas em movimento e as partes interessadas no desenvolvimento, implementação e ampliação de ações novas e aceleradas para acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir que todas as pessoas desfrutem de paz e prosperidade. 

Vamos agir agora, com os migrantes, em benefício de todas as 


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