terça-feira, 25 de junho de 2024

Brasil adere à Aliança Internacional para a Resiliência à Seca


Lançada durante a 27ª Cúpula da ONU sobre o Clima (COP27), a Aliança mobiliza capital político, técnico e financeiro para preparar o mundo para secas mais severas. 

Cerca de 38 milhões de brasileiros de 1.561 municípios são vulneráveis à desertificação e à seca, assim como 1,4 milhão de quilômetros quadrados de terras em 13 estados, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. 

Com sua adesão à Aliança, o Brasil reforça o compromisso internacional de combater a desertificação e a seca diante do agravamento dos efeitos da mudança climática em todo o mundo. 

O secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, Ibrahim Thiaw, participa de visita ao povoado de Malhada da Areia na cidade de Juazeiro, na Bahia, ao lado da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, em 10 de junho de 2024.
Legenda: O secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, Ibrahim Thiaw, participa de visita ao povoado de Malhada da Areia na cidade de Juazeiro, na Bahia, ao lado da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues.
Foto: © Feijão Almeida/GOVBA.

O Brasil é o mais recente país a integrar a Aliança Internacional para a Resiliência à Seca (IDRA, na sigla em inglês), a coalizão global que mobiliza capital político, técnico e financeiro para preparar o mundo para secas mais severas. 

A adesão brasileira eleva o total de membros da IDRA para 38 países e 28 organizações intergovernamentais e de pesquisa, demonstrando uma disposição cada vez maior para enfrentar um dos riscos naturais mais mortais e onerosos do mundo.

Lançada pelos líderes da Espanha e do Senegal durante a 27ª Cúpula da ONU sobre o Clima (COP27), a Aliança impulsiona ações contra as secas diante do aquecimento global, reconhecendo que somos tão resilientes às secas e à mudança climática quanto nossas terras. O secretariado da IDRA é sediado pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD). 

Em um evento conjunto com a UNCCD realizado nesta segunda-feira (10), em Petrolina, em Pernambuco, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima Climática, Marina Silva, disse que "a adesão do Brasil à Aliança Internacional para a Resiliência à Seca demonstra a determinação do governo em combater a seca e a desertificação, promover a segurança alimentar e hídrica e combater as desigualdades". 

"Nosso objetivo é promover o desenvolvimento sustentável e, ao mesmo tempo, garantir a proteção da biodiversidade e das comunidades da região semiárida. A cooperação com a UNCCD reforça o compromisso do Brasil com o combate à desertificação e às mudanças climáticas", acrescentou a ministra de Estado.

Uma campanha nacional de combate à desertificação e à seca foi lançada durante o evento, que também marcou o encerramento da visita à região semiárida da Caatinga, uma ecorregião única que cobre cerca de 70% da região nordeste do Brasil e 11% da área total do país. Pesquisadores brasileiros identificaram recentemente a primeira região árida do país e projetaram a expansão de terras semiáridas em grande parte do território. 

Cerca de 38 milhões de brasileiros de 1.561 municípios são vulneráveis à desertificação e à seca, assim como 1,4 milhão de quilômetros quadrados de terras em 13 estados, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).  Na Caatinga, as autoridades estão apoiando iniciativas lideradas pela comunidade para restaurar bacias hidrográficas, melhorar as práticas agrícolas e coletar água como forma de aumentar a resiliência à seca. 

Em todo o mundo, enfrentar os desafios interconectados que abrangem água, terra e clima é essencial para proteger a produção agrícola e energética e para manter os serviços vitais do ecossistema, como o fornecimento de água potável e solos férteis para as gerações atuais e futuras.

Durante o evento em Petrolina, o secretário-executivo da UNCCD, Ibrahim Thiaw, elogiou o "compromisso do Brasil em investir proativamente em terras e meios de subsistência resilientes". 

"A ciência e a prática mostram constantemente que preparar as sociedades e as economias para as secas antes que elas ocorram evita o sofrimento humano - e é muito mais econômico do que as respostas de emergência. A seca é um perigo, mas não precisa ser um desastre". 

Um ano decisivo para a terra e a seca

COP16 da UNCCD será a maior reunião de todos os tempos das 197 Partes da UNCCD, a primeira que será realizada no Oriente Médio e a maior conferência multilateral já realizada pela Arábia Saudita. O Reino recentemente sediou as celebrações globais do Dia Mundial do Meio Ambiente de 2024, com foco na restauração de terras, desertificação e resiliência à seca.

Em 17 de junho, o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca de 2024 marcará o 30º aniversário da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), uma das três Convenções do Rio, lançadas durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92), juntamente com a UNFCCC (clima) e a CBD (biodiversidade). 

A Reunião de Alto Nível sobre a Política Nacional de Seca, co-organizada pela UNCCD - que acontecerá em Genebra, entre 30 de setembro e 3 de outubro, reunirá formuladores de políticas e profissionais com um duplo objetivo: fazer um balanço do progresso e das lições aprendidas na última década e traçar o caminho a seguir para a implementação de ações de resiliência à seca.

NOTAS PARA EDITORES

Para entrevistas e perguntas, entrar em contato através do e-mail: press@unccd.int  

Para obter informações sobre a IDRA, acesse: https://idralliance.global

Nas redes sociais, siga @UNCCD no X/Twitter e @unccd no Instagram. 

Sobre a IDRA

A Aliança Internacional para Resiliência à Seca é a primeira coalizão global que cria um impulso político e mobiliza recursos financeiros e técnicos para um futuro resiliente à seca. Como uma plataforma de mais de 30 países e 20 instituições, a IDRA se baseia em pontos fortes compartilhados por seus membros para promover políticas, ações e capacitação para a preparação para a seca, reconhecendo que somos tão resilientes à seca e à mudança climática quanto nossas terras. 

O trabalho da IDRA está alinhado e apoia o mandato da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), que sedia o Secretariado da IDRA. 

Sobre a UNCCD

A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação é a visão global e a voz da terra. Une governos, cientistas, formuladores de políticas, setor privado e comunidades em torno de uma visão compartilhada e de uma ação global para restaurar e gerenciar a terra do mundo para a sustentabilidade da humanidade e do planeta. 

Muito mais do que um tratado internacional assinado por 197 partes, a UNCCD é um compromisso multilateral para mitigar os impactos atuais da degradação da terra e promover a governança da terra no futuro, a fim de fornecer alimentos, água, abrigo e oportunidades econômicas para todas as pessoas de forma equitativa e inclusiva.


Sistema das Nações Unidas no Brasil
••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável  Site da ONU Brasil  Instagram  Twitter  YouTube  Vimeo  Facebook  Cadastro


Combate ao Discurso de Ódio: o Centro de Informação da ONU quer ouvir sua experiência


Neste Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio, em 18 de junho, o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) lança a escuta digital #NãoAoÓdio para alertar sobre as consequências do discurso de ódio.

A iniciativa pretende dar visibilidade a histórias e experiências de vítimas do discurso de ódio, no ambiente digital ou fora dele, por meio da divulgação de depoimentos e estratégias de enfrentamento nas redes sociais e página da ONU Brasil.

Todas as pessoas podem participar enviando seus relatos pelas redes sociais da @onubrasil ou por meio do formulário on-line até o dia 28 de junho.


Não existe um nível aceitável de discurso de ódio; todos nós devemos trabalhar para erradicá-lo completamente.

Legenda: "Não existe um nível aceitável de discurso de ódio; todos nós devemos trabalhar para erradicá-lo completamente." - António Guterres, secretário-geral da ONU, 18 de junho de 2024

Em 2024, a ONU assinala o terceiro Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio, uma data dedicada à promoção de estratégias para identificar e confrontar o discurso de ódio em todo o mundo.

Para dar visibilidade ao tema no Brasil, o Centro de Informação da ONU (UNIC Rio) lança nesta terça-feira (18) a Escuta Digital #NãoAoÓdio em seus canais nas redes sociais. 

Até o dia 28 de junho, as pessoas que seguem a @onubrasil são convidadas a compartilhar experiências e relatos de situações que sofreram violência e quais estratégias utilizam para combater o discurso de ódio. Durante o período, serão também compartilhadas informações importantes sobre como identificar, contrapor e denunciar este tipo de violência.

O diretor interino do UNIC Rio, Diêgo Lôbo, destaca a ameaça do discurso de ódio aos valores democráticos e a urgência de combatê-lo.

"O discurso de ódio, principalmente online, busca testar e ampliar os limites da liberdade de expressão. Se não rapidamente confrontada, essa violência se torna uma eficaz e nefasta ferramenta de divisão da sociedade e desestabilização da democracia".

O papel de jovens no combate ao discurso de ódio

Este ano, a ONU destaca o importante papel da juventude em identificar e combater o discurso de ódio. Somando mais de 1,2 bilhão de pessoas, jovens têm uma grande influência com seus pares e podem promover mudanças significativas ao se manifestarem ativamente contra o discurso de ódio. 

Em sua mensagem para marcar a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou o papel dos jovens:

"Dado que as pessoas jovens são frequentemente as mais afetadas pelo discurso de ódio, especialmente online, a juventude precisa fazer parte da solução. A participação de jovens, especialmente meninas e mulheres jovens, de jovens indígenas, de jovens de comunidades minoritárias, de jovens LGBTIQ+ e jovens com deficiência, é crucial para criar espaços públicos e online livres de discursos de ódio."

"Não existe um nível aceitável de discurso de ódio; todos devemos trabalhar para erradicá-lo completamente", afirmou o chefe da ONU em sua mensagem.

Esforços da ONU no combate ao discurso de ódio

As Nações Unidas têm uma longa história de mobilização do mundo contra o ódio de todos os tipos, na defesa dos direitos humanos e na promoção do Estado Democrático de Direito. O impacto do discurso de ódio perpassa diversas áreas de enfoque da ONU, desde a proteção dos direitos humanos à prevenção de atrocidades e manutenção da paz.

"O Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio é ainda mais importante este ano pois celebra os 5 anos desde o lançamento da Estratégia e o Plano de Ação da ONU sobre Discurso de Ódio, um marco no compromisso das Nações Unidas em ampliar seus esforços para lidar e combater este crescente problema", destacou o diretor interino do UNIC Rio. 

Plano de Ação define discurso de ódio como qualquer tipo de comunicação verbal, escrita ou comportamental que ataque ou utilize linguagem pejorativa ou discriminatória em relação a uma pessoa ou grupo com base na sua identidade - com base na sua religião, etnia, nacionalidade, raça, cor, descendência, gênero ou outro fator de identidade.

Em julho de 2021, a Assembleia Geral destacou as preocupações globais com "a disseminação e proliferação exponencial do discurso de ódio" e adotou uma resolução para "promover o diálogo inter-religioso e intercultural e a tolerância no combate ao discurso de ódio". 

A resolução reconhece a necessidade de combater a discriminação, a xenofobia e o discurso de ódio e pede a todos os atores relevantes, incluindo os Estados, que aumentem seus esforços para lidar com esse fenômeno, de acordo com a lei internacional de direitos humanos. 

A resolução proclamou o dia 18 de junho como o Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio, com base na Estratégia e no Plano de Ação da ONU sobre Discurso de Ódio, lançados em 2019.

Saiba mais e participe: 

Sistema das Nações Unidas no Brasil
••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável  Site da ONU Brasil  Instagram  Twitter  YouTube  Vimeo  Facebook  Cadastro


América Latina e Caribe: minerais críticos impulsionaram o investimento estrangeiro em 2023


A demanda por commodities e minerais essenciais para a transição energética foi responsável por 23% dos valores dos projetos nos últimos dois anos, em comparação com menos de 10% em outras regiões em desenvolvimento.

Os dados foram revelados pelo Relatório Mundial de Investimentos publicado nesta quinta-feira (20) pela ONU Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). 

O relatório da UNCTAD também mostra que o investimento estrangeiro direto na região permaneceu estável em 2023, totalizando US$ 193 bilhões. 

Em 2023, a América Latina e o Caribe atraíram 19 megaprojetos avaliados em mais de US$ 1 bilhão cada, sendo que 17 deles foram realizados por investidores de fora da região.Legenda: Em 2023, a América Latina e o Caribe atraíram 19 megaprojetos no setor de energia renovável avaliados em mais de US$ 1 bilhão cada, sendo que 17 deles foram realizados por investidores de fora da região. O valor total de investimentos no setor foi 40% inferior em relação ao ano anterior, de acordo com o Relatório Mundial de Investimentos. Foto: © vanitjan

 O investimento estrangeiro direto (IED) na América Latina e no Caribe permaneceu estável em 2023, totalizando US$ 193 bilhões, de acordo com o Relatório Mundial de Investimentos publicado em 20 de junho pela ONU Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

O IED 'greenfield', em que uma empresa estabelece novas operações no exterior, registrou um aumento nos valores de anúncios na região – impulsionado por grandes projetos no Brasil e no Chile.

Com o crescimento da demanda global, as commodities e os minerais essenciais para as tecnologias de energia limpa foram o principal setor, respondendo por 23% do valor dos projetos greenfield da região nos últimos dois anos. Essa participação é mais de duas vezes maior do que em outras regiões em desenvolvimento.

O investimento em energia renovável também foi proeminente, com quatro dos dez principais projetos anunciados (por valor) relacionados à produção de hidrogênio verde ou amônia verde.

Em 2023, a América Latina e o Caribe atraíram 19 megaprojetos avaliados em mais de US$ 1 bilhão cada, sendo que 17 deles foram realizados por investidores de fora da região.

Por estoque de IED, os Estados Unidos, a Espanha, o Reino dos Países Baixos e Luxemburgo foram os principais investidores.

Tendências por setor e indústria

Assim como em outras regiões, o número e o valor das transações internacionais de financiamento de projetos - que são cruciais para canalizar investimentos em infraestrutura e serviços públicos - na América Latina e no Caribe diminuíram 30% e 23%, respectivamente.

O setor de energia renovável foi o mais atingido, com 40% menos negócios e US$ 16 bilhões a menos em valor em comparação com 2022.

As fusões e aquisições internacionais, que normalmente representam uma parcela menor do IED na região, viram seu valor geral cair 26%, para US$ 11 bilhões. Os setores de tecnologia da informação e comunicação e produtos químicos registraram a maior redução nas transações, enquanto houve um aumento no setor de metais básicos e produtos de metal.

Os países da região registraram resultados variados

O Brasil permanece sendo o maior receptor de investimento estrangeiro direto da América Latina e Caribe. Foto: Porto de Manaus, no Amazonas.Legenda: O Brasil permanece sendo o maior receptor de investimento estrangeiro direto da América Latina e Caribe. Foto: Porto de Manaus, no Amazonas. Foto: © luoman/Getty Images Signature

Na América do Sul, os investimentos estrangeiros caíram 2%, chegando a US$ 143 bilhões. Os fluxos acelerados para a Argentina, o Chile e a Guiana compensaram os valores mais baixos no Brasil e no Peru, com o Brasil permanecendo como o maior receptor de IED nessa sub-região.

Na América Central, o México foi responsável pela maior parte do investimento estrangeiro, apresentando números estáveis apesar dos valores mais baixos dos projetos.

No Caribe (excluindo os centros financeiros offshore), o IED geral aumentou em 6%, com a maioria dos países apresentando crescimento. A República Dominicana registrou um aumento de 7% nos fluxos de entrada em relação ao ano anterior.

Nos últimos cinco anos, os investimentos estrangeiros se expandiram nos principais grupos econômicos da região, com os fluxos para a Comunidade do Caribe triplicando em relação a 2018.

Para saber mais, acesse a base interativa de dados e o relatório completo (em inglês e espanhol): https://unctad.org/publication/world-investment-report-2024 



    Sistema das Nações Unidas no Brasil
    ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
    Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável  Site da ONU Brasil  Instagram  Twitter  YouTube  Vimeo  Facebook  Cadastro


    Maioria dos brasileiros diz estar preocupada com efeitos da mudança global do clima na próxima geração

    Dado consta de pesquisa de opinião pública do PNUD com a Universidade de Oxford lançada nesta quinta-feira (20).

    Pessoas entrevistadas para a pesquisa no Brasil afirmaram estar mais preocupadas com a mudança global do clima no momento da entrevista do que no ano anterior.

    Legenda: Pessoas entrevistadas para a pesquisa no Brasil afirmaram estar mais preocupadas com a mudança global do clima no momento da entrevista do que no ano anterior.
    Foto: © Bruno Peres/Agência Brasil.

    Quando indagados sobre o quanto estavam preocupados com os efeitos da mudança climática na próxima geração, 28% dos brasileiros disseram estar extremamente preocupados; 45%, muito preocupados; 20%, um pouco; 3%, não muito; e 4%, de jeito nenhum. A maioria (73%), portanto, se preocupa com o impacto da mudança global do clima no futuro próximo.

    Os dados fazem parte da pesquisa de opinião pública sobre mudança climática "People's Climate Vote 2024", realizada pelo PNUD com a Universidade de Oxford e o instituto GeoPoll. Os resultados divulgados hoje (20/6) mostram que 80% das pessoas no mundo desejam que seus governos tomem medidas mais firmes para enfrentar a crise climática. No Brasil, esse percentual é de 85%.

    Ainda mais pessoas – 86% – querem que seus países deixem de lado as diferenças geopolíticas e trabalhem em conjunto no enfrentamento da mudança global do clima. No Brasil, são 90% a apoiarem a união dos países em prol da ação climática.

    Mais de 75 mil pessoas, de 87 idiomas diferentes, em 77 países, responderam a 15 perguntas sobre mudança climática na pesquisa. As questões foram formuladas com o intuito de ajudar a compreender como as pessoas estão sentindo o impacto da mudança global do clima e como pretendem que os líderes mundiais reajam. Os países pesquisados representam 87% da população mundial.

    "A pesquisa é clara. Os cidadãos globais querem que seus líderes transcendam suas diferenças, ajam agora e ajam com ousadia para combater a crise climática", afirmou o administrador do PNUD, Achim Steiner. 

    "Os resultados da pesquisa – sem precedentes em termos de cobertura – revelam um nível de consenso verdadeiramente surpreendente. Instamos os líderes e os formuladores de política a prestarem atenção, especialmente à medida que os países desenvolvem sua próxima ronda de compromissos de ação climática – ou contribuições nacionalmente determinadas no âmbito do Acordo de Paris. Essa é uma questão com a qual quase todos, em todos os lugares, concordam."

    Além de um amplo apelo por uma ação climática mais ousada, a pesquisa mostra o apoio de uma maioria global de 72% a favor de uma transição rápida para o abandono dos combustíveis fósseis. Isso é verdade nos 10 países com maior produção de petróleo, carvão ou gás, incluindo maiorias de 89% na Nigéria e na Turquia, 80% na China, 76% na Alemanha, 75% da população da Arábia Saudita, 69% na Austrália e 54% das pessoas nos Estados Unidos. Apenas 7% das pessoas a nível mundial disseram que seu país não deveria fazer qualquer transição.

    No Brasil, 61% dizem ser favoráveis à adoção "muito rápida" de energia renovável em substituição aos combustíveis fósseis. Outros 21% afirmam preferir uma transição "relativamente rápida", e 11%, "lenta". Apenas 3% responderam que não querem essa mudança "de jeito nenhum".

    Pessoas no mundo todo relataram que a mudança climática é algo em que pensavam com frequência. Em nível global, 56% disseram que pensavam regularmente no assunto, ou seja, diária ou semanalmente, incluindo cerca de 63% daqueles nos Países Menos Desenvolvidos (PMD). No Brasil, 51% e 23% afirmaram pensar no tema todos os dias ou toda semana, respectivamente. 

    Mais da metade das pessoas do mundo disseram que estavam mais preocupadas com a mudança climática naquele momento do que no ano anterior (53%). O percentual correspondente foi mais elevado para quem vive nos PMD (59%). Em média, nos nove Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEID) pesquisados, até 71% disseram que estavam mais preocupados com as mudanças climáticas no ano da pesquisa do que no anterior. 

    No Brasil, vai a 76% o percentual de quem respondeu estar mais preocupado com a mudança global do clima no momento do que no ano anterior ao da pesquisa. Para 22%, a preocupação com o assunto não tinha variado de um ano para outro. Só 2% afirmaram estar menos preocupados. 

    Sessenta e nove por cento das pessoas do mundo disseram que suas principais decisões, como onde morar ou trabalhar, por exemplo, estavam sendo impactadas pelas mudanças climáticas. A proporção afetada foi maior nos PMD (74%), mas notavelmente menor na Europa Ocidental e Setentrional (52%) e na América do Norte (42%). No Brasil, esses percentuais caem para 32% (a mudança do clima afeta muito), 40% (afeta pouco) e 27% (não afeta em nada).

    Para saber mais, acesse os resultados da pesquisa (em inglês): https://peoplesclimate.vote/ 


    Sistema das Nações Unidas no Brasil
    ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
    Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável  Site da ONU Brasil  Instagram  Twitter  YouTube  Vimeo  Facebook  Cadastro


    ONU lança Princípios Globais para a Integridade da Informação

    por ONU Brasil

    O secretário-geral da ONU, António Guterres, lançou nesta segunda (24) em Nova Iorque os Princípios Globais das Nações Unidas para a Integridade da Informação.

    Documento lista recomendações para uma ação urgente destinada a reduzir os danos causados pela propagação da desinformação e do discurso de ódio.

    Os Princípios Globais para a Integridade da Informação abordam também os riscos impostos pelo avanço da Inteligência Artificial (IA).

    O secretário-geral da ONU, António Guterres (à esquerda da mesa), discursa no briefing à imprensa sobre os Princípios Globais da ONU sobre a Integridade da Informação. À direita Melissa Fleming, Subsecretária Geral da ONU para Comunicações Globais.
    Legenda: O secretário-geral da ONU, António Guterres (à esquerda da mesa), discursa no briefing à imprensa sobre os Princípios Globais da ONU sobre a Integridade da Informação. À direita Melissa Fleming, Subsecretária Geral da ONU para Comunicações Globais.
    Foto: © UN Photo/Eskinder Debebe

    O mundo precisa responder aos danos causados pela disseminação de ódio e mentiras online e, ao mesmo tempo, defender com firmeza os direitos humanos, disse hoje o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, no lançamento dos Princípios Globais das Nações Unidas para a Integridade da Informação.

    Falando um ano após o lançamento de seu relatório sobre integridade da informação em plataformas digitais, o secretário-geral apresentou um framework para coordenar ação internacional a fim de tornar os espaços de informação mais seguros e mais humanos, uma das tarefas mais urgentes de nosso tempo.

    A desinformação, circulação de informações falsas, o discurso de ódio e outros riscos ao ecossistema de informações estão alimentando conflitos, ameaçando a democracia e os direitos humanos e prejudicando a saúde pública e a ação climática. Sua proliferação está agora sendo potencializada pelo rápido crescimento da Inteligência Artificial (IA) amplamente disponível, aumentando a ameaça a grupos frequentemente atacados em espaços de informação, inclusive crianças.

    "Os Princípios Globais das Nações Unidas para a Integridade da Informação visam capacitar as pessoas a exigir seus direitos", disse o secretário-geral. "Em um momento em que bilhões de pessoas estão expostas a falsas narrativas, distorções e mentiras, esses princípios estabelecem um caminho claro, firmemente baseado nos direitos humanos, incluindo os direitos à liberdade de expressão e opinião".

    O chefe da ONU fez um apelo urgente aos governos, às empresas de tecnologia, aos anunciantes e ao setor de relações públicas que assumam a responsabilidade pela disseminação e monetização de conteúdo que resultam em danos.

    As próprias missões, operações e prioridades das Nações Unidas são comprometidas pela erosão da integridade das informações, incluindo esforços vitais de manutenção da paz e humanitários. 

    Em uma pesquisa global com funcionários da ONU, 80% das pessoas entrevistadas disseram que as informações falsas colocam em risco elas e as comunidades que atendem.

    Os Princípios são o resultado de amplas consultas com os estados-membros, o setor privado, lideranças jovens, mídia, academia e sociedade civil.

    As recomendações contidas no documento foram criadas para promover espaços de informação mais saudáveis e seguros que defendam os direitos humanos, sociedades pacíficas e um futuro sustentável.

    As propostas afirmam que:

    • Governos, empresas de tecnologia, anunciantes, mídia e outras partes interessadas devem se abster de usar, apoiar ou ampliar a desinformação e o discurso de ódio para qualquer finalidade.
    • Os governos devem fornecer acesso rápido às informações, garantir as condições para uma imprensa livre, viável, independente e plural e proteções sólidas para jornalistas, pesquisadores e a sociedade civil.
    • As empresas de tecnologia devem garantir a segurança e a privacidade desde a concepção de todos os produtos, juntamente com aplicação consistente de políticas e recursos em todos os países e idiomas, com especial atenção às necessidades dos grupos que costumam ser alvo de ataques online. Elas devem elevar a resposta a crises e tomar medidas para apoiar a integridade das informações nas eleições.
    • Todas as partes interessadas envolvidas no desenvolvimento de tecnologias de IA devem tomar medidas urgentes, imediatas, inclusivas e transparentes para garantir que todos os aplicativos de IA sejam projetados, implantados e sejam usados de forma segura, responsável e ética, e que respeitem os direitos humanos.
    • As empresas de tecnologia devem definir modelos de negócios que não dependam de publicidade programática e não priorizem o engajamento acima dos direitos humanos, da privacidade e da segurança, permitindo aos usuários maior escolha e controle sobre sua experiência on-line e dados pessoais.
    • Os anunciantes devem exigir transparência nos processos de publicidade digital do setor de tecnologia para ajudar a garantir que os orçamentos de publicidade não financiem inadvertidamente a desinformação, o ódio ou os direitos humanos.
    • As empresas de tecnologia e os desenvolvedores de IA devem garantir uma transparência significativa e permitir que pesquisadores e acadêmicos o acesso aos dados, respeitando a privacidade do usuário, encomendar auditorias independentes disponíveis ao público e co-desenvolver estruturas de responsabilidade do setor.
    • O governo, as empresas de tecnologia, os desenvolvedores de IA e os anunciantes devem tomar medidas especiais para proteger e capacitar as crianças, com os governos fornecendo recursos para pais, responsáveis e educadores.

    Histórico

    Os Princípios Globais das Nações Unidas para a Integridade da Informação resultam de uma proposta da Nossa Agenda Comum, o relatório do Secretário-Geral de 2021 que delineia uma visão para a futura cooperação global e ação multilateral.

    Os Princípios fornecem um recurso para os estados-membros antes da Cúpula do Futuro, em setembro.

    Os Princípios Globais para Integridade da Informação estão disponíveis em: https://www.un.org/informationintegrity



    Independente, pero no mucho (por Jornal Brasil de Fato)

    Inscrições abertas para novo curso sobre desenvolvimento nacional




    Fundação Perseu Abramo lança o curso Desafios e Soluções para o Desenvolvimento Nacional, Resconstrução e Transformação.

    Novo curso gratuito e certificado já está com inscrições abertas e seguem disponíveis até o dia 04 de julho.

    O curso online tem como objetivo abordar os desafios atuais para o desenvolvimento produtivo, social e ambiental do país, de modo a debater as políticas horizontais, orientadas por missões, e conhecer políticas setoriais articuladas pelo governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

    Para inscrever-se, clique no link https://bit.ly/fpa_curso_desenvolvimento

    As aulas vão abordar os últimos anos, período em que ocorreram mudanças profundas no mercado de trabalho, no processo de desindustrialização e nas taxas quase irrisórias de crescimento econômico, em especial a partir do golpe contra a Dilma em 2016. Daquele ano para cá, o que houve no país foi um desmonte acelerado de políticas públicas antes consideradas vitrines do país em várias partes do mundo.

    O curso deverá desenvolver capacidades críticas necessárias para entender os instrumentos do Estado para o desenvolvimento produtivo, qualificar a importância das políticas implementadas e oferecer uma visão sistêmica da integração dos diversos atores, no desafio de analisar a reconstrução e transformação do Brasil. Além disso, pretende-se contribuir com a formação e reflexão crítica sobre o projeto de país que se pretende construir.

    O curso é dividido em três módulos temáticos, com total de 15 aulas de 40 minutos em média, gravadas e disponibilizadas semanalmente todas as quintas-feiras na plataforma EAD, para que possa assistir no seu tempo. O curso é certificado pela Fundação Perseu Abramo.

    Importante destacar que durante o período eleitoral, faremos uma pausa no curso para que a militância posso concentrar esforços nas campanhas municipais, e retornaremos ao final do processo eleitoral, conforme programação abaixo: 

    PROGRAMA DO CURSO

    FASE I

    MÓDULO 1: A importância do Estado na centralidade da política
    01/jul - Aula inaugural - Políticas de Estado para um projeto social de desenvolvimento - Luiz Gonzaga Belluzzo
    04/jul - Política macroeconômica e financiamento - Pedro Rossi
    11/jul - Orçamento Público: perspectivas futuras - Bruno Moretti
    18/jul- Soberania e inserção internacional - Mariano Laplane

    MÓDULO 2: Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil
    25/jul - Motores do desenvolvimento da economia brasileira - Ricardo Bielschowsky
    01/ago - Políticas para desenvolvimento produtivo a partir de missões - Verena Hitner
    08/ago - Transição digital e conectividade, com inclusão - Jorge Bittar
    15/ago - PAC: Planejamento, setores prioritários e geração de empregos - Miriam Belchior

    FASE II
    07/nov - Ciência, Tecnologia e Inovação para o Brasil sustentável - Sergio Machado Rezende
    14/nov - Alimentação, agricultura e desenvolvimento sustentável - José Graziano
    21 nov - A questão agrária, segurança alimentar e meio ambiente - Paulo Teixeira e Juliane Furno

    MÓDULO 3: Desenvolvimento nacional, com olhar para o social
    28/nov - Educação como ferramenta de transformação social - Denise Carvalho
    05/dez - Cidades sustentáveis e inclusivas - Nabil Bonduki
    12/dez - SUS, política de inclusão e compras governamentais - Reinaldo Guimarães
    19/dez - Trabalho, emprego e previdência - Paula Montagner

     

     

    Aula inaugural do curso "Desenvolvimento Nacional" será no dia 01/07




    Aula inaugural do curso de "Desenvolvimento Nacional, Reconstrução e Transformação" terá palestra do professor Luiz Gonzaga Belluzzo

     

    A aula magna acontece no dia 01 de julho às 19h00, na sede da Fundação Perseu Abramo

    A Fundação Perseu Abramo, por meio da sua Diretoria de Formação Política, realizará o lançamento do curso "Desafios e Soluções para o Desenvolvimento Nacional, Reconstrução e Transformação". No dia 01 de julho, em São Paulo, com a presença do economista e professor emérito da Unicamp Luiz Gonzaga Belluzzo, e a participação de Paulo Okamoto, presidente da Fundação Perseu Abramo, do diretor de formação Jorge Bittar e do curador do curso Luiz Antonio Rodrigues Elias.

     

    Para se inscrever no curso, acesse https://bit.ly/fpa_curso_desenvolvimento.

     

    O tema da aula inaugural abordará as políticas de Estado para um projeto social de desenvolvimento. O objetivo do curso é oferecer, sobretudo à militância do Partido dos Trabalhadores, um panorama completo da atual conjuntura política do país e seus efeitos na reconstrução de políticas públicas que já fizeram parte da vida de milhões de brasileiros e brasileiras.

     

    Lançamento do curso "Desafios e Soluções para o Desenvolvimento Nacional, Reconstrução e Transformação"

    Dia 01/07, 19h00, Sede da Fundação Perseu Abramo (Rua Francisco Cruz, 234, Vila Mariana – São Paulo)

    Transmissão ao vivo:    https://www.youtube.com/@FundacaoPerseuAbramo                                                             https://www.facebook.com/fundacao.perseuabramo

     


     
     

    terça-feira, 11 de junho de 2024

    Calendário de Feiras de Sementes Crioulas - Paraná 2024

    Clique na imagem para mais informações:

    Programa Expressão Nacional da TV Câmara debate Agrotóxicos nos Alimentos no dia 12/06

    🥜🫘 Nesta quarta-feira, 12, o deputado federal Tadeu Veneri (PT) estará participando do programa Expressão Nacional da TV Câmara. O tema será "Agrotóxicos em alimentos". O programa será AO VIVO, às 09h, com participações online e presenciais, no estúdio da TV Câmara.

    🛫 Autor do projeto de lei que proíbe a pulverização aérea de agrotóxicos, Veneri vai debater o tema com o deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), Igor Britto - diretor de relações institucionais do Instituto de Defesa dos Consumidores (Idec) e Arthur Gomes – diretor executivo e de Sustentabilidade da CropLife Brasil.

    👉🏾 Transmissão pelo YouTube da Câmara dos Deputados: http://www.camara.leg.br/youtube

    terça-feira, 4 de junho de 2024

    É FAKE QUE GOVERNO FEDERAL IMPORTE ARROZ DA CHINA



    🔴 Circula nas redes um vídeo com uma máquina de arroz, que afirma que o governo brasileiro vai importar arroz que não é plantado, mas fabricado na China. Falso!

    🔎 A legenda que acompanha o vídeo é falsa, alertam o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Associação Brasileira das Indústrias de Arroz (Abiarroz). Além disso, o vídeo é de 2021.

    🤚 O Mapa diz que o Brasil não importa arroz tradicional plantado da China e, no momento, *não há perspectiva de iniciar essa importação*.

    🫂 Convide mais pessoas para combater as fakes news relacionadas ao RS. Compartilhe!

    🪀 *Link para o grupo* bit.ly/cacadoresfakenews02

    Leia mais em
    http://glo.bo/4c5H8rL