sábado, 8 de janeiro de 2022
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sexta-feira, 7 de janeiro de 2022
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NOTA DE REPÚDIO | O Brasil deve temer a doença, nunca o remédio - Sociedade Brasileira de Pediatria
Gripe e covid ao mesmo tempo: por que não usar o termo “flurona”
terça-feira, 4 de janeiro de 2022
Centros de apoio à fauna do Paraná reabilitaram 3,9 mil animais silvestres em 2021
Ações de proteção animal também incluem soltura de peixes nas bacias hidrográficas e a esterilização de cães e gatos nas cidades.
O Governo do Paraná reforçou a estrutura de proteção à fauna silvestre em 2021. A criação de novos centros de reabilitação para animais vitimados, pela Secretaria estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) em parceria com as universidades, ampliou a capacidade de atendimento e as seis unidades existentes receberam, triaram, trataram e destinaram 3,9 mil animais silvestres.
Foram inaugurados este ano quatro Centros de Apoio à Fauna Silvestre (Cafs) em Cascavel, Londrina, Guarapuava e Maringá, além de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Ponta Grossa. Também foi renovada a parceria com a prefeitura da capital para a manutenção do Cafs Curitiba.
"O investimento passa de R$ 1 milhão, mas a participação das universidades, com o know how que têm nas áreas de veterinária e biologia, é fundamental e ainda abre a possibilidade para que aos alunos se envolvam e desenvolvam pesquisas nessas áreas", diz o secretário Marcio Nunes.
Esses locais prestam atendimento a animais vítimas de atropelamento, maus-tratos, comércio ilegal, tráfico e cativeiro irregular e que precisam de reabilitação para serem reinseridos no meio ambiente ou encaminhados a cativeiros regularizados.
Segundo os dados da Polícia Ambiental Força Verde (BPAmb-FV), a média anual de animais apreendidos no Paraná é de 5,5 mil – entre aves, mamíferos, répteis e anfíbios. Deste total, as aves representam mais de 90%. "A maioria dos animais sofrem maus-tratos, podendo chegar a óbito", completa Nunes.
Os Cafs e Cetas integram as inciativas Pró-Fauna da Sedest, desenvolvidas pelo Instituto Água e Terra (IAT). Elas são voltadas ao combate à pesca e caça ilegal, e apreensão de animais mantidos em cativeiro sem autorização ou em más condições.
MAIS PEIXES NOS RIOS – Também faz parte o Programa Rio Vivo, lançado pela Sedest, IAT e Superintendência de Pesca e Bacias Hidrográficas visando a preservação da vida aquática nas bacias hidrográficas do Estado.
Em 2021, foram soltos 1,2 milhão de peixes de espécies nativas – como lambari, dourado, pintado, jaú, surubim, bagre e traíra. Faz parte do programa um estudo que mostra quais espécies devem ser soltas em cada Bacia Hidrográfica, além da análise genética dos peixes.
A partir desse levantamento foi editada a Resolução nº 10/2021, regulamentando as normas de estocagem e repovoamento dos rios do Paraná. Além disso, o Rio Vivo prevê a participação das comunidades nos eventos de soltura e atividades paralelas de educação ambiental, como o plantio de mudas de árvores nativas nas margens dos rios.
"O programa é completo na questão da educação ambiental, pois além de garantirmos espécimes de peixes para as gerações futuras, estamos mobilizando a sociedade para cuidar da qualidade das águas e do entorno dos rios. São ações simples, mas que ajudam a colocar o Paraná em destaque no ranking de desenvolvimento sustentável", destaca o secretário Márcio Nunes.
ESTERILIZAÇÃO – A atenção à saúde animal também se volta aos bichos urbanos e domésticos. O Programa Permanente de Esterilização de Cães e Gatos (CastraPet Paraná) promoveu a castração de gatos em 89 municípios em 2021. No total, o programa já esterilizou gratuitamente mais de 25 mil animais de rua ou com tutores de baixa renda.
Promovido pela Sedest em parceria com as prefeituras, o CastraPet busca o controle populacional de cães e gatos e prevenção de zoonoses no contexto da Saúde Única, conscientizando a população sobre a importância da castração na saúde dos animais, na prevenção do abandono (evitando ninhadas indesejáveis) e quanto a importância da vacinação.
Após a castração, as famílias tutoras recebem também gratuitamente a medicação pós-operatória e aplicação de microchip eletrônico de identificação animal. A meta do programa é que até final de 2022 a castração ocorra em 60% dos municípios paranaenses.
Fonte: IATOPINIÃO: O marxismo não é mais útil, por Frei Betto
O papa Bento XVI tem razão: o marxismo não é mais útil. Sim, o marxismo conforme muitos na Igreja Católica o entendem: uma ideologia ateísta, que justificou os crimes de Stalin e as barbaridades da revolução cultural chinesa. Aceitar que o marxismo conforme a ótica de Ratzinger é o mesmo marxismo conforme a ótica de Marx seria como identificar catolicismo com Inquisição. Poder-se-ia dizer hoje: o catolicismo não é mais útil. Porque já não se justifica enviar mulheres tidas como bruxas à fogueira nem torturar suspeitos de heresia. Ora, felizmente o catolicismo não pode ser identificado com a Inquisição, nem com a pedofilia de padres e bispos.
Do mesmo modo, o marxismo não se confunde com os marxistas que o utilizaram para disseminar o medo, o terror, e sufocar a liberdade religiosa. Há que voltar a Marx para saber o que é marxismo; assim como há que retornar aos Evangelhos e a Jesus para saber o que é cristianismo, e a Francisco de Assis para saber o que é catolicismo.
Ao longo da história,
• em nome das mais belas palavras foram cometidos os mais horrendos crimes.
• Em nome da democracia, os EUA se apoderaram de Porto Rico e da base cubana de Guantánamo.
• Em nome do progresso, países da Europa Ocidental colonizaram povos africanos e deixaram ali um rastro de miséria.
• Em nome da liberdade, a rainha Vitória, do Reino Unido, promoveu na China a devastadora Guerra do Ópio.
• Em nome da paz, a Casa Branca cometeu o mais ousado e genocida ato terrorista de toda a história: as bombas atômicas sobre as populações de Hiroshima e Nagasaki.
• Em nome da liberdade, os EUA implantaram, em quase toda a América Latina, ditaduras sanguinárias ao longo de três décadas (1960-1980).
O marxismo é um método de análise da realidade. E, mais do que nunca, útil para se compreender a atual crise do capitalismo. O capitalismo, sim, já não é útil, pois
• promoveu a mais acentuada desigualdade social entre a população do mundo;
• apoderou-se de riquezas naturais de outros povos;
• desenvolveu sua face imperialista e monopolista;
• centrou o equilíbrio do mundo em arsenais nucleares; e
• disseminou a ideologia neoliberal, que reduz o ser humano a mero consumista submisso aos encantos da mercadoria.
Hoje, o capitalismo é hegemônico no mundo. E de 7 bilhões de pessoas que habitam o planeta, 4 bilhões vivem abaixo da linha da pobreza, e 1,2 bilhão padecem fome crônica. O capitalismo fracassou para 2/3 da humanidade que não têm acesso a uma vida digna.
• Onde o cristianismo e o marxismo falam em solidariedade, o capitalismo introduziu a competição;
• onde o cristianismo e o marxismo falam em cooperação, o capitalismo introduziu a concorrência;
• onde o cristianismo e o marxismo falam em respeito à soberania dos povos, o capitalismo introduziu a globocolonização.
A religião não é um método de análise da realidade. O marxismo não é uma religião. A luz que a fé projeta sobre a realidade é, queira ou não o Vaticano, sempre mediatizada por uma ideologia. A ideologia neoliberal, que identifica capitalismo e democracia, hoje impera na consciência de muitos cristãos e os impede de perceber que o capitalismo é intrinsecamente perverso. A Igreja Católica, muitas vezes, é conivente com o capitalismo porque este a cobre de privilégios e lhe franqueia uma liberdade que é negada, pela pobreza, a milhões de seres humanos.
Ora, já está provado que o capitalismo não assegura um futuro digno para a humanidade. Bento XVI o admitiu ao afirmar que devemos buscar novos modelos. O marxismo, ao analisar as contradições e insuficiências do capitalismo, nos abre uma porta de esperança a uma sociedade que os católicos, na celebração eucarística, caracterizam como o mundo em que todos haverão de "partilhar os bens da Terra e os frutos do trabalho humano". A isso Marx chamou de socialismo.
O arcebispo católico de Munique, Reinhard Marx lançou, em 2011, um livro intitulado O Capital – um legado a favor da humanidade. A capa contém as mesmas cores e fontes gráficas da primeira edição de O Capital, de Karl Marx, publicada em Hamburgo, em 1867. "Marx não está morto e é preciso levá-lo a sério", disse o prelado por ocasião do lançamento da obra. "Há que se confrontar com a obra de Karl Marx, que nos ajuda a entender as teorias da acumulação capitalista e o mercantilismo. Isso não significa deixar-se atrair pelas aberrações e atrocidades cometidas em seu nome no século 20″.
O autor do novo O Capital, nomeado cardeal por Bento XVI em novembro de 2010, qualifica de "sociais-éticos" os princípios defendidos em seu livro, critica o capitalismo neoliberal, qualifica a especulação de "selvagem" e "pecado", e advoga que a economia precisa ser redesenhada segundo normas éticas de uma nova ordem econômica e política. "As regras do jogo devem ter qualidade ética. Nesse sentido, a doutrina social da Igreja é crítica frente ao capitalismo", afirma o arcebispo.
O livro se inicia com uma carta de Reinhard Marx a Karl Marx, a quem chama de "querido homônimo", falecido em 1883. Roga-lhe reconhecer agora seu equívoco quanto à inexistência de Deus. O que sugere, nas entrelinhas, que o autor do Manifesto Comunista se encontra entre os que, do outro lado da vida, desfrutam da visão beatífica de Deus.
Publicado originalmente em: 21/11/2019
Frei Betto é escritor e assessor de movimentos sociais
segunda-feira, 3 de janeiro de 2022
Endereço UEMS Campus Mundo Novo
domingo, 2 de janeiro de 2022
sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
Nota de Solidariedade da CDH à Dilma Rousseff
Atuação de Veneri impede aumento absurdo nos serviços de cartório no Paraná
Voto em separado de Veneri bloqueou tramitação de projeto que aumentava as custas em até 984%
A intervenção do deputado Tadeu Veneri (PT) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) impediu que os paranaenses fossem penalizados com aumentos de até 984% nas custas dos cartórios como propunha o Tribunal de Justiça do Paraná. Ao expor seu voto contrário, Veneri interrompeu a tramitação da proposta enviada na última hora à Assembleia Legislativa, a quinze dias do final do período legislativo deste ano.
No lugar dos percentuais e mudanças de tabelas pretendidas pelo TJ, a Assembleia Legislativa aprovou a correção pela inflação registrada entre outubro de 2019 e setembro de 2021, o que corresponde a 12,97%.
"Corrigir a inflação é o que defendemos para todos os trabalhadores e trabalhadoras. Acima disso é inaceitável para um único setor bem conhecido por suas atividades lucrativas. A sociedade não tem como suportar. O nosso objetivo aqui é atender à população", afirmou o deputado Tadeu Veneri. Ele destacou que, além do momento de crise econômica, que torna inviável mais esta sobrecarga para a população, a escassez de tempo para analisar os projetos do Judiciário não pode ser admitida pela Assembleia Legislativa.
Veneri questionou a tentativa da Mesa Executiva de conferir regime de urgência para o projeto do TJ, apesar das proibições regimentais. "Está certo que o presidente da Assembleia, Traiano, tem nome de imperador, do Ano 98 AC. Mas este imperador romano já não está mais entre nós. Então, não poderia o deputado Traiano determinar regime de urgência sem ouvir o plenário", disse Veneri.
Uma das propostas do TJ elevavam o teto de custas de R$ 1, 9 mil para R$5,9 mil. "Esses projetos não podem ser votados dessa forma, no afogadilho, sem o envolvimento da população no debate. Enquanto cidadão eu me sinto refém porque não há alternativas e, na prática, o que existe é um monopólio que tem poder significativo na sociedade", disse Veneri.
Fonte: site do mandato do Dep. Tadeu Veneri (PT Paraná)