sábado, 22 de janeiro de 2022

PARANÁ: Governo lança projeto para introduzir colmeias de abelhas nativas sem ferrão em parques


A ação faz parte do Poliniza Paraná, projeto desenvolvido pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), que tem como objetivo espalhar para outras cidades do Estado o Jardins de Mel, programa realizado pela Prefeitura de Curitiba que promove a criação de abelhas nativas.

Veja também: Projeto de Lei regulamenta compra e venda de sementes crioulas no Paraná

O governador Carlos Massa Ratinho Junior lançou nesta quinta-feira (20) um programa para a instalação de colmeias de abelhas nativas sem ferrão nos parques urbanos do Estado. A ação faz parte do Poliniza Paraná, desenvolvido pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), que tem como objetivo espalhar para 398 municípios os Jardins de Mel idealizados pela Prefeitura de Curitiba, replicando o projeto que promove a criação de abelhas nativas sem ferrão, responsáveis pela polinização de cerca de 90% das plantas brasileiras.

O foco é divulgar a implantação de colmeias como ferramenta de educação ambiental, mostrando a importância e os benefícios dos serviços ecossistêmicos prestados pelos insetos, além de reintroduzir polinizadores nativos em seus locais de origem, pois muitos se encontram ameaçados de extinção. O projeto surgiu de uma carta recebida de uma aluna do 3º ano da Escola Municipal Castro Alves, do município de São João, na região Sudoeste do Estado. A estudante estava desenvolvendo um projeto e fez um apelo para que a Sedest cuidasse das abelhas.

“A ideia é pegar o que foi implantado na Capital e espalhar para todas as cidades do Paraná, inclusive colocando as crianças para participarem disso, porque elas já crescem com a consciência de cuidado do meio ambiente”, disse o governador. “A abelha tem uma função muito importante na natureza. Como um peixe não sobrevive num rio poluído, a abelha também não sobrevive num ar poluído, então onde tem abelha, tem saúde, qualidade de vida e do ar. É um termômetro para medir o ambiente que estamos vivendo”.

“O apoio do Governo para levar os jardins do mel para todas as cidades do Paraná vai multiplicar a potencialidade das abelhas nativas de melhorarem o meio ambiente”, acrescentou o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, um dos incentivadores do projeto.

As primeiras colmeias foram implantadas no Chapéu Pensador, em Curitiba, como um piloto, mas futuramente serão implantadas em todas as áreas do projeto Parques Urbanos, também desenvolvido pela Sedest/IAT. Até o momento, são 17 municípios com convênios de Parques Urbanos e Poliniza assinados, entre eles: Santa Cruz do Monte Castelo; Quatiguá; Andirá; Cornélio Procópio; Querência do Norte; Marquinho; Santo Antônio do Sudoeste; Assai; Moreira Sales; Flor da Serra do Sul; Cambará; Santo Antônio da Platina; Sapopema; Santa Cecília do Pavão; Califórnia; Cianorte; Arapongas.

Cada município deverá pensar em um espaço para receber o Poliniza Paraná, segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Márcio Nunes. “Fora a polinização, tem o aspecto turístico, que pode ser muito explorado nas propriedades através desses jardins. O Paraná hoje está com mais de 100 parques urbanos em construção e nesses parques é obrigatório a implantação dos jardins de mel”, afirmou. “Tenho certeza que a partir do momento que o município conhece o projeto, acredito que isso vai gerar um apego. E é esse apego que nós queremos transmitir para as futuras gerações”.

A equipe técnica da Sedest e Prefeitura de Curitiba vão promover, em parceria, capacitações aos municípios que receberão o Poliniza Paraná. O objetivo é ensinar a fazer a manutenção das casinhas das abelhas e como trabalhar a educação ambiental com os insetos.

O projeto terá investimento de cerca de R$ 7 mil, com recursos da Sedest, para a instalação das caixas, placas e colmeia. Pela cooperação, a prefeitura ficará responsável pela manutenção, por meio de limpeza e conservação das caixas. Entre as espécies disponibilizadas no projeto para o Chapéu do Pensador, por exemplo, estão a Guaraipo, que está na lista de espécies ameaçadas de extinção; Jataí; Mandaçaia; Mirim e Manduri. O mel produzido pelas abelhas não será comercializado.

IMPORTÂNCIA – A reintrodução de abelhas nativas nos espaços é importante porque a polinização é o processo que garante a produção de frutos e sementes, além da reprodução de diversas plantas. Por isso, as abelhas se destacam na manutenção e promoção da biodiversidade.

Além disso, as abelhas auxiliam na produção de cerca de 90% dos alimentos no mundo e são de extrema importância para agricultura mundial, pois são responsáveis por polinizar cerca de 70% das plantas agrícolas.

Das 420 espécies de abelhas sem ferrão do mundo, 300 vivem no Brasil, e aproximadamente 38 no Paraná. Cerca de 100 espécies de meliponíneos que ocorrem no Brasil se encontram em risco de extinção, e isso se deve ao desmatamento, à poluição e às mudanças climáticas.

O Poliniza Paraná também é um dos meios de se alcançar as metas definidas nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU).

PRESENÇAS – Também estiveram presentes no evento o chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega; o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o presidente do Instituto Água e Terra, Everton Souza; o secretário municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Luís Damaso Gusi; a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza do Carmo Oliveira Dias; o secretário de Governo na Prefeitura, Luiz Fernando Jamur; a secretária municipal da Educação, Maria Silva Bacila; o secretário municipal de Finanças, Cristiano Holtz; o diretor-presidente da Copel, Daniel Pimentel Slavieiro; o presidente da Comec, Gilson dos Santos; o diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Rafael Andreguetto; o deputado federal Felipe Francischini; o diretor de Estratégias de Segurança Alimentar e Nutricional da SMSAN, Felipe Thiago de Jesus; o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel; representando os meliponicultores e criadores de abelhas nativas do Paraná, Benedito Antonio Uczai; e demais autoridades.

Fonte: IAT

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Rebouças chega a 167 casos ativos de Covid 19 em 21/01/2022

Destaques dessa semana da Revista Piauí #93


 
 

questões do descalabro

Os pequenos que se foram

O desmonte do programa Mais Médicos custou a vida de crianças brasileiras com menos de 5 anos de idade. Em alguns municípios, principalmente os que tratam indígenas e ribeirinhos, o atendimento de saúde nunca retornou ao nível anterior. Veja na reportagem.

SOLANO NASCIMENTO

 
 

questões de segurança pública

Atiçando as tropas

Bolsonaro anunciou que o reajuste previsto para policiais federais está suspenso – e a culpa, caso o aumento não ocorra, será transferida para outros. De todo modo, o presidente atingiu seu principal objetivo: fidelizar ainda mais sua base de apoiadores. Leia na análise.

SAMIRA BUENO

 

depoimento

Enfermeiros em falta, pacientes de sobra

A enfermeira Marcia Ribeiro descreve sua rotina em meio ao tsunami de casos de Covid-19 e de gripe que varreu o Brasil. No hospital onde ela trabalha, em São Paulo, boa parte da equipe se contaminou, enquanto o número de pacientes só cresce.

MARCIA CRISTINA DE JESUS RIBEIRO

 

anais da tragédia

Quando a terra tremeu

Há três anos, rompeu a barragem de Brumadinho. A piauí_184 traz um trecho do livro Arrastados – Bastidores de uma Tragédia Anunciada, que narra os minutos antes e os minutos depois de a lama atropelar a cidade.

DANIELA ARBEX

 

anais do autoritarismo

El Salvador, o farol bolsonarista

No último ano, jornalistas de El Salvador foram espionados pelo software Pegasus – e o exemplo parece ter inspirado o governo brasileiro. Esta semana, veio à tona a notícia de que Carlos Bolsonaro tentou obter um software similar. Leia aqui.

 

despedida

Estaremos juntas nessa guerra

Elza Soares morreu, aos 91 anos. Em julho de 2021, a cantora publicou na piauí uma carta aberta para a mãe de Kathlen Romeu, vítima da polícia do Rio.

ELZA SOARES

 
 

=igualdades

O êxodo brasileiro

Entre 2015 e 2020, o número de brasileiros vivendo no exterior cresceu 55%, chegando ao patamar de 4,2 milhões de pessoas – um recorde histórico. O =igualdades detalhou os dados desse êxodo.

AMANDA GORZIZA E RENATA BUONO

 
 
 

podcasts

Foro de Teresina #184

O Foro comenta a explosão de casos da Ômicron, o aumento da desigualdade social na pandemia e o racha na base ideológica bolsonarista.

 
 

colunistas

O poder do cão

Contrapondo um cenário deslumbrante a uma realidade impiedosa, Jane Campion constrói em Ataque dos Cães um filme marcado por tensões do início ao fim. Leia na coluna.

EDUARDO ESCOREL

 

cartuns

Cartum de Andrício de Souza

 
 
 
 

Encontre-nos nas redes sociais

Facebook Twitter Instagram

revista piauí

2021


POLÍTICA: Marcelo Rangel sai do PSDB (Leia nota)

"Eu, Marcelo Rangel Cruz de Oliveira, Secretário Geral do Partido da Social Democracia Brasileira no Estado do Paraná, venho solicitar a minha desfiliação desta agremiação a partir da presente data, por entender que o atual direcionamento e recentes decisões levam a um posicionamento que não entendo ser adequado para o meu trabalho político.  Renuncio ao cargo de Secretário Geral do partido bem como deixo de ser filiado ao PSDB, partido pelo qual não disputei candidaturas, mas tinha apreço no passado. A partir deste momento, farei analises técnicas e de propósitos para iniciar uma nova trajetória pública em outro partido."  

É 2022 e continuamos discutindo “racismo reverso"

Racismo de pessoas negras contra brancas existe? O que é racismo?
 
Mais uma vez, passamos a semana diante de um debate sobre o tal do "racismo reverso". A forma como o tema se apresenta é capciosa, porque geralmente vem com exemplos de ataques de pessoas pretas contra brancas. O truque aí é que essas exceções são inseridas de forma manipulada no debate para encaixar em um discurso que não se sustenta.
 
Racismo não é uma questão de moral individual, mas um sistema de opressão, um elemento estrutural da sociedade contemporânea. Formalmente, a escravidão acabou, mas as suas consequências são sentidas até hoje. Alguns dados nos ajudam a entender isso:
 
  • Entre os 10% brasileiros mais pobres, 75% são negros.
  • 47% dos pretos e pardos exercem trabalho informal, contra 34% dos brancos.
  • Já entre os encarcerados, o percentual de negros saltou de 58% em 2005 para 66% em 2019.
  • No Brasil, homens brancos do 1% mais rico têm mais renda que todas as mulheres negras do país.
  • No Congresso, só 17,8% dos parlamentares são negros.
 
O debate também nos coloca diante de um questionamento sobre liberdade de expressão e seus limites. Será que é possível defender a democracia endossando discursos sobre "racismo reverso"?
 
À imprensa e aos intelectuais – que de um modo geral reproduzem o padrão de maioria branca em espaços de poder e prestígio na sociedade – caberia ao menos o papel de aliados na luta contra o racismo. Para isso, como diz a filósofa Angela Davis, "em uma sociedade racista, não basta não ser racista, é preciso ser antirracista". Isso significa a adoção de ações conscientes e um posicionamento explícito pela garantia de igualdade de oportunidades para todas as pessoas. Já passou da hora de começar, né?
 
 
Finalmente, começamos a ter jacarezinhos e jacarezinhas
 
Depois de um ano de espera e de boicotes do presidente do país, começou a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19 no Brasil. E nada melhor do que ouvir delas próprias como está sendo esse momento. É o que faz o Radinho BdF desta semana, que você pode ouvir aqui.
 
Ah, e se não conhece o Radinho, vale a pena ouvir, especialmente se você é mãe, pai ou cuidador de alguma criança. É informação de qualidade, com um olhar crítico e sem viés lucrativo para os pequenos.
 
E a gente sabe que surgem muitas dúvidas sobre a vacinação infantil, ainda mais com tanta desinformação circulando. Por isso a gente preparou um tira dúvidas com as respostas às principais questões. Leia aqui.

Fonte: Brasil de Fato