sábado, 20 de abril de 2024
Senado quer aprovar aumento salarial para segmento de servidores privilegiados
quarta-feira, 17 de abril de 2024
Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, aponta Índice de Desperdício de Alimentos da ONU
Domicílios de todos os continentes desperdiçaram mais de 1 bilhão de refeições por dia em 2022, enquanto 783 milhões de pessoas foram afetadas pela fome e um terço da humanidade enfrentou insegurança alimentar, de acordo com o Relatório do Índice de Desperdício de Alimentos 2024.
Publicado nesta quarta-feira (27) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o relatório alerta que o desperdício de alimentos continua a prejudicar a economia global e a fomentar a mudança climática, a perda da natureza e a poluição.
Em 2022, foram gerados 1,05 bilhão de toneladas de resíduos alimentares (incluindo partes não comestíveis), totalizando 132 quilos per capita e quase um quinto de todos os alimentos disponíveis para os consumidores. Do total de alimentos desperdiçados em 2022, 60% aconteceram no âmbito doméstico, com os serviços de alimentação responsáveis por 28% e o varejo por 12%.
O desperdício de alimentos continua a prejudicar a economia global e a fomentar a tripla crise planetária que combina a mudança climática, a perda da biodiversidade e da natureza e a poluição dos ecossistemas. Estas são as principais conclusões de um relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUMA) publicado hoje, antes do Dia Internacional do Resíduo Zero, assinalado no dia 30 de março.
O Relatório do Índice de Desperdício de Alimentos 2024 do PNUMA (Food Waste Index Report), de autoria da WRAP, apresenta a estimativa global mais precisa sobre o desperdício de alimentos no varejo e no nível do consumidor. O relatório traz também orientações aos países sobre o aprimoramento da coleta de dados e sugere as melhores práticas para passar da mensuração à redução do desperdício alimentar.
Domicílios de todos os continentes desperdiçaram mais de 1 bilhão de refeições por dia em 2022, enquanto 783 milhões de pessoas foram afetadas pela fome e um terço da humanidade enfrentou insegurança alimentar, destaca o relatório global.
"O desperdício de alimentos é uma tragédia global. Milhões de pessoas passarão fome hoje, enquanto alimentos são desperdiçados em todo o mundo", disse Inger Andersen, diretora executiva do PNUMA.
"Além de ser uma questão importante de desenvolvimento, os impactos desse desperdício desnecessário estão causando custos substanciais para o clima e a natureza. A boa notícia é que sabemos que, se os países priorizarem essa questão, eles poderão reverter significativamente a perda e o desperdício de alimentos, reduzir os impactos climáticos e as perdas econômicas e acelerar o progresso das metas globais."
Desde 2021, houve um fortalecimento da infraestrutura de dados com um número maior de estudos rastreando o desperdício de alimentos. Globalmente, o número de dados em nível domiciliar quase dobrou. No entanto, muitos países de baixa e média renda continuam a carecer de sistemas adequados para acompanhar os avanços no cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12 de reduzir pela metade o desperdício de alimentos até 2030, particularmente no varejo e serviços de alimentação.
Apenas quatro países do G20 (Austrália, Japão, Reino Unido, EUA) e a União Europeia têm estimativas de desperdício alimentar adequadas para acompanhar os progressos até 2030. Canadá e Arábia Saudita têm estimativas adequadas no nível de domicílios, enquanto no Brasil estão em andamento atividades para desenvolver uma linha de base robusta até o final de 2024. Neste contexto, o relatório serve como um guia prático para os países medirem e comunicarem consistentemente o desperdício alimentar.
Os dados confirmam que o desperdício de alimentos não é apenas um problema de "país rico", com os níveis de desperdício de alimentos domésticos diferindo nos níveis médios observados para países de renda alta, média-alta e média-baixa em apenas 7 kg per capita.
Ao mesmo tempo, os países mais quentes parecem gerar mais desperdício de alimentos per capita nos domicílios, potencialmente devido ao maior consumo de alimentos frescos com partes substanciais não comestíveis e à falta de cadeias de refrigeração robustas.
De acordo com levantamentos recentes, a perda e o desperdício de alimentos geraram de 8% a 10% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) – quase 5 vezes mais do que o setor de aviação – e uma perda significativa de biodiversidade ao ocupar o equivalente a quase um terço das terras agrícolas do mundo. O custo da perda e do desperdício de alimentos na economia global é estimado em cerca de US$ 1 trilhão.
A expectativa é que os esforços para fortalecer a redução do desperdício de alimentos e a circularidade beneficiem especialmente as áreas urbanas. As áreas rurais geralmente têm menor desperdício, com maior direcionamento de restos de alimentos para animais de estimação, animais de criação e compostagem doméstica como explicações mais prováveis.
Em 2022, apenas 21 países incluíram a perda e/ou redução do desperdício de alimentos em seus planos climáticos nacionais (NDCs). O processo de revisão das NDCs de 2025 oferece uma oportunidade fundamental para aumentar a ambição climática, integrando a perda e o desperdício de alimentos.
O relatório sublinha igualmente a urgência de abordar o desperdício alimentar, tanto a nível individual como sistémico. Linhas de base robustas e medições regulares são necessárias para que os países mostrem mudanças ao longo do tempo. Graças à implementação de políticas e parcerias, países como Japão e Reino Unido mostram que a mudança em escala é possível, com reduções de 31% e 18%, respectivamente.
"Com o enorme custo para o meio ambiente, a sociedade e as economias globais causado pelo desperdício de alimentos, precisamos de uma ação coordenada maior em todos os continentes e cadeias de suprimentos. Apoiamos o PNUMA ao pedir que mais países do G20 meçam o desperdício de alimentos e trabalhem em direção ao ODS 12.3", disse Harriet Lamb, CEO da WRAP.
"Isso é fundamental para garantir que os alimentos alimentem as pessoas, não os aterros sanitários. As Parcerias Público-Privadas são uma ferramenta fundamental para a obtenção de resultados hoje, mas requerem apoio: sejam filantrópicas, empresariais ou governamentais, os atores devem se unir em torno de programas que abordem o enorme impacto que o desperdício de alimentos tem na segurança alimentar, em nosso clima e em nossas carteiras."
O PNUMA continua acompanhando o progresso em nível nacional para reduzir pela metade o desperdício de alimentos até 2030, com um foco crescente em soluções além da medição para a redução. Uma dessas soluções é a ação sistêmica por meio de parcerias públicoprivadas (PPPs): trazer o setor público, o setor privado e o não governo para trabalhar juntos, identificar gargalos, desenvolver soluções e impulsionar o progresso.
O financiamento adequado pode permitir que as PPP proporcionem reduções do desperdício alimentar da produção agrícola à mesa, reduzam as emissões de gases com efeito de estufa e o estresse hídrico, partilhando simultaneamente as melhores práticas e incentivando a inovação para uma mudança holística a longo prazo. As PPP sobre perda e desperdício de alimentos estão crescendo em todo o mundo, incluindo na Austrália, Indonésia, México, África do Sul e no Reino Unido, onde ajudaram a reduzir mais de um quarto do desperdício domiciliar de alimentos per capita em 2007-18.
Para saber mais, acesse o Relatório do Índice de Desperdício de Alimentos 2024 do PNUMA (em inglês) e visite a página da campanha da ONU Brasil para o Dia Internacional do Resíduo Zero 2024 (em português).
NOTAS AOS EDITORES
Sobre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)
O PNUMA é a principal voz global sobre o meio ambiente. Fornece liderança e incentiva a parceria no cuidado com o meio ambiente, inspirando, informando e permitindo que nações e povos melhorem sua qualidade de vida sem comprometer a das gerações futuras.
Acesse a página do PNUMA no Brasil: https://www.unep.org/pt-br
Sobre a WRAP
A WRAP é uma ONG global com sede no Reino Unido. É uma das 5 principais instituições de caridade ambiental do Reino Unido e trabalha com governos, empresas e indivíduos para garantir que os recursos naturais do mundo sejam usados de forma sustentável. Fundada em 2000 no Reino Unido, a WRAP agora trabalha em todo o mundo e é parceira da Aliança Global do Earthshot Prize da Royal Foundation.
Novo projeto financiado pelo FIDA promoverá a transição agroflorestal em áreas de cultivo de cacau na Bahia
O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) das Nações Unidas e a Organização para a Conservação da Terra lançaram nesta terça-feira (9) um novo projeto de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) para cadeias produtivas livres de desmatamento no Brasil.
Representando um investimento conjunto do FIDA e da República Federal da Alemanha de US$ 4,9 milhões, o projeto será implementado no bioma da Mata Atlântica, um dos mais ameaçados pelo desmatamento no mundo.
O projeto prevê a participação de 1.600 famílias, das quais 50% serão pequenos agricultores envolvidos em agricultura familiar de baixa produtividade, 20% serão quilombolas e 30% serão assentados da reforma agrária.
O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) das Nações Unidas e a Organização para a Conservação da Terra (OCT) - uma renomada organização não governamental brasileira que atua no sul do estado da Bahia - lançaram nesta terça-feira (9) o novo projeto "CompensAÇÃO: Promoção de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) para cadeias produtivas livres de desmatamento no Brasil".
O projeto CompensAÇÃO representa um investimento conjunto do FIDA e da República Federal da Alemanha de US$ 4,9 milhões e será implementado no bioma da Mata Atlântica, um dos mais ameaçados pelo desmatamento no mundo. Cerca de 88% da cobertura florestal original da Mata Atlântica foi perdida e 24% das espécies nativas de plantas e animais estão em risco. Os níveis de pobreza também permanecem altos. Em 2021, um número preocupante de 46,5% da população baiana vivia na pobreza e 15,8% na pobreza extrema, marcando os índices mais altos em nove anos.
O principal objetivo da CompensAÇÃO é estabelecer condições favoráveis para promover uma transição agroflorestal nas áreas produtoras de cacau. Esse processo visa aumentar a resiliência climática e os benefícios econômicos e, ao mesmo tempo, mitigar a degradação florestal e o desmatamento na Região Cacaueira do Sul da Bahia. O pagamento aos produtores pelos serviços ecossistêmicos consistirá em materiais de reflorestamento e compensação em dinheiro.
Esse projeto faz parte de uma linha de trabalho maior, financiada pelo governo alemão por meio do Programa de Adaptação para Agricultura de Pequenos Produtores (ASAP+) do FIDA, que é implementado no Lesoto, na Etiópia e no Brasil.
"A República Federal da Alemanha e o FIDA compartilham o objetivo de promover a segurança alimentar e a resiliência de pessoas socialmente vulneráveis em áreas rurais. Acreditamos que os produtores rurais de todo o mundo, especialmente os pequenos agricultores dos países em desenvolvimento, devem ser adequadamente remunerados por todos os serviços que prestam. Entre outras iniciativas, são necessários programas de incentivo. A Alemanha tem o prazer de poder apoiar um deles", disse a embaixadora da Alemanha no Brasil, Bettina Cadenbach.
Além disso, o projeto buscará melhorar as condições de vida das famílias rurais, reduzir a vulnerabilidade e aumentar a resiliência à mudança climática. Espera-se a participação de 1.600 famílias, das quais 50% serão pequenos agricultores envolvidos em agricultura familiar de baixa produtividade. Além disso, pelo menos 20% serão quilombolas (comunidades tradicionais afrodescendentes) e 30% serão assentados da reforma agrária. Do total de pessoas beneficiárias, 50% serão mulheres e 15% serão jovens.
O CompensAÇÃO será um projeto pioneiro na promoção do mecanismo inovador de PSA e gerará lições valiosas para a adaptação desse modelo aos diferentes contextos ambientais do portfólio financiado pelo FIDA. Essa iniciativa introduzirá uma abordagem ampla ao PSA, incorporando elementos monetários e não monetários para garantir a preservação da floresta. Isso envolve a integração das melhores práticas de gestão agroflorestal entre as atividades agrícolas e o enriquecimento da diversidade de espécies florestais nas áreas de cultivo de cacau.
O diretor do FIDA no Brasil, Claus Reiner, observou que o CompensAÇÃO abrangerá o desenvolvimento e a implementação de esquemas de PSA, entrelaçando princípios ecológicos que conservam a fertilidade do solo e restauram diversos serviços ecossistêmicos. Além disso, as atividades se estenderão ao apoio às políticas municipais e regionais de PSA, fortalecendo os arranjos institucionais por meio de processos participativos de governança.
O novo projeto impulsionará o desenvolvimento econômico, produtivo e climático sustentável na Bahia por meio de formas de produção diversificadas, aprimoradas e adaptadas no contexto da mudança climática e de sistemas agroalimentares sustentáveis, para contribuir com a melhoria da renda das famílias de agricultores.
"Os PSA monetários e não monetários representam uma combinação inteligente de renda que contribui para melhorar a segurança alimentar e aprimorar os serviços ecossistêmicos, além de promover a mitigação e adaptação às mudanças climáticas. A geração de renda sustentável fortalece o incentivo para que as famílias mantenham as atividades e preservem os recursos naturais", disse a oficial de programas do FIDA para o Brasil, Cintia Guzman.
O lançamento do projeto ocorreu na Bahia e foi seguido por uma missão de arranque da Equipe País do FIDA no Brasil, que ocorre de 9 a 11 de abril, durante a qual será conduzido um treinamento introdutório para a equipe responsável por esse novo projeto, bem como para outras partes interessadas e parceiros importantes.
Sobre a atuação do FIDA no Brasil
Na última década, o FIDA e o governo brasileiro, juntamente com uma ampla rede de parceiros, investiram US$ 453 milhões em seis projetos na região Nordeste do país, apoiando 941.000 pessoas. O novo portfólio de projetos no país, atualmente em preparação, prevê oito novos projetos voltados para 2,1 milhões de pessoas.
Juntamente com os recursos de contrapartida dos governos e cofinanciadores, os novos investimentos do FIDA no Brasil ultrapassarão US$ 900 milhões - ou aproximadamente 4,4 bilhões de reais - para atingir mais de 600.000 famílias rurais por meio de ações conjuntas com os governos estaduais e federal, em apoio ao desenvolvimento rural sustentável e inclusivo. Com isso, espera-se dobrar o número de famílias rurais atendidas no país.
Para saber mais, siga @ifad_org nas redes sociais e visite a página do FIDA (em espanhol): El Fondo Internacional de Desarrollo Agrícola (FIDA) (ifad.org).
O que o Lula foi fazer na Colômbia
Aprovação da PEC das Drogas
O plenário do Senado aprovou na terça-feira, 16, por 53 votos a 9, a Proposta de Emenda à Constituição que proíbe o porte e a posse de qualquer quantidade de drogas. Com a aprovação nos dois turnos pelo Senado, o texto segue para Câmara dos Deputados. Por se tratar de uma PEC, o texto precisou de no mínimo 49 votos favoráveis em dois turnos. De autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o projeto foi protocolado em setembro de 2023, durante o julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a descriminalização do porte da maconha. O avanço da matéria é visto como um recado do Senado ao STF. Senadores entendem que o Supremo está avançando em sua prerrogativa ao decidir sobre o tema.
6º Congresso de Nutrição Vegetariana
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terça-feira, 9 de abril de 2024
Saiba onde fica a maior trilha aquática do Brasil
Crédito: Setur MS
Os estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo abrigam um atrativo turístico conhecido como a maior trilha aquática do Brasil. Essa experiência fica na Rota dos Pioneiros, trilha de longo curso de cerca de 400 km, que promove a experiência no rio Paraná, por meio de bote ou caiaque. O passeio abrange os municípios de Taquarussu, Jateí, Naviraí, Eldorado e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul; Inajá, Santo Antônio do Caiuá, Paranavaí, Terra Rica, Diamante do Norte, Nova Londrina, Marilena, São Pedro do Paraná, Querência do Norte, Icaraíma, Altônia, Guaíra, no Paraná; e Teodoro Sampaio, Euclides da Cunha, Rosana em São Paulo.
A trilha de longo curso presenteia os turistas com a oportunidade de explorar o rio de maneira íntima e intensa, atravessando paisagens deslumbrantes que vão desde trechos calmos e serenos até incríveis corredeiras, proporcionando uma experiência completa para os amantes da natureza e dos esportes aquáticos.
A Rota dos Pioneiros tem o objetivo de promover a região e fortalecer o potencial turístico e cultural do local. A coordenadora-geral de Produtos e Experiências Turísticas do Ministério do Turismo, Fabiana Oliveira, enfatiza que esses equipamentos são fundamentais para a diversificação do cardápio de experiências ofertadas para as pessoas que buscam contato com a natureza. "São nelas que ocorrem atividades como caminhadas, cicloturismo, observação de fauna e flora e atividades aquáticas. Além disso, são de extrema importância para a conservação da biodiversidade", pontuou.
Para o gestor da Rota dos Pioneiros, Erick Xavier, assim como outras trilhas aquáticas, o local cumpre o papel de contar também a história do país. "O Brasil possui mais de 40 mil quilômetros de rios navegáveis e mais de 7 mil km de litoral, por onde se desenhou a história brasileira. Então, se queremos conectar o país, por meio de trilhas de longo curso, precisamos olhar para o potencial das trilhas aquáticas", mencionou.
O trecho que corta o estado do Mato Grosso do Sul e integra as regiões turísticas do Vale das Águas e Cone Sul também oferece o aviturismo (turismo de observação de aves), praticado nas unidades de conservação da Mata Atlântica do estado.
REDE TRILHAS - A Rota dos Pioneiros faz parte do programa Rede Trilhas, iniciativa criada por voluntários da sociedade civil, em parceria com o Ministério do Turismo, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O objetivo é conectar paisagens e ecossistemas brasileiros para promover a estruturação e a ampla visibilidade da oferta turística de natureza.
As trilhas de longo curso são identificadas com o símbolo de pegadas amarelas e pretas. A sinalização padronizada traz mais segurança aos turistas, que contam com sinalização e com a indicação de pontos de interesse turístico, locais para pernoite, alimentação e outros pontos de apoio. Para Fabiana, a rede tem fundamental importância no posicionamento do Brasil como um destino turístico de natureza. "É uma política pública de relevância nacional, pois cria um sistema eficiente, com uma sinalização padronizada, que facilita a promoção do país como um destino de natureza em todo o mundo", concluiu.
TRILHAS DO BRASIL - O Ministério do Turismo elaborou uma publicação, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), a Associação Brasileira de Trilhas de Longo Curso (REDE) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), chamada: "Trilhas do Brasil - Manual de Estruturação e Promoção Turística das Trilhas de Longo Curso". Trata-se de um manual com orientações para apoiar a criação, a estruturação e a promoção de Trilhas de Longo Curso no Brasil.
O Manual pode ser acessado AQUI.
Por Cláudia Bispo
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo
quarta-feira, 3 de abril de 2024
No Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, evento na ONU celebra as contribuições das pessoas com autismo para a sociedade
Estabelecido pela Assembleia Geral da ONU em 2007, o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo busca afirmar e promover a plena realização de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais para pessoas com autismo em igualdade de condições com as demais pessoas.
Reunindo pessoas com autismo e organizações da sociedade civil de todos os continentes, um evento comemorativo será realizado a partir das 11h (hora de Brasília) desta terça-feira (2) na sede das Nações Unidas, com transmissão ao vivo no canal da ONU no YouTube. O Brasil será representado por Sarah Fernn, líder em impacto social de São Paulo, e Lethicia Di Blasio, participante do programa "Nova Geração de Advogadas".
Em sua mensagem para a data internacional, o secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatiza que "para ampliar o apoio e o investimento em países e comunidades, é necessário trabalhar lado a lado com as pessoas com autismo e seus aliados".
Para marcar o Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, neste 2 de março, as Nações Unidas pedem união para reconhecer e celebrar as importantes contribuições das pessoas vivendo com a condição.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, lista barreiras nos direitos à educação, ao emprego e à inclusão social consagrados na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, de 2006, e na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
"Por uma questão de direitos fundamentais, os governos devem investir em sistemas de apoio comunitário mais fortes, programas de educação e treinamento inclusivos e soluções acessíveis e baseadas em tecnologia para permitir que as pessoas com autismo desfrutem dos mesmos direitos que as demais", destaca Guterres em sua mensagem para a data internacional.
Pela passagem da data, a sede da ONU em Nova Iorque acolhe o primeiro evento intitulado "Passando da sobrevivência para a excelência: Pessoas com autismo compartilham suas perspectivas".
As Nações Unidas defendem que esta celebração é um "meio de afirmar e promover a plena realização de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais para as pessoas autistas, em igualdade de condições com os outros".
A organização cita progressos nesse sentido, que foram conseguidos principalmente graças às pessoas com autismo e seus muitos defensores, que atuam para levar a experiência vivida por elas para o mundo.
Ao adotar a data, em 2007, a Assembleia Geral enfatizou a importância de se aumentar a consciência pública sobre o autismo e promover a valorização das pessoas com autismo e suas contribuições para a sociedade.
SERVIÇO
Evento "Passando da sobrevivência para a excelência: Pessoas com autismo compartilham suas perspectivas"
- 2 de abril de 2024 (terça-feira)
- 11h – 14h (hora de Brasília)
- Transmissão no canal da ONU no YouTube: https://www.youtube.com/unitednations
- Lista de palestrantes: https://www.un.org/sites/un2.un.org/files/waad_2024_speaker_bios.pdf
- Organização: Departamento de Comunicação Global da ONU, Instituto de Neurodiversidade (ION) da Suíça, com apoio das Missões Permanentes da Itália e da Polônia junto à Nações Unidas.
Sobre o autismo:
O transtorno do espectro autista (TEA) se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva.
O TEA começa na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, as condições são aparentes durante os primeiros cinco anos de vida.
Indivíduos com transtorno do espectro autista frequentemente apresentam outras condições concomitantes, incluindo epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O nível de funcionamento intelectual em indivíduos com TEA é extremamente variável, estendendo-se de comprometimento profundo até níveis superiores. Embora algumas pessoas com transtorno do espectro autista possam viver de forma independente, outras têm graves incapacidades e necessitam de cuidados e apoio ao longo da vida.
As intervenções psicossociais baseadas em evidências, como o tratamento comportamental e os programas de treinamento de habilidades para os pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e comportamento social, com impacto positivo no bem-estar e qualidade de vida das pessoas com TEA e seus cuidadores. As intervenções para as pessoas com transtorno do espectro autista precisam ser acompanhadas por ações mais amplas, tornando ambientes físicos, sociais e atitudinais mais acessíveis, inclusivos e de apoio.
Em todo o mundo, as pessoas com transtorno do espectro autista são frequentemente sujeitas à estigmatização, discriminação e violações de direitos humanos. Globalmente, o acesso aos serviços e apoio para essas pessoas é inadequado.
Mais informações:
- Leia a mensagem do secretário-geral da ONU: https://bit.ly/Guterres_DiaAutismo
- Acompanhe a cobertura da ONU News em português: https://news.un.org/pt/tags/autismo
- Visite a página da data comemorativa (em inglês): https://www.un.org/en/observances/autism-day