terça-feira, 17 de junho de 2025

Brasil e Itália anunciam novo impulso e financiamento para ações de resfriamento antes da COP30


O Brasil e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançaram nesta sexta (13) o Mutirão contra o Calor Extremo, uma iniciativa global para enfrentar o calor extremo por meio do resfriamento sustentável. 

Ainda hoje, a Itália se comprometeu a destinar US$ 2 milhões em novos financiamentos para o Compromisso Global de Resfriamento. 

Os anúncios foram feitos em Bonn, Alemanha, na primeira Reunião de Pontos Focais dos Signatários do Compromisso Global de Resfriamento, lançado na COP28, em 2023. 

Lançado na COP28, o Compromisso Global de Resfriamento conta atualmente com 72 países signatários e 80 apoiadores não estatais, representando o primeiro compromisso coletivo do mundo para reduzir as emissões relacionadas ao resfriamento em 68% até 2050, ao mesmo tempo em que expande o acesso equitativo ao resfriamento.
Legenda: Lançado na COP28, o Compromisso Global de Resfriamento conta atualmente com 72 países signatários e 80 apoiadores não estatais, representando o primeiro compromisso coletivo do mundo para reduzir as emissões relacionadas ao resfriamento em 68% até 2050, ao mesmo tempo em que expande o acesso equitativo ao resfriamento.
Foto: © Katharina/Getty Images.

O Brasil e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançaram nesta sexta (13) uma nova iniciativa para enfrentar o calor extremo por meio do resfriamento sustentável – Beat the Heat in Cities/Mutirão contra o Calor Extremo – enquanto a Itália se comprometeu a destinar US$ 2 milhões em novos financiamentos para o Compromisso Global de Resfriamento, apoiando ações relativas a um dos principais causadores da mudança climática antes da COP30, em novembro deste ano.

"O resfriamento sustentável será uma prioridade na COP30 porque as cidades, o clima e bilhões de pessoas dependem dele. Por meio do Mutirão contra o Calor Extremo, nosso objetivo é transformar as cidades em motores de adaptação, impulsionar a implementação do Global Pledge e garantir que ninguém seja deixado para trás à medida que o calor extremo se acelera", disse a CEO da COP30, Ana Toni. 

Os anúncios foram feitos em Bonn, Alemanha, na primeira Reunião de Pontos Focais dos Signatários do Compromisso Global de Resfriamento. Lançado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2023 (COP28) pela Presidência dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e pela Cool Coalition do PNUMA, o Compromisso Global de Resfriamento é o primeiro compromisso coletivo do mundo voltado para reduzir em 68% o impacto climático relacionado ao resfriamento até 2050 e para ampliar o fornecimento a preços acessíveis para todos que precisam.

O mundo acaba de registrar seu terceiro ano consecutivo de calor recorde, revelando que o calor extremo está agora no centro da mudança climática. O Observatório Global de Resfriamento 2023 do PNUMA alertou que, se as tendências atuais continuarem, o aumento da demanda de resfriamento por si só pode acrescentar 6,1 gigatoneladas de dióxido de carbono até 2050, enquanto mais de um bilhão de pessoas ainda não têm acesso ao resfriamento para manter alimentos, remédios e economias viáveis.

"O resfriamento sustentável é uma alavanca central de adaptação e é uma medida de mitigação de correção de curso que ainda nos mantém dentro do limite de 1,5°C", disse o diretor da Divisão de Mudança Climática do PNUMA, Martin Krause. 

"Integrar o resfriamento nos novos planos climáticos nacionais - ou NDCs - será fundamental para garantir uma abordagem holística que alinhe a ação climática com os benefícios sociais e econômicos", acrescentou.

O Observatório Global de Resfriamento 2023 do PNUMA  alertou que, se as tendências atuais continuarem, o aumento da demanda de resfriamento por si só pode acrescentar 6,1 gigatoneladas de dióxido de carbono até 2050, enquanto mais de um bilhão de pessoas ainda não têm acesso ao resfriamento para manter alimentos, remédios e economias viáveis.
Legenda: O Observatório Global de Resfriamento 2023 do PNUMA alertou que, se as tendências atuais continuarem, o aumento da demanda de resfriamento por si só pode acrescentar 6,1 gigatoneladas de dióxido de carbono até 2050, enquanto mais de um bilhão de pessoas ainda não têm acesso ao resfriamento para manter alimentos, remédios e economias viáveis.
Foto: © Matuska/Pixabay.

O Brasil confirmou que o resfriamento sustentável e o calor extremo serão uma das principais prioridades da COP30 em Belém. A Itália também anunciou um novo financiamento para a implementação do Compromisso Global de Resfriamento por meio do novo Enabling Pledge Implementation for Cooling (EPIC) Facility do PNUMA. Esta nova iniciativa, que abriga um Mecanismo de Assistência Técnica e um Acelerador de Fundos, canalizará aconselhamento técnico e financiamento para as cidades.

"A Itália não está apenas avançando em suas metas nacionais, mas também apoiando os esforços internacionais para traduzir o Global Cooling Pledge em ação local por meio da iniciativa EPIC", afirmou o diretor geral do Ministério do Meio Ambiente e Segurança Energética da Itália, Alessandro Guerri.

Notas e recursos para editores

Citações adicionais

"Devemos proteger os mais vulneráveis do calor extremo. O Global Cooling Pledge apresenta uma oportunidade poderosa para salvaguardar vidas, saúde e segurança alimentar. Ao trazer de volta a natureza em nossas cidades, não apenas atendemos às necessidades urgentes de mitigação e adaptação climática, mas também apoiamos a biodiversidade e tornamos nossas cidades mais habitáveis para todos", afirmou Adalberto Maluf, vice-ministro de Mudança Climática do Brasil e co-presidente do Global Cooling Pledge.

"A Alemanha tem orgulho de co-sediar a primeira reunião de pontos focais do Global Cooling Pledge aqui em Bonn", afirmou Silke Karcher, vice-diretora geral de Economia Circular do Ministério Federal do Meio Ambiente, Ação Climática, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear (BMUKN) da Alemanha. "Esta reunião envia um sinal claro: a ação sobre resfriamento sustentável deve ser uma parte central de nossa resposta climática coletiva."

"Em apenas 18 meses, o Compromisso envolveu 72 países e mais de 80 parceiros não estatais", observou Ahmed Mohamed Al Kaabi, subsecretário adjunto de Eletricidade, Água e Energia Futura do Ministério de Energia e Infraestrutura dos Emirados Árabes Unidos e copresidente da Reunião de Pontos Focais. "Essa aceitação mostra a rapidez com que o mundo pode se mover quando o resfriamento é reconhecido como uma defesa de linha de frente contra o calor."

Sobre o PNUMA

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é a principal autoridade mundial em meio ambiente. O PNUMA trabalha globalmente para enfrentar a tripla crise planetária – mudança climática, perda da natureza e poluição – apoiando as nações na construção de economias de baixo carbono, positivas para a natureza e eficientes em termos de recursos.

Sobre a Cool Coalition

Lançada como uma iniciativa emblemática da Cúpula de Ação Climática do secretário-geral da ONU em 2019, a Cool Coalition é uma plataforma global que reúne mais de 250 governos, empresas, cidades e instituições financeiras para impulsionar ações abrangentes sobre resfriamento sustentável e calor extremo. A Coalizão avança na implementação do Acordo de Paris, da Agenda 2030 e da Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, trabalhando em três pilares: advocacy, ciência e ação conjunta. Ele defende uma abordagem holística para cadeias de resfriamento e frio em países industrializados e em desenvolvimento, promovendo resfriamento passivo (ou seja, telhados frios, soluções baseadas na natureza, melhores edifícios e design urbano), maior eficiência energética e a rápida redução gradual de refrigerantes que aquecem o clima. A Cool Coalition também atua como secretaria do Global Cooling Pledge.

Sobre o Compromisso Global de Resfriamento

Lançado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2023 (COP28) pela UNEP Cool Coalition e pela Presidência da COP28, o Compromisso Global de Resfriamento conta atualmente com 72 países signatários e 80 apoiadores não estatais, representando o primeiro compromisso coletivo do mundo para reduzir as emissões relacionadas ao resfriamento em 68% até 2050, ao mesmo tempo em que expande o acesso equitativo ao resfriamento. Ele está ancorado na ciência do Observatório Global de Resfriamento e estabelece 14 metas nacionais, incluindo Planos de Ação Nacionais de Resfriamento, soluções passivas e baseadas na natureza, códigos de energia de construção, padrões de eficiência mais altos e redução gradual de refrigerantes.

Para mais informações, entre em contato com:

  • Unidade de Notícias e Mídia, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente: unep-newsdesk@un.org 

    Para saber mais sobre mudança climática, acesse a página da ONU Brasil para a #EducaçãoClimática



    Nações Unidas lançam apelo global para que a inteligência artificial seja empregada para avançar o progresso social


    Dezoito entidades das Nações Unidas uniram forças para conclamar governos, sociedade civil, academia e setor privado para que ajam agora para garantir o progresso social em uma era digital em rápida transformação. 

    Reunidas em Turim, na Itália, durante a segunda edição do Dia da ONU sobre Mundos Virtuais, as entidades das Nações Unidas delinearam 12 ações prioritárias para que garantir que o uso da inteligência artificial e dos mundos virtuais seja balizado por direitos, pela inclusão e por padrões e princípios éticos.

    Legenda: Realizada nos dias 12 e 13 de junho em Turim, na Itália, a segunda edição do Dia da ONU sobre Mundos Virtuais reafirmou a necessidade de parcerias práticas e escaláveis para garantir que os benefícios dos mundos virtuais e da inteligência artificial alcancem comunidades rurais, remotas e marginalizadas em todo o mundo, sem deixar ninguém para trás.
    Foto: © UIT/M. Minotti.

    Dezoito entidades da ONU uniram forças durante o 2º Dia da ONU sobre Mundos Virtuais para conclamar governos, sociedade civil, academia e setor privado a aproveitar o potencial transformador dos mundos virtuais com inteligência artificial para promover um desenvolvimento que funcione para todas as pessoas. 

    apelo à ação delineia 12 prioridades — desde a expansão da conectividade até a promoção do uso responsável de tecnologias emergentes — para garantir que ninguém seja deixado para trás na era digital em rápida evolução.

    O fórum global de dois dias reuniu líderes, inovadores e jovens agentes de mudança de todo o mundo em Turim, na Itália, para destacar como tecnologias emergentes — de gêmeos digitais a ambientes virtuais com inteligência artificial — já estão transformando a governança, educação, agricultura, saúde, resiliência climática e as cidades.

    Organizada sob o tema

    Legenda: Organizada sob o tema "Da Inovação ao Impacto: Cumprindo o Pacto para o Futuro", a segunda edição do Dia da ONU sobre Mundos Virtuais foi realizada nos dias 12 e 13 de junho em Turim, na Itália.
    Foto: © UIT/M. Minotti.

    Doze prioridades para um futuro digital para todas as pessoas

    Realizada nos dias 12 e 13 de junho sob o tema Da Inovação ao Impacto: Cumprindo o Pacto para o Futuro, a segunda edição do Dia da ONU sobre Mundos Virtuais destacou a importância da cooperação interagencial e demonstrou o crescente impulso em todo o sistema ONU para promover inovação compartilhada, padrões globais e ecossistemas digitais inclusivos.

    O apelo à ação enfatiza a urgência de ações para

    • Expandir significativamente o acesso à conectividade. 

    • Empoderar as pessoas por meio de infraestrutura pública digital. 

    • Promover o uso responsável e transparente da inteligência artificial. 

    • Proteger a sustentabilidade ambiental e o patrimônio cultural. 

    • Fomentar habilidades digitais e inovação entre as juventudes. 

    • Promover padrões globais e colaboração multissetorial.

    As prioridades do apelo respondem diretamente ao Pacto para o Futuro, adotado na Cúpula do Futuro de 2024, e apoiam a implementação de seu Pacto Digital Global e da Declaração para as Gerações Futuras, assim como o processo de revisão da Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação.

    As prioridades também oferecem propostas concretas para informar a 2ª Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social de 2025, que visa acelerar a ação para a erradicação da pobreza, promoção do emprego pleno e trabalho decente, e inclusão social.

    Os membros do Conselho de Segurança exibem um projeto de realidade virtual antes da reunião do Conselho de Segurança sobre a situação no Sudão e no Sudão do Sul.
    Legenda: Membros do Conselho de Segurança da ONU participam de uma simulação de realidade virtual antes de reunião sobre a situação no Sudão e no Sudão do Sul, em 5 de fevereiro de 2025.
    Foto: © ONU/Manuel Elías.

    Da Visão à Ação: Parceria para concretizar o Futuro Digital

    segunda edição do Dia da ONU sobre Mundos Virtuais foi coorganizada por uma ampla coalizão de entidades das Nações Unidas, incluindo: UIT, OIT, FAO, UNECA, UNECE, CEPAL, UNESCWA, UNFCCC, ONU-Habitat, UNICC, UNICEF, UNRISD, ONU Turismo, UNU, Laboratório de Futuros da ONU, Banco Mundial e OMPI.

    A colaboração ilustra a capacidade do sistema ONU de cocriar soluções globais e trabalhar entre setores e regiões para catalisar a inovação em benefício do bem público, promovendo uma transformação digital aberta e baseada em direitos.

    O evento reafirmou a necessidade de parcerias práticas e escaláveis para garantir que os benefícios dos mundos virtuais e da IA alcancem comunidades rurais, remotas e marginalizadas em todo o mundo, sem deixar ninguém para trás.

    Dia da ONU sobre Mundos Virtuais também apresentou o Catálogo de Aplicações do Citiverso, o primeiro produto emblemático da Iniciativa Global sobre IA e Mundos Virtuais — uma plataforma liderada pela ONU para promover mundos virtuais com inteligência artificial que sejam abertos, interoperáveis e confiáveis, voltados para pessoas, empresas e serviços públicos.

    O catálogo interativo apresenta aplicações reais de ambientes virtuais com IA que estão transformando a educação, ação climática, governança urbana, serviços públicos e resiliência econômica.

    Recursos e mais informações: 

    • Baixe aqui a tradução do Apelo à Ação em português. 

    • Acesse aqui o Catálogo de Aplicações do Citiverso (em inglês). 

    Contatos para a imprensa:

    NOTAS PARA EDITORES

    Citações adicionais de parceiros da ONU:

    União Internacional de Telecomunicações (UIT) 

    "À medida que a IA e os mundos virtuais transformam a forma como nos conectamos, aprendemos e inovamos, precisamos garantir que ninguém seja deixado para trás. Esta edição do Dia da ONU sobre Mundos Virtuais mostra o que é possível quando nos unimos para garantir que os espaços digitais funcionem para todas as pessoas no mundo." – Doreen Bogdan-Martin, secretária-geral da UIT

    Centro Internacional de Computação das Nações Unidas (UNICC)

    "Mundos virtuais, impulsionados pela IA, abrem novas fronteiras para colaboração, inovação e bem comum global. Nosso trabalho garante que governos e cidades tenham as ferramentas para aproveitar tecnologias imersivas para uma transformação inclusiva e ética." – Sameer Chauhan, diretor do UNICC

    Instituto de Pesquisa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social (UNRISD) 

    "Esta iniciativa coloca as pessoas no centro da transformação digital. Ela conecta inovação com equidade, garantindo que a tecnologia avance o desenvolvimento sustentável e a justiça social." – Magdalena Sepúlveda, diretora executiva do UNRISD

    Organização Internacional do Trabalho (OIT) 

    "IA, realidade virtual e tecnologias imersivas estão abrindo novas fronteiras ousadas em desenvolvimento de habilidades, emprego e aprendizado ao longo da vida. Ao investir em ecossistemas de aprendizado digital inclusivos e adaptativos, permitimos que as pessoas prosperem em um mundo em rápida mudança." – Christophe Perrin, diretor, Centro Internacional de Treinamento da OIT 

    Organização Mundial do Turismo (ONU Turismo) 

    "As tecnologias imersivas podem transformar o turismo tornando-o mais sustentável, acessível e inclusivo. Mundos virtuais com IA permitem que as pessoas vivenciem a cultura e o patrimônio de maneiras inovadoras que beneficiam comunidades em todo o mundo." – Natalia Bayona, diretora executiva da ONU Turismo

    Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO)

    "Mundos virtuais impulsionados por IA oferecem novas possibilidades para o compartilhamento de conhecimento, agricultura inteligente para o clima e inovação em sistemas alimentares. Esta iniciativa ajuda a conectar comunidades rurais a soluções e aprendizados em tempo real." – Vincent Martin, Escritório de Inovação da FAO

    Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (UNECE) 

    "Aproveitar mundos virtuais por meio de marcos e padrões comuns pode impulsionar a cooperação regional e o desenvolvimento sustentável e inteligente. Esta iniciativa está no centro do trabalho da UNECE para digitalizar seus instrumentos normativos e de capacitação, permitindo que as comunidades enfrentem os desafios econômicos, ambientais e sociais mais urgentes de forma orientada por dados e com visão de futuro." – Tatiana Molcean, secretária executiva da UNECE

    Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) 

    "As crianças em todos os lugares estão crescendo em um mundo moldado por tecnologias digitais que estamos apenas começando a entender. No UNICEF, vemos a IA e os mundos virtuais não apenas como ferramentas, mas como verdadeiras oportunidades para incluir crianças que foram deixadas de fora, inspirar novas formas de aprendizagem e garantir que cada criança tenha voz na construção do nosso futuro digital. Mas esse futuro não se construirá sozinho. Precisamos projetá-lo com cuidado, com justiça, inclusão e os direitos das crianças no centro." – Kaan Cetinturk, diretor de Informação, UNICEF

    Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) 

    "Aproveitar o potencial de tecnologias emergentes como IA e ambientes virtuais é essencial para superar armadilhas estruturais de desenvolvimento — como baixa produtividade, desigualdade e fragilidades institucionais — que persistem em várias regiões. A agenda digital da América Latina e do Caribe, eLAC, oferece lições valiosas sobre como a cooperação regional, padrões compartilhados e governança inclusiva podem promover uma transformação digital centrada nas pessoas. Apenas por meio da colaboração global podemos garantir que essas tecnologias sirvam ao bem público e não deixem ninguém para trás." – José Manuel Salazar-Xirinachs, secretário executivo da CEPAL



    segunda-feira, 2 de junho de 2025

    MST Realiza 3ª Jornada da Natureza no Paraná com Ações Contra Crise Ambiental e em Defesa da Reforma Agrária




    Por Redação | 2 de junho de 2025

    Entre os dias 2 e 7 de junho de 2025, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promove a 3ª Jornada da Natureza, com foco no estado do Paraná. A mobilização integra a Jornada Nacional em Defesa da Natureza e Seus Povos, que ocorre simultaneamente em todo o Brasil, e tem como lema: "Reforma Agrária Popular: pela natureza e os povos para enfrentar a crise ambiental!" [1].

    Semeando Resistência e Esperança

    A Jornada da Natureza é parte do Plano Nacional "Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis", e tem como destaque o plantio de 21 toneladas de sementes de palmeira juçara, espécie nativa da Mata Atlântica e ameaçada de extinção. A ação ocorre em áreas de assentamentos da reforma agrária, comunidades indígenas Guarani e Kaingang, e territórios tradicionais do litoral paranaense.

    Além da juçara, também serão lançadas sementes de araucária, árvore símbolo do Sul do Brasil, em municípios como Pinhão e Guarapuava. As sementes são coletadas por mutirões de camponeses e camponesas, reforçando o caráter comunitário e agroecológico da iniciativa.

    • CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DA 3ª JORNADA DA NATUREZA:

      > 02/06 – Comunidade Dom Tomás Balduíno (Quedas do Iguaçu – PR): Seminário "A pesquisa científica sobre a Palmeira Juçara na Reforma Agrária"

      8h: Café da manhã

      9h: Seminário "A pesquisa científica sobre a Palmeira Juçara na Reforma Agrária"

      12h30: Almoço comunitário (trazer pratos e talheres)

      13h30: Visita técnica às áreas semeadas e na Agroindústria 

      16h: Café e Encerramento

      > 03/06 – Comunidade Dom Tomás Balduíno (Quedas do Iguaçu – PR): Semeadura aérea de 8 toneladas de Palmeira Juçara

      9h: Início do sobrevoo para lançamento das 8 toneladas de sementes 

      10h: Visita técnica de pesquisadores e autoridades às áreas semeadas e Exposição ambiental na Escola Itinerante Vagner Lopes.

      11h30: Ato Político da 3ª Jornada da Natureza

      13h30: Almoço comunitário (trazer pratos e talheres)

      15h: Continuação do sobrevoo para lançamento de sementes 

      16h: Matibaile

      > 04/06 – Comunidade Indígena Rio das Cobras (Nova Laranjeiras – PR): Semeadura aérea de 2 toneladas de Palmeira Juçara

      9h: Apresentação cultural e recepção das lideranças indígenas do Paraná

      9h30: Sobrevoo para semeadura de 2 toneladas de sementes de palmeira juçara

      10h: Reunião das lideranças e entrega das pautas indígenas

      11h30: Ato Político

      13h: Almoço comunitário (trazer pratos e talheres)

      15h: Distribuição das sementes à TI Rio das Cobras

      > 05/06 – Dia Mundial do Meio Ambiente: Comunidade Herdeiros da Terra 1º de Maio (Rio Bonito do Iguaçu – PR): Recuperação ambiental de 7 hectares de Reserva Legal

      8h: Café e acolhida

      9h: Ato Político e Mística do grande mutirão de reflorestamento da 3ª Jornada da Natureza

      10h30: Plantio de mudas de árvores nativas

      13h:  Almoço comunitário (trazer pratos e talheres)

      > 06/06 – Comunidade José Lutzenberger (Antonina – PR): Semeadura aérea de 1 toneladas de Palmeira Juçara 

      10h: Conferência Formativa da Mata Atlântica

      11h: Sobrevoo para semeadura de 1 toneladas de semente de palmeira juçara

      13h: Almoço caiçara  (trazer pratos e talheres)

      14h às 16h: Plantio no Bosque Comunitário e Atração Cultural

      > 07/06 – Assentamento Contestado (Lapa – PR): Conferência "A dimensão ambiental da Reforma Agrária Popular" e Inauguração do Viveiro de Mudas de Horto Medicinal

      8h: Café e acolhida

      9h: Conferência "A dimensão ambiental da Reforma Agrária Popular"

      11h: Inauguração do Viveiro de Mudas e Horto Medicinal e 1º Mutirão de semeadura e plantio do viveiro

      13h: Almoço comunitário (trazer pratos e talheres)

    Justiça Climática e Denúncia

    A Jornada também tem caráter pedagógico e político. Assembleias de base estão sendo realizadas em todo o país para debater a crise ambiental, identificar seus causadores — como o agronegócio e a mineração predatória — e propor soluções populares. Em paralelo, o MST organiza Tribunais Populares para julgar simbolicamente crimes ambientais, como as enchentes no Rio Grande do Sul, queimadas no Nordeste e desmatamento na Amazônia e Cerrado [1].

    Um Chamado à Ação

    Segundo Bárbara Loureiro, da coordenação nacional do plano de reflorestamento do MST, a Jornada é uma resposta concreta à crise climática: "É a organização popular tomando a frente, mostrando que é possível fazer a luta pela terra, produzir alimentos e cuidar do meio ambiente" [1].




    IBGE Lança Mapa-Múndi Invertido com Brasil no Centro e Sul no Topo: Uma Nova Perspectiva Geopolítica

    2 de junho de 2025

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) surpreendeu o mundo ao lançar, em maio de 2025, uma nova versão do mapa-múndi que rompe com convenções cartográficas tradicionais. O chamado "Mapa-Múndi Invertido" coloca o Brasil no centro do mundo e o hemisfério Sul no topo, desafiando a visão eurocêntrica historicamente dominante na cartografia global [1].

    Uma Nova Visão de Mundo

    Segundo o presidente do IBGE, Márcio Pochmann, o novo mapa busca ressaltar o protagonismo do Brasil em fóruns internacionais como o BRICS, o Mercosul e a COP30, que será sediada em Belém, no Pará. "A novidade estimula a reflexão sobre como nos vemos nesse novo mundo em que as transformações ocorrem mais rapidamente e exigem um protagonismo brasileiro ainda maior", afirmou Pochmann [1].

    Além do Brasil, o mapa destaca países do Sul Global, como os membros do BRICS, as nações de língua portuguesa e os territórios que compõem o bioma amazônico. Cidades brasileiras com papel estratégico também ganham destaque: Rio de Janeiro como capital dos BRICS, Belém como sede da COP30 e Fortaleza, no Ceará, como anfitriã do Triplo Fórum Internacional da Governança do Sul Global [2].

    Sul no Topo: Uma Escolha Política e Simbólica

    A inversão do mapa, com o Sul no topo, não é um erro técnico, mas uma escolha deliberada. A diretora de Geociências do IBGE, Maria do Carmo Dias Bueno, explicou que os pontos cardeais são convenções e que a nova orientação visa questionar os vieses simbólicos e políticos da cartografia tradicional. "Mapas são representações do mundo real, e essa representação também expressa valores, visões de mundo e projetos", afirmou [2].

    Estudos apontam que a disposição tradicional — com o Norte no topo — reforça percepções de superioridade associadas à Europa e América do Norte, enquanto o Sul é frequentemente associado à pobreza e subdesenvolvimento. A nova proposta do IBGE busca desconstruir essa hierarquia simbólica e promover uma visão mais equitativa do mundo.

    Repercussão e Críticas

    O lançamento do mapa ocorre em meio a tensões internas no IBGE. Mais de 600 servidores assinaram uma carta aberta criticando a gestão de Pochmann, acusando-o de autoritarismo e de comprometer a credibilidade técnica do órgão. Apesar disso, o governo federal tem defendido sua liderança, destacando a importância do novo posicionamento geopolítico do Brasil [1].

    Reflexão Global

    O mapa-múndi invertido do IBGE não é apenas uma peça cartográfica — é um manifesto visual. Ele convida o mundo a repensar suas referências espaciais, políticas e culturais. Em um momento em que o Brasil assume papéis centrais em debates globais sobre clima, economia e governança, o novo mapa simboliza uma tentativa de reposicionar o país no imaginário mundial.



    Referências:

    segunda-feira, 5 de maio de 2025

    Nova publicação da Revista Ecologia e Nutrição Florestal - ENFLO

    Revista Ecologia e Nutrição Florestal - ENFLO - Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

    Uma nova edição da Revista Ecologia e Nutrição Florestal - ENFLO foi publicada.

    Link: https://periodicos.ufsm.br/enflo/issue/current

    Ecologia e Nutrição Florestal - ENFLO

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    terça-feira, 22 de abril de 2025

    ONU Brasil lança Relatório Anual 2024

    As 24 agências especializadas, fundos e programas da ONU que atuam no Brasil executaram 351 iniciativas, com um investimento de US$ 155 milhões.

    As iniciativas se organizaram em torno dos cinco eixos temáticos do Marco de Cooperação.

    A Organização das Nações Unidas trabalha de forma cada vez mais coordenada com o Estado brasileiro para a promoção do desenvolvimento sustentável.

    Legenda: O Sistema das Nações Unidas no Brasil, formado por 24 entidades, atua conjuntamente com o Estado brasileiro e com os três níveis de governo para impulsionar o desenvolvimento sustentável do país. Foto: © FAO/Samuel Macedo.

    O recém-lançado Relatório Anual das Nações Unidas apresenta os resultados de um ano de avanços estratégicos no Brasil. Por meio de um planejamento integrado e de investimentos catalisadores, o Sistema ONU, formado por 24 entidades, atuou conjuntamente com o Estado brasileiro e com os três níveis de governo para impulsionar o desenvolvimento do país, com atenção às necessidades específicas dos diferentes grupos populacionais e ao meio ambiente.

    Seguindo as diretrizes do Marco de Cooperação, vigente de 2023 a 2027, ao longo de 2024 a ONU trabalhou em temas como saúde, educação, emprego e renda, acesso a serviços básicos, equidade, direitos humanos e assistência humanitária em 351 iniciativas, que trouxeram benefícios para milhões de pessoas. O investimento feito no país foi de US$ 155 milhões.

    "O Relatório Anual é um documento indispensável para o monitoramento de nossas atividades e para a prestação de contas ao Estado, aos nossos parceiros e à sociedade brasileira". - Silvia Rucks, Coordenadora Residente da ONU no Brasil 

    relatório anual ressalta, além dos resultados, os desafios, a execução financeira, os principais doadores e os 341 parceiros que trabalham junto com o Sistema ONU para que o Brasil avance na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

    Confira dez pontos de destaque do que o Sistema das Nações Unidas alcançou em 2024:

    1. Resposta à emergência no Rio Grande do Sul
    2. Resposta a secas e queimadas
    3. Mobilização de R$ 55 milhões para o Fundo Brasil-ONU para a Amazônia
    4. Apoio à elaboração da Contribuição Nacionalmente Determinada de redução de emissões de gases do efeito estufa
    5. Realização de 55 missões de autoridades da ONU ao Brasil
    6. Apoio à delegação brasileira de jovens no Y20
    7. Engajamento na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
    8. Participação brasileira na Cúpula do Futuro
    9. Adoção do ODS18 – Igualdade Étnico-Racial
    10. Apoio à presidência brasileira do G20

    Marco de Cooperação

    Assinado em 2023 com o Estado brasileiro, o Marco de Cooperação é o principal documento de planejamento, implementação, monitoramento e avaliação das ações da ONU no país. Ele organiza o trabalho das agências especializadas, fundos e programas das Nações Unidas com atuação no país em torno de cinco eixos temáticos:

    1. Transformação Econômica para o Desenvolvimento Sustentável
    2. Inclusão Social para o Desenvolvimento Sustentável
    3. Meio Ambiente e Mudança do Clima para o Desenvolvimento Sustentável
    4. Governança e Capacidades Institucionais
    5. Relação das Ações Humanitárias e de Desenvolvimento Sustentável

    Leia aqui o relatório completo.