segunda-feira, 2 de junho de 2025

MST Realiza 3ª Jornada da Natureza no Paraná com Ações Contra Crise Ambiental e em Defesa da Reforma Agrária




Por Redação | 2 de junho de 2025

Entre os dias 2 e 7 de junho de 2025, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promove a 3ª Jornada da Natureza, com foco no estado do Paraná. A mobilização integra a Jornada Nacional em Defesa da Natureza e Seus Povos, que ocorre simultaneamente em todo o Brasil, e tem como lema: "Reforma Agrária Popular: pela natureza e os povos para enfrentar a crise ambiental!" [1].

Semeando Resistência e Esperança

A Jornada da Natureza é parte do Plano Nacional "Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis", e tem como destaque o plantio de 21 toneladas de sementes de palmeira juçara, espécie nativa da Mata Atlântica e ameaçada de extinção. A ação ocorre em áreas de assentamentos da reforma agrária, comunidades indígenas Guarani e Kaingang, e territórios tradicionais do litoral paranaense.

Além da juçara, também serão lançadas sementes de araucária, árvore símbolo do Sul do Brasil, em municípios como Pinhão e Guarapuava. As sementes são coletadas por mutirões de camponeses e camponesas, reforçando o caráter comunitário e agroecológico da iniciativa.

  • CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DA 3ª JORNADA DA NATUREZA:

    > 02/06 – Comunidade Dom Tomás Balduíno (Quedas do Iguaçu – PR): Seminário "A pesquisa científica sobre a Palmeira Juçara na Reforma Agrária"

    8h: Café da manhã

    9h: Seminário "A pesquisa científica sobre a Palmeira Juçara na Reforma Agrária"

    12h30: Almoço comunitário (trazer pratos e talheres)

    13h30: Visita técnica às áreas semeadas e na Agroindústria 

    16h: Café e Encerramento

    > 03/06 – Comunidade Dom Tomás Balduíno (Quedas do Iguaçu – PR): Semeadura aérea de 8 toneladas de Palmeira Juçara

    9h: Início do sobrevoo para lançamento das 8 toneladas de sementes 

    10h: Visita técnica de pesquisadores e autoridades às áreas semeadas e Exposição ambiental na Escola Itinerante Vagner Lopes.

    11h30: Ato Político da 3ª Jornada da Natureza

    13h30: Almoço comunitário (trazer pratos e talheres)

    15h: Continuação do sobrevoo para lançamento de sementes 

    16h: Matibaile

    > 04/06 – Comunidade Indígena Rio das Cobras (Nova Laranjeiras – PR): Semeadura aérea de 2 toneladas de Palmeira Juçara

    9h: Apresentação cultural e recepção das lideranças indígenas do Paraná

    9h30: Sobrevoo para semeadura de 2 toneladas de sementes de palmeira juçara

    10h: Reunião das lideranças e entrega das pautas indígenas

    11h30: Ato Político

    13h: Almoço comunitário (trazer pratos e talheres)

    15h: Distribuição das sementes à TI Rio das Cobras

    > 05/06 – Dia Mundial do Meio Ambiente: Comunidade Herdeiros da Terra 1º de Maio (Rio Bonito do Iguaçu – PR): Recuperação ambiental de 7 hectares de Reserva Legal

    8h: Café e acolhida

    9h: Ato Político e Mística do grande mutirão de reflorestamento da 3ª Jornada da Natureza

    10h30: Plantio de mudas de árvores nativas

    13h:  Almoço comunitário (trazer pratos e talheres)

    > 06/06 – Comunidade José Lutzenberger (Antonina – PR): Semeadura aérea de 1 toneladas de Palmeira Juçara 

    10h: Conferência Formativa da Mata Atlântica

    11h: Sobrevoo para semeadura de 1 toneladas de semente de palmeira juçara

    13h: Almoço caiçara  (trazer pratos e talheres)

    14h às 16h: Plantio no Bosque Comunitário e Atração Cultural

    > 07/06 – Assentamento Contestado (Lapa – PR): Conferência "A dimensão ambiental da Reforma Agrária Popular" e Inauguração do Viveiro de Mudas de Horto Medicinal

    8h: Café e acolhida

    9h: Conferência "A dimensão ambiental da Reforma Agrária Popular"

    11h: Inauguração do Viveiro de Mudas e Horto Medicinal e 1º Mutirão de semeadura e plantio do viveiro

    13h: Almoço comunitário (trazer pratos e talheres)

Justiça Climática e Denúncia

A Jornada também tem caráter pedagógico e político. Assembleias de base estão sendo realizadas em todo o país para debater a crise ambiental, identificar seus causadores — como o agronegócio e a mineração predatória — e propor soluções populares. Em paralelo, o MST organiza Tribunais Populares para julgar simbolicamente crimes ambientais, como as enchentes no Rio Grande do Sul, queimadas no Nordeste e desmatamento na Amazônia e Cerrado [1].

Um Chamado à Ação

Segundo Bárbara Loureiro, da coordenação nacional do plano de reflorestamento do MST, a Jornada é uma resposta concreta à crise climática: "É a organização popular tomando a frente, mostrando que é possível fazer a luta pela terra, produzir alimentos e cuidar do meio ambiente" [1].




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