sexta-feira, 7 de janeiro de 2022
Gripe e covid ao mesmo tempo: por que não usar o termo “flurona”
terça-feira, 4 de janeiro de 2022
Centros de apoio à fauna do Paraná reabilitaram 3,9 mil animais silvestres em 2021
Ações de proteção animal também incluem soltura de peixes nas bacias hidrográficas e a esterilização de cães e gatos nas cidades.
O Governo do Paraná reforçou a estrutura de proteção à fauna silvestre em 2021. A criação de novos centros de reabilitação para animais vitimados, pela Secretaria estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) em parceria com as universidades, ampliou a capacidade de atendimento e as seis unidades existentes receberam, triaram, trataram e destinaram 3,9 mil animais silvestres.
Foram inaugurados este ano quatro Centros de Apoio à Fauna Silvestre (Cafs) em Cascavel, Londrina, Guarapuava e Maringá, além de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Ponta Grossa. Também foi renovada a parceria com a prefeitura da capital para a manutenção do Cafs Curitiba.
"O investimento passa de R$ 1 milhão, mas a participação das universidades, com o know how que têm nas áreas de veterinária e biologia, é fundamental e ainda abre a possibilidade para que aos alunos se envolvam e desenvolvam pesquisas nessas áreas", diz o secretário Marcio Nunes.
Esses locais prestam atendimento a animais vítimas de atropelamento, maus-tratos, comércio ilegal, tráfico e cativeiro irregular e que precisam de reabilitação para serem reinseridos no meio ambiente ou encaminhados a cativeiros regularizados.
Segundo os dados da Polícia Ambiental Força Verde (BPAmb-FV), a média anual de animais apreendidos no Paraná é de 5,5 mil – entre aves, mamíferos, répteis e anfíbios. Deste total, as aves representam mais de 90%. "A maioria dos animais sofrem maus-tratos, podendo chegar a óbito", completa Nunes.
Os Cafs e Cetas integram as inciativas Pró-Fauna da Sedest, desenvolvidas pelo Instituto Água e Terra (IAT). Elas são voltadas ao combate à pesca e caça ilegal, e apreensão de animais mantidos em cativeiro sem autorização ou em más condições.
MAIS PEIXES NOS RIOS – Também faz parte o Programa Rio Vivo, lançado pela Sedest, IAT e Superintendência de Pesca e Bacias Hidrográficas visando a preservação da vida aquática nas bacias hidrográficas do Estado.
Em 2021, foram soltos 1,2 milhão de peixes de espécies nativas – como lambari, dourado, pintado, jaú, surubim, bagre e traíra. Faz parte do programa um estudo que mostra quais espécies devem ser soltas em cada Bacia Hidrográfica, além da análise genética dos peixes.
A partir desse levantamento foi editada a Resolução nº 10/2021, regulamentando as normas de estocagem e repovoamento dos rios do Paraná. Além disso, o Rio Vivo prevê a participação das comunidades nos eventos de soltura e atividades paralelas de educação ambiental, como o plantio de mudas de árvores nativas nas margens dos rios.
"O programa é completo na questão da educação ambiental, pois além de garantirmos espécimes de peixes para as gerações futuras, estamos mobilizando a sociedade para cuidar da qualidade das águas e do entorno dos rios. São ações simples, mas que ajudam a colocar o Paraná em destaque no ranking de desenvolvimento sustentável", destaca o secretário Márcio Nunes.
ESTERILIZAÇÃO – A atenção à saúde animal também se volta aos bichos urbanos e domésticos. O Programa Permanente de Esterilização de Cães e Gatos (CastraPet Paraná) promoveu a castração de gatos em 89 municípios em 2021. No total, o programa já esterilizou gratuitamente mais de 25 mil animais de rua ou com tutores de baixa renda.
Promovido pela Sedest em parceria com as prefeituras, o CastraPet busca o controle populacional de cães e gatos e prevenção de zoonoses no contexto da Saúde Única, conscientizando a população sobre a importância da castração na saúde dos animais, na prevenção do abandono (evitando ninhadas indesejáveis) e quanto a importância da vacinação.
Após a castração, as famílias tutoras recebem também gratuitamente a medicação pós-operatória e aplicação de microchip eletrônico de identificação animal. A meta do programa é que até final de 2022 a castração ocorra em 60% dos municípios paranaenses.
Fonte: IATOPINIÃO: O marxismo não é mais útil, por Frei Betto
O papa Bento XVI tem razão: o marxismo não é mais útil. Sim, o marxismo conforme muitos na Igreja Católica o entendem: uma ideologia ateísta, que justificou os crimes de Stalin e as barbaridades da revolução cultural chinesa. Aceitar que o marxismo conforme a ótica de Ratzinger é o mesmo marxismo conforme a ótica de Marx seria como identificar catolicismo com Inquisição. Poder-se-ia dizer hoje: o catolicismo não é mais útil. Porque já não se justifica enviar mulheres tidas como bruxas à fogueira nem torturar suspeitos de heresia. Ora, felizmente o catolicismo não pode ser identificado com a Inquisição, nem com a pedofilia de padres e bispos.
Do mesmo modo, o marxismo não se confunde com os marxistas que o utilizaram para disseminar o medo, o terror, e sufocar a liberdade religiosa. Há que voltar a Marx para saber o que é marxismo; assim como há que retornar aos Evangelhos e a Jesus para saber o que é cristianismo, e a Francisco de Assis para saber o que é catolicismo.
Ao longo da história,
• em nome das mais belas palavras foram cometidos os mais horrendos crimes.
• Em nome da democracia, os EUA se apoderaram de Porto Rico e da base cubana de Guantánamo.
• Em nome do progresso, países da Europa Ocidental colonizaram povos africanos e deixaram ali um rastro de miséria.
• Em nome da liberdade, a rainha Vitória, do Reino Unido, promoveu na China a devastadora Guerra do Ópio.
• Em nome da paz, a Casa Branca cometeu o mais ousado e genocida ato terrorista de toda a história: as bombas atômicas sobre as populações de Hiroshima e Nagasaki.
• Em nome da liberdade, os EUA implantaram, em quase toda a América Latina, ditaduras sanguinárias ao longo de três décadas (1960-1980).
O marxismo é um método de análise da realidade. E, mais do que nunca, útil para se compreender a atual crise do capitalismo. O capitalismo, sim, já não é útil, pois
• promoveu a mais acentuada desigualdade social entre a população do mundo;
• apoderou-se de riquezas naturais de outros povos;
• desenvolveu sua face imperialista e monopolista;
• centrou o equilíbrio do mundo em arsenais nucleares; e
• disseminou a ideologia neoliberal, que reduz o ser humano a mero consumista submisso aos encantos da mercadoria.
Hoje, o capitalismo é hegemônico no mundo. E de 7 bilhões de pessoas que habitam o planeta, 4 bilhões vivem abaixo da linha da pobreza, e 1,2 bilhão padecem fome crônica. O capitalismo fracassou para 2/3 da humanidade que não têm acesso a uma vida digna.
• Onde o cristianismo e o marxismo falam em solidariedade, o capitalismo introduziu a competição;
• onde o cristianismo e o marxismo falam em cooperação, o capitalismo introduziu a concorrência;
• onde o cristianismo e o marxismo falam em respeito à soberania dos povos, o capitalismo introduziu a globocolonização.
A religião não é um método de análise da realidade. O marxismo não é uma religião. A luz que a fé projeta sobre a realidade é, queira ou não o Vaticano, sempre mediatizada por uma ideologia. A ideologia neoliberal, que identifica capitalismo e democracia, hoje impera na consciência de muitos cristãos e os impede de perceber que o capitalismo é intrinsecamente perverso. A Igreja Católica, muitas vezes, é conivente com o capitalismo porque este a cobre de privilégios e lhe franqueia uma liberdade que é negada, pela pobreza, a milhões de seres humanos.
Ora, já está provado que o capitalismo não assegura um futuro digno para a humanidade. Bento XVI o admitiu ao afirmar que devemos buscar novos modelos. O marxismo, ao analisar as contradições e insuficiências do capitalismo, nos abre uma porta de esperança a uma sociedade que os católicos, na celebração eucarística, caracterizam como o mundo em que todos haverão de "partilhar os bens da Terra e os frutos do trabalho humano". A isso Marx chamou de socialismo.
O arcebispo católico de Munique, Reinhard Marx lançou, em 2011, um livro intitulado O Capital – um legado a favor da humanidade. A capa contém as mesmas cores e fontes gráficas da primeira edição de O Capital, de Karl Marx, publicada em Hamburgo, em 1867. "Marx não está morto e é preciso levá-lo a sério", disse o prelado por ocasião do lançamento da obra. "Há que se confrontar com a obra de Karl Marx, que nos ajuda a entender as teorias da acumulação capitalista e o mercantilismo. Isso não significa deixar-se atrair pelas aberrações e atrocidades cometidas em seu nome no século 20″.
O autor do novo O Capital, nomeado cardeal por Bento XVI em novembro de 2010, qualifica de "sociais-éticos" os princípios defendidos em seu livro, critica o capitalismo neoliberal, qualifica a especulação de "selvagem" e "pecado", e advoga que a economia precisa ser redesenhada segundo normas éticas de uma nova ordem econômica e política. "As regras do jogo devem ter qualidade ética. Nesse sentido, a doutrina social da Igreja é crítica frente ao capitalismo", afirma o arcebispo.
O livro se inicia com uma carta de Reinhard Marx a Karl Marx, a quem chama de "querido homônimo", falecido em 1883. Roga-lhe reconhecer agora seu equívoco quanto à inexistência de Deus. O que sugere, nas entrelinhas, que o autor do Manifesto Comunista se encontra entre os que, do outro lado da vida, desfrutam da visão beatífica de Deus.
Publicado originalmente em: 21/11/2019
Frei Betto é escritor e assessor de movimentos sociais
segunda-feira, 3 de janeiro de 2022
Endereço UEMS Campus Mundo Novo
domingo, 2 de janeiro de 2022
sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
Nota de Solidariedade da CDH à Dilma Rousseff
Atuação de Veneri impede aumento absurdo nos serviços de cartório no Paraná
Voto em separado de Veneri bloqueou tramitação de projeto que aumentava as custas em até 984%
A intervenção do deputado Tadeu Veneri (PT) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) impediu que os paranaenses fossem penalizados com aumentos de até 984% nas custas dos cartórios como propunha o Tribunal de Justiça do Paraná. Ao expor seu voto contrário, Veneri interrompeu a tramitação da proposta enviada na última hora à Assembleia Legislativa, a quinze dias do final do período legislativo deste ano.
No lugar dos percentuais e mudanças de tabelas pretendidas pelo TJ, a Assembleia Legislativa aprovou a correção pela inflação registrada entre outubro de 2019 e setembro de 2021, o que corresponde a 12,97%.
"Corrigir a inflação é o que defendemos para todos os trabalhadores e trabalhadoras. Acima disso é inaceitável para um único setor bem conhecido por suas atividades lucrativas. A sociedade não tem como suportar. O nosso objetivo aqui é atender à população", afirmou o deputado Tadeu Veneri. Ele destacou que, além do momento de crise econômica, que torna inviável mais esta sobrecarga para a população, a escassez de tempo para analisar os projetos do Judiciário não pode ser admitida pela Assembleia Legislativa.
Veneri questionou a tentativa da Mesa Executiva de conferir regime de urgência para o projeto do TJ, apesar das proibições regimentais. "Está certo que o presidente da Assembleia, Traiano, tem nome de imperador, do Ano 98 AC. Mas este imperador romano já não está mais entre nós. Então, não poderia o deputado Traiano determinar regime de urgência sem ouvir o plenário", disse Veneri.
Uma das propostas do TJ elevavam o teto de custas de R$ 1, 9 mil para R$5,9 mil. "Esses projetos não podem ser votados dessa forma, no afogadilho, sem o envolvimento da população no debate. Enquanto cidadão eu me sinto refém porque não há alternativas e, na prática, o que existe é um monopólio que tem poder significativo na sociedade", disse Veneri.
Fonte: site do mandato do Dep. Tadeu Veneri (PT Paraná)
Municípios da Microrregião de Toledo-PR
1. Toledo
2. Tupãssi
3. Guaíra
4. Mercedes
5. Pato Bragado
6. Ouro Verde do Oeste
7. Assis Chateaubriand
8. Terra Roxa
9. Marechal Cândido Rondon
10. Quatro Pontes
11. Santa Helena
12. Diamante do Oeste
13. Maripá
14. Nova Santa Rosa
15. Palotina
16. São Pedro do Iguaçu
17. São José das Palmeiras
18. Entre Rios do Oeste
quarta-feira, 29 de dezembro de 2021
ONU Brasil presta solidariedade às vítimas das enchentes na Bahia
O Sistema ONU no Brasil acompanha com preocupação e tristeza a situação na região sul da Bahia, que enfrenta o maior nível de precipitação de chuvas para o mês de dezembro dos últimos 32 anos, e presta solidariedade a todas as vítimas e suas famílias.
De acordo com dados oficiais, até o momento, 21 pessoas perderam a vida, centenas estão feridas e quase meio milhão de pessoas foram afetadas pela força das águas. Várias barragens foram rompidas e o suprimento de água potável está suspenso ou limitado. Mais de 100 municípios daquela região já decretaram situação de emergência.
A ONU e as suas agências, fundos e programas no Brasil alertam para a urgência da situação e para que os diferentes níveis de poderes públicos adotem todos os esforços o mais rapidamente possível para salvar vidas e reconstruir as cidades e moradias destruídas. Espera-se com essas ações minimizar os riscos imediatos e a meio termo para a população atingida, em especial na atual situação de pandemia.
O Sistema das Nações Unidas manifesta a sua disposição em apoiar as autoridades brasileiras para os trabalhos de apoio às vítimas e suas famílias e nas ações nos próximos meses para uma necessária e sustentável reconstrução daquela região.
Fonte: ONU Brasil