quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Quem é Simone Tebet?


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Muita gente talvez nunca tivesse ouvido falar de Simone Tebet, ou tivesse visto apenas uma ou outra menção ao seu nome por causa da CPI da Covid, até esta semana. A senadora ganhou espaço nas notícias e nas rodas de conversa após ter uma participação relativamente bem sucedida na entrevista ao Jornal Nacional e ter sido considerada por muitos a "vencedora" do primeiro debate entre os candidatos e candidatas à Presidência, no último domingo (28).

 

Então achamos por bem falar um pouco sobre ela, para que possa ser mais conhecida pelo público, como ela deseja. E temos que começar contando que seu currículo não é pequeno. Vamos lá.

 

Simone Tebet é senadora desde 2015 e ganhou destaque como uma das vozes mais marcantes da CPI da Covid contra o governo Bolsonaro, criticando o negacionismo do presidente. Em entrevista ao Brasil de Fato em outubro do ano passado, ela defendeu o indiciamento de militares e integrantes do "centrão" acusados de participação em supostos esquemas de corrupção. Mas Tebet e Bolsonaro nem sempre estiveram em lados opostos na política.

 

Simone Tebet é representante da bancada ruralista do Mato Grosso do Sul.

 

Ela vem de uma família proprietária de terras e influente na política – seu pai, Ramez Tebet, chegou a ser ministro no governo Fernando Henrique e presidente do Senado. Simone seguiu seus passos: foi prefeita de Três Lagoas (MS), deputada estadual e vice-governadora na chapa de André Puccinelli (MDB), até virar senadora.

 

Tebet herdou também fazendas no Mato Grosso do Sul. Uma delas fica em Caarapó, região de intensos conflitos entre ruralistas e povos indígenas Guarani-Kayowá, de acordo com o Conselho Indígena Missionário (Cimi). A fazenda de Simone Tebet é uma das reivindicadas pelos indígenas como seu território originário. O processo de demarcação do local chegou a ser iniciado no governo Dilma, mas não foi adiante.

 

Em 2021, uma operação da Polícia Federal na região matou um indígena e deixou oito feridos. Em 2016, um ataque de ruralistas também matou um indígena e feriu oito, no que ficou conhecido como Massacre de Caarapó. O marido de Tebet, Eduardo Rocha (deputado estadual pelo MDB), se solidarizou com os ruralistas.

 

Como senadora, Simone Tebet votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff, do Teto de Gastos, que tira recursos da saúde e da educação, e das reformas trabalhista e da Previdência. E apoiou projetos dos ruralistas, chegando a figurar em uma lista do Cimi dos 50 parlamentares que mais atuaram contra os interesses dos povos indígenas.

 

Aliás, Tebet votou com o governo Bolsonaro em 86% das vezes, com destaque para o apoio à ampliação da posse de armas em propriedades rurais, segundo levantamento da Agência Pública.

 

Ela é também é uma das candidatas que mais recebeu doações dos ruralistas na campanha de 2014.

 

Simone Tebet se tornou a promessa da terceira via com a saída de João Doria (PSDB) da disputa à Presidência. Agora, a senadora tenta se desvincular das origens ruralistas para angariar a simpatia de eleitores ligados às pautas ambientais. Sua assessoria foi até bloqueada na Wikipedia por tentar editar informações sobre os temas ambiental, indígena e de direitos humanos do seu perfil, como divulgou o site Metrópoles.

 

Simone Tebet concorre à Presidência da República pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), antigo PMDB, e tem como vice a também senadora Mara Gabrilli (PSDB).

 

E as propostas?

 

Falamos bastante de Simone Tebet, mas agora vamos falar de como se posicionam todos os candidatos em relação a um tema bem importante: reforma agrária. Como já se pode imaginar a partir da leitura do texto acima, a senadora emedebista não defende a reforma em suas propostas para a Presidência.

 

Mas não é só ela. Apenas quatro candidatos citam reforma agrária em seus programas de governo: Léo Péricles (UP), Lula (PT), Sofia Manzano (PCB) e Vera (PSTU). Outros quatro falam em regularização fundiária: Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL) e Simone Tebet (MDB).

 

Mas essas coisas não são sinônimos. Regularização fundiária é a titulação aos proprietários de terras já identificados e cadastrados. Já a reforma agrária é a redistribuição de terras mesmo para quem ainda não é proprietário.

 

Clique aqui para entender melhor o que dizem os programas dos candidatos sobre o assunto.

 

Seis anos do golpe

 

Sempre é importante lembrar: há seis anos o Senado votava a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Essa foi a última etapa do processo e definiu o afastamento definitivo da primeira presidenta mulher da história do país, sem que ela tivesse cometido nenhum crime.

 

Desde então, foram aprovadas reformas trabalhista e da Previdência e Teto de Gastos, eleito Bolsonaro e destruídas as políticas de combate à fome, entre muitos outros retrocessos. Não à toa, este ano o Brasil voltou ao Mapa da Fome da ONU, do qual tinha saído em 2014.


Fonte: Brasil de Fato

Na área em que fez renascer a Mata Atlântica, Comunidade José Lutzenberger (PR) conquista direito à terra


Após 20 anos de reivindicação e de recuperação de área intensamente degradada, camponeses garantem segurança na posse coletiva. 

A preservação do "verde maravilhoso" de uma pequena área de Mata Atlântica localizada no litoral do Paraná, como nomeia a guardiã de sementes crioulas, Luzinete Souza Oliveira, obteve uma importante segurança legal nesta semana. Após 21 anos de reivindicação coletiva e resistência a ameaça de despejo, as 22 famílias de camponeses e agricultores familiares residentes na Comunidade Agroflorestal José Lutzenberger, localizada em Antonina (PR), comemoram a conquista ao território. Depois de o Governo do Paraná declarar, no dia 16 de agosto, a área como de utilidade pública para fins de desapropriação e realizar o pagamento de indenização ao antigo proprietário, o recurso de reintegração de posse que tramitava no Tribunal de Justiça do Paraná será arquivado. Com isso, a Comunidade que integra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem o direito ao território assegurado e reconhecido pelo poder público. 

 

"Temos um grande respeito pela terra, por esse cinturão verde, de terra, de água. É um lugar maravilhoso. É um privilégio estar aqui, me vejo assim. As famílias devem falar o mesmo porque é o sentimento de nós todos. Desde 2003 que a área passou a ser bem cuidada, parou de ser usado veneno ou algum químico, sem nenhum prejuízo ao meio ambiente. Veneno pra nós é só na televisão", declara Luzinete.   

 

É justamente essa síntese feita por Luzinete e reconhecida pelo sistema de justiça que possibilitou o avanço no processo de regularização coletiva da posse. A área ocupada pelas famílias em 2004, localizada dentro de uma área de preservação ambiental de Mata Atlântica (Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba), era objeto de uma ação de reintegração de posse ajuizada pelo proprietário neste mesmo ano. No entanto, com a consolidação das famílias na área e um intenso trabalho de recuperação ambiental e produção agroecológica pelo campesinato, a ação da antiga Fazenda São Rafael – antes intensamente degradada pelo desmatamento e criação de búfalos – foi convertida em uma ação de indenização ao proprietário pela Juíza da Vara Cível da Comarca de Antonina.  

 

Ainda que o proprietário tenha recorrido da decisão, a Juíza Substituta Sandra Bauermann da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná remeteu o processo, no ano de 2021, ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, atendendo a um pedido da Comunidade na busca por soluções pacíficas. Com acompanhamento da Comissão de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça do Paraná, foram estabelecidas negociações entre a comunidade, o proprietário da área, o Estado do Paraná, especialmente a PGE, a Casa Civil e o Ministério Público Estadual.   

Após 11 audiências de mediação o Estado do Paraná assumiu, em Termo de Desapropriação, o valor indenizatório ao proprietário, com sua anuência e com o compromisso de respeitar os interesses de permanência dos moradores na área. Nas negociações o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) afirmou que não tinha interesse de regularizar a área, embora até 2015 fez avaliações da área e abriu processo administrativo para desapropriação.

 

Com forte identidade agrária e um histórico de violência no campo, a existência de um canal de diálogo no estado do Paraná - com composição mais diversa além das partes envolvidas - é compreendida pela comunidade e movimentos sociais como um avanço democrático.   

 

"O CEJUSC e a Comissão de Conflitos Fundiários são espaços de mediação para uma solução efetiva e que respeite os diversos interesses e direitos humanos. Tais espaços são reivindicações antigas dos movimentos sociais e de organizações da sociedade civil brasileira, em razão da complexidade da estrutura agrária no Brasil", destaca a assessora jurídica da Terra de Direitos, Naiara Bittencourt. Ao lado do MST e do professor e advogado Manoel Caetano Ferreira Filho, a organização assessorou a Comunidade no processo e nas audiências de mediação.   

 

"Também é importante mencionar a decisão judicial da Comarca de Antonina, que foi a pioneira em reverter a ação de Reintegração de Posse em Perdas e Danos, em 2018, em razão da impossibilidade de despejo das famílias e a ocupação consolidada ao longo de todos esses anos. Foi essa decisão que também abriu a possibilidade de negociação, com apoio da Comissão de Conflitos Fundiários e do CEJUSC do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná", recorda Naiara.   

 

Para o coordenador do MST no Paraná, Roberto Baggio, a disposição dos integrantes do sistema de justiça em realizar escutas mais amplas a mais sujeitos e conhecer os territórios em disputa assegura procedimentos judiciais mais atento às realidades das comunidades. "Este modelo de mediação é importante porque mostra que é importante a busca pela solução dos conflitos quando todo sentam a mesa e, a partir, disto tentam buscar uma solução. Esperamos que esta mediação da Comunidade Lutzenberger sirva de referência a mais processos", destaca 

 

Agora, como próximos passos, o Estado do Paraná, em conjunto com as famílias que vivem na área e pesquisadores de instituições como a Universidade Federal do Paraná, devem avaliar os formatos jurídicos, socioeconômicos e ambientais que permitam que o assentamento continue produzindo alimentos saudáveis com respeito à biodiversidade da Mata Atlântica.   

Desta vez, precisava ser diferente 


Ao ocuparem, pela primeira vez, a área em 2004 as famílias da Comunidade Lutzenberger se depararam com um solo devastado. Mesmo sendo uma atividade incompatível com o Plano de Manejo de uma área de proteção ambiental, na área praticava-se a criação de búfalos e plantio e brachiaria, uma variedade que serve à pastagem de animais e sufoca as plantas nativas.  

 

O agricultor Jonas Souza relata que a área tem um lençol freático próximo do solo, de cerca de 60 centímetros abaixo da terra. Com a criação dos búfalos houve naquele período um processo de compactação e rebaixamento do solo. Além disso, o desmatamento e desvio do curso do Rio Pequeno, localizado dentro da área onde reside a comunidade, intensificaram o processo de degradação ambiental e empobrecimento do solo. "Era uma área extremamente degradada. Quando a gente fez a ocupação, nos dois primeiros anos os búfalos ficaram e depois tiraram, e a gente estava quase convencido que ali não conseguiria fazer ocupação pelas condições que a terra estava", destaca Jonas. Além disso, a criação solta dos animais configurava em risco para as famílias. "Na época, a gente conseguiu, com muito esforço, plantar arroz, feijão e banana, e o boi e o búfalo avançava nas nossas roças e comiam. Ficava difícil começar o plantio tudo de novo", relata Luzinete. 

 

A criação dos búfalos apenas deu sequência aos demais ciclos de exploração do meio ambiente por fazendeiros ou empresários. Antes disso, teve os ciclos de exploração da madeira, da palmito-jussara, dos monocultivos, da pecuária. Todos eles, relatam Jonas, contribuíram para um processo de expulsão dos territórios das comunidades caiçaras, dos posseiros e pequenos agricultores que não tinham a documentação da área que residiam há décadas. "Foi gerando uma tensão crescente. E muitas das famílias abandonaram as comunidades e foram para periferia das cidades. Sem acesso aos territórios e com precarização das condições de vida, as famílias começaram a denunciar o processo de degradação ambiental", resgata Jonas.  

 

 

Foi neste momento, e inspirado pela crescente pela movimentação em defesa de métodos de cultivos "mais limpos", como a agroecologia, as famílias optaram pela implementação de um modelo de cultivo não tradicional. A Jornada de Agroecologia do Paraná, surgida junto com a comunidade, fortaleceu esforços internos para resgate de sementes e de conhecimento tradicional, pelo não uso de agrotóxicos e manejo mais cuidadoso da terra.  

 

Uma memória da adolescência também esteve presente na defesa da agroecologia por Luzinete. "Há uns trinta anos tive uma experiência com veneno [agrotóxico] que nunca saiu da cabeça. Na mesma semana que passei veneno na bananeira para matar as pragas, quando fui ver se elas tinham morrido a bananeira tinha todos os sinais de que tinha levado uma facada, a água escorria dela, foi horrível", recorda. Dessa vez então, no novo projeto de cultivo e uso da terra tinha que ser diferente. "Como algumas pessoas que vieram para a área tinham a prática de uso de veneno a gente teve que fazer informes e orientação cotidianas. A gente sempre colocava que naquela área teria que ser diferente – que seria uma área para olhos do mundo, para pensar o cuidado e na saúde da vida e meio ambiente", rememora ela.  

 

"Nosso ingá tem muita importância" 


Para recuperar as espécies nativas perdidas pela degradação ambiental, o reflorestamento da área com a planta ingá foi fundamental, recorda a comunidade. A planta gera bastante nitrogênio e material orgânico essencial para recuperação do solo, além de criar um "lençol e folhas" propício para que as sementes germinem. "Nosso ingá tem muita importância". 

 

Espécies como a palmeira-juçara, o araçá, a grumixama, os ipês e o guarapuruvu foram recuperadas e estão fortemente presentes na área.  

 

Com a recuperação da mata ciliar o Rio Pequeno, que sofreu desvio de curso das águas no período anterior à ocupação da área, retornou às margens originais. Em fotos aéreas e pesquisas universitárias, é possível perceber o estágio de recuperação da Floresta Atlântica e da Floresta Ombrófila Densa, aliada com alta produtividade de alimentos orgânicos e adaptados à biodiversidade regional.   

 

Além da recuperação ambiental, a comunidade se destaca pela produção de alimentos agroecológicos. Cerca de 90% da produção da cooperativa local serve de alimentação às crianças das escolas estaduais de quatro municípios da região (Guaratuba, Morretes, Antonina e Pontal do Sul), através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A cada semana são enviados para a rede estadual 1.080 quilos de tubérculos, 1.545 quilogramas de frutas, 390 quilogramas de hortaliças e 45 quilogramas de temperos, além de produtos processados na microagroindústria familiar. As e os agricultores participam de feiras da região e comercializam cestas de produtos a moradores locais. Em razão dessas entregas – que também extrapolam os limites da comunidade -, em 2017 o Lutzenberger recebeu o Prêmio Juliana Santilli de Agrobiodiversidade. 

 

Para Baggio a história recente da Comunidade José Lutzemberger revê dois projetos em disputa na agricultura brasileira. "De um lado, o proprietário que tenta despejar com violência aqueles que estão na área há muito tempo, destruição da Mata Atlântica, retirada da madeira, a introdução do plantio ilegal da braquiária para alimentar os búfalos e desvio do leito do rio", aponta.  De outro lado, aponta ele, um outro modelo econômico agrícola baseado na produção de alimentos saudáveis e no cuidado da biodiversidade existente na terra e na natureza.

 

"A experiência da Comunidade Agroflorestal tem uma importância estratégica. Ainda que de pequena escala, a comunidade revela seu vigor e potência de que é possível organizar uma agricultura que supere a dinâmica violenta e destrutiva do agronegócio", conclui.


Fonte: Terra de Direitos

terça-feira, 23 de agosto de 2022

ONU-Habitat Brasil abre inscrições de eventos para Circuito Urbano 2022


Legenda: Temática desta edição vai discutir a importância da localização dos ODS para um futuro urbano melhor, trazendo o debate para a realidade local de cidades e territórios. Foto: © Camila Nogueira/ONU-Habitat Brasil.

O Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat Brasil) abriu as inscrições de eventos para o Circuito Urbano 2022. A iniciativa dá apoio e visibilidade a eventos de todo o Brasil que promovam o debate sobre desenvolvimento urbano sustentável, criando uma intensa programação realizada ao longo do Outubro Urbano — mês dedicado a debater como tornar melhor a vida nas cidades. Neste ano, o Circuito Urbano chega à sua quinta edição com o tema "Localizando os ODS: não deixar ninguém e nenhum lugar para trás".

Para as Nações Unidas, "localizar" os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) consiste em implementar as agendas globais de desenvolvimento no nível local — tal como cidades e territórios. Através dessa temática, o Circuito Urbano quer promover o debate técnico e político sobre a promoção de um desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo no Brasil.

Neste ano, os eventos poderão ser presenciais, virtuais ou híbridos. A inscrição de eventos pode ser realizada tanto por pessoas físicas como por instituições. A chamada está aberta até o dia 26 de agosto. O formulário de inscrições e mais informações estão disponíveis no site do Circuito Urbano.

Tema - Os ODS são objetivos globais, mas seu alcance depende de torná-los uma realidade local em cidades e regiões. A maioria dos objetivos possuem metas diretamente ligadas às responsabilidades dos governos locais e regionais e, por isso, cidades e regiões estão numa posição ideal para tornar concreta a implementação da Agenda 2030.

Como afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante o 11º Fórum Urbano Mundial, as cidades são centrais para praticamente todos os desafios que enfrentamos – e essenciais para construir um futuro mais inclusivo, sustentável e resiliente. 

Em um contexto de rápida urbanização a nível global, as cidades concentram a maior parte da população mundial. Segundo o Relatório Mundial das Cidades 2022, a estimativa é que, no ritmo atual, a população urbana passe de 56% do total global em 2021 para 68% em 2050. Se de um lado a urbanização contribui para o crescimento econômico, por outro aprofunda desigualdades existentes entre cidades, entre áreas urbanas e rurais e dentro do próprio território urbano quando não bem planejado.   

"A redução das desigualdades é um dos principais pilares para o alcance do desenvolvimento sustentável. No Circuito Urbano deste ano, nós teremos a oportunidade de debater sobre esse tema tão urgente para as cidades brasileiras com atores de diversos setores da sociedade. Os diálogos irão promover a democratização do conhecimento sobre o tema e compartilhar experiências de localização dos ODS que contribuem para um futuro urbano em que ninguém e nenhum lugar seja deixado para trás", complementa a analista de programas e advocacy e coordenadora do Circuito Urbano, Bruna Gimba.

A localização deve acontecer desde a definição de objetivos e metas até a determinação dos meios de implementação e da utilização de indicadores para monitorar seu progresso. Por isso, os eventos inscritos serão divididos em cinco linhas temáticas, cada uma relacionada a uma "etapa" de localização dos ODS. Elas são divididas em: 1) Conhecer; 2) Planejar; 3) Participar & inovar; 4) Financiar & implementar; e 5) Monitorar & avaliar.

Cronograma – O período de inscrições de eventos é do dia 11 a 26 de agosto. A divulgação dos eventos selecionados e o contato com inscritos (selecionados ou não) será de 5 a 9 de setembro. O Circuito Urbano 2022 será realizado de 4 de outubro a 1º de novembro.

Circuito Urbano - O Circuito Urbano é a principal iniciativa do ONU-Habitat Brasil para promover o Outubro Urbano, mês dedicado a debater como tornar a vida nas cidades melhor para todas e todos. O período se inicia oficialmente com o Dia Mundial do Habitat (primeira segunda-feira do mês) e se encerra com o Dia Mundial das Cidades (31 de outubro). 

A iniciativa promove a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, em particular o 11, que visa "tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis". Busca, ainda, debater os princípios da Nova Agenda Urbana, responsável por definir novos padrões globais para o desenvolvimento urbano sustentável e contribuir para repensar como nós planejamos, gerenciamos e vivemos nas cidades.

Em quatro edições, o Circuito Urbano já apoiou mais de 600 eventos, levando o Brasil à liderança dos países que celebram o Outubro Urbano. Em 2021, os eventos reuniram 30 mil visualizações e cerca de 14 mil espectadores. Foram 179 eventos com 797 painelistas e 232 moderadores.

Saiba mais e se inscreva para o Circuito Urbano 2022 aqui.

Fonte: ONU Brasil

Secretário da Organização do Tratado de Proibição de Testes Nucleares visita Brasil



O secretário executivo da Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO), Robert Floyd, fará sua primeira viagem à América do Sul desde que assumiu o cargo, em agosto de 2021. Ele estará na região de 28 de agosto a 5 de setembro, fazendo escalas no Uruguai (28 a 29 de agosto), Brasil (31 de agosto a 3 de setembro) e Argentina (4 a 5 de setembro). Robert Floyd se reunirá com representantes do governo, interagirá com a academia e a sociedade civil e visitará algumas das estações de monitoramento da CTBTO.

 

Robert Floyd estará disponível para entrevistas na TV, impressas e em áudio enquanto estiver na região e antes de sua partida de Viena.

 

O Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares foi aberto para assinatura em setembro de 1996 e já provou seu benefício para a humanidade. Além de poder detectar testes nucleares em qualquer lugar do mundo, os dados coletados pelo Sistema de Monitoramento Internacional (IMS) que o CTBTO construiu também têm uma gama de aplicações civis e científicas. Por exemplo, dados de duas estações hidroacústicas do CTBTO ajudaram a identificar a localização do submarino argentino ARA San Juan, que desapareceu em 2017 e cujos restos foram encontrados em 2018.

 

As nações da América do Sul se veem como parceiras integrais da CTBTO na conquista de um mundo livre de testes nucleares, e todos os países do continente ratificaram o Tratado. O continente também abriga 35 das mais de 300 instalações que compõem o IMS, mais de 10% do total.

 

Fundo - O CTBT proíbe todas as explosões nucleares em todos os lugares, por todos e para sempre. A adesão ao Tratado é quase universal, mas ainda não entrou em vigor. Para isso, deve ser assinado e ratificado pelos 44 estados listados no Anexo 2 do Tratado, dos quais oito ainda faltam (saiba mais aqui).

 

O CTBTO estabeleceu um Sistema de Monitoramento Internacional (IMS) para garantir que nenhuma explosão nuclear passe despercebida. Atualmente, 303 instalações certificadas – de um total de 337 quando o sistema estiver completo – estão operando em todo o mundo. Os dados registrados pelo IMS também podem ser usados para mitigação de desastres, como monitoramento de terremotos, alerta de tsunami e monitoramento de níveis e dispersão de radioatividade de acidentes nucleares.

 

Para obter mais informações sobre o CTBTO visite www.ctbto.org

 

Fonte: ONU Brasil

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Lula vai devolver a esperança para o povo brasileiro, afirma Veneri


_"A partir do dia dois de outubro, o Brasil voltará a se reencontrar com o seu povo, com a democracia e com os valores democráticos"_. A declaração é do líder do PT na Assembleia Legislativa (Alep), deputado Tadeu Veneri, durante a sessão plenária desta segunda-feira (15).

O parlamentar destacou o desempenho do ex-presidente Lula na pesquisa do Instituto FSB encomendada pelo banco BTG Pactual, divulgada na manhã de hoje. O levantamento aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 45% das intenções de voto, seguido pelo atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), com 34%. Para o petista, a liderança de Lula nas pesquisas de opinião é fruto da reflexão da sociedade brasileira sobre o governo de Jair Bolsonaro.

🖱️ *Saiba mais:* https://bit.ly/3JWdFnc

#ColetivoTadeuVeneri
#Lula2022

terça-feira, 16 de agosto de 2022

13 Verdades sobre a Candidatura de Lula

⭐️ 🦑 *É oficial! A campanha acaba de começar!*

*13 verdades* sobre a candidatura de Lula que você precisa conhecer _e espalhar muito por aí_:
 
1. Lula *é o candidato do Brasil* da esperança!
2. É *Deus quem guia* os passos de Lula
3. Lula vai *melhorar a economia*
4. Lula vai *cuidar do meio ambiente*
5. Lula vai *combater a desigualdade*
6. Lula vai *garantir segurança* pública
7. Lula vai *levar saúde* para todo brasileiro
8. Lula vai *levar mais educação* para crianças, jovens e adultos
9. Lula vai *fortalecer o campo*
10. Lula vai *resgatar programas sociais*
11. Lula tem um vice *confiável e bem articulado*
12. Hoje não tem, *mas amanhã vai ter*
13. Lula vai *reconstruir o futuro que a gente lembra*

😉 *Saiba mais sobre cada verdade no site:* https://verdadenarede.com.br/13-verdades-sobre-a-candidatura-de-lula/

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

OFICINA TEMÁTICA ONLINE: Planejamento astronômico agrícola usando o calendário biodinâmico


OFICINA TEMÁTICA

OFICINA TEMÁTICA ONLINE

PLANEJAMENTO ASTRONÔMICO AGRÍCOLA USANDO O CALENDÁRIO BIODINÂMICO
Docente: PEDRO JOVCHELEVICH
De 6 à 29 de setembro/2022 - Toda Terça-Feira, das 19h até as 20h45 

INSCREVA-SE